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Henrique era o quinto filho de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] e sua segunda mulher [[Maria de Aragão]], e era irmão mais novo do [[Rei D. João III]]. Como se compreende, Henrique não tinha tido a esperança de subir ao trono. | Henrique era o quinto filho de [[Manuel I de Portugal|D. Manuel I]] e sua segunda mulher [[Maria de Aragão]], e era irmão mais novo do [[Rei D. João III]]. Como se compreende, Henrique não tinha tido a esperança de subir ao trono. | ||
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Serviu como regente para o seu sobrinho de segundo grau [[Sebastião de Portugal|Sebastião]], após [[1557]] e mais tarde o sucederia como rei, após a desastrosa [[Batalha de Alcácer-Quibir]] em [[1578]], depois de receber a confirmação de sua morte, no [[Mosteiro de Alcobaça]]. Henrique renunciou então ao seu posto clerical e procurou imediatamente uma noiva por forma a poder dar continuidade à [[Dinastia de Avis]], mas o [[Papa Gregório XIII]], que era um familiar dos [[Habsburgos]], não o libertou dos seus votos. | Serviu como regente para o seu sobrinho de segundo grau [[Sebastião de Portugal|Sebastião]], após [[1557]] e mais tarde o sucederia como rei, após a desastrosa [[Batalha de Alcácer-Quibir]] em [[1578]], depois de receber a confirmação de sua morte, no [[Mosteiro de Alcobaça]]. Henrique renunciou então ao seu posto clerical e procurou imediatamente uma noiva por forma a poder dar continuidade à [[Dinastia de Avis]], mas o [[Papa Gregório XIII]], que era um familiar dos [[Habsburgos]], não o libertou dos seus votos. | ||
Mesmo com o sério problema da sucessão em mãos D. Henrique nunca aceitou a hipótese de nomear seu herdeiro no trono, seu outro sobrinho, o [[Prior do Crato]], pois não reconhecia a [[Legitimidade de D. António]], por cosequência após a sua morte, ''de facto'' [[D. António]] subiu ao trono, mas não conseguiu mante-lo perdendo-o para seu primo [[Filipe II]] de Espanha, na batalha com o [[duque de Alba]]. | |||
Foi aclamado rei na igreja do [[Hospital de Todos-os-Santos]], no [[Rossio]], sem grandes festejos. Caberia-lhe resolver o resgate dos muitos cativos em [[Marrocos]]. O reino, então jubilante pela juventude com que D. Sebastião liderava, perde o ânimo com a notícia e exije ao rei a vingança pelo sucedido que, entretanto, adoecia. | Foi aclamado rei na igreja do [[Hospital de Todos-os-Santos]], no [[Rossio]], sem grandes festejos. Caberia-lhe resolver o resgate dos muitos cativos em [[Marrocos]]. O reino, então jubilante pela juventude com que D. Sebastião liderava, perde o ânimo com a notícia e exije ao rei a vingança pelo sucedido que, entretanto, adoecia. |
Edição das 16h52min de 25 de fevereiro de 2006
O Cardeal D. Henrique I (31 de Janeiro de 1512 — Almeirim, 31 de Janeiro de 1580) foi o décimo-sétimo Rei de Portugal, tendo governado entre 1578 e a sua morte, 1580. É conhecido pelos cognomes de O Casto (devido à sua função eclesiástica, que o impediu de ter descendência legítima), O Rei-Cardeal (igualmente por ser eclesiático) ou O Eborense / O de Évora (por ter sido também arcebispo daquela cidade e aí ter passado muito tempo, e inclusivamente fundado a primeira Universidade de Évora, entregue à guarda dos Jesuítas).
Henrique era o quinto filho de D. Manuel I e sua segunda mulher Maria de Aragão, e era irmão mais novo do Rei D. João III. Como se compreende, Henrique não tinha tido a esperança de subir ao trono.
Bem cedo na sua vida, Henrique recebeu o sacramento da ordenação, para promover os interesses portugueses na Igreja Católica, na altura dominada pela Espanha. Ele subiu cedo na hierarquia da Igreja, tendo sido rapidamente Arcebispo de Braga, primeiro Arcebispo de Évora, Arcebispo de Lisboa e ainda Inquisidor-mor antes de receber o título de Cardeal.
Henrique, mais do que ninguém, empenhou-se em trazer para Portugal a ordem dos Jesuítas, tendo utilizado os seus serviços no Império Colonial.
Serviu como regente para o seu sobrinho de segundo grau Sebastião, após 1557 e mais tarde o sucederia como rei, após a desastrosa Batalha de Alcácer-Quibir em 1578, depois de receber a confirmação de sua morte, no Mosteiro de Alcobaça. Henrique renunciou então ao seu posto clerical e procurou imediatamente uma noiva por forma a poder dar continuidade à Dinastia de Avis, mas o Papa Gregório XIII, que era um familiar dos Habsburgos, não o libertou dos seus votos.
Mesmo com o sério problema da sucessão em mãos D. Henrique nunca aceitou a hipótese de nomear seu herdeiro no trono, seu outro sobrinho, o Prior do Crato, pois não reconhecia a Legitimidade de D. António, por cosequência após a sua morte, de facto D. António subiu ao trono, mas não conseguiu mante-lo perdendo-o para seu primo Filipe II de Espanha, na batalha com o duque de Alba.
Foi aclamado rei na igreja do Hospital de Todos-os-Santos, no Rossio, sem grandes festejos. Caberia-lhe resolver o resgate dos muitos cativos em Marrocos. O reino, então jubilante pela juventude com que D. Sebastião liderava, perde o ânimo com a notícia e exije ao rei a vingança pelo sucedido que, entretanto, adoecia.
“Que o cardeal-rei D. Henrique
Fique no Inferno muitos anos
Por ter deixado em testamento
Portugal aos Castelhanos.”
O Rei-Cardeal morreu em 1580, durante as Cortes de Almeirim, deixando uma Junta de cinco governadores: o arcebispo de Lisboa D. Jorge de Almeida, D. João Telo, D. Francisco de Sá Meneses, D. Diogo Lopes de Sousa e D. João de Mascarenhas.
Em Novembro de 1580, enviou o Duque de Alba para reivindicar o Reino de Portugal pela força. Lisboa caiu rapidamente e Filipe I de Portugal foi eleito Rei de Portugal, com a condição de que o Reino e seus território ultramarinos não se tornassem províncias espanholas.
Ver também
- Arcebispo de Braga
- Arcebispo de Évora
- Arcebispo de Lisboa
- Árvore genealógica dos reis de Portugal
- Cardeais de Portugal
- RedirecionamentoPredefinição:fim
de:Heinrich I. (Portugal) en:Henry of Portugal es:Enrique I de Portugal fr:Henri Ier de Portugal ja:エンリケ1世 (ポルトガル王) no:Henrik I av Portugal
Precedido por Catarina de Áustria |
{{{título}}} 1562 - 1568 |
Sucedido por Sebastião I (como rei) |
Precedido por Sebastião I |
{{{título}}} 1578 - 1580 |
Sucedido por António I |
Precedido por Diogo de Sousa |
{{{título}}} 1533 – 1540 |
Sucedido por Frei Diogo da Silva |
Precedido por Cardeal Infante D. Afonso (último bispo de Évora) |
{{{título}}} (1.ª vez): 1540 – 1564 |
Sucedido por João de Melo e Castro |
Precedido por Fernando de Menezes Coutinho e Vasconcelos |
{{{título}}} 1564 – 1570 |
Sucedido por Jorge de Almeida |
Precedido por João de Melo e Castro |
{{{título}}} (2.ª vez): 1574 – 1578 |
Sucedido por Teotónio de Bragança |