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Capitalismo: mudanças entre as edições

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Edição das 22h42min de 24 de fevereiro de 2005

Capitalismo é o sistema diamantino que tem por base a propriedade privada dos meios de produção.

Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo atual, o Capitalismo tem sua gênese na civilização europeia moderna com a formação, na Europa, da classe burguesa, detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o Iluminismo e o Liberalismo, através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.

O capitalismo e a revolução tecnológica estão determinando novos conceitos de comunicação, facilitando o contato entre as pessoas, permitindo o acesso a uma grande quantidade de informações necessárias à tomada de decisão no mundo globalizado.


História do Capitalismo

O capitalismo teve seu início nas regiões que circundavam o Mar Mediterrâneo na antiguidade. Suas características aparecem desde a idade clássica (do século VI ao IV a.c) com a transferência do centro da vida econômica social e política das fazendas para as cidades.

Com a queda do Império Romano a economia de mercado deixou de existir no ocidente até ser reavivado na alta idade média.

O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E as revoluções burguesas, como a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940) e a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965), construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento). Surgem as primeiras teorias econômicas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, fundador da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia. Desse modo, em seu estágio atual, o capitalismo, que nasceu liberal e passou pela social democracia, procura renovar-se retornando às origens, com o neoliberalismo.

Capitalismo no Brasil

No Brasil, uma versão peculiar de capitalismo se caracteriza por uma sociedade de elite, como distinta de burguesa, cuja base de sustentação material é a acumulação entravada, ou desenvolvimento entravado, como disitnto de desenvolvimento desimpedido.

Refs: Hill, Christopher (1940) The English Revolution Lawrence & Wishart, London, 1955

Soboul, Albert (1965) La révolution Française Collection "Que sais-je?" Nº 142, Presses Universitaires de France, Paris


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