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'''Claude-Henri de Rouvroy''', '''Conde de Saint-Simon''', ([[Paris]], [[17 de outubro]] de [[1760]] — [[Paris]], [[19 de maio]] de [[1825]]), foi um [[filosofia|filósofo]] e [[economia|economista]] [[frança|francês]], um dos fundadores do [[socialismo]] moderno e teórico do [[socialismo utópico]].<ref>[http://thegreatdebate.org.uk/Saint-Simon.html Casper Hewett]</ref>
'''Claude-Henri de Rouvroy''', '''Conde de Saint-Simon''', ([[Paris]], [[17 de outubro]] de [[1760]] — [[Paris]], [[19 de maio]] de [[1825]]), foi um [[filosofia|filósofo]] e [[economia|economista]] [[frança|francês]], um dos fundadores do [[socialismo]] moderno e teórico do [[socialismo utópico]].<ref>[http://thegreatdebate.org.uk/Saint-Simon.html Casper Hewett]</ref>
   
   
Criticou o liberalismo econômico e o que considerava a exploração dos trabalhadores pelos capitalistas. Defendia e extinção das diferenças de classes e a construção de uma "nova sociedade" em que cada um ganhasse de acordo com o real valor de seu trabalho.
Possui algumas obras de inspiração religiosa. Nesse final de sua vida obteve uma vida tranqüila economicamente, graças às pessoas que participavam de seu grupo.
 
== Sua vida ==
Era sobrinho do [[Duque de Saint-Simon]], [[memorialista]] do século de [[Luís XIV de França|Luís XIV]]. Aos dezessete anos entrou para o exército, onde combateu como capitão da artilharia em [[Yorktown]] na [[Guerra de Independência dos Estados Unidos]], de [[1779]] a [[1783]].
 
Quando retornou à França, abandonou o seu título nobiliárquico e aderiu à [[Revolução Francesa|revolução]]. Acabou por se tornar contra a violência revolucionária, pois foi preso durante a fase do [[Terror (revolução francesa)|Terror]]. Após sua participação na Revolução, fundou o jornal ''[[L'Industrie]]''. Acabou criticando o [[Iluminismo]], pois dizia que não ia a fundo nas condições histórica e social da sociedade.
 
Aos 40 anos voltou a estudar na Escola de Medicina e na Politécnica, após ter obtido lucros consideráveis com a especulação imobiliária (lucros estes, que foram roubados, em boa parte, por um sócio). Só em [[1802]] começou a escrever sobre [[Política]], [[Filosofia]] e [[Economia]], e no mesmo ano publicou seu primeiro trabalho, no qual trazia a concepção de uma nova [[religião]].
 
De [[1805]] a [[1810]] passou por sérios problemas financeiros, indo morar com um ex-empregado, mas ainda continuou a escrever, formando um grupo fervoroso denomimado Saint-simonista, do qual muitas pessoas influentes como [[Auguste Comte]], [[Barthélemy Prosper Enfantin]] e [[Saint-Amand Bazard]] participaram.
 
Possui algumas obras de inspiração religiosa. Nesse final de sua vida obteve uma vida tranqüila economicamente, graças às pessoas que participavam de seu grupo, até sua morte.
 
== Ideias ==
Para Saint-Simon, o avanço da ciência determinava a mudança político-social, além da moral e da religião. É considerado o precursor do [[Socialismo]], pois, no futuro, a sociedade seria basicamente formada por cientistas e industriais. O pensamento saint-simoniano pode ser visto nas obras de [[1807]] a [[1821]], com o lema: "''a cada um segundo sua capacidade, a cada capacidade segundo seu trabalho''".
 
Em um dos seus primeiros livros, ''Lettres d'un habitant de Genève à ses contemporains'', publicado em [[1803]], ele propõe que os cientistas tomem o lugar dos padres para conduzir a era Moderna. A [[violência]] da [[guerra]] [[Napoleão Bonaparte|napoleônica]] leva-o a se abrigar no [[Cristianismo]], e de uma base Cristã construir as bases para uma sociedade socialista. Previu a [[industrialização]] da [[Europa]] e sugere uma união entre as nações para acabar com as guerras.
 
Quando Saint-Simon falou sobre a nova sociedade, imaginou uma imensa fábrica, na qual substituiria a exploração do homem pelo homem para uma administração coletiva. Assim, a propriedade privada não caberia mais nesse novo sistema industrial. Vale notar que existiria uma pequena desigualdade e a sociedade seria perfeita depois de reformar o Cristianismo. Ainda disse que o homem não é apenas algo passivo na [[História]], pois sempre procura alterar o meio social no qual esta inserido. Essas alterações são importantes para que a sociedade seja desmembrada, quando esta sociedade funciona dentro das normas que a ela correspondam, pois não é possível colocar uma regra de uma sociedade em outra.
 
A regra deve combinar com a estrutura para que a sociedade industrial se desenvolva. Saint-Simon ainda mantém a ideia de uma sociedade hierarquizada, por isso a desigualdade, pois no topo estariam os diretores da indústria e de produção, engenheiros, artistas e os cientistas; na parte de baixo estariam os trabalhadores responsáveis pela execução dos projetos feito pelos inventores e diretores. Com isso, acaba prevendo o grau máximo da capacidade de produção. Este foi o primeiro a perceber que o conflito de classes estava relacionado com a economia e que seria nas mãos dos trabalhadores que o futuro seria construído, mas guiados por alguém.
 
Pode-se perceber que Saint-Simon estava adquirindo uma concepção anti-igualitária e antidemocrática, em se tratando do seu aspecto religioso, pois artgumentava que todos os homens deveriam ter os mesmos princípios. Por isso, o "novo Cristianismo" substituiria o "Cristianismo degenerado", e teria como imperativo a [[justiça social]], pois o núcleo deveria se consolidar no que seria a [[fraternidade]] do homem, resultando num mundo de homens livres.


== Influência ==
== Influência ==

Edição das 15h51min de 11 de maio de 2014

Conde de Saint-Simon

Claude-Henri de Rouvroy, Conde de Saint-Simon, (Paris, 17 de outubro de 1760Paris, 19 de maio de 1825), foi um filósofo e economista francês, um dos fundadores do socialismo moderno e teórico do socialismo utópico.[1]

Possui algumas obras de inspiração religiosa. Nesse final de sua vida obteve uma vida tranqüila economicamente, graças às pessoas que participavam de seu grupo.

Influência

Saint-Simon é considerado um dos fundadores da Sociologia, que estaria sendo sustentada por duas forças opostas: orgânicas (estáveis) e críticas (mudam a história). Só a sociedade industrial poderia acabar com a crise que a França passava. Este autor ainda marca a ruptura com o Antigo Regime. Para Saint-Simon, a Política era agora a ciência da produção, porém a Política vê seu fim com a justiça social.

A obra principal de Saint-Simon é New Christianity (1825). Nele declara que a Religião tendia a melhorar a condição de vida dos mais necessitados. Ele morreu no ano da publicação desse livro, no dia 19 de maio. Em três anos seus seguidores tinham desenvolvido o que podemos chamar de um culto quase religioso baseado na interpretação das suas idéias, e difundiram as suas idéias através da Europa e América do Norte, influenciando socialistas e outros românticos do início do século XIX, como Sainte-Beuve, Victor Hugo e George Sand.

Outras obras

  • 1802 - Lettres d'un habitant de Genève à ses contemporains;
  • 1803 - Un rêve;
  • 1807 - Introduction aux travaux scientifiques du XIXème;
  • 1810 - Esquisse d'une nouvelle encyclopédie;
  • 1813 - Travail sur la gravitation universalle;
  • 1814 - De la réorganisation de la sociéte européene (em colaboração com A. Thierry);
  • 1813-1816 - Mémoires sur la science de l'homme;
  • 1817 - L'industrie ou discussions politiques, morales et philosophiques, dans l'intérêt de tous les hommes livrés à des travaux utiles et indépendants;
  • 1819-1820 - L'organisateur;
  • 1821 - Le système industriel;
  • 1823 - Le catéchisme des industriels;
  • 1825 - Opinions littèraires, philosophiques et industrielles.

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  • IONESCU, Ghita. El pensamiento politico de Saint-Simon. Tradução de: Carlos Melchor e Leopoldo Rodríguez Regueira. Título Original: The political thought of Saint-Simon. 1976. Oxford University Press. Primeira edição em espanhol, 1983. Fondo de Cultura Economica: México, D.F., 1983. ISBN: 968-16-1595-6.
  • NEWMAN, Michael. Socialism: A Very Short Introduction - Oxford University Press, ISBN 0-19-280431-6
  • TAYLOR, Keith. Henri Saint-Simon (1760-1825): selected writings on science, industry, and social organization. Croom Helm Ltd: London, 1975. ISBN: 0-85664-206-1. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=X8MOAAAAQAAJ&printsec=front cover&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false. Último acesso: 10 de janeiro de 2011.
  • WILSON, Edmund - Rumo à Estação Finlândia - Cia das Letras.


Referências

Ligações externas

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