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Lisboa: mudanças entre as edições

(Sem diferença)

Edição das 12h54min de 14 de dezembro de 2005

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Lisboa (desambiguação).

Predefinição:DadosMunicípioPortugal Lisboa é a capital e maior cidade de Portugal, situada na foz do Rio Tejo. Além de capital do país, é também capital do Distrito de Lisboa, da região de Lisboa, da Área Metropolitana de Lisboa, e é ainda o principal centro da sub-região estatística da Grande Lisboa. A cidade tem cerca de 546 477 habitantes (2001), mas a sua área metropolitana tem cerca de 2,6 milhões, um quarto da população do país.

A cidade corresponde ao concelho, que é pequeno com os seus 83,84 km². A densidade demográfica sobe, portanto, a 6 518,1 hab./km². O concelho subdivide-se em 53 freguesias e está limitado a norte pelos municípios de Odivelas e Loures, a oeste por Oeiras, a noroeste pela Amadora e a leste e sul pelo estuário do Tejo. Através do estuário, Lisboa liga-se aos concelhos da Margem Sul: Almada, Seixal, Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete.

História

Ver artigo principal: História de Lisboa

Diz a lenda popular e romântica que a cidade de Lisboa foi fundada pelo herói mítico Ulisses. Recentemente foram feitas descobertas arqueológicas perto do Castelo de São Jorge e da Sé de Lisboa que comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios cerca de 1200 a.C. Nessa época os fenicios viajavam até às Ilhas Scilly e à Cornualha, na Grã-Bretanha, para comprar estanho. Foi fundada uma colónia, chamada Alis Ubbo, que significa "enseada amena" em fenício, provavelmente afilhada à grande cidade de Tiro, hoje no Líbano. Essa colónia estendia-se na colina onde hoje estão o Castelo e a Sé, até ao rio, que chamavam Daghi ou Taghi, significando "boa pescaria" em fenício. Com o desenvolvimento de Cartago, também ela uma colónia fenícia, o controlo de Alis Ubba passou para essa cidade.

Com a chegada dos Celtas, estes misturaram-se com os Iberos locais, dando origem às tribos de lingua celta da região, os Conni e os Cempsi.

Os Gregos antigos tiveram provavelmente na foz do Tejo um posto de comércio durante algum tempo, mas os seus conflitos com os Cartagineses por todo o Mediterrâneo levaram sem dúvida ao seu abandono devido ao maior poderio de Cartago na região nessa época.

Após a conquista a Cartago do oriente peninsular, os romanos iniciam as guerras de pacificação do Ocidente. Cerca 205 a.C. Olissipo alia-se aos Romanos, lutando os seus habitantes ao lado das Legiões. É absorvida no Império e recompensada pela atribuição da Cidadania Romana aos seus habitantes, um privilégio raríssimo na altura para os povos não italianos. Felicitas Julia, como a cidade viria a ser reconhecida, beneficia do estatuto de Municipium, juntamente com os territórios em redor, até uma distância de 50 quilómetros, e não paga impostos a Roma, ao contrário de quase todos os outros castros e povoados autóctones, conquistados. É incluída com larga autonomia na provincia da Lusitânia, cuja capital é Emeritas Augusta, a actual Mérida (na Extremadura Espanhola).

No tempo dos Romanos, a cidade era famosa pelo garum, um molho de luxo feito à base de peixe, exportado em ânforas para Roma e para todo o Império, assim como algum vinho, sal e cavalos da região.

Castelo de S. Jorge visto do Martim Moniz

No fim do domínio romano, Olissipo seria uma dos primeiros núcleos a acolher o Cristianismo. O primeiro bispo da cidade foi São Gens. Sofreu invasões bárbaras, Alanos, Vândalos e depois fez parte do Reino dos Suevos antes de ser tomada pelos Visigodos de Toledo.

Lisboa foi então tomada no ano 719 pelos mouros provenientes do norte de África. Em árabe chamavam-lhe al-Lixbûnâ. Construiu-se neste período a cerca moura. Só mais de 400 anos depois os cristãos a reconquistariam graças ao primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques e ao seu exército de cruzados, em 1147. O primeiro rei português concedeu-lhe foral em 1179. A cidade tornou-se capital do Reino em 1255 devido à sua localização estratégica.

Rua na Costa do Castelo

Nos últimos séculos da Idade Média a cidade expande-se e torna-se um importante porto com comércio estabelecido com o Norte da Europa e com as cidades costeiras do Mar Mediterrâneo. O Rei D. Dinis manda estabelecer a primeira universidade de Portugal em Lisboa. A cidade dispõe de grandes edifícios religiosos e conventuais.

De Lisboa partiram numerosas expedições na época dos Descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama em 1497. A cidade reforça a sua condição de grande porto, centro mercantil da Europa.

É em Lisboa que se dá a principal revolta que causou a restauração da independência de 1640.

No início do século XVIII, no reinado de D. João V, a cidade é dotada de uma grande obra pública, extraordinária para a época: o Aqueduto das Águas Livres. A cidade foi quase na totalidade destruída em 1 de Novembro de 1755 por um grande terramoto, e reconstruída segundo os planos traçados pelo Marquês de Pombal (daí a parte central designar-se por Baixa Pombalina). A quadrícula adoptada nos planos de reconstrução permite desenhar as praças do Rossio e Terreiro do Paço, esta com uma belíssima arcada e aberta ao Tejo.

Nos primeiros anos do século XIX, Portugal é invadido pelas tropas de Napoleão Bonaparte e o rei D. João VI retira-se temporariamente para o Brasil. A cidade ressente-se e muitos bens são saqueados pelos invasores. A cidade vive intensamente as lutas liberais e inicia-se uma época de florescimento dos cafés e teatros. Mais tarde (1879) é aberta a Avenida da Liberdade que inicia a expansão citadina para além da Baixa.

Lisboa é o palco principal de mais revoltas ou revoluções: a implantação da república em 1910, e a Revolução dos cravos que, em 1974, pôs fim ao regime fascista que vigorava desde 1928.

Monumentos

Como monumentos e tópicos de interesse turístico destacam-se, na Lisboa medieval:

Da cidade da época dos Descobrimentos podemos ver hoje na zona de Belém, duas construções classificadas pela UNESCO como Património da Humanidade:

Do início do século XVIII o monumento mais significativo é o Aqueduto das Águas Livres. Após o terramoto de 1755, no plano em grelha aprovado pelo Marquês de Pombal (Baixa Pombalina) para a zona central da cidade, construíram-se as praças do Comércio (o Terreiro do Paço), junto ao Tejo, e do Rossio. Nas proximidades e com interesse histórico ou artístico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projectado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard, um discípulo de Eiffel.

De referir ainda os palácios reais das Necessidades e da Ajuda, na parte Oeste da cidade.

Em finais do século XIX os planos urbanísticos permitiram estender a cidade além da Baixa para o vale da actual Avenida da Liberdade. Em 1934 é construída a Praça Marquês de Pombal, remate superior da avenida. No século XX sobressaem os extensos planos urbanísticos das Avenidas Novas, da envolvente da Universidade de Lisboa, e da zona dos Olivais, e os mais recentes do Parque das Nações e da Alta de Lisboa, ainda em construção. Os edifícios do fim do século XX mais notáveis em termos de arquitectura, incluem, entre outros, as Torres das Amoreiras (1985, do arquitecto Tomás Taveira, o Centro Cultural de Belém (inaugurado em 1991), a Estação do Oriente (de Santiago Calatrava), a Torre Vasco da Gama e o Oceanário de Lisboa (de Peter Chermayeff), todos de 1998.

Cultura

Música

A música tradicional de Lisboa é o fado, canção nostálgica acompanhada à guitarra portuguesa.

Espaços públicos e museus

Lisboa dispõe de numerosas universidades públicas e privadas (Universidade de Lisboa, Universidade Técnica de Lisboa, Universidade Nova de Lisboa), bibliotecas (Biblioteca Nacional) e museus, destacando-se o Museu Nacional de Arte Antiga, o Museu Calouste Gulbenkian, o Museu do Chiado, o Museu da Farmácia, o Oceanário de Lisboa, o Museu Nacional dos Coches, o Museu Militar e o Museu da Cidade. Nas salas de espectáculos destacam-se o Coliseu de Lisboa, a Aula Magna da Universidade de Lisboa, o Teatro Nacional D. Maria II, o Teatro Nacional de S. Carlos (Ópera), os auditórios da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Cultural de Belém e o Pavilhão Atlântico.

Gastronomia

A gastronomia de Lisboa é influenciada pela proximidade do mar. São especialidades tipicamente lisboetas as pataniscas de bacalhau, os peixinhos da horta (bolinhos fritos de feijão verde, não de peixe) e, na doçaria , os famosos pastéis de Belém.

Infra-estruturas

Está ligada à outra margem do Tejo por duas pontes: a ponte 25 de Abril, na parte sul, inaugurada em 6 de Agosto de 1966, que liga Lisboa e Almada e a ponte Vasco da Gama, inaugurada em Maio de 1998, que liga o nordeste da capital (Sacavém) à cidade de Montijo. O aeroporto de Lisboa (aeroporto da Portela) situa-se a 7 km do centro, na zona nordeste da cidade. Foi aprovada em 2005 a construção de um novo aeroporto na zona da Ota, a cerca de 40 km a norte da cidade. O porto de Lisboa é paragem de numerosos cruzeiros e um dos principais portos turísticos europeus.

Arquivo:Pte. Vasco da Gama.jpg
Ponte Vasco da Gama

A cidade acolheu, em 1998, a exposição mundial (Expo 98), subordinada ao tema dos Oceanos. A exposição abriu em 22 de Maio de 1998, precisamente no dia em que se celebraram os 500 anos da descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama.

A cidade dispõe de uma rede ferroviária urbana e suburbana com 9 linhas (sendo 4 de metropolitano (metrô) e 5 de comboio (trem) suburbano) e 119 estações (48 de metropolitano e 71 de comboio suburbano). A exploração da rede de metro é efectuada pela Metropolitano de Lisboa e a rede ferroviária suburbana pela Caminhos de Ferro Portugueses (linhas de Azambuja, Cascais, Sintra e Sado) e pela Fertagus (linha do eixo norte sul, entre Roma-Areeiro e Setúbal). As principais estações do caminho de ferro são: Oriente, Rossio, Cais do Sodré e Santa Apolónia. A exploração dos autocarros (ônibus), eléctricos e ascensores (Bica, Glória, Lavra e Santa Justa) está a cargo da empresa Carris. Existe ainda uma rede de transportes fluviais que ligam as duas margens do Tejo, com estações em Cais do Sodré, Belém, Terreiro do Paço e Parque das Nações, na margem norte, e Cacilhas, Barreiro, Montijo, Trafaria, Porto Brandão e Seixal, na margem sul.

As Freguesias

São 53 as freguesias que compõem a cidade de Lisboa; estão agrupadas, para efeitos administrativos, em quatro bairros:

  • Freguesia proposta: Oriente (4º Bairro)


Ver também

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Predefinição:Ligações Externas

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