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Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida
Nascimento 24 de julho de 1890[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Campinas
Morte 11 de julho de 1969 (78 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Ocupação Jurista, jornalista, escritor, poeta

Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de julho de 1890São Paulo, 11 de julho de 1969) foi um advogado, jornalista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro [1].

Filho de Estevam de Araujo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida (Baby), de cuja união nasceu o filho, Gay Sérgio Haroldo Estêvão Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina de Queiroz Aranha, c.g. Foi seu irmão, Tácito de Almeida (1899 - 1940), importante participante da Semana de Arte Moderna de 22.

Em 1956, ao visitar a cidade de Rio Claro, no interior do estado de São Paulo, confidenciou a um amigo íntimo que nascera naquela cidade.[2]

História

Um dos poemas de Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu livro "Era uma vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1930, na conferência "Poesia Moderníssima do Brasil". Foi um dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde lecionou Ciência Política.

Guilherme de Almeida pertenceu só episodicamente do movimento de 1922. Não bastasse sua produção poética [3], suas atitudes comprovam essa afirmação: foi o primeiro "modernista" a entrar para a Academia Brasileira de Letras (1930). Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" [4] (depois de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano).

Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil [5].

Vida pública

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituida pela Assembléia Legislativa de São Paulo. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema Nossa Bandeira. Ainda, o poema Moeda Paulista e a pungente Oração ante a última trincheira. É proclamado "O poeta da Revolução de 32".

É de sua autoria a belíssima letra da Canção do Expedicionário com música de Spartaco Rossi, referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial.

Autor da letra do Hino da Televisão Brasileira, executado quando da primeira transmissação da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.

Encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o "Tribuno de 32", dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade), e do caboclo Paulo Virgínio.

Casa Guilherme de Almeida

Guilherme de Almeida mudou-se para o local em 1946, um sobrado na rua Macapá, no Pacaembu, bairro nobre da cidade de São Paulo. Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina" [6]. E ele a descreveu: "A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára, olha um instante e desce". Nela, o poeta viveu até 1969 e nela faleceu. Lá, os saraus eram bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim. Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Noemia Mourão, René Thiollier, Saulo Ramos, Roberto Simonsen, Carlos Pinto Alves e tantos outros. A casa, em 1979, tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, tendo sido "tombado como museu biográfico e literário" pelo Conpresp, em maio de 2009. O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros de Di Cavalcanti, Lasar Segall e Anita Malfatti, as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932.

Obras do autor

Poesia
  • 1917 – Nós – capa e ilustrações de Correia Dias, oficinas de "O Estado de São Paulo" [7].
  • 1919 – A Dança Das Horas – capa e ilustrações de Di Cavalcanti, seção de obras de "O Estado de São Paulo".
  • 1919 - Messidor – capa de J. Wasth Rodrigues, oficinas da Casa Editora O Livro.
  • 1920 – Livro de Horas de Soror Dolorosa – capa e ilustrações de J. Wasth Rodrigues, oficinas de "O Estado de São Paulo".
  • 1922 – Era Uma Vez… - com desenhos de John Graz, edição de propriedade do Autor, impressa nas oficinas da Casa Mayença, S. Paulo.
  • 1924 – A Frauta Que Eu Perdi – edição do Anuário do Brasil, Rio de Janeiro.
  • 1925 – Meu – capa de Paim, propriedade do Autor, impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
  • 1925 - A Flor Que Foi um Homem (Narciso) – capa e desenhos de J. Wasth Rodrigues, Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
  • 1925 - Encantamento – capa de Correia Dias, Livraria do Globo e Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
  • 1925 - Raça – impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
  • 1929 – Simplicidade – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1931 – Carta À Minha Noiva – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1931 - Você – com desenhos de Anita Malfatti, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1932 – Cartas Que Eu Não Mandei – Editora Guanabara, Rio de Janeiro.
  • 1938 – Acaso - (reconstituição de ornatos e letras ao gosto vitoriano, século XIX), Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1941 – Cartas Do Meu Amor – capa e desenhos de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1947 – Poesia Vária – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1951 – O Anjo De Sal – Edições Alarico, São Paulo.
  • 1954 – Acalanto De Bartira – capa de Renato Zamboni, vinhetas de abertura e fecho de Brecheret e ornatos de Guidal, execução gráfica de Elvino Poccai, São Paulo.
  • 1956 – Camoniana – com apresentação de Afrânio Peixoto, para a coleção Rubáiyát, da Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
  • 1957 – Pequeno Romanceiro – com desenhos de Gomide e letras de Abigail, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1961 – Rua – com fotografias de Eduardo Ayrosa, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1965 – Rosamor – com capa de Zamboni e ilustrações de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1968 – Os Sonetos De Guilherme de Almeida – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo [8].
Poesia (traduções)
  • 1932 – Eu e Você – tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy, ilustrações de Darcy Penteado, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1923 – O Gitanjali – de Rabindranath Tagore, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • 1936 – Poetas De França – edição bilingüe, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
  • Suíte Brasileira – terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents, coleção do Departamento Municipal de Cultura, São Paulo.
  • 1939 – O Jardineiro – de Rabindranath Tagore, capa de Santa Rosa, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
  • 1943 – O Amor de Bilitis (algumas canções) – de Pierre Louÿs, coleção Rubáiyát, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
  • 1944 – Flores Da Flores Do Mal – de Charles Baudelaire, edição bilingüe, carvões de Quirino, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
  • Paralelamente a Paul Verlaine – desenhos de Dorca, edição bilingüe, Livraria Martins Editora, São Paulo.
  • 1965 – Festival, de Simon Tygel, edição bilingüe, com nus de Gomide.
  • Arcanum, de Niles Bond.
  • 1967 – Os Frutos Do Tempo (Les Fruits du Temps) – de Simon Tygel, edição bilingüe, com capa de Renato Zamboni.
Heráldica
  • Autor de brasões-de-armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).

Referências

  1. Vida em poesia. «Guilherme de Almeida (biografia)». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  2. http://www.diariodorioclaro.com.br/product.asp?pid=27413
  3. O Pensador. «Guilherme de Almeida, Pensamentos». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  4. Suacara. «O Príncipe dos Poetas Brasileiros». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  5. Terebess Asia Online, Mundo Cultural. «Guilherme de Almeida (1890-1969) Haicais completos». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  6. Érica Perazza e Thaís Teles, revista Klaxon. «A casa na colina». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  7. Jornal de Poesia. «Guilherme de Almeida». Consultado em 25 de agosto de 2010 
  8. Sonetos.com. «Sonetos». Consultado em 25 de agosto de 2010 

Ligações externas

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19301969
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Odilo Costa Filho

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