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Paulo Maluf

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Paulo Maluf (foto: A. Cruz/ABr)

Paulo Salim Maluf (São Paulo, 3 de setembro de 1931) é um brasileiro. Foi prefeito de São Paulo e foi governador do Estado de São Paulo. É membro do Partido Progressista (PP).

Político populista, foi com habilidade e pseudo-diplomacia que conseguiu obter grandes investimentos para o Estado de São Paulo no período militar. Fez fortuna nesse período e no tempo que passou no comando da prefeitura paulista, fazendo um discípulo, o futuro prefeito Celso Pitta.

Biografia

Filho de um próspero imigrante libanês, Salim Farah Maluf, e de Maria Estéfano Maluf, uma família de industriais que no inicio do seculo resolvem investir na América do Sul Brasil logo já se destacavam na fabricação de compensados e outros laminados prensados: Eucatex, etc. Ingressa na politica no movimento estudantil da USP, onde durante o curso de engenharia civil pela Escola Politécnica da USP, faz parte do Grêmio dos Estudantes da Faculdade, onde surgem as primeiras denuncias de corrupção, trafico de influência e desvio de dinheiro. Forma-se em 1954, passando a ser diretor-superintendente das empresas da família, comandadas por seu irmão as quais empregam mais de cinco mil funcionários. Em 1955 casou-se com Sylvia Lutfalla, sua vizinha, com quem tem quatro filhos e treze netos.

Em 1964, tornou-se vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo. Tomou posse em 30 de março, um dia antes da queda do presidente João Goulart. O sogro de Maluf era um dos líderes do Ipes, órgão que articulou o golpe.

Resolve integrar-se na política, graças à amizade com o general Arthur da Costa e Silva e sua mulher Iolanda Costa e Silva, que lhe devia uma grande quantia em dinheiro em divida contraida num jogo de cartas. Como o general- que era o então o chefe da chamada "linha dura" dentro dos círculos militares - havia sido "eleito" presidente pelo Congresso Nacional em 1967, Maluf foi indicado para a presidência da Caixa Econômica Federal em São Paulo, em 1967 e em 1968, Maluf foi nomeado prefeito de São Paulo (1969-1972).

O mandato de Maluf como prefeito nomeado da capital paulista serviu-lhe para apresentar ao público o que viriam a ser seus traços característicos: o autoritarismo, sua ligação com os setores mais linha-duras do regime e do empresariado, seu gosto pelas obras faraônicas de utilidade duvidosa, expresso pela construção do Minhocão, uma monstruosidade arquitetônica feita para favorecer o tráfego de carros de passeio que degradou urbanisticamente boa parte do centro de São Paulo, e sua atitude liberal com o dinheiro público, expressa na sua doação de um fusca a cada membro da comissão técnica da seleção tricampeã de futebol de 1970, fato pelo qual seria longamente processado na justiça e no final foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal.

Maluf acabou por ter um eleitorado cativo e ser uma presença permanente na política de São Paulo, suscitando a existência de um movimento de massa em torno de sua pessoa. Este malufismo, enquanto corrente de opinião política, caracterizou-se como uma forma direitista de populismo, que exalta o empreendedorismo individual e os atributos do self made man corporificados no arrivismo do seu líder (apesar da condição objetiva de burguês tradicional e herdeiro do próprio Maluf). Esta exaltação do empreendedorismo - associada a um certo laxismo moral - acabou por fazer de Maluf o sucessor político informal do líder regional Adhemar de Barros, que havia apoiado o golpe de 1964 para ser alijado por ele da vida política.

Na gestão seguinte ao término de seu mandato de prefeito, Maluf foi secretário de Transportes da prefeitura de S.Paulo (1971-1974). Em 1974, tentou ser indicado candidato ao Senado, mas o presidente Ernesto Geisel já havia escolhido Carvalho Pinto, o que levou Maluf a desistir. Retomou suas atividades na Associação Comercial e, em 1976, foi eleito presidente da entidade.EM 1978 foi eleito Homem Visão 78 pela Revista Visão, revista esta famosa pelas suas posições de Extrema Direita.


Logo começou a articular para chegar ao governo de São Paulo. Maluf apostara na candidatura à Presidência do ministro do Exército, Sylvio Frota, da linha-dura. O presidente Geisel, que apoiava o general João Baptista Figueiredo, demitiu Frota em outubro de 1977. Sem esperança de ser indicado pelo presidente, Maluf visitou todos os 1.261 delegados que iriam votar na convenção da Arena. Em abril, Geisel escolheu Laudo Natel. Confiante, Natel nem procurou os delegados. Na convenção, em junho de 1978, Maluf cumprimentava todos os arenistas chamando-os pelo nome. Venceu por 617 votos a 589 e foi eleito para o governo do Estado de São Paulo.

No seu mandato, engajou dinheiro público numa tentativa de prospectar petróleo no estado por via da Paulipetro, tentativa esta, tomada ao arrepio do monopólio da Petrobrás, que fracassou. Num famoso episódio na Freguesia do Ó, agentes paramilitares foram lançados sobre uma manifestação pública de cunho anti-malufista, fato este que foi objeto de uma CPI inconclusiva na Assembléia Legislativa paulista.

Maluf nunca trocou de partido, embora a sigla tenha mudado ao longo dos anos: de Arena para PDS, que mudou para PPR, que virou PPB, que hoje é PP (Partido Progressista).

Em 1982, disputou uma vaga de deputado federal; foi eleito com 672 629 votos. Na Câmara (1983-1986), articulou sua primeira candidatura à Presidência da República, tendo comparecido a apenas quatro votações. Em 1984 votou contra a emenda que propunha as eleições diretas. Tentou a Presidência via Colégio Eleitoral, mas foi derrotado quando dissidentes do PDS formaram uma frente (a Frente Liberal, futuro PFL) e apoiaram Tancredo Neves, que ganhou por 480 votos contra 180 de Maluf.

Na disputa pelo governo do estado perdeu em 1986 para Orestes Quércia e ficou em terceiro lugar.

Em 1988, liderou as pesquisas a prefeito de São Paulo até a última semana, quando foi superado por Luiza Erundina (PT). Em 1989, na primeira eleição direta para presidente após a ditadura, Maluf tenta de novo a Presidência, mas ficou em 5º lugar, perdendo para Fernando Collor de Mello (PRN).Na sua campanha presidencial, defendeu em ato público a pena de morte para estupradores, mas apenas quando o estupro fosse seguido pelo assassinato da vítima, pois nas suas palavras, se houvesse vontade sexual, "tudo bem: estupra mas não mata! [ sic ]".

Em 1990 perdeu para Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB) no segundo turno.

Com o fim do regime militar, Maluf perdeu todas as eleições majoritárias que disputou, exceto para a Prefeitura de São Paulo em 1992, onde ganhou de Eduardo Suplicy (PT) no segundo turno com 53% dos votos. Ele também conseguiu eleger seu sucessor em 1996, Celso Pitta.

Em 1998 perdeu para Mário Covas (PSDB) no segundo turno. Em 2000 perdeu a prefeitura no segundo turno para Marta Suplicy (PT), que teve 58,51% dos votos. Em 2002, perdeu também na votação final para Geraldo Alckmin (PSDB).

Nas eleições municipais de 2004 ficou atrás de José Serra e Marta Suplicy, totalizando 11,91% dos votos, seu pior desempenho na disputa da prefeitura paulistana.

Preso em 2005 acusado de intimidar uma testemunha. Permaneceu na na cárcere sede da Polícia Federal de São Paulo de 10 de setembro a 20 de outubro de 2005, o Supremo Tribunal Federal declarou ilegal sua prisão.

Ver também

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Predefinição:Prefeitos de São Paulo

Precedido por
José Vicente Faria Lima
Prefeito de São Paulo
19691971
Sucedido por
José Carlos de Fiqueiredo Ferraz
Precedido por
Luiza Erundina
Prefeito de São Paulo
19931996
Sucedido por
Celso Pitta
Precedido por
Paulo Egídio Martins
Governador de São Paulo
19791982
Sucedido por
José Maria Marin

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