| '''[[Lista de presidentes de Guiné-Bissau|Presidente]]'''
| [[João Bernardo Vieira]] ¹
|-
| '''[[Lista de primeiros-ministros de Guiné-Bissau|Primeiro-ministro]]'''
| [[Carlos Gomes Júnior]] ²
|-
| '''[[Área]]'''<br> - Total <br> - % água
| [[Lista de países por área|133º maior]] <br> 36.120 [[Quilómetro quadrado|km²]] <br> 12% / Desprezível
|-
| '''[[População]]'''
- Total ([[2002]])
<br> - [[Densidade populacional|Densidade]]
| [[Lista de países por população|147º mais populoso]]
1.345.479
<br> 48/km²
|-
| '''[[Independência]]'''
- Declarada
<br> - Reconhecida
| (de Portugal)
[[24 de Setembro]] de [[1973]]
<br>[[10 de Setembro]] de [[1974]]
|-
| '''[[Moeda]]'''
| [[Franco CFA]]
|-
| '''[[Fuso horário]]'''
| [[UTC]]
|-
| '''[[Hino nacional]]'''
| ''[[Hino nacional da Guiné-Bissau|Esta é a Nossa Pátria Bem Amada]]''
|-
| '''[[TLD (Internet)|Código Internet]]'''
| .gw
|-
| '''[[Código telefónico]]'''
| 245
|-
| colspan=2 |<small>('''1''') Desde [[1 de outubro]] de [[2005]]<br>('''2''') Desde [[9 de maio]] de [[2004]]</small>
|}
A '''Guiné-Bissau''', com 36 125 km² de superfície, situa-se na Costa Ocidental de [[África]], estendendo-se, no litoral, desde o [[Cabo Roxo]] até à ponta [[Cagete]]. Tem fronteira, a norte, com o [[Senegal]], a este e sudeste com a [[Guiné]] e a sul e oeste com o [[Oceano Atlântico]]. Além do território continental, o país integra ainda cerca de 40 ilhas que constituem o arquipélago dos [[Bijagós]], separado do Continente pelos canais de [[Geba]], [[Pedro Álvares]], [[Bolama]] e [[Canhabaque]].
População: 1.200.000 habitantes.
== História ==
{{Ver artigo principal|[[História da Guiné-Bissau]]}}
Guiné-Bissau foi previamente uma parte do [[reino de Gabu]], pertecente ao [[Império Mali]]; partes do reino existiram até o [[século XVIII]]. Apesar dos rios e costa dessa área terem sido uma das primeiras partes colonizadas pelos portugueses, o interior só foi explorado a partir do [[século XIX]]. Uma rebelião começada em [[1956]] pelo [[Partido Africano pela Independência da Guiné e Cabo Verde]] (PAIGCV) consolidou o seu controle sobre o país em [[1973]]. Independência foi declarada unilateralmente em [[24 de setembro]] de 1973, e só reconhecida na [[Revolução dos Cravos]], em [[1974]]. O país foi controlado por um conselho revolucionário até [[1984]]. As primeiras eleições pluri-partidárias aconteceram em [[1994]], mas um golpe militar em [[1998]] depôs o presidente e mergulhou o país numa guerra civil (1998-1999). Eleições novamente ocorreram e em [[2000]], Kumba Yala foi eleito.
Em setembro de 2003, outro golpe militar aconteceu, e desta vez o presidente Yala foi preso, alegando-se que ele era incapaz de resolver problemas. Após ter sido adiada por inúmeras vezes, eleições legislativas aconteceram em abril de 2004. Um motim em diversas facções das forças armadas em outubro de 2004 resultou na morte do comandante mor das forças do país, causando comoção por todo o país.
== Política ==
{{Ver artigo principal|[[Política da Guiné-Bissau]]}}
Na Guiné-Bissau, em 1989, o partido em comando, (PAIGCV-Partido Africano pela independência da Guiné e Cabo Verde-) sob controle do presidente Vieira começou o esboço de um programa de liberalização política, reformas essas que abriram caminho para uma democracia pluri-partidária que incluiu a exclusão de vários artigos da constituição que privilegiavam o papel de liderança exercido pelo PAIGCV. Leis foram ratificadas para permitir a formação de outro partidos políticos, livre imprensa, e sindicatos independentes com permissão para fazer greves.
As primeiras eleições pluri-partidárias para presidente e parlamente na Guiné-Bissau aconteceram em 1994. Logo após o fim da guerra civil 1998-1999, novas eleições foram convocadas, levando ao poder Kumba Ialá, líder oposicionista e seu partido, PRS. O PRS atualmente ocupa 28 dos 102 assentos na assembléia nacional e 18 dos 25 gabinetes de governo. Ialá foi deposto em um pacífico golpe em setembro de 2003, Henrique Rosa assumiu o posto. A transição da Guiné-Bissau de volta à democracia será complicada pela sua debilitada economia, devastada pela guerra civil.
'''Nome do País:'''<br>
''Forma convencional extensa:'' República da Guiné-Bissau<br>
''Forma convencional resumida:'' Guiné-Bissau<br>
''Forma antiga:'' [[Guiné Portuguesa]]
'''Tipo de Governo:''' República, pluri-partidária desde 1991
'''Capital:''' Bissau
'''Divisões administrativas:''' 8 regiões ([[Bafatá]], [[Biombo]], [[Bolama]], [[Cacheu]], [[Gabu]], [[Oio]], [[Quinara]] e [[Tombali]]) e um sector autónomo ([[Bissau]])
OBS: Bolama deverá ser renomeada Bolama/Bijagós
'''Independência:''' 24 de Setembro de 1973 (unilateralmente declarada pela Guiné-Bissau); 10 Setembro de 1974 (reconhecida por [[Portugal]])
'''Feriado Nacional:''' Independência, 24 de Setembro (1973)
'''Constitutição:''' 16 de maio de 1984, revisada em: 4 de maio de 1991, 4 de dezembro de 1991, 26 de fevereiro de 1993, 9 de Junho de 1993, e 1996
'''Sufrágio:''' Universal a partir dos 18 anos.
== Subdivisões ==
{{Ver artigo principal|[[Subdivisões da Guiné-Bissau]]}}
'''Subdivisões:'''
A Guiné-Bissau é dividida em 8 regiões e um sector autónomo:<br>
•[[Bafatá]] (Capital: Bafatá)<br>
•[[Biombo]] (Capital: [[Quinhamel]])<br>
•Sector autónomo de [[Bissau]] (Capital: Bissau)<br>
•[[Bolama]] (Capital: Bolama)<br>
•[[Cacheu]] (Capital: Cacheu)<br>
•[[Gabu]] (Capital: Gabú)<br>
•[[Oio]] (Capital: [[Farim]])<br>
•[[Quinara]] (Capital: Quinara)<br>
•[[Tombali]] (Capital: [[Catió]])<br>
== Geografia ==
{{Ver artigo principal|[[Geografia da Guiné-Bissau]]}}
[[Image:Guinea_bissau_sm03.png|right|305px|Map of the regions of Guinea-Bissau]]
O país encontra-se numa baixa latitude; Seu ponto mais alto é 300 metros (sempre acima do nível do mar). O interior é formado por savanas, e a costa é uma planície pantanosa. Seu período de chuvas alterna-se com períodos de calor, secura vinda do Sahara. O arquipélago de Bijagos estende-se ao longo da costa.
'''Descrição Geográfica da Guiné-Bissau:'''
'''Localização:<br>'''
Oeste da Africa, limitada pelo Oceano Atlântico,<br> e entre a Guiné Equatorial e o Senegal<br>
Coordenadas Geográficas<br>
12°00′ N<br>
15°00′ O<br>
Area<br>
•''Total:'' 36,120 km²<br>
•''Terra:'' 28,000 km²<br>
•''Água:'' 8,120 km²<br>
''Comparativo de área:''<br>
Um pouco menor que o estado do Rio de Janeiro (Brasil)
'''Fronteiras terrestres:'''<br>
•''Total:'' 724 km<br>
•''Países limítrofes:'' Guiné Conakry 386 km, Senegal 338 km<br>
Costa: 350 km
'''Clima:'''<br>
Tropical; normalmente quente e húmido; estação chuvosa (do tipo<br> mansônica) (junho a novembro) com ventos sudoestes; estação seca<br> (dezembro a maio) com ventos noroestes do tipo harmattan (secos vindos<br> do Sahara).
Terreno<br>
Em geral planícies que sobem para savanas a leste.
'''Elevações extremas:'''<br>
•''Ponto mais baixo:'' Oceano Atlântico (0 m)<br>
•''Ponto mais alto:'' Ponto nordeste do país (300 m)<br>
'''Recursos Naturais:'''<br>
Peixe, madeira ,fosfatos, bauxita, depósitos ainda não<br>
prospectados de petróleo.<br>
Uso da terra:<br>
•''Terra arável:'' 11%<br>
•''Plantações permantes:'' 1%<br>
•''Pastos permanentes:'' 38%<br>
•''Florestas e bosques:'' 38%<br>
•''Outros:'' 12% (estimativa de 1993)<br>
'''Terra irrigada:<'''br>
17 km² (estimativa de 1993)<br>
'''Problemas naturais:'''<br>
Névoa quente, seca e empoeirada vinda do deserto que reduz<br>
visibilidade durante a época seca; Queimadas.<br>
'''Problemas ambientais:'''<br>
Desmatamento; erosão do solo; overgrazing; pesca predatória; pastagem nociva ao solo.
== Economia ==
{{Ver artigo principal|[[Economia da Guiné-Bissau]]}}
Guiné-Bissau está entre as nações menos desenvolvidas do globo e entre os 20 mais pobres países, e depende fortemente da agricultura e da pesca. O preço das castanhas de caju aumentaram invejavelmente em anos recentes, e hoje o país encontra-se em sexto na produção mundial do produto. A Guiné-Bissau exporta peixe e frutos do mar junto com amendoim, sementes de palma e madeira. Licenças para pesca provém o governo com receita. Arroz é o cereal mais produzido e comida típica.
Lutas intermitentes entre tropas revolucionárias apoiadas por Senegal e a junta militar que controlava o país destruiu grande parte da infraestrutura do país e causou danos a todas as partes do país em 1998; a guerra civil derrubou o PIB em 28% naquele ano, com uma recuperação parcial em 1999. A produção agrícola caiu algo em torno de17% durante o conflito, assim como a produção de castanhas de caju caíram até 30%. Piorando a situação, no ano 2000 o preço das castanhas caíram em 50% no mercado internacional, aumentando a devastação começada com a guerra civil.
Antes da guerra, as reformas mais bem-sucedidas do governo foram a reforma comercial e a liberalização dos preços, tudo sob a tutela do FMI (Fundo Monetário Internacional). A austeridade fiscal e o incentivo ao desenvolvimento do setor privado deram novo fôlego à economia. Após a guerra civil, as medidas de recuperação lançadas pelo governo (novamente com a ajuda do FMI e também do Banco Mundial) trouxeram alento à debilitada economia e recuperaram o PIB em 8% em 1999.
Em dezembro de 2000 a Guiné-Bissau tentou uma ajuda internacional de de U$800 milhões para a estratégia de redução da pobreza, que deverá ser colocado em prática em 2002. O país só começará a receber boa parte da quantia quando responder a necessidades básicas da população, condições para o empréstimo.
Devido aos altos custos, a prospecção de petróleo e de fosfato e outros recursos minerais não são objetivos de curto-prazo. O país produz atualmente 400,000 mil barris de petróleo por dia.
Por causa dos cursos altos, o desenvolvimento de petróleo, fosfato e outras fontes minerais não tem perspectiva a curto prazo. São produzidos 400.000 barris de petróleo por dia.
PIB: Paridade de Poder aquisitivo - $1.1 billion (1999 est.)<br>
PIB: Taxa de crescimento real: 9.5% (1999)<br>
PIB: Per capita: Paridade de Poder aquisitivo- $900 (1999)<br>
PIB: Por setor:<br>
agricultura: 54%<br>
indústria: 11%<br>
serviços: 35% (1996)<br>
População abaixo da linha de pobreza: 50% (1991)<br>
Poder de consumo das classes:<br>
10% mais pobre: 0.5%<br>
10% mais rica: 42.4% (1991)<br>
Inflação (preços ao consumidor): 5.5% (1999)<br>
Força de trabalho: 480,000<br>
Força de trabalho - por ocupação: agricultura 78%<br>
Indústrias: processamento de produtos agrícolas, bebidas.<br>
Crescimento da produção industrial: 2.6% (1997)<br>
Eletricidade - produção: 40 GWh (1998)<br>
Eletricidade - production por fonte:<br>
Combustível fóssil: 100%<br>
hidroelétrica: 0%<br>
nuclear: 0%<br>
Outro: 0% (1998)<br>
Eletricidade - consumo: 37 GWh (1998)<br>
Eletricidade - exportação: 0 Wh (1998)<br>
Eletricidade - importação: 0 Wh (1998)<br>
Agricultura - produtos: arroz, farinha, feijão, tapioca, castanhas de caju, amendoim, sementes de palma, algodão; madeira; pescado.<br>
Exportação: $26.8 milhões (1998)<br>
Importações: $22.9 milhões (1998)<br>
Parceiros comerciais: Portugal , França , Senegal , Países Baixos (1997)<br>
Dívida Externa: $921 milhões (1997 est.)<br>
Ajuda internacional: $115.4 milhões (1995)<br>
== Demografia ==
{{Ver artigo principal|[[Demografia da Guiné-Bissau]]}}
A população da Guiné Bissau é etnicamente diversa com línguas distintas, costumes e estruturas sociais. A maioria das pessoas vive como fazendeiros, com crendices tradicionais; 45% é muçulmana, principalmente falantes de Fula e Mandinka, concentrados no norte e no nordeste. Outros grupos importantes são os Balanta e Papel, que vivem na costa sul, e os Manjaco e os Mancanha, que ocupam o centro e o norte (nas regiões costeiras).
'''População:''' 1,285,715 (estimativas de julho de 2000)
* [http://www.sosbissau.org/ Aldeia SOS Guiné-Bissau]
* [http://www2.mre.gov.br/deaf/daf_2.htm Divisão da África II - Itamaraty] Divisão do Ministério das Relações Exteriores do Brasil responsável pelas relações bilaterais com a Guiné-Bissau
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