𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Dinis I de Portugal: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
Sem resumo de edição
Linha 1: Linha 1:
'''D. Dinis I''' ou '''D. Diniz I''' ([[9 de Outubro]] [[1261]] – [[7 de Janeiro]] [[1325]], [[Santarém]]), cognominado ''O Lavrador'' ou ''O Rei-Agricultor'' (pelo impulso que deu àquela actividade no nosso país), e ainda ''O Rei-Poeta'' ou ''O Rei-Trovador'' (pelas ''[[Cantigas de Amigo]]'' que compôs e pelo desenvolvimento da [[poesia trovadoresca]] a que se assistiu no seu reinado), foi o sexto [[Lista de reis de Portugal|Rei de Portugal]]. Dinis foi filho do Rei [[Afonso III de Portugal|Afonso III]] pela sua mulher a infanta Beatriz de Castela, e tornou-se rei em [[1279]].
'''D. Dinis I''' ou '''D. Diniz I''' ([[9 de Outubro]] [[1261]] – [[7 de Janeiro]] [[1325]], [[Santarém]]), cognominado ''O Lavrador'' ou ''O Rei-Agricultor'' (pelo impulso que deu àquela actividade no nosso país), e ainda ''O Rei-Poeta'' ou ''O Rei-Trovador'' (pelas ''[[Cantigas de Amigo]]'' que compôs e pelo desenvolvimento da [[poesia trovadoresca]] a que se assistiu no seu reinado), foi o sexto [[Lista de reis de Portugal|Rei de Portugal]]. D. Dinis era filho do Rei D. [[Afonso III de Portugal|Afonso III]] e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X e foi aclamado rei em Lisboa em [[1279]].


[[Imagem:Dinis-P.jpg|thumb|200px|right|Dinis, rei de Portugal]]
[[Imagem:Dinis-P.jpg|thumb|200px|right|Dinis, rei de Portugal]]


Como herdeiro da coroa, Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, Portugal encontrava-se de novo em conflito com a [[Igreja Católica]]. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o [[Papa Nicolau III]], onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal, nomeadamente ao conceder asilo à [[Ordem dos Templários]] (chamada em Portugal Ordem de Cristo) perseguida em [[França]].
Como herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, Portugal encontrava-se de em conflito com a [[Igreja Católica]]. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o [[Papa Nicolau III]], onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Salvou a [[Ordem dos Templários]] em Portugal através da criação da Ordem de Cristo, que lhe herdou os bens depois da sua extinção.


Com a [[Reconquista]] terminada, Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro, apesar do pequeno conflito travado com [[Castela]] pela posse das vilas de [[Serpa]] e [[Moura]]. Resolvido este assunto, nenhuma outra guerra se fez durante o seu reinado, confirmando assim a memória de Dinis como um rei invulgarmente pacífico para a sua época. Assim, as prioridades governativas foram essencialmente a organização do país e continuou as políticas de legislação iniciadas pelo seu pai. Dinis publicou o núcleo do Código Civil e Criminal, focando a protecção das classes menos favorecidas de abusos de poder. Durante o seu reinado, fez várias viagens em torno do país, visitando vilas e resolvendo problemas. Com sua mulher, a [[Rainha Santa Isabel]], Dinis procurou melhorar a vida dos pobres e fundou várias instuiçoes de caridade.
Com a [[Reconquista]] terminada, D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com [[Castela]] em 1295, desistiu dela em troca das vilas de [[Serpa]] e [[Moura]]. Pelo [[Tratado de Alcanizes]] firmou-se a paz com Castela, ficando definidas desde então as fronteiras entre os dois países ibéricos. Assim, as prioridades governativas foram essencialmente a organização do país e continuou as políticas de legislação iniciadas pelo seu pai. D. Dinis publicou o núcleo do Código Civil e Criminal, focando a protecção das classes menos favorecidas de abusos de poder. Durante o seu reinado, fez várias viagens em pelo reino, visitando vilas e resolvendo problemas. Com sua mulher, a [[Rainha Santa Isabel]], D. Dinis procurou melhorar a vida dos pobres e fundou várias instuiçoes de caridade.


Preocupado com as infrastruturas do país, Dinis ordenou a exploração de minas de [[cobre]], [[prata]], [[estanho]] e [[ferro]] e organizou a exportação dos seus produtos para outros países europeus. Assinou o primeiro tratado comercial com [[Inglaterra]] em [[1308]] e fundou a marinha mercante portuguesa. Dinis promulugou a primeira reforma agrária de Portugal, redistribuíu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o [[Pinhal de Leiria]], que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.
Preocupado com as infra-estruturas do País, D. Dinis ordenou a exploração de minas de [[cobre]], [[prata]], [[estanho]] e [[ferro]] e organizou a exportação dos seus produtos para outros países europeus. Assinou o primeiro tratado comercial com [[Inglaterra]] em [[1308]] e fundou a marinha mercante portuguesa. O rei D. Dinis promulugou a primeira 'reforma agrária' de Portugal, redistribuíu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o [[Pinhal de Leiria]], que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.


A cultura foi outro dos seus interesses pessoais. Dinis apreciava literatura e escreveu vários livros pelo seu próprio punho, com temas como admnistração ou caça, e vários volumes de poesia. Durante o seu reinado, [[Lisboa]] foi um dos centros Europeus de cultura. A [[Universidade de Coimbra]] foi fundada pelo seu decreto ''Magna Charta Priveligiorum''.
A cultura foi outro dos seus interesses pessoais. D. Dinis apreciava literatura e escreveu vários livros pelo seu próprio punho, com temas como admnistração ou caça, e vários volumes de poesia. Durante o seu reinado, [[Lisboa]] foi um dos centros Europeus de cultura. A [[Universidade de Coimbra]] foi fundada pelo seu decreto ''Magna Charta Priveligiorum''.


Os últimos anos do seu reinado foram, no entanto, marcados por conflitos internos entre os seus dois filhos: [[Afonso IV de Portugal|Afonso]] o herdeiro legítimo, e [[Afonso Sanches]], seu filho natural. Este diferendo foi resolvido pela intervenção da Rainha Santa Isabel, após o recontro de [[Alvalade]], em que o rei e o herdeiro se travaram de razões.
Os últimos anos do seu reinado foram, marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. [[Afonso IV de Portugal|Afonso]], receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, [[Afonso Sanches]] o espoliasse do trono, exigiu o Poder e combateu o pai. Nesta luta foi teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel, que numa ocasião se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de batalha em [[Alvalade]].


D. Dinis está sepultado no Convento de S. Dinis, em [[Odivelas]].
D. Dinis está sepultado no Convento de S. Dinis, em [[Odivelas]].

Edição das 22h01min de 10 de fevereiro de 2005

D. Dinis I ou D. Diniz I (9 de Outubro 12617 de Janeiro 1325, Santarém), cognominado O Lavrador ou O Rei-Agricultor (pelo impulso que deu àquela actividade no nosso país), e ainda O Rei-Poeta ou O Rei-Trovador (pelas Cantigas de Amigo que compôs e pelo desenvolvimento da poesia trovadoresca a que se assistiu no seu reinado), foi o sexto Rei de Portugal. D. Dinis era filho do Rei D. Afonso III e da infanta Beatriz de Castela, neto de Afonso X e foi aclamado rei em Lisboa em 1279.

Dinis, rei de Portugal

Como herdeiro da coroa, D. Dinis desde cedo foi envolvido nos aspectos de governação pelo seu pai. À data da sua subida ao trono, Portugal encontrava-se de em conflito com a Igreja Católica. D. Dinis procurou normalizar a situação assinando um tratado com o Papa Nicolau III, onde jurava proteger os interesses de Roma em Portugal. Salvou a Ordem dos Templários em Portugal através da criação da Ordem de Cristo, que lhe herdou os bens depois da sua extinção.

Com a Reconquista terminada, D. Dinis foi essencialmente um rei administrador e não guerreiro: envolvendo-se em guerra com Castela em 1295, desistiu dela em troca das vilas de Serpa e Moura. Pelo Tratado de Alcanizes firmou-se a paz com Castela, ficando definidas desde então as fronteiras entre os dois países ibéricos. Assim, as prioridades governativas foram essencialmente a organização do país e continuou as políticas de legislação iniciadas pelo seu pai. D. Dinis publicou o núcleo do Código Civil e Criminal, focando a protecção das classes menos favorecidas de abusos de poder. Durante o seu reinado, fez várias viagens em pelo reino, visitando vilas e resolvendo problemas. Com sua mulher, a Rainha Santa Isabel, D. Dinis procurou melhorar a vida dos pobres e fundou várias instuiçoes de caridade.

Preocupado com as infra-estruturas do País, D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação dos seus produtos para outros países europeus. Assinou o primeiro tratado comercial com Inglaterra em 1308 e fundou a marinha mercante portuguesa. O rei D. Dinis promulugou a primeira 'reforma agrária' de Portugal, redistribuíu terras, promoveu a agricultura e fundou várias comunidades rurais, assim como mercados e feiras. Um dos seus maiores legados foi a ordem de plantar o Pinhal de Leiria, que ainda se mantém, de forma a proteger as terras agrícolas do avanço das areias costeiras.

A cultura foi outro dos seus interesses pessoais. D. Dinis apreciava literatura e escreveu vários livros pelo seu próprio punho, com temas como admnistração ou caça, e vários volumes de poesia. Durante o seu reinado, Lisboa foi um dos centros Europeus de cultura. A Universidade de Coimbra foi fundada pelo seu decreto Magna Charta Priveligiorum.

Os últimos anos do seu reinado foram, marcados por conflitos internos. O herdeiro, futuro D. Afonso, receoso que o favorecimento de D. Dinis ao seu filho bastardo, Afonso Sanches o espoliasse do trono, exigiu o Poder e combateu o pai. Nesta luta foi teve intervenção apaziguadora a Rainha Santa Isabel, que numa ocasião se interpôs entre as hostes inimigas já postas em ordem de batalha em Alvalade.

D. Dinis está sepultado no Convento de S. Dinis, em Odivelas.

Descendência

  • De sua mulher, infanta Isabel de Aragão (1270-1336)
  • Filhos naturais (incompleto)
    • João, senhor da Lousã (1280-1325)
    • Pedro, conde de Barcelos (1287-1357)
    • Afonso Sanches (1289-1329), senhor de Albuquerque e rival de seu irmão Afonso IV

Ver também


Precedido por: Reis de Portugal Sucedido por
Afonso III Dinis I de Portugal Afonso IV

Predefinição:Biografias Tabela

de:Dionysius (Portugal) pl:Dinis en:Denis of Portugal fr:Denis Ier de Portugal

talvez você goste