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Animal Farm: mudanças entre as edições

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7. Todo animal trabalhará no mínimo 18 horas por dia, exceto o Rei Napoleão e os incríveis porcos.
7. Todo animal trabalhará no mínimo 18 horas por dia, exceto o Rei Napoleão e os incríveis porcos.
É nítida a ostentação dos porcos e o descaso para com os demais, bem como o cuidado de mantê-los na completa ignorância. Além disso, foram realizadas reuniões de execuções dos animais que haviam contestado alguma regra, mesmo que em sonho.
É nítida a ostentação dos porcos e o descaso para com os demais, bem como o cuidado de mantê-los na completa ignorância. Além disso, foram realizadas reuniões de execuções dos animais que haviam contestado alguma regra, mesmo que em sonho.



Edição das 16h33min de 21 de janeiro de 2008

Animal Farm: a fairy story (A Revolução dos Bichos no Brasil e O Triunfo dos Porcos em Portugal) é um romance alegórico da autoria de George Orwell.

Introdução

Eric Blair, conhecido pelo pseudônimo George Orwell, escritor, jornalista e militante político, participou da Guerra Civil Espanhola na milícia marxista/trotskista e foi perseguido, junto aos anarquistas e outros comunistas, pelos stalinistas.

Desencantado com o governo de Stalin, escreveu O Triunfo dos Porcos em 1944. Nenhum editor aceitou publicar a sátira política, pois, na época, a União Soviética era aliada da Inglaterra e dos Estados Unidos. Só após o término da guerra, em 1945, é que o livro foi publicado e se tornou um sucesso editorial.

O romance foi escolhido pela revista Time Magazine como um dos 100 Melhores da Língua Inglesa e foi o 31º na lista dos Melhores Romances do Século 20 da renomada Modern Library List.

Resumo

Sentindo chegar sua hora, Major, um velho porco, reúne os animais da fazenda para compartilhar de um sonho: serem governados por eles próprios, os animais, sem a submissão e exploração do homem. Ensinou-lhes uma antiga canção, Animais da Inglaterra (Beasts of England), que resume a filosofia do “Animalismo”, exaltando a igualdade entre eles e os tempos prósperos que estavam por vir, deixando os demais animais extasiados com as possibilidades.

O velho Major faleceu 3 dias depois, tomando a frente os astutos e jovens porcos Bola-de-Neve e Napoleão. Após clandestinas reuniões para traçar as estratégias, Sr. Jones, então proprietário da fazenda, se descuidou na alimentação dos animais, mal sabendo que este seria o estopim para aqueles bichos. Deu-se a Revolução.

Sob o comando dos inteligentes e letrados porcos, os animais passaram a chamar a Manor Farm de Quinta Manor(Pt)/Granja do Solar(Br) e aprenderam os 7 Mandamentos, que, a princípio, ganhava a seguinte forma:


1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.

2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.

3. Nenhum animal usará roupas.

4. Nenhum animal dormirá em cama.

5. Nenhum animal beberá álcool.

6. Nenhum animal matará outro animal.

7. Todos os animais são iguais.


Para os animais menos inteligentes, os porcos resumem os mandamentos em apenas “Quatro pernas bom, duas pernas mau!” que passou a ser repetido constantemente pelas ovelhas.

Após a primeira invasão dos humanos, na tentativa frustrada de retomar a fazenda, Bola-de-Neve luta bravamente, dedica todo o seu tempo ao aprimoramento da fazenda e da qualidade de vida de todos, mas, mesmo assim, Napoleão o expulsa do território, alegando sérias acusações contra o antigo companheiro. Acusações estas que se prolongam por toda história, mesmo após o desaparecimento de Bola-de-Neve, na tentativa de encobrir algo ou mesmo ter alguma explicação para os animais para catástrofes, criando-se um mito em torno do porco.

Napoleão se apossa da idéia de Bola-de-Neve de construir um moinho de vento para a geração de energia, sendo que antes fazia duras críticas à imaginação do companheiro, e inicia a sua construção.

Algum tempo depois, os porcos começam a negociar com os agricultores da região, recusando a existência de uma resolução de não contactar com os humanos, e que essa tinha sido uma invenção de Bola-de-Neve, transformado num dos principais inimigos da revolução dos animais. Os porcos passam ainda a viver na antiga casa de Sr. Jones e começam a modificar os mandamentos que estavam na porta do celeiro, que, espantosamente, recebeu estas alterações:


4. Nenhum animal dormirá em cama com lençóis.

5. Nenhum animal beberá álcool em excesso.

6. Nenhum animal matará outro animal sem motivo.

E mais uma:

7. Todo animal trabalhará no mínimo 18 horas por dia, exceto o Rei Napoleão e os incríveis porcos.


É nítida a ostentação dos porcos e o descaso para com os demais, bem como o cuidado de mantê-los na completa ignorância. Além disso, foram realizadas reuniões de execuções dos animais que haviam contestado alguma regra, mesmo que em sonho.

O hino da Revolução é banido, já que a sociedade ideal descrita, segundo Napoleão já teria sido atingida sob o seu comando, e o líder foi elevado ao posto de deus para os animais. As condições de trabalho se degradam, os animais recebem novo ataque humano e já não se lembram se na época em que estavam submissos ao Sr. Jones era mesmo pior, mas lembravam-se da liberdade proclamada, e eram sempre lembrados por sábios discursos suínos.

Napoleão, os outros porcos e os agricultores da vizinhança celebram, em conjunto, a produtividade da Quinta/Granja dos Animais. Os outros animais trabalham arduamente em troca de míseras rações. O que se assiste é um arremedo grotesco da sociedade humana.

No final, os animais, ao olhar para dentro de casa já não conseguem distinguir os porcos dos homens. O slogan das ovelhas fora modificado ligeiramente, “Quatro pernas bom, duas pernas melhor!”, há poucos dias. O último mandamento, que havia sido considerado o mais importante, tornou-se único e a máxima:


              Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros.

Um pouco de História

Publicada em 1945, A Revolução dos Bichos foi imediatamente interpretada como uma fábula satírica sobre os descaminhos da Revolução Soviética, chegando a ter sido utilizada pela propaganda anticomunista.

O Clássico foi lançado em uma época que correspondia ao final da Segunda Guerra Mundial. Orwell era socialista e criticava abertamente tanto o comunismo como o capitalismo.

Neste livro o autor constrói uma sátira em que critica a Rússia Soviética e o autoritarismo stalinista, ambos resultantes da Revolução Soviética. Devido ao fato de à época da sua primeira publicação, a URSS ser aliada da Inglaterra, o autor teve complicações em publicar o livro.


Algumas observações históricas:


- O descaso dos humanos ao esquecer de alimentar os animais é uma alusão à Revolução Soviética de 1917 que levou à remoção do Csar Nicholas II e sua família, depois de uma série de revoltas que resultaram da pobreza e da fome;

- A recusa dos humanos em se referirem à Granja/Quinta dos Animais pelo novo nome, assim como houve durante os primeiros anos dos soviéticos;

- A remoção de Bola-de-Neve por Napoleão é como a remoção de Trotsky da URSS por Stálin em 1927 e subseqüente assassinato.

- A última tentativa do Sr. Jones de retomar a fazenda é uma analogia à Guerra Civil Soviética, em que os governos capitalistas ocidentais enviaram tropas na tentativa de remover os bolcheviques do poder.

- As mudanças contínuas de Garganta (braço-direito e porta-voz de Napoleão) nos 7 Mandamento, se assemelha aos ajustes constantes da teoria comunista pelas pessoas no poder.

- Quando Napoleão roubou a idéia do moinho de vento de Bola-de-Neve, este moinho pode ser considerado uma simbologia do “Codigo civil Napoleonico”, um conceito desenvolvido por Trotsky e adotado por Stálin, depois de tê-lo banido da URSS. Stálin ainda tomou o projeto como sendo dele.

- As execuções em massa de Napoleão, várias das quais sem motivo justo, é similar às de Stálin, que executava seus inimigos políticos por vários crimes, depois de tortura-los e obriga-los a forjar confissões.

- Os cachorros provavelmente são uma alegoria ao Exército Vermelho, a força de elite que era controlada pelo terror das mãos de Stálin.

- Sansão (Boxer), que trabalhou arduamente até a sua morte, seria a classe trabalhadora, que trabalhou duramente durante o regime comunista, na esperança de tempos prósperos. Boxer era também uma propaganda aos demais animais, para que se esforçassem cada vez mais.

- Quando Napoleão e Bola-de-Neve argumentavam em como seria regida a fazenda, Napoleão foi favorável em adquirir armas e Bola-de-Neve em expandir a rebelião a outros lugares. Stálin queria o “socialismo em um país”, enquanto Trotsky tinha a teoria de “Permanente Revolução”.

Finalizando, a filosofia do Animalismo, nada mais é que uma analogia ao Socialismo, ou diria, a vários “ismos” espalhados pela Russia.

O romance de George Orwell de fato fazia uma dura crítica ao totalitarismo soviético, mas seu sentido transcende amplamente o contexto do regime stalinista. Certamente a sátira não foi escrita inspirada apenas nesta situação, mas em diversos momentos da história e, é lógico, considerando-se de uma obra eterna, ironizando as futuras gerações de porcos, ovelhas, cães, cavalos, gatos e todos os demais espécimes humanos.

Análise

A obra constitui não só uma alegoria para essa revolução, mas também para todas as revoluções, e como os ideais acabam sendo corrompidos pelo poder e dinheiro. O resultado é uma situação em tudo semelhante ou pior ao que existia antes da revolução. Para isto, contribui o fato de a história ser contada por um narrador neutro, na terceira pessoa, passando-se numa localização indefinida, que acaba por dar um senso critico ao leitor . O sonho de um velho porco de criar uma granja/quinta governada por animais, sem a exploração dos homens, concretiza-se na Revolução. E como costuma acontecer com as revoluções, a dos bichos também está fadada à tirania, com a ascensão de uma nova casta ao poder.

Mais do que nunca esta pequena obra-prima da ficção inglesa parece falar aos nossos dias, quando a concentração de poder e de riquezas, a manipulação da informação e as desigualdades sociais parecem atingir um ápice histórico.

Animals - Pink Floyd

A banda Pink Floyd, ícone do rock progressivo, lançou o seu 15º álbum, Animals, em 1977.

A idéia original de Roger Waters de se inspirar em Animal Farm para o álbum conceito, aliada a uma banda ainda entrosada e mais madura, foi um sucesso mundial, devido à intensidade das letras, dos efeitos sonoros e a forma “animalizada”, mas bastante direta, de passar a mensagem desejada.

Waters equivale os humanos a cada uma das três espécies de animais: cães (Dogs), porcos (Pigs) e ovelhas (Sheep). Os cães são usados para representar os homens de negócios megalomaníacos que acabam por serem arrastados pela própria pedra que atiraram. Os porcos representam os políticos corruptos e os moralistas (com referências diretas a Margaret Thatcher e a Mary Whitehouse). As ovelhas são alienadas e facilmente corrompidas, e sem pensamento próprio, cegamente seguem um líder.

As três faixas centrais são “limitadas” por um par de canções de amor escritas por Waters para a sua mulher na época, Caroline: Pigs on the wing partes 1 e 2. A mensagem destas duas músicas é de que enquanto duas pessoas se amarem, podem proteger-se dos males do mundo referidos nas faixas centrais. Waters refere-se a si mesmo como sendo um cão na segunda parte da música.

Curiosamente, a inspiração na composição das 2 letras não foi diretamente ligada ao livro, pois já estavam sendo escritas há algum tempo e sofreram as devidas modificações.

Ligações externas

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