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Jogo

Podemos dar o seguinte significado a palavra Jogo: Jogo é toda e qualquer competição onde as regras são feitas ou criadas num ambiente restrito ou até mesmo de imediato (em contra partida ao Desporto onde as regras são universais), do evento. Geralmente os jogos tem poucas regras e estas são simples. Os participantes dos jogos quase sempre participam por prazer ao invés de enfocar na competição e vitória como ponto essencial.

Lembrando... Jogo vem do latim Jocu, gracejo. Corriqueiramente, o termo é usado com uma série de sentidos pejorativos: “jogo de palavras” (artifícios do discurso, fala ardilosa), postura não séria, desvio do rumo correto. O termo também qualifica agrupamentos de determinadas coisas: jogo de toalhas, jogo de talheres... um grupo diverso que compartilha de determinada característica.

Para Jean Chevalier ("Discionário de Símbolos”) jogo símboliza o enfrentamento da morte (contra o medo, as debilidades, as próprias dúvidas existenciais). Por esta razão, constuma estar vinculado a rituais de passagem e iniciação.

Segundo Nicola Abbagnano ("Dicionário de Filosofia"), Aristóteles referiu-se ao jogo como atividade que tem seu fim em si mesma, que é exercida pelo prazer de exercê-la e não pelos efeitos que pode gerar.

Para Gadamer (“A atualidade do belo”) o jogo é um impulso livre que se repete continuamente, que cria uma lógica própria que ira disciplinar este contínuo movimento - então, surge à ilusão da existência de um “sentido prático” para aquela experiência. No entanto, a função do jogo está em sua própria prática e é esta que faz com que o jogador sinta-se imergido na realidade daquele jogar. Gadamer estabelece uma relação entre Arte e Jogo (o jogo é parte constituinte de todo o objeto artístico e de toda experiência hermenêutica com a obra de arte), Jogo e Festa (o tempo do jogo é total, assim como o tempo festivo, é intenso em toda a sua duração, não opera pelas distinções da linearidade do tempo cronológico)e Jogo e Símbolo (existe sempre uma relação de cumplicidade entre os jogadores, e quem joga, joga com alguém, nem que seja consigo mesmo).

O jogo permite a percepção de uma zona de ação onde realidade e ficção se misturam, assim como idéias como: regra e liberdade, espontaneidade e limitação, criação e repetição, ação instintiva e moral. Neste sentido, os jogos de computador tem trazido ótimos exemplos.

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