𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Paradoxo: mudanças entre as edições

imported>Ronaldo Ferraz
Sem resumo de edição
imported>Mschlindwein
mSem resumo de edição
Linha 2: Linha 2:
[[Imagem:180px-Boyle'sSelfFlowingFlask.png|thumb| O frasco com auto-fluxo de [[Robert Boyle]] preenche a si próprio neste diagrama, mas [[Moto contínuo|máquinas de moto contínuo]] não existem.]]
[[Imagem:180px-Boyle'sSelfFlowingFlask.png|thumb| O frasco com auto-fluxo de [[Robert Boyle]] preenche a si próprio neste diagrama, mas [[Moto contínuo|máquinas de moto contínuo]] não existem.]]


Um '''paradoxo''' é uma declaração aparentemente [[Verdade|verdadeira]] que leva a uma [[contradição]] [[lógica]], ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é 'o oposto do que alguém pensa ser a verdade'. A identificação de um paradox baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da [[ciência]], [[filosofia]] e [[matemática]].
Um '''paradoxo''' é uma declaração aparentemente [[Verdade|verdadeira]] que leva a uma [[contradição]] [[lógica]], ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é 'o oposto do que alguém pensa ser a verdade'. A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da [[ciência]], [[filosofia]] e [[matemática]].


A [[etimologia]] da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da [[Renascença]], um período de acelerado pensamento científico na [[Europa]] e [[Ásia]] que começou por volta do ano de [[1500]]. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra [[Latim|latina]] ''paradoxum'', mas também são encontradas em textos em [[grego]] como ''paradoxon'' (entretanto, o [[Latim]] é fortemente derivado do alfabeto greg e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo ''para-'', que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o sufixo nominal ''doxa'', que quer dizer "opinião". Compare com [[ortodoxia]] e [[heterodoxo]].
A [[etimologia]] da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da [[Renascença]], um período de acelerado pensamento científico na [[Europa]] e [[Ásia]] que começou por volta do ano de [[1500]]. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra [[Latim|latina]] ''paradoxum'', mas também são encontradas em textos em [[grego]] como ''paradoxon'' (entretanto, o [[Latim]] é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo ''para-'', que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o sufixo nominal ''doxa'', que quer dizer "opinião". Compare com [[ortodoxia]] e [[heterodoxo]].


Na [[filosofia moral]], o paradoxo tem um papel central nos debates sobre [[ética]]. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringí-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um [[dilema ético]]. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.
Na [[filosofia moral]], o paradoxo tem um papel central nos debates sobre [[ética]]. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um [[dilema ético]]. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.


Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em [[física quântica]], muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o [[princípio da incerteza de Heisenberg]], por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. [[Alfred Korzybski]], que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada [[ontologia]] ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.
Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em [[física quântica]], muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o [[princípio da incerteza de Heisenberg]], por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. [[Alfred Korzybski]], que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada [[ontologia]] ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.

Edição das 21h43min de 23 de julho de 2004

Predefinição:Emtraducao2

Arquivo:180px-Boyle'sSelfFlowingFlask.png
O frasco com auto-fluxo de Robert Boyle preenche a si próprio neste diagrama, mas máquinas de moto contínuo não existem.

Um paradoxo é uma declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum. Em termos simples, um paradoxo é 'o oposto do que alguém pensa ser a verdade'. A identificação de um paradoxo baseado em conceitos aparentemente simples e racionais tem, por vezes, auxiliado significativamente o progresso da ciência, filosofia e matemática.

A etimologia da palavra paradoxo pode ser traçada a textos que remontam à aurora da Renascença, um período de acelerado pensamento científico na Europa e Ásia que começou por volta do ano de 1500. As primeiras formas da palavra tiveram por base a palavra latina paradoxum, mas também são encontradas em textos em grego como paradoxon (entretanto, o Latim é fortemente derivado do alfabeto grego e, além do mais, o Português é também derivado do Latim romano, com a adição das letras "J" e "U"). A palavra é composta do prefixo para-, que quer dizer "contrário a", "alterado" ou "oposto de", conjungada com o sufixo nominal doxa, que quer dizer "opinião". Compare com ortodoxia e heterodoxo.

Na filosofia moral, o paradoxo tem um papel central nos debates sobre ética. Por exemplo, a admoestação ética para "amar o seu próximo" não apenas contrasta, mas está em contradição com um "próximo" armado tentando ativamente matar você: se ele é bem sucedido, você não será capaz de amá-lo. Mas atacá-lo preemptivamente ou restringi-lo não é usualmente entendido como algo amoroso. Isso pode ser considerado um dilema ético. Outro exemplo é o conflito entre a injunção contra roubar e o cuidado para com a família que depende do roubo para sobreviver.

Deve ser notado que muitos paradoxos dependem de uma suposição essencial: que a linguagem (falada, visual ou matemática) modela de forma acurada a realidade que descreve. Em física quântica, muitos comportamentos paradoxais podem ser observados (o princípio da incerteza de Heisenberg, por exemplo) e alguns já foram atribuídos ocasionalmente às limitações inerentes da linguagem e dos modelos científicos. Alfred Korzybski, que fundou o estudo da Semântica Geral, resume o conceito simplesmente declarando que, "O mapa não é o território". Um exemplo comum das limitações da linguagem são algumas formas do verbo "ser". "Ser" não é definido claramente (a área de estudos filosóficos chamada ontologia ainda não produziu um significado concreto) e assim se uma declaração incluir "ser" com um elemento essencial, ela pode estar sujeita a paradoxos.

Tipos de paradoxos

Common themes in paradoxes include direct and indirect self-reference, infinity, circular definitions, and confusion of levels of reasoning.

Not all paradoxes are equal. For example, the Birthday paradox is more of a surprise than a paradox, while the resolution of Curry's paradox is still a matter of contention.

W. V. Quine (1962) distinguished three classes of paradox:

  • A veridical paradox produces a result that appears absurd but is demonstrated to be true nevertheless. Thus, the paradox of Frederic's birthday in The Pirates of Penzance establishes the surprising fact that a person may be more than N years old on his Nth birthday. Likewise, Arrow's impossibility theorem involves behavior of voting systems that is surprising but all too true.
  • A falsidical paradox establishes a result that not only appears false but actually is false; there is a fallacy in the supposed demonstration. The various invalid proofs (e.g. that 1 = 2) are classic examples, generally relying on a hidden division by zero. Another example would be the Horse paradox.
  • A paradox which is in neither class may be an antinomy, which reaches a self-contradictory result by properly applying accepted ways of reasoning. For example, the Grelling-Nelson paradox points out genuine problems in our understanding of the ideas of truth and description.1

List of paradoxes

Not all paradoxes fit neatly into one category. Some paradoxes include:

Veridical paradoxes

These are unintuitive results of correct logical reasoning.

Arquivo:Monty-hall.png
The Monty Hall paradox: which door do you choose?

Mathematical/Logical

Psychological/Philosophical

  • Abilene paradox: People take actions in contradiction to what they really want to do, and therefore defeat the very purposes of what they were trying to accomplish.
  • Buridan's ass: How can a rational choice be made between two outcomes of equal value?
  • Control paradox: Man can never be free of control, for to be free of control is to be controlled by oneself.
  • Paradox of hedonism: When one pursues happiness itself, one is miserable; but, when one pursues something else, one achieves happiness.
  • Epicurean paradox: The existence of evil is incompatible with the existence of an omnipotent and caring God.

Physical

Falsidical paradoxes

These are incorrect results of subtly false reasoning.

Antinomies

Paradoxes that show flaws in accepted reasoning, axioms, or definitions. Note that many of these are special cases, or adaptations, of Russell's paradox.

Antinomies of definition

These paradoxes rest simply on an ambiguous definition.

Conditional paradoxes

These are paradoxes only if certain special assumptions are made. Some of these show that those assumptions are false or incomplete, others are other types of paradoxes.

Other paradoxes

  • Giffen paradox: Can increasing the price of bread make poor people eat more of it?
  • Kavka's toxin puzzle: Can one intend to drink the nondeadly toxin, if the intention is the only thing needed to get the reward?
  • Moore's paradox: "It's raining but I don't believe that it is."
  • Low birth weight paradox: Low birth weight babies have a higher mortality rate, babies of smoking mothers have lower average birth weight, babies of smoking mothers have a higher mortality rate, but low birth weight babies of smoking mothers have a lower mortality rate than other low birth weight babies.

References

Quine, W. V. (1962) "Paradox". Scientific American, April 1962, pp. 84–96.

See also

External links

de:Paradoxon es:Paradoja fi:Paradoksi fr:Paradoxe ja:パラドックス nl:Paradox pl:Paradoks simple:Paradox sv:Paradox zh:悖论

talvez você goste