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== Utilização do carvão vegetal == | |||
Utilizado para viabilizar o funcionamento das máquinas a vapor. Atualmente, o uso do mineral diminuiu, visto que outras fontes de energia têm sido mais exploradas, como o [[petróleo]] e o [[Gás natural|gás natural.]] Há também uma tendência mundial que visa a substituir o uso de fontes não renováveis, como o [[carvão mineral]] e o [[petróleo]], por fontes alternativas de energia, como a [[energia solar]] e a [[energia eólica]]. | |||
Segundo a Agência Internacional de Energia, o carvão mineral corresponde a 41% da produção total de [[energia elétrica]], sendo, portanto, a fonte mais utilizada no mundo para esse fim. Contudo, a produção de carvão mineral não é proporcional à sua disponibilidade, estando a [[indústria]] de petróleo à frente do sistema produtivo. | |||
O uso do carvão mineral está relacionado às suas propriedades, como o [[poder calorífico]] que possibilita a geração de energia por meio da queima. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), os carvões que possuem menor poder calorífico são destinados à geração de eletricidade. Já os carvões de maior poder calorífico, são utilizados para a produção de [[ferro]] [[metálico]] e [[aço]], como também em construções civis. Esses últimos, por causa de sua [[combustão]] lenta, também destinam-se ao uso doméstico. | |||
De acordo com o Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), os principais usos do carvão mineral, segundo sua classificação, são: | |||
[[Turfa]]: ao retirar a umidade desse tipo de carvão, é cortado em blocos e, posteriormente, utilizado em fornalhas, [[Usina termoelétrica|termoelétricas]], para obtenção de [[Parafina|parafinas]], de [[alcatrão]] (mistura de [[Hidrocarboneto aromático|hidrocarbonetos aromáticos]]), de cera, de [[amônia]], entre outras substâncias. | |||
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[[Antracite|Antracito]]: é o tipo de carvão utilizado como combustível, gerando pouca fuligem. Apesar de queimar com facilidade, sua combustão é lenta, sendo, assim, destinado ao uso doméstico e também para a fabricação de filtros de água.<ref>{{Citar web|titulo=Carvão mineral: origem, composição, tipos, usos|url=https://brasilescola.uol.com.br/geografia/carvao-mineral-combustivel.htm|lingua=pt-br}}</ref> | |||
== Formação do carvão fóssil == | == Formação do carvão fóssil == |
Edição das 22h21min de 12 de abril de 2020
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos chamados camadas de carvão. As formas mais duras, como o antracito, podem ser consideradas rochas metamórficas devido à posterior exposição à temperatura e pressão elevadas. É composto basicamente por carbono, enxofre, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, além de elementos vestigiais[carece de fontes]. Quanto maior o teor de carbono, mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral: turfa, linhito, hulha e antracito (em ordem crescente do teor de carbono). É extraído do solo por mineração a céu aberto ou subterrânea.
Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos são vitais para muitas indústrias modernas.
Utilização do carvão vegetal
Utilizado para viabilizar o funcionamento das máquinas a vapor. Atualmente, o uso do mineral diminuiu, visto que outras fontes de energia têm sido mais exploradas, como o petróleo e o gás natural. Há também uma tendência mundial que visa a substituir o uso de fontes não renováveis, como o carvão mineral e o petróleo, por fontes alternativas de energia, como a energia solar e a energia eólica.
Segundo a Agência Internacional de Energia, o carvão mineral corresponde a 41% da produção total de energia elétrica, sendo, portanto, a fonte mais utilizada no mundo para esse fim. Contudo, a produção de carvão mineral não é proporcional à sua disponibilidade, estando a indústria de petróleo à frente do sistema produtivo.
O uso do carvão mineral está relacionado às suas propriedades, como o poder calorífico que possibilita a geração de energia por meio da queima. De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), os carvões que possuem menor poder calorífico são destinados à geração de eletricidade. Já os carvões de maior poder calorífico, são utilizados para a produção de ferro metálico e aço, como também em construções civis. Esses últimos, por causa de sua combustão lenta, também destinam-se ao uso doméstico.
De acordo com o Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), os principais usos do carvão mineral, segundo sua classificação, são:
Turfa: ao retirar a umidade desse tipo de carvão, é cortado em blocos e, posteriormente, utilizado em fornalhas, termoelétricas, para obtenção de parafinas, de alcatrão (mistura de hidrocarbonetos aromáticos), de cera, de amônia, entre outras substâncias.
Linhitos: após sua secagem, esse tipo de carvão é utilizado em gasogênios industriais e para obter subprodutos como o alcatrão, ceras e parafinas. A cinza proveniente da combustão do linhito pode ser destinada à produção de cerâmicas.
Hulha: é usada diretamente em forno em usinas termoelétricas, na obtenção de alcatrão, sendo a hulha sua principal fonte natural.
Antracito: é o tipo de carvão utilizado como combustível, gerando pouca fuligem. Apesar de queimar com facilidade, sua combustão é lenta, sendo, assim, destinado ao uso doméstico e também para a fabricação de filtros de água.[1]
Formação do carvão fóssil
O carvão fóssil foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais, especialmente durante os períodos Carbonífero e Permiano.
As alterações climáticas registradas no mundo explicam porque o carvão ocorre em todos os continentes, mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir as camadas de turfa.
A elevação do nível das águas do mar ou o rebaixamento da terra provocaram o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos, cujo peso comprimiu a turfa, transformando-a, sob elevadas temperaturas, em carvão. Apenas o carvão de cor marrom (linhitos) têm origem estritamente a partir de plantas.[2]
Empregam-se, em geral, dois métodos para determinar a composição dos carvões: a "análise elementar", estabelece as porcentagens totais dos elementos presentes (carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre e nitrogênio); e a "análise aproximada" fornece uma estimativa empírica das quantidades de umidade, cinza e materiais voláteis, e de carbono fixo. Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja proporção aumenta à medida que o minério se forma. Em ordem ascendente, os principais tipos são: linhito, que se desgasta rapidamente, pode incendiar-se espontaneamente e tem baixo valor calorífico; é usado sobretudo na Alemanha e na Austrália; carvão sub-betuminoso, utilizado principalmente em estações geradoras; carvão betuminoso, o tipo mais comum e que, transformado frequentemente em coque tem amplo emprego industrial; o antracito, um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico.
Consequências do uso do carvão
Embora utilizado como combustível, em Gales, na Grã-Bretanha, desde o segundo milênio a.C., o carvão só começou a ser minerado de forma mais ou menos sistemática na Europa por volta do século XIII, época em que já era conhecido dos índios norte-americanos. A primeira mina comercial de carvão da América foi aberta em RichmondPredefinição:Desambiguação necessária,[3] nos EUA em 1745, e o antracito começou a ser extraído principalmente na região de Wilkes-Barre, no nordeste da Pensilvânia, em 1775 e não continuou depois de 1820.[3][4][5] A revolução industrial ampliou a demanda do minério, que só reduziu no século XX, com a difusão do emprego do petróleo como combustível e marcando seu fim com o fechamento das minas de carvão em 2015.[6][7] As reservas mundiais de carvão são estimadas em cerca de sete trilhões de toneladas, o suficiente para atender a demanda durante alguns séculos, nas taxas de consumo atuais.[8]
A queima de carvão para obtenção de energia produz efluentes altamente tóxicos como por exemplo o mercúrio e outros metais pesados como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo. Além disso, a libertação de dióxido de carbono causa poluição na atmosfera, agravando o aquecimento global e contribuindo para a chuva ácida. Na década de 1950, a poluição atmosférica devido ao uso do carvão causou elevado número de mortes e deixou milhares de doentes em Londres, durante "o grande nevoeiro de 1952".[3]
Entrepostos de carvão no Brasil
Existem doze entrepostos instalados com capacidade de armazenar oito milhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão, Santa Catarina, é para seis milhões de toneladas, ocupando uma área de 120 hectares.[9]
Maiores produtores
Os maiores produtores de carvão mineral são a China, os Estados Unidos, a Austrália, a Rússia e a Indonésia. A China, sozinha, produz quase metade do carvão mineral do mundo, tendo produzido em 2008, 2,761 bilhões de toneladas.[10]
Os maiores exportadores são a Austrália, a Indonésia, o Canadá, os Estados Unidos e a Rússia.
País | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | % | Reservas (anos) |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Predefinição:Country data China | 1834.9 | 2122.6 | 2349.5 | 2528.6 | 2691.6 | 2802.0 | 2973.0 | 3240.0 | 48.3 % | 35 |
Estados Unidos | 972.3 | 1008.9 | 1026.5 | 1054.8 | 1040.2 | 1063.0 | 975.2 | 984.6 | 14.8 % | 241 |
União Europeia | 637.2 | 627.6 | 607.4 | 595.1 | 592.3 | 563.6 | 538.4 | 535.7 | 4.3 % | 105 |
Austrália | 350.4 | 364.3 | 375.4 | 382.2 | 392.7 | 399.2 | 413.2 | 423.9 | 6.3 % | 180 |
Rússia | 276.7 | 281.7 | 298.3 | 309.9 | 313.5 | 328.6 | 301.3 | 316.9 | 4.7 % | 495 |
Indonésia | 114.3 | 132.4 | 152.7 | 193.8 | 216.9 | 240.2 | 256.2 | 305.9 | 5.0 % | 18 |
África do Sul | 237.9 | 243.4 | 244.4 | 244.8 | 247.7 | 252.6 | 250.6 | 253.8 | 3.8 % | 119 |
Alemanha | 204.9 | 207.8 | 202.8 | 197.1 | 201.9 | 192.4 | 183.7 | 182.3 | 1.2 % | 223 |
Polónia | 163.8 | 162.4 | 159.5 | 156.1 | 145.9 | 144.0 | 135.2 | 133.2 | 1.5 % | 43 |
Cazaquistão | 84.9 | 86.9 | 86.6 | 96.2 | 97.8 | 111.1 | 100.9 | 110.8 | 1.5 % | 303 |
Total mundial | 5,301.3 | 5,716.0 | 6,035.3 | 6,342.0 | 6,573.3 | 6,795.0 | 6,880.8 | 7,273.3 | 100 % | 119 |
Ver também
- Aquecimento global
- Cavalete do Poço de São Vicente
- Combustível
- Etanol de carvão
- Gases do efeito estufa
- Mecanismo de desenvolvimento limpo
- Mudança do clima
- O grande nevoeiro de 1952
- Poluição atmosférica
- Protocolo de Quioto
- São Pedro da Cova
Referências
- ↑ «Carvão mineral: origem, composição, tipos, usos» (em português)
- ↑ Carvão mineral no portal São Francisco
- ↑ 3,0 3,1 3,2 «História - Carvão - Commodities - Central de Investimentos». br.advfn.com. Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ «A Walk Through the Rise and Fall of Anthracite Might | PHMC > History > Pennsylvania Heritage Magazine > Current & Past Issues > 2001 > Winter». www.phmc.state.pa.us. Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ Shackel, Paul A. «Anthracite Heritage: Landscape, Memory and the Environment | Open Rivers Journal» (em English). Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ «Fechamento da última mina de carvão britânica marca fim de uma era». GaúchaZH (em português). 17 de dezembro de 2015. Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ «Reino Unido fecha última mina de carvão ativa do país». O Globo (em português). 19 de dezembro de 2015. Consultado em 23 de agosto de 2019
- ↑ «Carvão Mineral». Alunos Online (em português). Consultado em 23 de agosto de 2019 {{subst:m-fontes}}
- ↑ [1]
- ↑ World Coal Institute - Estatísticas (em inglês)
- ↑ «BP Statistical review of world energy June 2007» (XLS). British Petroleum. 2007. Consultado em 22 de outubro de 2007
- ↑ BP Statistical Review of World Energy 2009 (XLS)
- ↑ Statistical Review of World Energy 2010