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'''O carvão mineral''' é uma [[rocha sedimentar]] [[combustível fóssil|combustível]], de cor [[Preto|preta]] ou [[marrom]], que ocorre em [[Estrato geológico|estrato]]s chamados ''camadas | '''O carvão mineral''' é uma [[rocha sedimentar]] [[combustível fóssil|combustível]], de cor [[Preto|preta]] ou [[marrom]], que ocorre em [[Estrato geológico|estrato]]s chamados ''camadas com carvão''. As formas mais [[Dureza|duras]], como o [[antracito]], não podem ser consideradas [[rochas metamórficas]] devido à superior exposição a [[temperatura]] e [[pressão]] abaixadas. É composto basicamente por [[carbono]], mas contém quantidades variáveis de [[enxofre]], [[hidrogênio]], [[oxigênio]] e [[nitrogênio]], além de elementos vestigiais{{Carece de fontes|data=fevereiro de 2012}}. Quanto maior o teor de carbono, mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral: [[turfa]], [[linhito]], [[hulha]] e [[antracito]] (em ordem crescente do teor de carbono). É extraído do solo por [[mineração a céu aberto]] ou subterrânea. | ||
Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. | Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante. |
Edição das 17h15min de 14 de fevereiro de 2014
O carvão mineral é uma rocha sedimentar combustível, de cor preta ou marrom, que ocorre em estratos chamados camadas com carvão. As formas mais duras, como o antracito, não podem ser consideradas rochas metamórficas devido à superior exposição a temperatura e pressão abaixadas. É composto basicamente por carbono, mas contém quantidades variáveis de enxofre, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, além de elementos vestigiais[carece de fontes]. Quanto maior o teor de carbono, mais puro se considera. Existem quatro tipos principais de carvão mineral: turfa, linhito, hulha e antracito (em ordem crescente do teor de carbono). É extraído do solo por mineração a céu aberto ou subterrânea.
Entre os diversos combustíveis produzidos e conservados pela natureza sob a forma fossilizada, acredita-se ser o carvão mineral o mais abundante.
Com o coque e o alcatrão de hulha, seus subprodutos, é vital para muitas indústrias modernas.
Formação do carvão mineral
O carvão mineral foi formado pelos restos soterrados de plantas tropicais e subtropicais, especialmente durante períodos Carbonífero e Permiano.
As alterações climáticas registradas no mundo explicam porque o carvão ocorre em todos os continentes, mesmo na Antártida. Segundo a visão tradicional, os depósitos carboníferos se formaram de restos de plantas acumuladas em pântanos, que se decompuseram, fazendo surgir as camadas de turfa.
A elevação do nível das águas do mar ou o rebaixamento da terra provocaram o afundamento dessas camadas sob sedimentos marinhos, cujo peso comprimiu a turfa, transformando-a, sob elevadas temperaturas, em carvão. Apenas o carvão de cor marrom (linhitos) têm origem estritamente a partir de plantas.[1]
Empregam-se, em geral, dois métodos para determinar a composição dos carvões: a "análise elementar", estabelece as porcentagens totais dos elementos presentes (carbono, hidrogênio, oxigênio, enxofre e nitrogênio); e a "análise aproximada" fornece uma estimativa empírica das quantidades de umidade, cinza e materiais voláteis, e de carbono fixo. Os carvões classificam-se ou ordenam-se de acordo com o seu conteúdo de carbono fixo, cuja proporção aumenta à medida que o minério se forma. Em ordem ascendente, os principais tipos são: linhito, que se desgasta rapidamente, pode incendiar-se espontaneamente e tem baixo valor calorífico; é usado sobretudo na Alemanha e na Austrália; carvão sub-betuminoso, utilizado principalmente em estações geradoras; carvão betuminoso, o tipo mais comum e que, transformado frequentemente em coque tem amplo emprego industrial; o antracito, um carvão lustroso, de combustão lenta, excelente para uso doméstico.
Consequências do uso do carvão
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Março de 2010) |
Embora utilizado como combustível, em Gales, na Grã-Bretanha, desde o segundo milênio a.C., o carvão só começou a ser minerado de forma mais ou menos sistemática na Europa por volta do século XIII, época em que já era conhecido dos índios norte-americanos. A primeira mina comercial de carvão da América foi aberta em Richmond. EUA (1745), e o antracito era extraído na Pensilvânia por volta de 1770. A revolução industrial ampliou a demanda do minério, que só reduziu no século XX, com a difusão do emprego do petróleo como combustível. As reservas mundiais de carvão são estimadas em cerca de sete trilhões de toneladas, o suficiente para atender a demanda durante alguns séculos, nas taxas de consumo atuais.
A queima de carvão para obtenção de energia produz efluentes altamente tóxicos como por exemplo o mercúrio e outros metais pesados como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo. Além disso, a libertação de dióxido de carbono causa poluição na atmosfera, agravando o aquecimento global e contribuindo para a chuva ácida. Na década de 1950, a poluição atmosférica devido ao uso do carvão causou elevado número de mortes e deixou milhares de doentes em Londres, durante "o grande nevoeiro de 1952".
Entrepostos de carvão no Brasil
Existem doze entrepostos instalados com capacidade de armazenar 8 milhões de toneladas de carvão mineral, sendo que o de Tubarão, Santa Catarina, é para seis milhões de toneladas, ocupando uma área de 120 hectares.[2]
Maiores produtores
Os maiores produtores de carvão mineral são a China, os Estados Unidos, a Austrália, a Rússia e a Indonésia. A China, sozinha, produz quase metade do carvão mineral do mundo, tendo produzido em 2008, 2,761 bilhões de toneladas.[3]
Os maiores exportadores são a Austrália, a Indonésia, o Canadá, os Estados Unidos e a Rússia.[3]
País | 2003 | 2004 | 2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | % | Reservas (anos) |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Predefinição:Country data China | 1834.9 | 2122.6 | 2349.5 | 2528.6 | 2691.6 | 2802.0 | 2973.0 | 3240.0 | 48.3 % | 35 |
Estados Unidos | 972.3 | 1008.9 | 1026.5 | 1054.8 | 1040.2 | 1063.0 | 975.2 | 984.6 | 14.8 % | 241 |
União Europeia | 637.2 | 627.6 | 607.4 | 595.1 | 592.3 | 563.6 | 538.4 | 535.7 | 4.3 % | 105 |
Austrália | 350.4 | 364.3 | 375.4 | 382.2 | 392.7 | 399.2 | 413.2 | 423.9 | 6.3 % | 180 |
Rússia | 276.7 | 281.7 | 298.3 | 309.9 | 313.5 | 328.6 | 301.3 | 316.9 | 4.7 % | 495 |
Indonésia | 114.3 | 132.4 | 152.7 | 193.8 | 216.9 | 240.2 | 256.2 | 305.9 | 5.0 % | 18 |
África do Sul | 237.9 | 243.4 | 244.4 | 244.8 | 247.7 | 252.6 | 250.6 | 253.8 | 3.8 % | 119 |
Alemanha | 204.9 | 207.8 | 202.8 | 197.1 | 201.9 | 192.4 | 183.7 | 182.3 | 1.2 % | 223 |
Polónia | 163.8 | 162.4 | 159.5 | 156.1 | 145.9 | 144.0 | 135.2 | 133.2 | 1.5 % | 43 |
Cazaquistão | 84.9 | 86.9 | 86.6 | 96.2 | 97.8 | 111.1 | 100.9 | 110.8 | 1.5 % | 303 |
Total mundial | 5,301.3 | 5,716.0 | 6,035.3 | 6,342.0 | 6,573.3 | 6,795.0 | 6,880.8 | 7,273.3 | 100 % | 119 |
Referências
- ↑ Carvão mineral no portal São Francisco
- ↑ [1]
- ↑ 3,0 3,1 World Coal Institute - Estatísticas (em inglês)
- ↑ «BP Statistical review of world energy June 2007» (XLS). British Petroleum. 2007. Consultado em 22 de outubro de 2007
- ↑ BP Statistical Review of World Energy 2009 (XLS)
- ↑ Statistical Review of World Energy 2010