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Sociedade de consumo

Uma sociedade de consumo é uma sociedade que pratica o consumismo, ou seja, que incentiva a aquisição contínua de bens e serviços efémeros como forma de sustentar a produção e o crescimento económico.

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A SOCIEDADE DE CONSUMO A atmosfera da sociedade de consumo de massas pode descrever-se facilmente: • Aumento do consumo (hiperescolha), com diminuição dos encargos com a alimentação e as demais rúbricas que sempre modelaram o estilo de vida do homem-produtor • Massificação do consumo de bens duradouros e satisfação das necessidades elementares para uma maioria populacional • Alteração profunda da concepção e da missão de empresa, pois na 1ª Revolução Industrial o sector nevrálgico de uma fábrica era a área da produção, enquanto na 2ª Revolução Industrial é o conjunto das estratégias do marketing que vão determinar o grau de competitividade e a permanência das marcas (neste momento, graças ao marketing directo, já se fala em micromarketing e geomarketing) Há, porém, matizes neste conceito de sociedade que importa observar quando se procura entender o nosso consumo e a problemática dos direitos do consumidor: • O advento da sociedade de consumo introduziu novas variáveis no velho conflito das diferenças económicas. Em primeiro lugar, porque crescimento implica abundância e a abundância equivale a um maior grau de nivelamento material e social. Em segundo lugar, o consumo de ostentação já não tem a lineariedade de trajectória que o orientou no passado. Agora, as desigualdades e os privilégios sociais nem sempre são fáceis de detectar, reproduzem-se em terrenos menos visíveis que o da satisfação das necessidades primárias Onde se situa então esta sociedade de consumo? Tentemos radiografá-la no enunciado que se segue: • A sociedade de consumo transforma a nutrição em gastronomia, a sexualidade em erotismo, o descanso do trabalho em despesas de ócio, a compra num espectáculo permanente, a cidade em escaparate da vida quotidiana. Com efeito, o sistema industrial contemporâneo realizou o prodígio de transformar a compra numa festa, a venda numa arte e o consumo num espectáculo • As multidões de consumidores acorrem às compras com a mesma alegria com que assistem aos "shows" musicais ¿ quanto mais espectáculo, mais sociedade de consumo • O ciclo de vida dos produtos alterou-se profundamente e vive sob o "império do efémero". Durante décadas, exaltaram-se ruidosamente todas estas coisas que duravam cada vez menos: ontem o artífice cosia laboriosamente as botas de carneira, hoje a tendência é colar, como exigência da automação; amanhã o raio laser será "o primo direito" da robótica • A industrialização criou o imperativo de aglomerar multidões de mão-de-obra e a família. Esta, que sempre fora entendida como uma unidade de produção, transformou-se numa autêntica unidade de consumo. Enfim, a condição da massificação dos comportamentos de consumo teria de conduzir, como conduziu, à nuclearização da família, o que veio a permitir a sua plena integração no meio urbano e a sua exposição permanente a todas as técnicas de persuasão social • A vertente espiritual da sociedade de consumo chama-se a cultura de massas ou terceira cultura. A rádio, o cinema, a televisão, o vídeo, a banda desenhada, a imprensa em geral, a comunicação publicitária, etc., configuram uma cultura que se consome como os produtos do fabrico en série. É uma cultura que se consome como produtos de fabrico em série. É uma cultura diferente que se opõe a, ou ignora, ou decalca, com técnicas específicas da normalização social os modelos religiosos, aristocráticos ou humanistas. É uma cultura que utiliza sofisticadas tecnologias de produção e reprodução Como fecho de abóbada do sistema, temos a questão ideológica. • Emergiu esta sociedade da profusão de bens e serviços postos no mercado, estimulados pelas facilidades do crédito ¿ é a sociedade dominada pela predisposição à compra • O discurso político torna-se dúplice e maleável à simultaneidade de conflito entre a satisfação individual e a resolução ds necessidades elementares. Confrontados com o agravamento ou a complexidade dos problemas dos transportes, saúde ou habitação, alimentação ou qualidade ambiental, o discurso político hesita entre a resposta aos sonhos, ritos e prestígio do indivíduo e os grandes objectivos sociais.

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