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Conde de Saint-Simon

Claude Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon (17 de outubro de 1760, Paris, França - 19 de maio de 1825, Paris) foi um teórico do socialismo utópico.

Era sobrinho do duque de Saint-Simon, memoralista do século de Luís XVI. Saint-Simon aos 17 anos entrou para o exército onde combateu na guerra de Independência dos Estados Unidos, de 1779 a 1783. Quando retornou a França , abandonou o seu título nobiliário e aderiu a revolução. Acabou tornando-se contra a violência revolucionária, pois foi preso durante a fase do Terror. Após sua participação na Revolução Francesa, fundou o jornal L'industrie. Acabou criticando o iluminismo, pois dizia que não ia a fundo na condição histórica e sociais da sociedade. Aos 40 anos voltou a estudar na Escola de Medicina e na Politécnica, após ter ganhado muito dinheiro com especulação imobiliária. Só em 1802 começou a escrever sobre política, filosofia e economia, e no mesmo ano publicou seu primeiro trabalho, no qual trazia a concepção de uma nova religião, fundamentada na religião. De 1805 a 1810 passou por sérios problemas financeiros, indo morar com um ex-empregado, mas ainda continuou ou a escrever, formando um grupo fervoroso denomimado saint-simonista, do qual muitas pessoas influentes como Auguste Comte, Barthélemy Prosper Enfantin e Saint-Amand Bazard. Para este autor o avanço da ciência determinada a mudança político social, além da moral e da religião. É considerado o precursor do socialismo, pois no futuro a sociedade seria basicamente formada por cientistas e industriais. O pensamento saint-simoniano pode ser visto nas obras de 1807 a 1821, com o lema: "a cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo seu trabalho." Mesmo sendo contra a Igreja, possui algumas obras de inspiração religiosa. Nesse final de sua vida obteve uma vida tranqüilidade econômica, que vinha das pessoas que participavam de seu grupo, até sua morte. Suas idéias influenciou socialistas e outros românticos no início do século XIX, como Saint- Beure, Vitor Hugo , George Sands, entre outros. Quando Saint-Simon falou sobre a nova sociedade, imaginou uma imensa fábrica, no qual substituiria a exploração do homem pelo homem para uma administração coletiva. Assim, a propriedade privada não caberia mais nesse novo sistema industrial. Vale notar que existiria uma pequena desigualdade e a sociedade seria perfeita depois de reformar o cristianismo. Ainda disse que o homem não é apenas algo passivo na história, pois sempre procura alterar o meio social, no qual esta inserido. Essas alterações são importantes para que a sociedade seja desmembrada, quando esta funcionando dentro das normas que ela correspondam, pois não é possível colocar uma regra de uma sociedade em outra. A regra deve combinar com a estrutura para que a sociedade industrial se desenvolva. Sain-Simon ainda mantém a idéia de uma sociedade hierarquizada, por isso a desigualdade, pois no topo estaria os diretores da indústria e de produção, engenheiros, artistas e os cientistas; a parte de baixo estaria os trabalhadores responsáveis pela execução dos projetos feito pelos inventores e diretores. Com isso acaba prevendo o grau máximo da capacidade de produção. Este foi o primeiro a perceber que o conflito de classe estava relacionado com a economia e seria nas mãos dos trabalhadores que o futuro seria construído, mas guiados por alguém. Pode-se perceber que Saint-Simon estava adquirindo uma concepção anti-igualitária e antidemocrática, em que se tratando do seu aspecto religioso, pois falava que todos os homens devem ter os mesmos princípios. Por isso, o “novo cristianismo” substituiria o “cristianismo degenerado”, que teria um imperativo justiça social, pois o núcleo que devia se consolidar no que seria a fraternidade do homem, resultando num mundo de homens livres. Saint-Simon é considerado um dos fundadores da sociologia, que estaria sendo sustentado por duas forças opostas: “orgânicas” (estáveis) e “críticos” ( mudam a história). Só a sociedade industrial poderia acabar com crise que a França passava. Este autor ainda marca a ruptura com o antigo regime. Para Saint-Simon a política era agora a ciência da produção, porém a política vê seu fim com a justiça social.

Obras

  • 1802-Lettres d'um habitant de Genève à ses contemporains;
  • 1807-Introduction aux travaux scientifiques de XIX ème;
  • 1810-Esquisse d'une nouvelle encyclopédie;
  • 1813-Travail sur la gravitátion universalle;
  • 1814-De la réorganisation de la sociéte europúnere (em colaboração com A. Thierry);
  • 1813-1816-Mémoires sur la science de l' homme;
  • 1817-L' industrie ou discussions politiques, morales et philosophiques, dans l' intérêt de tout les hommes livrés à des travaux utiles et indépendants;
  • 1819-1820-L' orga nisateur;
  • 1821-Le système industriel;
  • 1823-Le catèchisme des industriels;
  • 1825-Opinions littèrairs, philosophiques et industrialles.

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