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Edição das 23h22min de 2 de agosto de 2006
Predefinição:Portal-entretenimentoFolclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração.
Definição
Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes, lendas, tradições e festas populares transmitidos por imitação e via oral de geração em geração. "Folclore é tradição! Passado e presente! É cultura embasada nos usos e costumes de uma Nação!" (ALAMY, Maria Beatriz Machado. Folclore: Pesquisas & Músicas. Belo Horizonte: [s.n.], 2006. p.33).
História
O termo folclore (folklore) aparece pela primeira vez cunhado por Ambrose Merton - pseudônimo de William John Thoms - em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos, passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes populares. Posteriormente, o termo passa a designar toda a cultura nascida principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um povo.
À medida que a ciência e a tecnologia se desenvolveram, todas essas tradições passaram a ser consideradas frutos da ignorância popular. Entretanto, o estudo do folclore é fundamental de modo a caracterizar a formação cultural de um povo e seu passado, além de detectar a cultura popular vigente, pois o fato folclórico é influenciado por sua época.
No século XIX, a pesquisa folclórica se espalha por toda a Europa, com a concientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao modo de vida urbano. O folclore passa então a ser usado como principal elemento nas obras artísticas, despertando o sentimento nacionalista dos povos.
Características do fato folclórico
Para se determinar se um acontecimento é folclórico, ele deve que apresentar as seguintes características:
- Tradicionalidade: vem se transmitindo geracionalmente.
- Oralidade: é transmitido pela palavra falada.
- Anonimato: não tem autoria.
- Funcionalidade: existe uma razão para o fato acontecer.
- Aceitação coletiva: há uma identificação de todos com o fato.
- Vulgaridade: acontece nas classes populares e não há apropriação pelas elites.
- Espontaneidade: não pode ser oficial nem institucionalizado.
As características de tradicionalidade, oralidade e anonimato podem não ser encontrados em todos os fatos folclóricos como no caso da literatura de cordel, no Brasil, onde o autor é identificado e a transmissão não é feita oralmente.
Campos do Folclore
- Música
- Danças e festas
- Linguagem
- Usos e costumes
- Brinquedos e brincadeiras
- Lendas, mitos e contos
- Crenças e superstições
- Arte e artesanato
Música
Caracteriza-se pela simplicidade, monotonia e lentidão. Sua origem pode estar ligada a uma música popular cujo autor foi esquecido ou pode ter sido criada espontâneamente pelo povo. Observa-se a música folclorica sobretudo em brincadeiras infantis, cantos religiosos, ritos, danças e festas.
São exemplos:
- cantigas de roda; Ciranda cirandinha
Ciranda, cirandinha vamos todos cirandar vamos dar a meia-volta volta e meia vamos dar
O anel que tu me deste era vidro e se quebrou O amor que tu me tinhas era pouco e se acabou
Por isso, D. Fulano entre dentro dessa roda diga um verso bem bonito diga adeus e vá-se embora
- acalantos;
- modinhas;
- cantigas de trabalho;
- serenatas;
- cantos de velório; O velório é uma cerimônia fúnebre na qual os parentes e amigos da pessoa falecida vão dar o último adeus antes da cremação ou do enterro. Sua duração é variada: de poucas horas a mais de um dia, podendo inclusive acontecer durante a madrugada.
O velório também é visto como um intervalo de tempo dado para aquele que parece estar morto na esperança de que não esteja realmente. Há algumas doenças e situações em que não se morre mas os sinais são típicos de um morto: o coração para, os sinais vitais cessam. Mitos populares dizem que há casos de pessoas que ficaram até uma semana em estados assim e "voltaram à vida" como se nada tivesse acontecido, como alguém que volta de um coma.
Geralmente o velório é realizado em um lugar próprio para isso contíguo ao cemitério, embora possa ser feito em outros lugares - especialmente quando o morto foi uma pessoa célebre, realizando-se neste caso em sedes de governo ou de instituições, palácios, câmaras municipais, prefeituras etc.
O cantor brasileiro (que já ganhou vários prêmios internacionais) Milton Nascimento, em sua música, "Sentinela", canta o sentimento que há quando do funeral:
"Morte, vela, sentinela sou Do corpo desse meu irmão que já se vai Revejo nessa hora tudo o que ocorreu Memória não morrerá"
- cantos de cemiterio;
Danças e festas
As danças acompanham as músicas em vários rituais folclóricos, sendo as principais danças folclóricas brasileiras:
Partido alto
O partido alto é o tipo mais tradicional de samba, usualmente tocado com um conjunto de instrumentos de percussão (normalmente surdo, pandeiro e tamborim) e acompanhado por um cavaquinho e/ou por um violão. As letras são sérias, com passagens poéticas ou cheias de referências históricas. O partido alto é sempre cantado por um grupo coral e pode ser considerado o samba mais influenciado pela cultura africana.
Cantores famosos: Cartola, Jovelina Pérola Negra, Grupo Fundo de Quintal, Leci Brandão, Clara Nunes.
Pagode
Hoje é a forma de samba mais difundidada no Brasil. Usualmente é cantado por uma pessoa acompanhada por cavaquinho, violão e pelo menos por um pandeiro. O pagode é o samba das festas, bares e reuniões informais. As letras são descontraídas, falam normalmente de amor ou qualquer situação engraçada. Quase sempre as letras não tem grande expressão, sendo a maior preocupação a aliteração do que o conteúdo.
Artistas famosos: Bezerra da Silva, Zeca Pagodinho, Raça Negra, Molejo
Samba de breque
Hoje um gênero morto, as músicas do samba de breque eram intercaladas com partes faladas, ou diálogos. Os cantores, necessariamente, tinham um excelente dom vocal e habilidade de fazer vozes diferentes. As letras contavam histórias e eram jocosas.
Artistas famosos: Moreira da Silva
Samba-Canção
Muito executado nas rádios, as músicas deste gênero eram românticas e de ritmo mais lento. Os temas variavam do puramente lírico ao trágico.
Artistas famosos: Ângela Maria, Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Agnaldo Rayol, Dolores Duran, Maysa.
Samba-Enredo
O samba enredo é o estilo cantado pelas escolas de samba durante os desfiles de carnaval. A letra do samba-enredo, normalmente, conta uma história que servirá de enredo para o desenvolvimento da apresentação da escola de samba. Em geral, a música é cantada por um homem, acompanhado sempre por um cavaquinho e pela bateria da escola de samba, produzindo uma textura sonora complexa e densa, conhecida como batucada.
Outras variantes
Bossa nova é essencialmente um samba-jazz
O Samba-reggae, surge na Bahia no fim dos anos 1980, mas foi um gênero que não foi muito adiante.
Samba de roda é uma dança ritual preservada em algumas cidades baianas.
Jongo é o equivalente paulista e carioca do samba de roda.
Samba rock um estilo musical com fortes influências do funk e soul.
- baião História
Esse gênero musical foi transformado em música popular urbana no início da década de 1940 através do trabalho de Luiz Gonzaga considerado o "Rei do Baião" e Humberto Teixeira, chamado de "O doutor do baião".
O baião teria nascido provavelmente de uma forma especial dos violeiros tocarem lundu na zona rural do Nordeste estruturando-se em seguida como música de dança.
O grande divulgador e fixador do baião cantado como gênero de música popular brasileira foi Luiz Gonzaga. A maioria dos baiões bem sucedidos no mercado interno brasileiro é constituída de baiões cantados por Luiz Gonzaga, Carmélia Alves, 4 Azes e 1 Coringa, Luiz Vieira.
Há entretanto o baião instrumental de Waldir de Azevedo que abriu o caminho para a divulgação do ritmo por todo o mundo. Delicado é um exemplo significativo, que acabou recebendo duas letras: a que foi cantada por Carmen Miranda na sua última apresentação pública, no show do Jimmy Duran e a que Ademilde Fonseca gravou no Brasil.
A voga do baião, embora avassaladora nos anos 40 e 50, não durou muito pois já na década de 1960 tinha início o seu declínio. Atualmente está praticamente desaparecido e é revivido apenas nas coleções de nostalgia.
Principais músicos do Baião
* Luiz Gonzaga * Humberto Teixeira * Waldir de Azevedo
Quadrilha é uma contradança de origem inglesa em compasso de 6 / 8, na qual quatro pares se situam frente a frente. Teve o seu apogeu no séc. XVIII, em França, onde recebeu o nome de anglaise. Tornou-se muito popular nos salões aristocráticos e burgueses do séc. XIX em todo o mundo ocidental.
No Brasil, a quadrilha é parte das comemorações chamadas de festas juninas. Um animador vai pronunciando frases enquanto os demais participantes, geralmente em casais, se movimentam de acordo com as mesmas. Para alguns cientistas sociais, especialmente antropólogos, tal forma de entretenimento representa uma permanência do pensamento evolucionista muito em voga principalmente no século XIX, onde pessoas que residem em meios urbanos agem de forma estereotipada, zombando dos moradores de áreas rurais mesmo sem se darem conta.
Festas:
O carnaval é um período de festas profanas regidas pelo ano lunar que tem suas origens na Antiguidade e recuperadas pelo cristianismo, que começava no dia de Reis (Epifania) e acabava na Quarta-feira de cinzas, às vésperas da Quaresma. O período do carnaval era marcado pela "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris será o grande modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas. Atualmente o carnaval do Rio de Janeiro, Brasil é considerado um dos mais importantes desfiles de carnaval do mundo. Em Portugal, existe já uma grande tradição carnavalesca, nomeadamente os carnavais de Loulé, Sesimbra, Rio Maior e Torres Vedras, destacando-se Torres Vedras, possuindo o carnaval mais antigo e mais português de Portugal, mantendo-se popular e fiel à tradição rejeita o samba e outros estranjeirismos.
- Natal
- Oktoberfest
- São João A festa junina é uma celebração tradicional brasileira que ocorre no mês de junho, festejando três importantes santos católicos: São João (24 de junho), São Pedro (29 de junho) e Santo Antônio (13 de junho). Em Portugal, estas festas são conhecidas pelo nome de Santos Populares e correspondem a diferentes feriados municipais: Santo António, em Lisboa, São João, no Porto e em Braga.
Recebeu o nome de junina (chamada inicialmente de joanina, de São João), segundo alguns historiadores, porque teve origem nos países católicos europeus e era uma homenagem a São João, que comemorava normalmente sua festa em junho. A festa foi trazida para o Brasil pelos portugueses e logo foi incorporada aos costumes dos povos indígenas e negros.
A festa mais tradicional é a de São João, a qual é típica na Região Nordeste do Brasil. Por ser uma região árida, o Nordeste agradece anualmente a São Pedro e, claro, a São João, pelas chuvas caídas nas lavouras.
Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição, como a canjica e a pamonha.
Atualmente, os festejos ocorridos em cidades pólos do Nordeste dão impulso à economia local. Citem-se, como exemplo, Caruaru, em Pernambuco; Campina Grande, na Paraíba; e Maceió, em Alagoas.
As duas primeiras cidades disputam o título de Maior São João do Mundo, embora Caruaru esteja consolidada no Guinness Book, categoria festa country (regional, caipira) ao ar livre. Hoje na disputa encontra-se também a cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte, que vem aumentando a cada ano sua Festa na Rua.
Linguagem
As principais manifestações do folclore na linguagem popular são as seguintes:
- Adivinhações: também chamados de adivinhas. Consistem em perguntas com conteúdo dúbio ou desafiador.
- Exemplos de adivinhas
'O que é o que é???'
1. Está no meio do começo, está no começo do meio, estando em ambos assim, está na ponta do fim?
2. Branquinho, brancão, não tem porta, nem portão?
3. Uma árvore com doze galhos, cada galho com trinta frutas, cada fruta com doze sementes?
4. Uma casa tem quatro cantos, cada canto tem um gato, cada gato vê três gatos, quantos gatos têm na casa?
5. Altas varandas, formosas janelas, que abrem e fecham, sem ninguém tocar nelas?
Respostas:
1. A letra M
2. Ovo
3. Ano, mês, dia, hora
4. Quatro
5. Olhos
- Parlenda: são palavras ordenadas de forma a ritmar, com ou sem rima.
- Provérbios: ditos que contém ensinamentos. Dinheiro compra pão, mas não compra gratidão. A fome é o melhor tempero. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão. Pagar e morrer é a última coisa a fazer.
- Quadrinhas: estrofes de quatro versos sobre o amor, um desafio ou saudação.
- Piadas: fatos narrados humorísticamente.
Piada ou Anedota é uma história curta de final geralmente surpreendente e engraçado com o objetivo de causar risos ou gargalhadas (ou sensação de) no leitor ou ouvinte. É um tipo específico de humor que, apesar de diversos estilos, possui características que a diferenciam de outras formas de comédia. Joãozinho é um nome genérico que se utiliza em piadas que envolvem um garotinho que faz perguntas ou comentários que provocam espanto em adultos. Esse é o nome utilizado no Brasil e em Portugal, mas esse contexto de piada também é utilizado em outros países. Há uma variação, que é Juquinha.
Os nomes mais populares são: Little Johnny (Estados Unidos), Jaimito (Espanha), Pepito (México), Vovochka (Rússia), Pepíček (República Tcheca), Pierino (Itália) e Toto (França).
Exemplo
O Joãozinho vai com sua irmã visitar a avó: — Vovó, como é que as crianças nascem? — Bem, as cegonhas trazem as criancinhas no bico, meus netinhos. Joãozinho cochicha para a sua irmã: — E aí, o que é que você acha? Contamos a verdade para ela?
- Literatura de Cordel: livrinhos escritos em versos, no nordeste brasileiro, e pendurados num barbante (daí a origem de cordel), sobre assuntos que vão desde mitos sertanejos às situações social, política e econômica atuais.
- Frases prontas: frases consagradas de poucas palavras com significado direto e claro.
- Frases de pára-choque de caminhão: frases humorísticas ou religiosas que caminhoneiros pintam em seus pára-choques.
Usos e costumes
Neste campo inclui-se ítens à respeito da alimentação, cultivo, vestuário, comportamento etc, de um povo de uma região.
Brinquedos e brincadeiras
Os brinquedos são artefatos para serem utilizados sozinho, como a boneca de pano, o papagaio (pipa), estilingue (bodoque), pião...
As brincadeiras envolvem disputa de algum tipo, seja de grupos ou individual, como o pega-pega, bolinha-de-gude, esconde-esconde, etc.
Lendas, mitos e contos
Lenda é uma narração fantasiosa sobre um fato real. São exemplos de lendas brasileiras:
- Negrinho do Pastoreio(Sul);
- A lenda do Uirapuru (Norte);
Uiarapuru é a designação comum a diversas aves florestais da família dos Troglodytidae e dos piprídeos, especialmente aquelas do gênero Pipra, de plumagem colorida, ger. uma combinação de preto com vermelho, laranja ou branco. O termo é proveniente da língua Tupi-guarani "wirapu 'ru", e pode ser chamado também por arapuru, guirapuru, rendeira, tangará ou virapuru. É um pássaro ativo que se locomove super rápido. Alimenta - se de frutas e, principalmente de pequenos insetos. Tem os pés grandes, plumagem pardo - avermelhada, laranja entre outras. Vive em meio a floresta úmida, nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, e encontra -se em quase toda região amazônica brasileira. O seu canto é longo e melodioso parecido com uma flauta. O "Uirapuru Laranja" ou "Dançador - laranja" (Pipra fasciicauda) é um dos mais bonitos da família Pipridae, porém o mais famoso é o uirapuru-verdadeiro (Cyphorhinus aradus), o qual tem o canto mais belo entre todos, que pertence a família Troglodytidae. O canto dos outros não se compara com o dele. Também são conhecidos pelos nomes de arapuru, guirapuru, rendeira, tangará e virapuru.
Na Cidade de Manaus e em algumas regiões do Norte do Brasil a população acredita que levar o Uirapuru consigo empalhado traz sorte na vida e no amor, uma das causas por que o pássaro está em extinção, embora ele não seja fácil de ser encontrado.
- A lenda da Nossa Senhora das Graças (Sudeste);
- A lenda da vitória régia;
Mito é uma história em torno de algo irreal, como:
Caipora é uma entidade da mitologia tupi-guarani. É representada como um pequeno índio de pele escura, ágil, nu, que fuma um cachimbo e gosta de cachaça.
Habitante das florestas, reina sobre todos os animais e destrói os caçadores que não cumprem o acordo de caça feito com ele. Seu corpo é todo coberto por pelos. Ele vive montado numa espécie de porco-do-mato e carrega uma vara. Aparentado do Curupira, protege os animais da floresta. Os índios acreditavam que o Caipora temesse a claridade, por isso protegiam-se dele andando com tições acesos durante a noite.
Mula-sem-cabeça é uma lenda do folclore brasileiro.
A mulher que fez algum mal se transforma em mula-sem-cabeça, como castigo, na noite de quinta para sexta-feira. No passado, diziam que "mulher que namorasse padre" tinha esse destino. Sai pelos campos soltando fogo pelas ventas e relinchando. Seu encanto, segundo a lenda, somente será quebrado se alguém conseguir tirar o freio de ferro que carrega na cabeça. Em seu lugar, aparecerá uma mulher arrependida.
Um mito tipicamente brasileiro
Inicialmente retratado como um curumim meio endiabrado, não se diferenciava muito das crianças indígenas, com duas pernas e de cor morena, com a diferença de possuir um rabo.
No norte do Brasil, a Mitologia Africana o transformou em um negrinho que perdeu uma perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também da Cultura Africana o pito, uma espécie de cachimbo, e da Mitologia Européia, herdou o pileo, um gorrinho vermelho.
É considerado uma figura brincalhona, que diverte-se com os animais e pessoas, criando dificuldades domésticas, ou assustando viajantes noturnos com seus assobios. O mito existe pelo menos desde o fim do século XVIII. O saci não tem amigos, vivendo solitário nas matas.
A lenda diz que o Saci está nos redemoinhos de vento, e que pode ser capturado jogando-se uma peneira sobre estes. Deve-se então retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência, guardando o Saci em uma garrafa. A lenda também diz que os sacis nascem de gomos de bambús, eles ficam dentro do gomo durante sete anos, e depois saem para viver mais setenta e sete anos e quando morrem se transformam em cogumelos venenosos ou orelhas de pau.
Um Conto é uma narrativa de uma façanha de forma fantasiosa. A Bela Adormecida é um conto de fadas, criado pelo escritor francês Charles Perrault, sobre uma princesa que é enfeitiçada para dormir até que um príncipe encantado a desperte com um beijo de amor.
Crenças e superstições
Sabença: sabedoria popular utilizada na cura de doenças e solução de problemas pessoais através de benzeduras.
Crendice: crença absurda, também chamada de ablusão.
Superstição: explicações de fatos naturais como consequências de acontecimentos sobrenaturais. Coceiras: Se a palma da mão coçar, é sinal que irá receber dinheiro. Se a palma da mão esquerda é que estiver coçando, uma visita desconhecida está para aparecer. Coceira na sola do pé significa viagem ao exterior.
Elefantes: Ter um elefante de enfeite, sobre um móvel qualquer, sempre com a tromba erguida mas de costas para a porta de entrada, evita a falta de dinheiro.
Orelha: Se sua orelha esquentar de repente, é porque alguém está falando mal de você. Nesses casos, vá dizendo o nome dos suspeitos até a orelha parar de arder. Para aumentar a eficiência do contra-ataque, morda o dedo mínimo da mão esquerda: o sujeito irá morder a própria língua.
Objetos perdidos: A maneira mais eficiente de encontrar algo que desapareceu é dar tres pulinhos para São Longuinho.
Arte e artesanato
Compreende uma ampla área, que se estende desde a culinária até o artesanato propriamente dito. Baseiam-se em técnicas rudimentares de produção e utilizam-se de matéria-prima natural como madeira, ossos, couro, tecido, pedras, sementes, entre outros.
Ver também
- Cultura popular A culinária é a arte de confeccionar alimentos e foi evoluindo ao longo da história dos povos para tornar-se parte da cultura de cada um. Variam de região para região, não só os ingredientes, como também as técnicas culinárias e os próprios utensílios. Por exemplo, a cataplana é um recipiente para cozinhar alimentos típico do Algarve, equivalente à tajine de Marrocos. A alheira de Mirandela é um dos alimentos mais exclusivos da cozinha portuguesa, enquanto que no Brasil, os pratos típicos incluem a feijoada e o churrasco.
A cozinha muitas vezes reflecte outros aspetos da cultura, tais como a religião – a carne de vaca é tabu entre os hindus, enquanto que a de porco é proíbida entre os muçulmanos e judeus – ou determinadas posições políticas, como o vegetarianismo em que não são consumidos alimentos provenientes de animais mortos para esse efeito.
O desenvolvimento industrial teve igualmente um grande impacto na forma como as pessoas se alimentam. Por exemplo, a maior incidência de pessoas trabalharem longe de casa ou terem mais horas de trabalho levou ao surgimento da comida rápida; por outro lado, a consciência da segurança alimentar e da qualidade dos alimentos levou à criação de regras, por vezes na forma de leis, sobre a forma como os alimentos devem ser vendidos.
Uma disciplina associada à culinária é a gastronomia que se ocupa, não do modo como os alimentos são preparados, mas principalmente no refinamento da sua apresentação. Outras disciplinas relacionadas são a nutrição e a dietética, que estudam os alimentos do ponto de vista da saúde ou da medicina.
A Besta fera é a versão brasileira do centauro. Crê-se que ela seja o próprio demônio que sai do inferno nas noites de lua cheia. Ela tem o corpo de cavalo e o torso humano, corre através dos vilarejos até encontrar um cemitério e aí desaparece. O som de seus cascos é suficiente para aterrorizar os homens. Segue-lhe uma matilha de cães, aos quais ela açoita. Quando ele encontra um animal, a "besta fera" chicoteia-a cruelmente. Segundo o mito, apesar de ela ser terrível, aparentemente é inofensiva aos homens. Quando alguém vê sua face, enlouquece por alguns dias, mas depois se restabelece.
Ligações externas
- Brincantes
- Jangada Brasil
- Folclore de Portugal - O Portal do Folclore Português
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