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Pedro Álvares Cabral: mudanças entre as edições

(Sem diferença)

Edição das 19h08min de 14 de maio de 2007

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Pedro Álvares Cabral

Pedro Álvares Cabral (Belmonte, 1467 ou 1468Santarém, 1520 ou 1526) foi um fidalgo e navegador português que descobriu o Brasil a (22 de Abril de 1500).

Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife, 19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1968) foi um poeta, escritor, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor brasileiro.

Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Gilberto Freyre e José Condé, representa o que há de melhor na produção literária do Estado de Pernambuco Biografia Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro, era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura e seu tio João Carneiro de Sousa Bandeira foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e Antonio Herculano de Souza Bandeira Filho,irmão mais velho do Engenheiro Souza Bandeira foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente da Províncias da Paraíba e de Mato Grosso.

Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 12ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado em Evocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô". No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da Silveira, Antenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.

Em 1902 terminou o Curso de Humanidades e foi para São Paulo,onde iniciou o curso de arquitetura , que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou Campos de Jordão, Campanha e outras localidades de clima seco. Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel. Manuel Bandeira faleceu no Rio de Janeiro e foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras no Cemitério São João Batista no Rio de Janeiro.

Professor de literatura, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras onde foi o terceiro ocupante da Cadeira 24 cujo patrono é Júlio Ribeiro. Sua eleição ocorreu em 29 de agosto de 1940, sucedendo Luís Guimarães e foi recebido pelo Acadêmico Ribeiro Couto em 30 de novembro de 1940.

Faleceu aos 82 anos de idade, no dia 13 de outubro de 1968 em Botafogo no Rio de Janeiro. Foi sepultado no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no cemitério São João Batista.


[editar] Poesia de Bandeira Um dos poetas nacionais mais admirados, inspirando, até hoje, desde novos escritores a compositores. Aliás, o "ritmo bandeiriano" merece estudos aprofundados de ensaistas. Por vezes inspira escritores não em razão de sua temática, mas, também devido ao estilo sóbrio de escrever.

Manuel Bandeira possui um estilo simples e direto, embora não compartilhe da dureza de poetas como João Cabral de Melo Neto, também pernambucano. Aliás, numa análise entre as obras de Bandeira e João Cabral, vê-se que este, ao contrário daquele, visa a purgar de sua obra o lirismo. Bandeira foi o mais lírico dos poetas. Aborda temáticas cotidianas e universais, às vezes com uma abordagem de "poema-piada", lidando com formas e inspiração que a tradição acadêmica considera vulgares. Mesmo assim, conhecedor da Literatura, utilizou-se, em temas cotidianos, de formas colhidas nas tradições clássicas e medievais. Em sua obra de estréia (e de curtíssima tiragem) estão composições poéticas rígidas, sonetos em rimas ricas e métrica perfeita, na mesma linha onde, em seus textos posteriores, encontramos composições como o rondó e trovas.

É comum criar poemas (como o Poética, parte de Libertinagem) que se transforma quase que em um manifesta da poesia moderna. No entanto, suas origens estão na poesia parnasiana. Foi convidado a participar da Semana de arte moderna de 1922, embora não tenha comparecido, deixando um poema seu (Os Sapos) para ser lido no evento.

Uma certa melancolia, associada a um sentimento de angústia, permeia sua obra, em que procura uma forma de sentir a alegria de viver. Doente dos pulmões, Bandeira sabia dos riscos que corria diariamente, e a perspectiva de deixar de existir a qualquer momento é uma constante na sua obra.


[editar] Obras

[editar] Poesia A Cinza das Horas - Jornal do Comércio - Rio de Janeiro, 1917 Carnaval - Rio de janeiro,1919 O Ritmo Dissoluto - Rio de Janeiro, 1924 Poesia (A cinza das Horas, Carnaval, Ritmo Dissoluto) - Rio de Janeiro, 1924 Libertinagem - Rio de Janeiro, 1930 Estrela da Manhã - Rio de Janeiro, 1936 Poesias Escolhidas - Rio de Janeiro, 1937 Poesias Completas - Rio de Janeiro todos livros anteriores com o novo Lira dos Cinquent'anos), 1940 Poemas Traduzidos - Rio de Janeiro, 1945 Mafuá do Malungo - Rio de Janeiro, 1948 Poesias Completas (todos os trablahos anteriores incluindo o novo Belo Belo) - Rio de Janeiro, 1948 Opus 10 - Rio de Janeiro, 1952 Poesias (incluindo Opus 10) - Rio de Janeiro, 1954 50 Poemas Escolhidos pelo Autor - Rio de Janeiro, 1955, Obras Poéticas - Rio de Janeiro, 1956 Alumbramento - Rio de Janeiro, 1960 Estrela da Tarde - Rio de Janeiro, 1960

[editar] Prosa Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936 Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938 Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940 Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940 Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946 Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949 Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952 Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954 De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954 A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957 Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957 Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966 Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966 Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968 Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ

[editar] Antologias Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Romântica, N. Fronteira, RJ Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Parnasiana - N. Fronteira, RJ Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 1, N. Fronteira, RJ Antologia dos Poetas Brasileiros da Fase Moderna - Vol. 2, N. Fronteira, RJ Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos, N. Fronteira, RJ Antologia dos Poetas Brasileiros - Poesia Simbolista, N. Fronteira, RJ Antologia Poética - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1961 Poesia do Brasil - Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1963 Os Reis Vagabundos e mais 50 crônicas - Editora do Autor, RJ, 1966 Manuel Bandeira - Poesia Completa e Prosa, Ed. Nova Aguilar, RJ Antologia Poética (nova edição), Editora N. Fronteira, 2001

[editar] Em co-autoria Quadrante 1 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1962 (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga) Quadrante 2 - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1963 (com Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Dinah Silveira de Queiroz, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Rubem Braga) Quatro Vozes - Editora Record - Rio de Janeiro, 1998 (com Carlos Drummond de Andrade, Rachel de Queiroz e Cecília Meireles) Elenco de Cronistas Modernos - Ed. José Olympio - RJ (com Carlos Drummond de Andrade, Rubem Braga O Melhor da Poesia Brasileira 1 - Ed. José Olympio - Rio de Janeiro (com Carlos Drummond de Andrade e João Cabral de Melo Neto)

[editar] Traduções O Auto Sacramental do Divino Narciso de Sóror Juana Inés de la Cruz, 1949 Maria Stuart, de Schiler, encenado no Rio de Janeiro e em São Paulo, 1955 Macbeth, de Shakespeare, e La Machine Infernale, de Jean Cocteau, 1956. As peças June and the Paycock, de Sean O'Casey, e The Rainmaker, de N. Richard Nash, 1957 The Matchmaker (A Casamenteira), de Thorton Wilder, 1958 D. Juan Tenório, de Zorrilla, 1960 Mireille, de Fréderic Mistral, 1961 Prometeu e Epimeteu de Carl Spitteler, 1962 Der Kaukasische Kreide Kreis, de Bertold Brecht, 1963 O Advogado do Diabo, de Morris West, e Pena Ela Ser o Que É, de John Ford, 1964 Os Verdes Campos do Eden, de Antonio Gala; A Fogueira Feliz, de J. N.Descalzo, e Edith Stein na Câmara de Gás de Frei Gabriel Cacho, 1965

[editar] Seleção e organização Sonetos Completos e Poemas Escolhidos de Antero de Quental Obras Poéticas de Gonçalves Dias, 1944 Rimas de José Albano, 1948 Cartas a Manuel Bandeira, de Mário de Andrade, 1958

[editar] Sobre o autor Homenagem a Manuel Bandeira, 1936 Homenagem a Manuel Bandeira (edição fac-similar), 1986 - Homenagem a Manuel Bandeira- (sessenta autores com organização de Bandeira a Vida Inteira - Edições Alumbramento, Rio de Janeiro, 1986 (com um disco contendo poemas lidos pelo autor). Os Melhores Poemas de Manuel Bandeira (seleção de Francisco de A. Barbosa) - Editora Global - Rio de Janeiro Manuel Bandeira: Uma Poesia da Ausência. De Yudith Rosebaum. São Paulo: Edusp/Imago, 1993.

[editar] Multimídia CD "Manuel Bandeira: O Poeta de Botafogo" - Gravações inéditas feitas pelo poeta e por Lauro Moreira, tendo como fundo musical peças de Camargo Guarnieri interpretadas pelo pianista Belkiss Carneiro Mendonça, 2005

A Armada de 1500

Em 1499, foi nomeado por D. Manuel capitão-mor da primeira armada que se dirigiria à Índia após o retorno de Vasco da Gama. Teria então cerca de 33 anos. Foi a mais bem equipada do século XV, integrada por dez naus e três caravelas, transportando de 1.200 a 1.500 homens, entre funcionários, soldados e religiosos. Deveria desempenhar funções diplomáticas e comerciais junto ao Samorim, reerguendo a imagem de Portugal, instalando um entreposto comercial ou feitoria e retornar com grande quantidade de mercadorias.

Integrada por navegadores experientes, como Bartolomeu Dias e Nicolau Coelho, a armada partiu de Lisboa a 9 de março de 1500. A 22 de abril, após 43 dias de viagem e tendo-se afastado da costa africana, avistou o Monte Pascoal no litoral sul da Bahia. No dia seguinte, houve o contato inicial com os nativos. A 24 de abril, seguiu ao longo do litoral para o norte em busca de abrigo, fundeando na atual baía de Santa Cruz Cabrália, nos arredores de Porto Seguro, onde permaneceu até 2 de maio, a chamada "Semana de Cabrália".

Cabral tomou posse, em nome da Coroa portuguesa, da nova terra, a qual denominou de Terra de Vera Cruz, e enviou uma das embarcações menores com a notícia, inclusive a Carta de Pero Vaz de Caminha, de volta ao reino. Retomou então a rota de Vasco da Gama rumo às Índias. Ao cruzar o cabo da Boa Esperança, quatro de seus navios se perderam, entre os quais, ironicamente, o de Bartolomeu Dias, navegador que o descobrira em 1488.

Existe uma discussão entre os historiadores a respeito da intencionalidade ou não da chegada de Cabral ao território brasileiro, embora não existam evidências concretas a sustentar qualquer das hipóteses.

Chegaram a Calicute a 13 de setembro, depois de escalas no litoral africano. Cabral assinou o primeiro acordo comercial entre Portugal e um potentado na Índia. A feitoria foi instalada mas durou pouco: atacada pelos muçulmanos em 16 de dezembro, nela pereceram cerca de trinta portugueses, entre os quais o seu escrivão, Pero Vaz de Caminha. Depois de bombardear Calicute e apresar barcos árabes, Cabral seguiu para Cochim e Cananor, onde carregou as naus com especiarias e produtos locais e retornou à Europa. Chegou em Lisboa a 31 de julho de 1501. Foi aclamado como herói, não obstante o facto de, das treze embarcações, terem regressado apenas três.

O fim da vida

Convidado para comandar nova expedição ao Oriente, desentendeu-se com o monarca acerca do comando da expedição e recusou a missão, vindo a ser substituído por Vasco da Gama. Não recebeu mais nenhuma outra missão oficial até ao fim da vida. Faleceu esquecido e foi sepultado na Igreja da Graça cidade de Santarém, segundo alguns em 1520, e outros, em 1526.

Casou-se em 1503 com D. Isabel de Castro, sobrinha de Afonso de Albuquerque, deixando descendência. Em 1518, era cavaleiro do Conselho Real. Foi senhor de Belmonte e alcaide-mor de Azurara.

Cabral, lembrado pelos brasileiros como aquele que "descobriu" o Brasil, não recebeu do rei as mesmas honrarias outorgadas a Vasco da Gama. No Brasil, é o grande homenageado a cada dia 22 de abril.

Foram-lhe erguidos um monumento na cidade do Rio de Janeiro e outro em Lisboa, na avenida que tem o seu nome; de igual modo, sua terra natal o homenageou com uma estátua, bem como a cidade onde está sepultado, Santarém.

O relato da viagem

Além da "Carta" de Pero Vaz de Caminha, uma espécie de certidão de nascimento do Brasil, um documento importante na historiografia do país, o primeiro texto impresso que se refere exclusivamente ao descobrimento do Brasil por Cabral, é o panfleto anônimo, escrito em italiano, "Copia de una littera del Re de Portogallo madata al Re de Castella del viaggio & sucesso de India" (Cópia de uma carta do Rei de Portugal mandada ao Rei de Castela acerca da viagem e sucesso da Índia), publicada em Roma e logo a seguir em Milão, no ano de 1505.

Diz-se na obra "Brasiliana da Biblioteca Nacional", pg 33: ´Lembra William Brooks Greenlee que "a autenticidade desta carta é contestável, mas é o mais antigo relato impresso da viagem de Cabral hoje existente." Apesar disso, como já ressaltou Rubens Borba de Moraes, "para os brasileiros este panfleto guarda grande interesse, visto que contém as primeiras notícias impressas da descoberta do Brasil pelo ´Capitano Generale Petro Alves Cabrale...alla quale terra d´Santa Croce pose il nome...".´

Mas o primeiro texto a vir a público de um participante da viagem em 1500 será o "Relato do Piloto Anônimo", impresso em dialeto italiano.

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