𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Anápolis

Predefinição:Artigoproblemas suspeita de violação de copyright. Agradecemos informações sobre a autoria deste texto.

História

A Santana de Goiás

Em 1819, passando pela região de Santana das Antas, Augusto Saint-Hilaire teve o ensejo de hospedar-se na Fazenda das Antas, onde hoje é a cidade de Anápolis. “Português de nascimento e brasileiro de coração”, o marechal Raimundo de Cunha Matos nos dá notícia da citada propriedade, encravada no rio do mesmo nome. E Francis Castelnau, em 1844, chega a falar em “localidade de Antas”.

É certo que nas vizinhanças dos cursos d'água – Góis, Antas, Nunes, Capuava, Cesário, Água Fria, João de Ahy (Jundiaí) – moravam, em 1865, os senhores Joaquim e Manuel Rodrigues dos Santos, José Inácio de Sousa, Manuel e Pedro Roiz, Camilo Mendes de Moraes, Manuel Rodrigues da Silva e outros lavradores. Sendo o local de bons pastos e aguadas excelentes, nele pernoitavam viajantes e tropeiros, surgindo casas e palhoças.

Mudou-se para o vilarejo, em 1980, Gomes de Sousa Ramos. Homem viajado, obteve de alguns moradores a doação de uma gleba de terra para o patrimônio de Nossa Senhora Santana e, no ano seguinte, construía um templo em seu louvor. Mais edificações apareceram e nasceu a denominação: Capela de Santana das Antas.

Os primeiros habitantes a penetrarem Anápolis vieram do norte do País. Percorrendo a extensa faixa de terras entre Jaraguá e Silvânia, alguns viajantes fixaram ali residência, principalmente na cabeceira do Riacho das Antas.

Afirma a tradição que, por volta de 1859, passando pela região da fazenda de Manoel Rodrigues, Ana das Dores, natural de Jaraguá, perdeu ali um de seus animais de carga que conduzia uma imagem de Santana. Encontrado o animal, os tropeiros não conseguiram erguer a tal mala que continha a imagem, o que levou Ana a interpretar o fato ocorrido como um desejo da santa de permanecer no local. Ana então prometeu doá-la à primeira capela que fosse erguida no local.


A luta pela emancipação

Procedente de Meia Ponte e como professor de primeiras letras designado pelo governo providencial, veio, em 1882, para o povoado, José da Silva Batista. Afeiçoando-se ao povo e à terra, pugnou pelo desenvolvimento da freguesia, ao lado de outros dignos batalhadores, para emancipá-la de Pirenópolis, fato que se deu em 15 de novembro de 1887, por força da Lei nº 811. Com a morte de Gomes de Sousa Ramos, Zeca Batista tornou-se o verdadeiro líder da comunidade.

Por múltiplos obstáculos, e, sobretudo pelas dificuldades levantadas pelas autoridades pirenopolinas, a instalação da vila só se deu a 10 de março de 1892, com José da Silva Batista na presidência da Junta Administrativa do munícipio. Através de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente – Lobo de Sousa Ramos, e o primeiro Conselho Municipal, formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira. Aos 7 de dezembro de 1910, com 54 anos de idade, desparecia José da Silva Batista, o consolidador do município, deixando a bandeira anapolina nas mãos de outros prestantes cidadãos.

Criada em 1914 e instalada a 16 de abril de 1915, a comarca de Anápolis teve, como primeiro juiz de direito, o poeta e jornalista Gastão de Deus Vitor Rodrigues, de Catalão. Na noite de 9 de janeiro de 1924, foi inaugurada a luz elétrica da cidade, graças ao pioneirismo de Francisco Silvério Faria e Ralf Colemann. A instalação do telégrafo se deu em 1926 e a Estrada de Ferro chegou em 1935. Do território anapolino, renomado produtor de café no passado, desmembraram-se os seguintes municípios: Nerópolis, Nova Veneza, Damolândia, Brasabrantes, Goianápolis e Ouro Verde de Goiás.


Economia

A capital industrial de Goiás

Com o Distrito Agroindustrial de Anápolis, Daia, o município surge como principal ponto de desenvolvimento econômico em Goiás

Anápolis é o segundo maior município do Estado e compõe a região mais desenvolvida do Centro-Oeste.

Segundo dados do último Censo realizado pelo IBGE, sua população é de 287.666 habitantes. Limita-se ao norte com Pirenópolis e Abadiânia, a leste Silvânia, sul Leopoldo de Bulhões e a oste Nerópolis e Ouro Verde de Goiás. Anápolis está a 54 quilômetros da capital seguindo pela BR-153. Mas ainda conta com as rodovias federais: BR-060 e BR-414. E as estaduais GO-057, GO-018 e GO-013. Sua bacia hidrográfica é composta pelo rios João Leite, Antas, Piancó, Trairas, Tiririca, Padre Sousa e outros. Sua economia está voltada para a agroindústria.

O município ainda conta com seis distritos: Joanápolis, Souzânia, Interlândia, Goiolândia, Rodrigues Nascimento e São Vicente. Seu relevo é levemente ondulado, sendo pequenas as diferenças de níveis existentes entre os distritos. Como os morros do Betume, Conceição, Caiapó, Cuscuzeiro, Santa Bárbara, Tira-Chapéu, Limpo e Três Morros.

Está localizado em Anápolis o Daia – Distrito Agro-Industrial de Anápolis, que foi instalado em 9 de setembro de 1976, em área de 800 hectares. O Daia surgiu com a proposta de promover o desenvolvimento de Goiás, principalmente com a agroindústria. Devido a sua localização estratégica e proximidade com Brasília, Anápolis passou a abrigar o Núcleo da Primeira Ala de Defesa Aérea. Com isso, iniciou-se a construção da Base Aérea de Anápolis, onde estão os aviões F-103 e Mirage da Força Aérea Brasileira. O município abriga também algumas faculdades, dentre elas a Faculdade de Direito de Anápolis (Fada) e a Universidade Estadual de Goiás (UEG). Na rede de ensino, Anápolis conta com aproximadamente 69 mil estudantes.

Capital econômica de Goiás

Sua localização privilegiada, no coração do Brasil (vias de acesso: BR-153, BR-060, BR- 414, GO-222 e GO-330), principal centro de comércio de grãos do Estado, fornecedora de produtos hortifrutigranjeiros para a Central de Abastecimentos de Goiás - Ceasa, com o principal centro industrial do interior goiano, capital dos medicamentos genéricos, são motivos suficientes para classificar Anápolis como principal pólo industrial do Centro-Oeste e capital econômica de Goiás. A Secretaria de Indústria e Comércio está desenvolvendo projetos de incentivos a empresários deste segmento. À frente da secretaria está André Luiz de Paula Silva, que falou ao DM sobre o funcionamento da secretaria: "Nosso principal projeto é apoiar e incentivar os micro e pequenos empresários, através de parcerias com o Sebrae, possibilitando incentivos à abertura e facilidades de financiamento".

A Secretaria de Indústria e Comércio de Goiânia, em parceria com Anápolis, realizou a primeira feira Goiás Export, que aconteceu no palácio da cultura em Anápolis e reuniu 30 prefeitos, no qual foram discutidos temas referentes às exportações.

André Luiz de Paula falou também sobre as viagens realizadas pela secretaria: "Fomos a São Paulo negociar com indústrias, a fim de trazê-las para o município. A convite do embaixador do Chile, fizemos contatos com a central de compras de medicamentos. Queremos exportar, e estamos tentando trazer novos benefícios a Anápolis".

A criação de um banco de dados está sendo discutida pela secretaria: "Hoje temos um banco em cada sindicato, associação, queremos unificá-lo", finalizou.

O sonho já é real

Velho sonho dos anapolinos tornou-se realidade em 9 de novembro de 1976. A iniciativa ainda tímida abriu espaço para a construção de um dos maiores pólos industriais do Centro-Oeste, o Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia).

A movimentação partiu de empresários ligados à Associação Comercial e Industrial de Anápolis (Acia). No governo de Leonino Caiado, foi lançado o Goiás Rural, projeto que ampliou a oferta de tratores de esteira a agricultores do estado. "Diante do conseqüente aumento da produção de matéria-prima, reivindicamos política de formento à indústria e a construção do distrito em Anápolis", explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Ruy Abadalla, 59.

As duas propostas tornaram-se conquistas. A Lei Estadual nº 7.700 estabelecia os primeiros incentivos fiscais. Os projetos Fomentar e Produzir favoreceram o crescimento industrial. Concomitantemente, foi estruturada legislação e viabilizada desapropriação para a construção do Daia. "As realizações foram concretizadas graças à parceria entre as esferas de governo e a iniciativa privada", comenta.

Transações mais ágeis e fáceis

A Estação Aduaneira do Interior (Eadi) foi criada no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) em setembro de 1999. Conhecida como Porto Seco Centro-Oeste, a instituição funciona como terminal alfandegário de uso público, destinado à armazenagem e movimentação de mercadorias comercializadas em âmbito internacional.

O Porto Seco é peça fundamental da infra-estrutura oferecida pelo Daia porque torna as transações internacionais mais ágeis e baratas. De acordo com o superintendente, a redução de custos pode chegar a dois terços se comparado com o uso dos portos marítimos. "A oferta de condições excepcionais no transporte de mercadorias visa inserir o estado no comércio internacional", comenta o superintendente, Edson Tavares. Em 2001, o volume de importação no estado chegou a US$ 386 mi, dos quais cerca de US$ 35 mi passaram pelo Porto Seco. Quanto às exportações, as cifras ficam em US$ 600 mi, dos quais US$ 600 mil foram viabilizados pela Eadi.

O projeto da plataforma multimodal irá reunir condições de transporte ferroviário, rodoviário e aeroviário. As obras da plataforma de trens já estão concluídas.

Um laboratório pioneiro

O laboratório Néo Química foi instalado em 10 de agosto de 1989, no Daia - Distrito Agroindustrial de Anápolis - , mostrando seu pioneirismo, tornando um dos primeiros laboratórios a se estabelecerem neste distrito, que é considerado como pólo farmoquímico do Estado.

Fatores como incentivos fiscais, posição geográfica, que facilitam a distribuição de medicamentos para todo o país, foram preponderantes para a vinda do laboratório da capital paulista.

A Néo Química conta com um complexo industrial instalado em 81 mil metros quadrados de área total, além do Centro Avançado de Distribuição, que tem 10 mil metros quadrados de área construída e que permite o armazenamento de 63.840 metros cúbicos de mercadoria. Outros dois depósitos - um instalado em São Paulo e outro em Fortaleza, dão suporte na distribuição de medicamentos pelo país e permitem a liberação de 960 mil unidades por dia.

Segundo o anuário 2001 Maiores e Melhores, da Revista Exame, a Néo Química foi considerada no ranking nacional a sétima colocada indústria farmacêutica. O trabalho especializado de seus 1.400 trabalhadores contribuiu diretamente para seu sucesso. Um novo parque industrial está sendo construído, serão 210 mil metros quadrados de área total, sendo 66 mil metros de área construída. O investimento está na ordem de U$$ 65 milhões.

A Néo Química produz medicamentos genéricos (mesmo princípio ativo e a mesma eficácia, agindo sobre a doença como qualquer medicamento de referência), similares de marca (diferente somente em características relativas ao tamanho e à forma do produto, validade e embalagem), hospitalares (linha destinada a hospitais privados e órgãos públicos) e os OTC ( àqueles que podem ser adquiridos diretamente pelo consumidor final sem a recomendação médica). O objetivo do laboratório é proporcionar o bem-estar e saúde dos seus clientes.

Shopping como diversão e lazer

Com uma área construída de 50 mil metros quadrados, 80 lojas, estacionamento para 800 carros, o Anashopping é o maior centro de compras e lazer de Anápolis. Além das lojas, o shopping possui três concessionárias, duas salas de cinema – que comportam 400 pessoas –, área de lazer, praça de alimentação, boliche, jogos em rede, diversões eletrônicas. João Gomes, superintendente administrativo, falou sobre a expansão do shopping: “Vamos construir mais quinze pontos de venda, três salas de cinema, um posto de gasolina, e unificaremos e diversificaremos o mix da praça de alimentação. Queremos aumentar as vendas em 30%”. O Anashopping recebe em média 200 mil pessoas por mês, e segundo João Gomes a expectativa é que este número chegue a 300 mil visitantes. O turista também tem como opções de lazer os bares. O Bar Pau Brasil é referência em Anápolis, funciona diariamente e de quarta a sábado e tem música ao vivo. A iluminação do bar, à luz de velas, torna o ambiente agradabilíssimo. O cardápio é bem variado, as comidas árabes, os drinks são especialidades da casa. Acontecem também diversas apresentações de dança.

talvez você goste