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História da África: mudanças entre as edições

imported>Renato de Carvalho Ferreira
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[[Imagem:Africae tabula nova.jpg|miniaturadaimagem|África, desenhada pelo cartógrafo antuérpio Abraham Ortelius em 1570|416x416px]]


A '''[[História]] da [[África]]''' é conhecida no [[Mundo ocidental|Ocidente]] por escritos que datam da [[Antiguidade Clássica]]. O [[Homo sapiens|homem]] passou a estar presente na África durante os primeiros anos da [[Quaternário|era quaternária]] ou os últimos anos da era [[Terciário|terciária]]. A maioria dos restos de hominídeos fósseis que os arqueólogos encontraram, [[australopitecos]], atlantropos, homens de [[Homem-de-neandertal|Neandertal]] e de [[Homem de Cro-Magnon|Cro-Magnon]], em lugares diferenciados da África é a demonstração de que essa parte do mundo é importante no [[Evolução|processo evolutivo]] da espécie humana e indica, até, a possível busca das origens do homem nesse continente. As semelhanças comparáveis da história da arte que vai entre o [[paleolítico]] e o [[neolítico]] são iguais às das demais áreas dos continentes [[Europa|europeu]] e [[Ásia|asiático]], com diferenças focadas em regiões então desenvolvidas. A maioria das zonas do interior do continente, meio postas em isolamento, em contraposição ao litoral, ficaram permanentes em estágios do período paleolítico, apesar da neolitização ter sido processada no início em {{AC|10000|x}}, com uma diversidade de graus acelerados.<ref name="dominiopublico.gov.br">{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000318.pdf|título=História geral da África, I: Metodologia e pré-história da África|autor=Joseph Ki -Zerbo|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
O [[Norte da África]] é a região mais antiga do mundo. A [[civilização egípcia]] floresceu e inter-relacionou-se com as demais áreas culturais do mundo mediterrâneo, motivos pelas quais essa região foi estreitamente vinculada, há milhares de séculos, depois que a [[civilização ocidental]] foi geralmente desenvolvida. As colônias pertencentes à [[Fenícia]], [[Cartago]], a romanização, os [[vândalos]] aí fixados e o [[Império Bizantino]] influente são os fatores pelos quais foi deixada no litoral [[Mar Mediterrâneo|mediterrâneo]] da África uma essência da cultura que posteriormente os [[árabes]] assimilaram e modificaram. Na civilização árabe foi encontrado um campo de importância em que foi expandido e consolidada a [[Cultura árabe|cultura muçulmana]] no Norte da África. O [[islamismo]] foi estendido pelo [[Sudão]], pelo [[Saara]] e pelo litoral leste. Nessa região, o islamismo é a religião pela qual foram sendo seguidas as [[rotas de comércio]] do [[Sertão (geografia)|interior]] da África (escravos, ouro, penas de avestruz) e estabelecidos encraves marítimos ([[especiaria]]s, [[seda]]) no [[Oceano Índico]].<ref name="ReferenceA">{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000319.pdf|título=História geral da África, II: África antiga|autor=Gamal Mokhta|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref> Simultaneamente, na [[África negra]] foram conhecidos vários [[império]]s e [[estado]]s que aí floresceram. Estes impérios e estados nasceram de grandes [[clã]]s e [[tribo]]s submetidos a um só [[soberano]] poderoso com características próprias do [[feudalismo]] e da [[guerra]]. Entre esses impérios de maior importância figuram o de [[Império de Axum|Axum]], na [[Etiópia]], que teve sua chegada ao [[apogeu]] no {{séc|XIII}}; o de [[Reino de Gana|Gana]], que desenvolveu-se do {{séc|V}} ao XI e os estados muçulmanos que o sucederam foram o de [[Império do Mali|Mali]] (do {{séc|XIII}} ao XV) e o de [[Império Songai|Songai]] (do {{séc|XV}} ao XVI); o [[Abomei|Reino de Abomei]] do [[Reino do Benim|Benim]] ({{séc|XVII}}); e a confederação zulu do sudeste africano ({{séc|XIX}}).<ref name="ReferenceB">{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000320.pdf|título=História geral da África, III: África do {{séc|VII}} ao XI|autor=Mohammed El Fasi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref name="ReferenceC">{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000321.pdf|título=História geral da África, IV: África do {{séc|XII}} ao XVI|autor=Djibril Tamsir Niane|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Durante o {{séc|XV}} os exploradores vindos da [[Europa]] chegaram primeiramente no litoral da [[África Ocidental]]. O estímulo dado à essa exploração foi uma forma de buscar novos caminhos para as Índias, após o comércio ser fechado por parte dos turcos no leste do [[Mar Mediterrâneo]]. Os colonizadores de [[Portugal]], da [[Espanha]], da [[França]], da [[Inglaterra]] e dos [[Países Baixos]] foram os competidores do novo caminho a fim de ser dominado por meio de feitorias no litoral e portos de embarque para [[Tráfico negreiro|comercializar os escravos]]. Concomitantemente, foram realizadas as primeiras [[Turismo científico|viagens científicas]] que adentraram o interior do continente: Charles-Jacques Poncet na [[Abissínia]], em 1700; [[James Bruce]] em 1770, procurando o local onde nasce o [[Rio Nilo|Nilo]]; Friedrich Konrad Hornermann viajando no [[deserto da Líbia]] sobre a garupa de um [[camelo]], em 1798; [[Henry Morton Stanley]] e [[David Livingstone]] na [[bacia do Congo]], em 1879.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000321.pdf|título=História geral da África, IV: África do {{séc|XII}} ao XVI|autor=Djibril Tamsir
Niane|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref> A partir do {{séc|XIX}}, as potências europeias interessadas política e economicamente representavam estímulo para que o interior da África seja penetrado e colonizado. As potências europeias desejavam a criação de impérios que fossem estendidos de litoral a litoral, mas isso fez com que o [[Reino Unido]] (pelo qual foi conseguida a ocupação de uma faixa de norte a sul, do [[Egito]] à [[África do Sul]], além de demais zonas colonizadas no [[golfo da Guiné]]), a [[França]] (que estabeleceu-se no noroeste da África, em parte do [[Equador (linha)|equador]] africano e em [[Madagascar]]) e, em quantidade pequena, [[Portugal]] ([[Angola]], [[Moçambique]], [[Guiné]] e uma diversidade de ilhas estratégicas), [[Alemanha]] ([[Togo]], [[Tanganica]] e [[Camarões]]), [[Bélgica]] ([[Congo Belga]]), [[Itália]] ([[Líbia]], [[Etiópia]] e [[Somália]]) e [[Espanha]] (parte do [[Marrocos]], [[Saara Ocidental]] e encraves na [[Guiné]]) brigassem entre si. A [[partilha da África]] foi formalmente consumada na [[Conferência de Berlim|Conferência de Berlim de 1884-1885]], na qual firmou-se o princípio da ocupação efetiva como forma de legitimar as colônias empossadas.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000324.pdf|título=História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935|autor=Albert Adu Boahen|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Devido ao [[Colonialismo|regime colonialista]] estabelecido no continente, foram destruídas e modificadas as estruturas [[Sociedade|sociais]], [[Economia|econômicas]], [[Governo|políticas]] e [[Religião|religiosas]] da maioria do território da [[África negra]]. As colônias que proclamaram sua [[independência]], processo emancipatório que iniciou-se após a [[Segunda Guerra Mundial]] e concluiu-se principalmente de 1960 até 1975, estiveram sob ameaça da gravidade de problemas de integração nacional, que resultaram das [[fronteira]]s arbitrárias como legado do sistema colonialista, além da [[pobreza]] (o rápido crescimento da [[Demografia da África|população africana]] é mais elevado do que o número de [[alimento]]s produzidos). Como dependem econômica e politicamente das antigas metrópoles, a ineficiência da administração, as tribos e as ideologias conflitantes entre si, todos esses fatores agravantes fizeram com que [[Crescimento demográfico|a população das cidades crescesse]]. Estas são as principais barreiras que impedem que os novos países desenvolvam-se. Os governos desses países, majoritariamente com características de [[forças armadas]] ou de [[Presidencialismo|presidencialismo]], têm tendência à adoção de políticas de socialização que garantem a libertação dos países das potências estrangeiras. A cooperação coletiva para a solução desses problemas deu origem a uma diversidade de organizações supranacionais que baseiam-se na ideia do [[pan-africanismo]], ou a totalidade dos povos africanos unidos no entorno dos interesses comuns; a de maior importância é a [[Organização da Unidade Africana]] (OUA).<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000324.pdf|título=História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935|autor=Albert Adu Boahen|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
A discussão deste artigo em linhas gerais é uma referência à [[história]] da [[África]]. Para uma história específica dos [[Anexo:Lista de países da África|países em que é dividido o continente]], veja os verbetes sobre cada um deles ou também os [[Predefinição:História da África|verbetes secundários sobre a história de cada nação]]. Sobre o papel que a África exerce na atualidade, veja os verbetes [[Movimento Não Alinhado]], [[Segunda Guerra Mundial]] e [[História do mundo]].
== Paleontologia ==
A partir dos [[Pré-história|primeiros tempos da história]], a [[África]] é o [[berço da humanidade]]. A crença dos cientistas é de que a possibilidade evolutiva do homem vem desde um dentre a diversidade tipológica de [[Hominidae|macacos humanoides]] que têm vagado pelos prados [[leste|orientais]] e centrais da África, há mais de 2 500 000 anos atrás. A descoberta dos [[arqueólogo]]s é a primeira prova evidente de uma cultura da Antiga [[Idade da Pedra]] que residia na diversidade de sítios arqueológicos na Grande Fossa Africana da parte oriental da África. A crença dos arqueólogos é a distribuição desta forma pré-histórica cultural da Idade da Pedra pela quase totalidade da África e para os demais continentes. O início da utilização do [[fogo]] pelos seres humanos ocorreu na África há mais de 50 mil, ou 60 mil anos. Há mais ou menos 35 mil a 40 mil anos teve início o aparecimento do primeiro ''[[Homo sapiens sapiens]]'' (o homem moderno) na África. Durante a Média Idade da Pedra, os homens-macaco estavam ameaçados de serem extintos e somente restou o ''Homo sapiens sapiens'' na África.<ref name="dominiopublico.gov.br"/>
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Imagem:Proconsul nyanzae skeleton.jpg|Crânio de ''Proconsul heseloni''.
Imagem:Rhodesian Man.jpg|[[Crânio]] encontrado em 1921.
Imagem:Lucy Mexico.jpg|"Lucy" ou Lilia no Museu Nacional de Antropologia da Cidade do México.</gallery></center>
== Surgimento da Agricultura ==
[[Imagem:Canto tallado 2-Guelmim-Es Semara.jpg|thumb|250px|esquerda|Essa é uma ferramenta de pedra do modo 1, ou Oldowan, do Saara ocidental. No Sistema de três idades, ele pertence ao Paleolítico Inferior. No Sistema de três estágios ele pertence à Idade da Pedra Inicial. Como o local de origem é o norte da África, o arqueólogo poderia escolher, mas nesse caso, o argumento é inteiramente semântico, baseado apenas em uma distinção verbal. Na África, o Paleolítico Inferior é a Idade da Pedra Inicial e eles são idênticos]]
Teve início a introdução da [[Agricultura|atividade agrícola]] e do trabalho de domesticar animais na África por volta de {{AC|5000|x}}, quando vieram do [[Oriente Médio]]. Os primeiros agricultores do [[Saara]] passaram a conhecer estas atividades na totalidade da [[Norte da África]] e do Saara, que não era ainda considerado uma extensa [[Deserto|área desértica]]. Os primeiros agricultores do Saara, propriamente ditos, eram parecidos com os [[negros]] do que é hoje a [[África Ocidental]]. Entretanto, a atividade agrícola só foi atingida pela [[floresta tropical]] por volta do tempo de [[Jesus Cristo]]. Os povos da [[Sul|parte meridional]] do Saara não tinham conhecimento dos povos agricultores da [[Norte|parte setentrional]], e não tinham os instrumentos que necessitavam para cultivar na densidade da floresta da [[África Central]]. Além disso, os produtos que os agricultores cultivavam na parte setentrional provavelmente não se adequavam aos [[Clima|tipos climáticos]] com mais umidades da parte meridional. Também há possibilidade de que a riqueza dos [[solo]]s da África Central já fosse propícia à produção de [[alimento]] suficiente, com o [[caça|extrativismo animal]] e o [[extrativismo vegetal]].<ref name="ReferenceA"/>
Em {{AC|2500|x}}, o [[clima]] [[África|africano]] foi atingindo pela seca e teve início a transformação do Saara numa extensa área desértica. Os agricultores negros do Saara tiveram a necessidade de deslocamento para os prados meridionais. Em {{AC|2000|x}}, teve início por esses agricultores o cultivo de alimentos a serem produzidos, como o [[arroz]] e alguns tipos de [[inhame]] cujos solos tanto dos [[prado]]s como das [[floresta]]s eram propícios a esses tipos de cultivos. Pelos agricultores das [[montanha]]s da [[Etiópia]], na parte oriental da África, teve início o desenvolvimento de novas culturas razoavelmente na mesma época. Os povos da parte meridional, atual centro do [[Quênia]], praticavam o trabalho de rebanhar o gado domesticado, ou seja, a [[pecuária]].<ref name="ReferenceA"/>
== A Idade do Bronze e a Idade do Ferro ==
Nos últimos dois mil anos anteriores à época em que nasceu [[Jesus Cristo]], teve início o [[Desenvolvimento urbano|desenvolvimento]] das [[cidade]]s e da [[comércio|atividade comercial]] por mar no [[Norte da África]]. [[invenção|Coisas inventadas pelo homem]] como o [[bronze]] e a [[escrita]] tiveram penetração no Norte da África, quando vieram do Oriente Médio. A parte meridional do Saara não foi atingida por essas invenções, e por esse motivo, naquela região da África não existia ainda [[Idade do Bronze]]. Mas, a entrada da região na parte meridional do Saara ocorreu na [[Idade do Ferro]] pouco após a descoberta do trabalho de ser utilizado o ferro no Oriente Médio. A introdução do trabalho de utilizar o ferro ocorreu desde o [[Egito]] para o sul, dirigindo-se ao [[Reino de Cuche]], onde é hoje o [[Sudão]], por volta de {{AC|600|x}} No tempo em que viveu Cristo, ocorreu a entrada da Etiópia e da região de [[savana]]s da [[África Ocidental]] na Idade do Ferro.<ref name="ReferenceA"/>
== Migrações para o Sul ==
[[Imagem:Bantu expansion.png|thumb|250px|Mapa ilustrativo de uma hipótese sobre a origem e difusão (em três fases) das [[línguas bantas]]]]
Os negros que falavam as [[línguas bantu]], cujas [[atividade econômica|atividades econômicas]] eram a agricultura, e que sabiam  usar o ferro, ficaram conhecidos por realizarem uma das maiores [[Migração humana|correntes migratórias]] do mundo, ao longo de três [[milénio]]s, tendo espalhado [[línguas bantu]] ([[línguas nigero-congolesas]]) em praticamente toda a [[África subsaariana]].<ref>http://www.sciencemag.org/cgi/data/1172257/DC1/1</ref><ref>http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/50/Niger-Congo_map.png</ref><ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15340834</ref><ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19383166</ref><ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21109585</ref><ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21453002</ref><ref>http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19425093</ref><ref>http://beta.mnet.co.za/carteblanche/Article.aspx?Id=2619</ref>
Fizeram o deslocamento desde a área do que é hoje a [[República dos Camarões]], indo para dentro das florestas com povoamento escasso da África Central, e ali foram responsáveis pela introdução da atividade agrícola e do trabalho de instrumentos de ferro. Depois que passaram cerca de mil anos, eles atingiram a parte meridional, realizando a ocupação da quase totalidade do cone sul da África. Quando caminharam para a parte meridional, povos caçadores foram encontrados pelos [[Bantos|povos bantos]], como os [[pigmeus]], os [[bosquímanos]] e os [[hotentotes]]. Os bantos se casavam com os caçadores, ou então os caçadores foram forçados a fazer a entrada pela floresta ou pelo [[deserto do Calaari]]. Por certos povos, como os hotentotes, foi adotado o ''[[modus vivendi]]'' banto e os hotentotes, propriamente ditos, foram convertidos em [[agricultor]]es. Entretanto, à medida da aproximação dos povos bantos em direção ao sul, iam ficando isolados do desenvolvimento das coisas inventadas pelo homem no Norte da África e no Oriente Médio. Desde então, sempre se progrediram através das próprias coisas que inventaram. Enquanto do deslocamento dos povos bantos em direção ao sul, outros tiveram movimentação das savanas para as florestas do litoral da África Ocidental.<ref name="ReferenceA"/>
Continuou a circulação das ideias nas [[Rota comercial|rotas comerciais]] rastreadas, através do [[Saara]] e no [[Vale|talvegue]] do [[rio Nilo]], do norte da África até a região logo na parte meridional do Saara. Além disso, a navegação feita pelos comerciantes no [[mar Vermelho]] e do o [[golfo Pérsico]] até a região onde é hoje o [[Moçambique]] tem levado para os povos do litoral oriental da África as notícias contando que o Norte da África estava se progredindo. As rotas comerciais fizeram com que  os povos logo na parte meridional do Saara se contatassem com o [[Império Romano]]. A totalidade do Norte da África foi dominada pelo Império Romano após {{AC|30|x}}<ref name="ReferenceA"/>
== Axum e Núbia ==
[[Imagem:African-civilizations-map-pre-colonial.svg|200px|thumb|esquerda|Mapa das civilizações africanas antes da [[Colonialismo|colonização europeia]]]]
O [[Império de Axum]] e a [[Núbia]] foram ambas as regiões logo na parte meridional do [[Saara]] onde o Império Romano influenciou mais, durante os primeiros séculos depois que nasceu Jesus Cristo. O [[Reino de Axum]] era situado na região atualmente correspondente à parte [[nordeste|norte-oriental]] da Etiópia. O Reino de Axum tornou-se rico através do fato de que os romanos e as [[Índias]] comerciavam, ou seja, realizaram trocas comerciais. O povo foi convertido para o [[cristianismo]] quando se iniciou o {{séc|IV}} Muitos de seus descendentes tiveram a continuação de serem convertidos ao cristianismo.<ref name="ReferenceA"/>
Muitos pequenos reinos núbios que ficavam no vale do rio Nilo, no atual Sudão, entravam em negócios com o Egito quando o país mais antigo do mundo pertencia ao Império Romano. Os núbios que comerciavam e influenciavam foram além do vale do Nilo, tendo extensão para o ocidente, até chegar ao [[lago Chade]]. Foram convertidos pelos missionários egípcios que os núbios se tornassem cristãos no {{séc|VI}}.<ref name="ReferenceA"/>
Durante o {{séc|V}}, o Norte da África foi invadido pelos [[vândalos]], um povo germânico, dando contribuição para que fosse exterminado o [[Igreja Católica Apostólica Romana|cristianismo romano]] que influenciou a África. O reino vândalo declinou-se no {{séc|VI}}, e o Norte da África passou a pertencer ao Império Bizantino.<ref name="ReferenceA"/>
== O Surgimento do Islamismo ==
[[Imagem:Map of expansion of Caliphate-pt.svg|thumb|400px|A expansão do Islão]]
Nos últimos anos do {{séc|VII}} ocorreu à união de um grupo de [[árabes]] volta de um movimento religioso que [[Maomé]] fundou. Maomé chamou a religião de [[islamismo]] e seus seguidores passaram a se conhecerem pelo nome de [[muçulmanos]]. Foram invadidas pelos muçulmanos a riqueza e o povoamento das terras do [[Egito]], do [[Iraque]], da [[Palestina]], da [[Pérsia]] e da [[Síria]]. Aí foi fundado por eles um grande império muçulmano. Suas conquistas foram estendidas no decorrer do litoral do Norte da África, através da [[Tunísia]] e da [[Argélia]], e tiveram penetração na [[Espanha]]. O Império Muçulmano foi fracionado em pequenos Estados, mas os laços religiosos e comerciais deram continuação à união dos muçulmanos. Foram juntadas pelos muçulmanos as culturas da Pérsia, da [[Grécia]] e de [[Roma]], dando início à formação de uma nova [[civilização]] que como tinha base as pregações que Maomé ensinava.<ref name="ReferenceB"/>
A importância do [[islamismo]] passou a influenciar externamente a África na parte meridional do Saara. Foram convertidos pelos comerciantes muçulmanos que os povos das cidades portuárias da parte oriental da África adotassem a nova religião, nos atuais países da [[Somália]], do [[Quênia]] e da [[Tanzânia]], e introduzido o islamismo na África Ocidental na parte oriental do Saara. A língua falada pelos africanos era [[Língua suaíli|suaíli]], mas passaram a praticar a escrita em [[língua árabe]].<ref name="ReferenceB"/>
== Impérios da África Ocidental ==
O florescimento dos impérios da [[África Ocidental]] ocorreu no ano 1000. A opinião de alguns [[historiadores]] é de que eles têm se organizado pouco após o tempo em que viveu Jesus Cristo. A opinião de outros autores é de que eles são da mais alta [[antiguidade]]. Um dos impérios, que se chamava [[Império de Canem|Canem]], estava localizado nas imediações do lago Chade. Outro, que se chamava [[Império do Gana]], era situado na extremidade [[Oeste|ocidental]], onde está localizado o [[Mali]] e a parte meridional da [[Mauritânia]]. [[Tacrur]] estava localizado nos atuais países do [[Senegal]] e a [[Mauritânia]].<ref name="ReferenceB"/>
A aparência política de Gana era a de um Estado que mais se fortaleceu dentre os impérios durante vários períodos de cem anos, mas seu poder entrou em declínio no {{séc|XI}}. No {{séc|XIII}}, um [[Império do Mali|império que se chamava Mali]], que se localizava nos atuais países de [[Guiné]] e de Mali, substituiu Gana como o império que mais se fortaleceu na África Ocidental. Nos últimos anos do {{séc|XV}} e primeiros anos do {{séc|XVI}}, o [[Império Songai]] fez a substituição do Império Mali como o império que mais se fortaleceu.<ref name="ReferenceC"/>
A atividade comercial no [[Saara]] era uma das coisas mais importantes que esses impérios se interessavam. Em direção para a parte setentrional ia o [[ouro]] e demais [[Produto (economia)|coisas produzidas]] na África ocidental, que os negociantes trocavam pelo sal e demais coisas produzidas no [[Norte da África]] e na [[Europa]], mais precisamente nas cidades às margens do Saara. Para que tivessem força, os impérios da África Ocidental eram obrigados a se responsabilizarem pelo controle dessas [[cidade]]s. Eles se tornavam mais fortes quando têm conquistado o controle das rotas comerciais da extensa área desértica e fronteiras do Norte da África. Entretanto, quando foram reduzidos à maior fraqueza, os responsáveis pela pilhagem dos impérios da África Ocidental foram os [[nômade]]s que caçavam os [[riqueza|ricos valores econômicos]] da África Ocidental.<ref name="ReferenceC"/>
Foi levado pelos mercadores muçulmanos o islamismo à África ocidental, durante longas viagens pelas rotas comerciais do Saara. Os conquistadores no Oriente Médio tiveram o islamismo como religião, mas os comerciantes na África ocidental também tiveram essa religião. A importância exercida pelo islamismo na África ocidental foi a de influir espiritualmente a população, e foram trazidas pela religião as coisas novas que se conheciam do mundo de fora e foi responsável pela introdução do ato de ler e escrever. O árabe tem se tornado uma língua internacionalmente difundida na época.<ref name="ReferenceC"/>
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Imagem:Mapa ghana-pt.svg|Gana na sua maior extensão.
Imagem:Mapa mali-pt.svg|Império Mali na sua maior extensão.
Imagem:Mapa shonghai-pt.svg|Império Songai, cerca de 1500.
</gallery></center>
== Sul das florestas centrais ==
Na parte meridional das florestas centrais, foram formados, de 1000 até 1500, reinos que foram responsáveis pelo controle de áreas que assemelhavam às da maioria dos [[Anexo:Lista de países da Europa|países da Europa]]. O [[Reino do Congo]], que se localizava na [[foz]] do [[rio Congo]] e em [[Angola]], era um dos grandes reinos. Era existente ainda o Reino Luba, que se situava onde é hoje a parte meridional da [[República Democrática do Congo]], e um grupo de Estados que ficavam ao redor dos [[Grandes Lagos Africanos|grandes lagos]] dos países que são hoje [[Burundi]], [[Ruanda]], [[Tanzânia]] e [[Uganda]]. O Reino do Caranga, que se chamava às vezes de Império de Muanamutapa, estava localizado onde é hoje o [[Zimbábue]]. Sua capital era a Grande Zimbábue.<ref name="ReferenceC"/>
Era vendido pelo Reino do Caranga o [[ouro]] para os comerciantes que viviam no litoral oriental, e era o único [[Monarquia|reino]] da [[Sul|parte meridional]] que se contatava com o mundo exterior. Foram isolados pelas regiões de clima parcialmente seco e de pouco povoamento os outros reinos meridionais do fato de contatar com os grandes centros onde se desenvolvia a [[África]]. Assim, estes reinos foram desenvolvidos sem precisar saber escrever e de outras coisas inventadas que tiveram importância nas demais partes da África.<ref name="ReferenceC"/>
== Colonização portuguesa ==
[[Imagem:Fernão Vaz Dourado 1571-1.jpg|thumb|Uma carta náutica de [[Fernão Vaz Dourado]], da [[África ocidental]] extraída do atlas náutico de 1571, pertencente ao [[Arquivo Nacional da Torre do Tombo]], em [[Lisboa]]]]
Em oposição ao [[oceano Índico]], onde ocorre a mudança do vento de acordo com as estações, o [[oceano Atlântico]], no decorrer do [[litoral]] da [[África Ocidental]], existe a força dos ventos e as correntes que percorrem a descida desde a parte meridional durante o ano inteiro. Até a metade do {{séc|XV}}, os [[navio]]s europeus não tinham a possibilidade de descida do litoral da África Ocidental e de retorno à [[Europa]]. Somente após a construção feita pelos [[portugueses]] de navios que tinham capacidade de [[navegação]] com retorno pelo litoral da África Ocidental, na metade do {{séc|XV}}, é que eles tiveram a possibilidade de qualquer ponto da África. De 1497 até 1498, foi comandada por [[Vasco da Gama]] uma expedição portuguesa que percorreu o contorno do [[cabo da Boa Esperança]] com destino às [[Índias]].<ref name="ReferenceC"/>
Inicialmente, os portugueses tiveram interesse principal em comerciar o ouro de [[Gâmbia]], da Costa do Ouro (atual [[Gana]]), e do Império Caranga. Também a tentativa feita pelos portugueses era a conversão ao cristianismo dos governantes dos reinos do [[Reino do Congo|Congo]], [[Reino de Benim|Benim]], no sul da [[Nigéria]], e Uolofe, no [[Senegal]]. Logo foi descoberto pelos portugueses que a África tropical era muito perigosa para aqueles que chegaram recentemente. Frequentemente, mais de 50% dos grupos de colonizadores vindos da [[Europa]] que chegaram recentemente à África perderam a vida dentro de um ano ou dois, por apresentarem [[sintoma]]s de [[Doença tropical|doenças tropicais]] como a [[malária]] e a [[febre amarela]]. Nestas situações condicionais, somente que um negócio comercial que lucrava em grande quantidade teria a possibilidade de atração dos mercadores [[europeus]]. Os [[escravo]]s e o [[ouro]] têm se tornado o único negócio comercial que lucrava com suficiência para os mercadores europeus serem atraídos para África.<ref name="ReferenceC"/><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== O Tráfico de Escravos ==
[[Imagem:NavioNegreiro.gif|Slavery ship|esquerda|thumb|Esquema mostrando como eram transportados escravos em um navio negreiro]]
Na metade do {{séc|XV}}, teve início a compra e a venda feita pelos [[portugueses]] de alguns escravos na [[Europa]]. Entretanto, o [[tráfico de escravos]] ganhou real importância depois que [[Cristóvão Colombo]] descobriu a América. A [[morte]] dos habitantes dos [[povos indígenas]] da América tropical ocorreu por serem vítimas pelas [[doença]]s europeias, e a opinião dos europeus era de que eles próprios não tiveram salvação das doenças tropicais da região do [[Caribe]]. Assim, foram trazidos pelos europeus africanos que tinham imunidade parcial à malária e à febre amarela para servirem como trabalhadores braçais na [[América]]. Os europeus tinham o direito de compra de escravos no litoral da África porque seus [[prisioneiro de guerra|prisioneiros de guerra]] foram escravizados pelos africanos - como pelos muçulmanos e pelos cristãos do litoral que viviam no [[Mar Mediterrâneo]], na época.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Teve crescimento o [[tráfico de escravos]] africanos à medida em que o estabelecimento feito pelos [[portugueses]] e pelos [[espanhóis]] foi a importância de se plantar [[cana-de-açúcar]] no [[Brasil]] e na região do [[Caribe]], durante o {{séc|XVI}}.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref> Na metade do {{séc|XVII}}, os colonizadores vindos do [[Reino Unido]], dos [[Países Baixos]] e da [[França]] têm entrado no tráfico de escravos. De 1450 até 1865, foram trazidos pelos europeus dez milhões de escravos para a [[América]], que se originaram da parte do litoral da África Ocidental entre o [[Senegal]] e [[Angola]].<ref name="ReferenceC"/><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Foi estimulado pelo tráfico de escravos que os governantes africanos realizassem a venda de prisioneiros a fim de trocar [[roupa]]s, [[arma de fogo|armas de fogo]] e [[ferro]] da [[Europa]]. Ao invés do aprendizado da fabricação desses produtos, foi considerada pelos [[africanos]] uma facilidade muito grande na obtenção de vender escravos. Dessa forma, que se deve, em parte, ao negócio de traficar escravos, a África ficou atrasada em se desenvolver industrialmente em relação à Europa.<ref name="ReferenceC"/><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Razoavelmente, de 1780 e 1880, foi iniciado pelos [[árabes]] e pelos africanos um negócio de traficar escravos no litoral da [[África Oriental]]. Os escravos da África Oriental entraram em embarcações marítimas com destino para [[Zanzibar]] ou para os países localizados no [[mar Vermelho]] e no [[golfo Pérsico]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Influência europeia ==
[[Imagem:Charles Bell - Jan van Riebeeck se aankoms aan die Kaap.jpg|thumb|Pintura da chegada de [[Jan van Riebeeck]] na [[Baía da Mesa]] (por [[Charles Davidson Bell|Charles Bell]])]]
Nos anos de 1580, foram controladas pelos [[turcos otomanos]] muitas partes do [[Norte da África]], entre o [[Egito]] e onde é hoje a [[Argélia]]. Entretanto, de 1580 até 1800, o fato de os otomanos controlarem o Norte da África entrou em declínio, e o comércio e a força militar dos adeptos europeus do cristianismo teve crescimento no [[Norte da África]]. Foi estabelecido pelos holandeses um entreposto de comércio localizado na [[Cidade do Cabo]], na parte meridional da África, em 1652. Houve crescimento da população branca no lugar, e seus descendentes passaram a se conhecer pelo adjetivo de [[africânderes]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Exceto o tráfico de escravos, tudo aquilo que a [[Europa]] influiu não teve muita grandeza na [[África]] [[Clima tropical|tropical]] até após 1800. O tráfico de escravos entrou em declínio nos primeiros anos do {{séc|XIX}}, e teve início na Europa a necessidade de [[alimento]]s produzidos na África como o [[amendoim]] e o [[azeite de dendê]], para serem industrializados. Os agricultores da [[África Ocidental]] tiveram o início da grande dependência de comercialização desses produtos aos europeus do que a sua dependência anterior com o comércio de escravos.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Após 1800, foi compreendido por alguns daqueles governantes da África que, se forem copiados os métodos militares europeus, teriam a possibilidade de conquista dos seus vizinhos. Foram importados pelo [[Egito]] armas de fogo e [[funcionário]]s europeus para o auxílio na conquista de um grande império, no atual [[Sudão]]. Foi assumido por [[Zanzibar]] o fato de controlar uma parte da [[África Oriental]], que tinha extensão até o ponto de encontro da atual [[Leste|parte oriental]] da [[República Democrática do Congo]]. Foram conquistados pelos africânderes da [[África Meridional|parte meridional da África]] os africanos da região nas imediações da parte setentrional e foi fundada a [[independência]] de duas [[república]]s, que se chamam [[Transvaal]] e [[Estado Livre de Orange]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Revoluções Religiosas ==
Entre os séculos XII e XIII ocorreu a penetração do [[islamismo]] na região dos prados da [[África Ocidental]], na parte meridional do [[Saara]]. Mas pelos governantes desta área jamais foi imposta totalmente a [[lei islâmica]], de modo que os credos da mistura feita pelo povo foram as [[religiões tradicionais africanas]] e o [[islamismo]].<ref name="ReferenceC"/> Nos últimos anos do {{séc|XVIII}}, foi iniciada pelos líderes muçulmanos da África Ocidental a pregação de reformar a religião e a exigência de que fossem criados Estados muçulmanos autênticos.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref> A maioria desses líderes foram comandantes de "[[Guerra santa|guerras santas]]" em luta contra os governantes africanos da área e foram fundados novos impérios muçulmanos. Em 1860, os novos impérios foram os controladores da quase totalidade da região de savanas da África Ocidental.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Exploração europeia ==
[[Imagem:Africa1898.png|thumb|esquerda|250px|Mapa francês de África (c. 1898) com as reivindicações coloniais. Posses alemãs a verde; posses belgas a laranja; britânicas a amarelo; francesas a rosa; portuguesas em púrpura; e a independente Etiópia a castanho]]
Teve início a exploração europeia na [[década de 1770]]. Até então, os [[europeus]] permaneceram nas imediações da [[Litoral|faixa litorânea]], mas o fato de interessarem no [[comércio]] e o trabalho missionário acarretaram gradualmente o deslocamento forçado para o [[Sertão (geografia)|interior]] do continente. Na década de 1770, foi financiado pelos governos e sociedades missionárias e científicas da [[Europa]] que as expedições realizassem explorações na [[África]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000322.pdf|título=História geral da África, V: África do {{séc|XVI}} ao XVIII|autor=Bethwell Allan Ogot|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Nos [[Década de 1880|anos 1880]], ocorreu o crescimento do fato de os países europeus serem rivais uns aos outros. Teve início a reclamação dos governos europeus das partes do território do [[litoral]] da África. O desejo dos governos da Europa foi definido como a garantia de ter direito às áreas que tiveram maior lucro, antes que isso fosse feito por seus rivais. Por volta de 1914, os europeus tinham feito a divisão entre si da totalidade do território africano, deixando somente a [[independência]] nacional da [[Etiópia]] e a [[Libéria]]. A [[Bélgica]], a [[França]], a [[Alemanha]], a [[Grã-Bretanha]], a [[Itália]], a [[Espanha]] e a [[Turquia]] têm feito a sua auto reclamação de partes da África.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Como a Europa reconheceu esses territórios reivindicados, teve início o estabelecimento feito pelos poderes coloniais europeus do seu poder real na África. Foram reconhecidos por alguns governantes africanos que as armas europeias são superiores e sua rendição pacífica ao domínio europeu. Mas foram feitas pelos outras guerras de resistência, que geralmente que os europeus trataram como rebeliões. O período da conquista europeia foi estendido da [[década de 1880]] até a [[década de 1930]], mas na metade da [[década de 1920]] foram controladas pelos europeus já com firmeza muitas das partes da África.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref><ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000324.pdf|título=História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935|autor=Albert Adu Boahen|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Domínio colonial ==
A duração do domínio colonial sobre muitas das partes da África foi entre 1900 e 1960. Hoje em dia, a consideração feita pelos [[africanos]] é a de que esse período foi uma experiência que humilhou. Mas foi também um período em que se progrediu muito. Nunca tantos africanos foram [[educação|educados]] para que se contatassem com o restante do mundo. Foi trazido por novas [[rodovia]]<nowiki/>s e [[ferrovia]]<nowiki/>s que a África se [[desenvolvimento econômico|desenvolvesse economicamente]], apareceu o surgimento de novas [[cidade]]s.
Variou muito o domínio colonial na diferença de partes da [[África]]. Na parte meridional da África, foi tomada pelos colonizadores brancos a excelente qualidade das terras e foi construída uma [[sociedade industrial]] que foi responsável pela exclusão dos africanos da totalidade das [[Profissão|ocupações]] que não tivessem maior humildade possível. Na África tropical, os comerciantes ou funcionários europeus foram os implantadores de seu domínio com os líderes africanos que ajudaram. De maneira ocasional, os europeus foram os governantes dos países através da eleição de políticos africanos.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000324.pdf|título=História geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935|autor=Albert Adu Boahen|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
=== Problemas pós-coloniais ===
[[Imagem:African Union (orthographic projection).svg|thumb|esquerda|Localização da [[União Africana]]]]
Um dos resultados do [[colonialismo]] é o da dificuldade de cooperação entre os novos [[Estado]]s africanos. Um dos problemas é a questão das [[fronteira]]s arbitrárias, que em sua maioria assinalam a extensão das conquistas coloniais ou da expansão imperial e que geralmente não têm qualquer relação com as fronteiras [[natureza|naturais]], [[geografia|geográficas]] ou [[etnia|étnicas]]. O colonialismo gerou também uma identificação [[política]] e [[Economia|econômica]] com a metrópole colonial, particularmente forte no caso das ex-[[Colônia (história)|colônias]] [[França|francesas]], e que persiste até hoje, resultando inclusive um certo grau de dependência.<ref name="Enciclopedia Barsa Imperialismo ocidental 138">{{cite encyclopedia|encyclopedia=Enciclopédia Barsa|year=1994|title=África: Problemas pós-coloniais|publisher=Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações|location=São Paulo|volume=volume 2|language=português|pages=pp.138}}</ref>
Muitos líderes africanos têm-se esforçado por promover soluções [[pan-africanismo|pan-africanas]] para os [[problema (psicologia)|problema]] do continente. Um dos principais resultados desses esforços foi a criação, em maio de 1963, da [[Organização da Unidade Africana]] (OUA) com sede em [[Adis Abeba]]. A Organização da Unidade Africana foi substituída pela [[União Africana]] em 9 de julho de 2002. A OUA teve êxito na mediação da disputa entre [[Argélia]] e [[Marrocos]] (1964-65), e nos litígios de fronteiras entre [[Etiópia]] e [[Somália]] (que tornaram a eclodir em 1977) e entre [[Quênia]] e Somália (1965-67), fracassando, porém, em impedir a guerra civil na [[Nigéria]] (1968-70).<ref name="Enciclopedia Barsa Imperialismo ocidental 138" />
== Movimento de independência ==
[[Imagem:Africa independence dates.svg|thumb|direita|Mapa de África com as várias datas de independência]]
O início do movimento de independência remonta ao período anterior aos últimos anos do {{séc|XIX}}.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000323.pdf|título=História geral da África, VI: África do {{séc|XIX}} à década de 1880|autor=J. F. Ade Ajayi|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref> Os povos africanos do [[Egito]], da Costa do Ouro (hoje [[Gana]]), da [[Nigéria]] e da [[África do Sul]] tiveram início da grande exigência governamental de serem livres. Entretanto, o que se exigia de governo próprio só foi convertido num movimento africano de massa após a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945). Quando isto foi dado, os poderes coloniais eram obrigados a fazer escolha entre suas colônias tornarem-se independentes, ou declaração de uma guerra cara para a continuação de suas colônias a serem controladas. A luta dos franceses foi durante mais de oito anos para a continuação da [[Argélia]] a ser controlada, mas a Argélia proclamou sua independência em 1962. Outras colônias francesas tornaram-se independentes pacificamente. A [[Bélgica]] e o [[Reino Unido]] deram o estatuto de país independente às muitas de suas colônias por em 1961.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
O mais importante movimento de autogoverno problemático era a [[África Meridional|parte meridional da África]]. A [[África do Sul]] declarou por completo a sua [[independência]] do [[Reino Unido]] em 1931, mas somente os [[brancos]] tinham [[direito de voto]] e de exercício de altos cargos públicos. Na opinião dos africanos, isto era um colonialismo especial. Na ex-[[Rodésia]] (atual [[Zimbábue]]), a tentativa dos brancos era continuidade de controlar do país declarando a sua independência da Reino Unido em 1965. Entretanto, a consideração dos [[Anexo:Lista de países da África|países africanos]] e o Reino Unido é que o fato de declarar um país independente é uma ilegalidade. A luta de [[Portugal]] contra os movimentos africanos de resistência ocorreu durante a [[década de 1960]] e primeiros anos da [[década de 1970]], para a continuidade de controlar suas colônias. A [[Guiné Portuguesa]] (atual [[Guiné-Bissau]]) declarou-se independente em 1974. [[Angola]] e [[Moçambique]], e mais as colônias portuguesas das ilhas de [[Cabo Verde]] e [[São Tomé e Príncipe]], obtiveram sua independência em 1975.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Pela independência não foram resolvidos a totalidade dos problemas africanos. Na maioria das novas nações não existiam líderes com experiência própria. No Congo (Leopoldville), atual [[República Democrática do Congo]], o governo teve queda imediata depois que o país declarou-se independente, em junho de 1960. Pediu para que a [[Organização das Nações Unidas]] ajudasse para o restabelecimento da ordem, depois da declaração de independência da província congolesa de [[Catanga]], em [[julho]] de 1960. Entre 1960 e 1965, o [[República do Congo|Congo]] teve uma diversidade de revoltas armadas, e foram estabelecidos a maioria dos governos provisórios, até a tomada de posse feita pelos líderes militares do controle do governo. Ocorreu a tomada de posse feita pelos líderes militares do governo numa variedade dos demais países da África. Os grupos políticos e culturalmente diferenciados têm causado guerras civis numa variedade de países.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Desenvolvimento recente ==
[[Imagem:African Union (orthographic projection).svg|thumb|esquerda|Localização da [[União Africana]]]]
Foi trazido pelos [[Década de 1970|anos 1970]] um novo sentimento de nacionalismo à maioria das nações da [[África]]. [[Gana]], [[Uganda]] e uma diversidade de outros países estavam engajadas no empenho de libertação em relação aos [[estrangeiros]] que influenciaram, dando a expulsão a muitos estrangeiros que residiam. Certos países como a atual [[República Democrática do Congo]], têm feito campanhas para a substituição dos nomes estrangeiros de lugares e de pessoas por nomes africanos.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Nos últimos anos da [[década de 1960]] e primeiros anos da [[década de 1970]], as escassas [[chuva]]<nowiki/>s foram o agente causador do drama de uma crise na vastidão de uma área na parte meridional do [[Saara]]. Nesta área, que se chama [[Sael]], estão incluídas partes do [[Chade]], do [[Mali]], da [[Mauritânia]], do [[Níger]], do [[Senegal]], do [[Sudão]], de [[Burkina Fasso]], e outras nações.<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Na metade da [[década de 1970]], foi agravado o fato de que os [[brancos]] e [[negros]] conflitaram entre si na [[África do Sul]] e na ex-[[Rodésia]] e foi intensificado o que antigamente se exigia que o domínio da África do Sul eliminasse o território do [[Sudoeste Africano]]. Em 1976, anunciou-se um plano para que esse território declarasse independente. Mas, nas eleições que se realizaram em [[dezembro]] de 1978, foi rejeitada pela África do Sul que a [[Organização das Nações Unidas]] supervisionasse, a qual foi denunciado o plano de independência, alegando que a pretensão daquele país era a continuidade de influir e a restrição do fato de que os namíbios participassem do governo. Na Rodésia, tomou posse, em [[maio]] de 1979, um governo majoritariamente negro embora a oposição de nacionalistas negros deu veto ao acordo que o novo governo e a minoria branca negociaram. Os negros e brancos mantiveram a continuidade de lutar até os últimos dias de 1979, quando pelos representantes do governo e das forças guerrilheiras, depois do patrocínio feito pelo [[Reino Unido]] do conversarem diplomaticamente, foi aceito um governador inglês para a organização de outros [[Eleição|períodos eleitorais]] e a direção do país até que o novo governo empossasse. Este, uma coalizão dos dois mais relevantes [[Partido político|partidos políticos]] de guerrilha, empossou em [[março]] de 1980 e, em abril, foi proclamada a [[independência]] da ex-[[Rodésia]] com o nome de [[República do Zimbábue]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
Nos [[Década de 1980|anos 1980]], foram continuadas pela [[Organização das Nações Unidas]] e a [[África do Sul]] que conversassem diplomaticamente sobre a [[independência]] da [[Namíbia]]. Na África do Sul foi crescente a luta contra a apartheid, que cada vez mais apoiou a opinião pública e os governos de todo o mundo. Finalmente, o [[apartheid]] foi abolido na [[África do Sul]] por [[Nelson Mandela]] entre 1990 e 1994 e dois anos depois foi promulgada a nova [[Constituição da África do Sul|constituição do país]].<ref>{{citar web|URL=http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ue000325.pdf|título=História geral da África, VIII: África desde 1935|autor=Ali A. Mazrui e Christophe Wondji|data=2010|publicado=Domínio Público|acessodata=18 de setembro de 2013}}</ref>
== Ver também ==
* [[Lista de ex-colônias europeias na África]]
* [[Partilha de África]]
* [[Comércio de escravos]]
* [[Descolonização da África]]
{{referências|col=2}}
== Bibliografia ==
* APPIAH, Kwame A., ''A Casa de Meu Pai. A África na Filosofia da Cultura'', Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.
* BATES, Robert H., MUDIME, V. Y., O´BARR, Jean ''Africa and the Disciplines: the Contributions of Research in Africa''. Chicago: University of Chicago Press, 1993.
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* BIRMINGHAM, David. A África Central até 1870. Luanda: ENDIPU, 1992.
* CAPELA, José, ''O imposto da palhota e a introdução do modo de produção capitalista nas colónias'', Porto: Afrontamento, 1977
* CAPELA, José, ''O tráfico de escravos nos portos de Moçambique''. Porto: Afrontamento, 2002.
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* DIAS, Jill & ALEXANDRE, Valentim (orgs.), ''O Império Africano (1825-1890)'', Lisboa: Editorial Estampa, 1998.
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* HAWTHORNE, Walter, ''From Africa to Brazil: Culture, Identity, and the Atlantic Slave Trade, 1600-1830'', Nova Iorque: Cambridge University Press, 2010.
* HENRIQUES, Isabel de Castro,''Os pilares da diferença: Relações Portugal-África, séculos XV-XX'', Lisboa: Caleidoscópio, 2004.
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* LOVEJOY, Paul, ''A escravidão na África: uma história de suas transformações'', Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.
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* MILLER, Joseph C., ''Poder Político e Parentesco. Os antigos estados Mbundu em Angola'', Luanda: Arquivo Histórico Nacional, 1995.
* SILVA, Alberto da Costa e, ''A manilha e o libambo: a África e a escravidão de 1500 a 1700'', Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
* THORNTON, John, ''A África e os africanos na formação do Mundo Atlântico'', Rio de Janeiro & São Paulo: Campus Elsevier, 2003
* VÁRIOS (um organizador por volume), ''História Geral da África'', 8 volumes, Brasília: UNESCO/Ministério da Educação do Brasil/Universidade Federal de São Carlos, 2010 (pode descarregar-se na íntegra: ver ligação externas)
* WALDMAN, Maurício & SERRANO, Carlos. ''Memória d'África: A Temática Africana em Sala de Aula'', São Paulo: Cortez, 2007
== Ligações externas ==
* KI-ZERBO, Joseph (ed.)  [http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/general_history_of_africa_collection_in_portuguese-1/#.VV9mLflViko ''História Geral da África'']. [[UNESCO]], [[MEC]], [[UFSCar]], 2010, 8 volumes (downloads gratuitos)
* SILVÉRIO, Valter Roberto (coord.);  ROCHA, Maria Corina; RINCÓN, Mariana Blanco; BARBOSA, Muryatan Santana .  [http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/about-this-office/single-view/news/sintese_da_colecao_historia_geral_da_africa/#.VV9LTPlVikr ''Síntese da coleção História Geral da África : Pré-história ao {{séc|XVI}}''] . Brasília: [[UNESCO]], [[MEC]], [[UFSCar]], 2013, 2v. Downloads gratuitos:
**[http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002270/227007POR.pdf Volume 1] (PDF)
**[http://unesdoc.unesco.org/images/0022/002270/227008POR.pdf Volume 2] (PDF)
* [http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=499 O ensino de história africana]. Por Henrique Cunha Jr. ''Historianet''.
*[http://www.akoni.org.br/index.php/8-generos-em-noticias/12-lei-10-639-03-historia-da-africa-nas-escolas-uma-entrevista-com-a-historiadora-marina-de-mello-e-souza-e-rachel-rua-bakke Historia da África nas escolas:] Uma entrevista com a historiadora [[Marina de Mello e Souza]] e Rachel Rua Bakke.
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Edição das 17h54min de 19 de agosto de 2016

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