Black metal

Black Metal é um subgênero do Heavy Metal.

O Black Metal provou que é um gênero muito difícil de se categorizar. Alguns fãs e músicos têm um conceito firme de gêneros e subgêneros, mas outros rejeitam toda essa categorização como sendo um meio de limitar o black metal. Existe uma certa diferença de uma categoria para outra e há ainda os gêneros que usam a musicalidade e o estilo de outros tipos de música.

O Black Metal geralmente consiste em distorção pesada, guitarra extremamente rápida, vocais guturais e bateria muito rápida. O gênero faz um extensivo uso de repetição, e algumas faixas são musicalmente muito fracas. As letras geralmente são de cunho satânico, falando sobre o satanismo e blasfemando todas as crenças cristãs, mas também se fala de outros temas ocultos.

As bandas antigas de Black Metal adotavam o chamado Corpse Paint, um tipo especial de maquiagem das cores preta e branca pra enfatizar sua aparência demoniaca. Alguns músicos de Black Metal, especialmente na Noruega, estão envolvidos em assassinatos e na queima de diversas igrejas.

Ancestrais

Os progenitores do Black Metal moderno são bandas como Celtic Frost, Mercyful Fate, Bathory e Venom. O movimento começou a ficar maduro no fim dos anos 80 e inicio dos 90, com gravações do Bathory. O Black Metal congelou em sua forma atual com influências de bandas norueguesas como Dark Throne, Carphatian Forest, Burzum, Mayhem, Immortal and Emperor, que começou com o estilo mais simples e foi adicionando elementos do heavy metal original, música clássica e Hardcore Punk e popularizou o estilo, saindo dos guetos e tornando-se apreciado por muitas pessoas ao redor do mundo.

História e ideário do Black Metal norueguês

A mais proeminente figura da original cena da Noruega foi Øystein Aarseth, mais conhecido como Euronymous, o guitarrista da banda Mayhem. De muitas maneiras, ele foi o precursor da cena do Black Metal na Noruega. A cena era profundamente anti-cristã, e procurou remover o Cristianismo e outras religiões não escandinavas da cultura norueguesa e tudo o mais que afetava as raízes da Noruega. Isso conduziu à mobilização de algumas pessoas com uma ideologia semelhante para a cena Black Metal. A maior parte deste movimento foi dirigida pelo Inner Circle, formado por Aarseth e alguns outros amigos próximos, no sótão da loja de discos do Aarseth, Helvete (Inferno). Essa loja também servia de estúdio de gravação, e foi aí que foram gravados os discos do Mayhem e de outras bandas de Black Metal que assinaram com o selo do Aarseth, chamado de Deathlike Silent Productions. Ele só assinava bandas que "encarnavam o demônio em seu estado mais puro".

Durante esse tempo na Noruega diversas igrejas foram queimadas, e o círculo de Aarseth foi acusado desses actos. Mas eles negaram terem queimado as igrejas, e dissseram que o seu objectivo era inspirar seus seguidores a perpetuar o orgulho escandinavo e não deixar que suas origens fossem esquecidas. A mais famosa das igrejas queimadas foi a de Fantoft Stave, queimada por um membro do Inner Circle do Euronymous com ajuda do membro mais proeminente do Burzum, Kristian "Varg" Vikernes, mais conhecido como Count Grishnakh. Os entusiastas do Black Metal também começaram a "aterrorizar" outras bandas de Death Metal que estavam tocando no país e nos países vizinhos.

A cena do Black Metal ganhou uma grande repercussão na mídia quando o vocalista da banda Mayhem, Per Yngve Ohlin, que adotava o pseudônimo "Dead", cometeu suícidio em Abril de 1991 com um tiro de espingarda na cabeça, depois de ter cortado os pulsos e garganta. Devido o seu grande senso de humor mórbido, deixou escrito: "Desculpe todo o sangue". Seu corpo foi descoberto por Aarseth, que em vez de chamar a polícia, foi correndo para a loja mais próxima comprar uma câmera, que serviu para tirar fotografias do cadáver. Uma dessas fotografias serviu de capa para o álbum "Dawn of the black hearts", do Mayhem. Boatos dizem que Euronymous fez coláres dos fragmentos do crânio de Ohlin, e que ingeriu pedaços de seu cérebro.

O "Inner Circle" foi mais exposto na mídia quando, em 1993, Vikernes assassinou Aarseth em sua casa, o esfaquiando 23 vezes na cabeça e nas costas. Vikernes foi setenciado a 21 anos de prisão e desde então se distanciou da cena Black Metal, se envolvendo no neo-nazismo, e escrevendo extensos artigos sobre o tema.

O Black Metal na segunda metade dos anos 90

Durante os últimos anos da década de 90, o Black Metal perdeu todo o sentido que ganhou no underground, quando bandas como Dimmu Borgir começaram a ganhar destaque na mídia, usando sons de música clássica e um teclado muito mélodico e dando o ritmo da música, o que antes era uma tarefa da guitarra, e bandas como Dimmu Borgir, Cradle Of Filth e Children Of Bodom começaram a tocar em grandes festivais europeus. Com isso as bandas norueguesas de Black Metal que tocavam um som mais underground também ganharam mais atenção da mídia, não mais por assassinatos e queima de igrejas mas sim por sua música.

Os EUA tem uma pequena quantidade de bandas de Black Metal (a vezes chamado de bandas de USBM). Esse movimento ainda não ganhou uma forma muito clara, mas os grupos mais conhecidos são Judas Iscariot e a banda que tem influências de Death Metal Averse Sefira.

Sub-gêneros

Existem muitos pequenos gêneros relacionados ao Black Metal, ou sub-gêneros do Black Metal. Os princiais estão listados abaixo:

• Folk Metal (Skyclad, Cruachan, Waylander, Finntroll)
• Melodic Black Metal (Abyssos, Children Of Bodom, Cradle Of Filth, Dimmu Borgir)
• National Socialist black metal ou Nazi black metal (Thor's Hammer, Kataxu, Temnozor)
• Symphonic Black Metal (Cradle Of Filth, Emperor)
• Unblack Metal (Horde, Antestor, Admonish, Parameaecium, Necromanicide)
• Viking Metal (Bathory, Vintersorg, Enslaved, Moonsorrow)
• Forest Metal
• Mass Murder Metal
• Dragon Metal
• Pagan Metal