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Ruivães (Vieira do Minho)

Predefinição:Info/Freguesia Ruivães é uma freguesia portuguesa do concelho de Vieira do Minho, com 31,26 km² de área e 931 habitantes (2001). Densidade: 29,8 hab/km².

Reclinada numa vertente da serra da Cabreira, a povoação de Ruivães fica situada na margem esquerda do rio Rabagão.

A freguesia tem um blog actualizado diariamente e que pretende levar a conhecer pelo mundo inteiro as belezas desta freguesia e o que ali se passa de mais importante: www.vilaruivaes.blogs.sapo.pt

História

Reclinada numa vertente da serra da Cabreira, fica situada na margem esquerda do rio Rabagão. A antiga freguesia era reitoria da apresentação do reitor de Santa Maria de Veade.

Chamou-se antigamente Vilar de Vacas e vem mencionada pela primeira vez em documentos de 1426. Pertenceu à Casa de Bragança e à província de Trás-os-Montes.

Era uma das “sete honras de Barroso” Foi vila e sede de concelho, extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e em 1842, como julgado, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondres, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com excepção das de Ruivães e Campos que transitaram para o de Vieira do Minho.


Possuía forca no lugar da Tojeira, da qual já não resta qualquer testemunho ou vestígio.

Em 1695 existia já o morgado de Ruivães, de que foi seu instituidor Gervásio da Pena Miranda. Deste descende toda uma linha de ilustres capitães-mores, senhores da Casa de Dentro.

No centro da vila levanta-se um pelourinho que remonta, possivelmente, ao século XVI, classificado como imóvel de interesse público em 1933. É constituído por uma coluna cilíndrica de granito com base quadrada, erguendo-se sobre três degraus de altura desigual e é encimado por um capitel. O ábaco quadrado suporta um paralelepípedo maciço onde estão gravadas letras e desenhos. Entre o ábaco e a pirâmide estão espetados uns ganchos de ferro recurvados, que, segundo a tradição, serviam para pendurar as cabeças dos condenados à pena capital.


Além das invasões francesas, Ruivães foi palco de acesas lutas entre liberais e miguelistas. Numa das suas casas esteve aquartelado Paiva Couceiro e suas tropas. Do último capitão-mor de Ruivães, miguelista convicto, conta-se que terá sido assassinado por ordens dos liberais vitoriosos em 8 de Junho de 1832, quando seguia de sua casa — Casa de Dentro — para o Gerês, a tomar águas.

A ponte de Mizarela fica a cerca de 1 km da confluência do Rabagão e do Cávado, próximo da povoação de Frades, e era a única ligação que permitia passar para a outra margem, pertencente ao concelho de Montalegre. Segundo a lenda, esta ponte foi construída pelo Diabo.


“Havia um mau homem em terras de Além Douro, a quem a justiça, encarniçadamente perseguía, por vários crimes e que sempre escapava, como conhecedor que era dos esconderijos proporcionados pela natureza. Apertado, porém, muito de perto, embrenhou-se um dia no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa. Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido, mas pouco depois sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte. Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido, um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.”

Ruivães engloba os lugares de Espindo, Frades, Honras, Quintã, Ruivães,Vale e Zebral.


Resumo:

Foi uma das «Sete Honras de Barroso» e constituiu, em conjunto com a freguesia de Campos, o couto de Ruivães. Foi vila e sede de concelho extinto em 31 de Dezembro de 1853. Em 1836 pertencia à comarca de Chaves e, em 1842, como julgado e concelho, reunia as freguesias de Cabril, Campos, Covelo do Gerês, Ferral, Pondras, Reigoso, Ruivães, Salto, Venda Nova e Vila da Ponte. Com a extinção do concelho em 1853 as freguesias passaram para o concelho de Montalegre, com a excepção de Ruivães e Campos que passaram a integrar o concelho de Vieira do Minho. Tinha, em 1849, 6 232 habitantes.

Património

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