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O município de Boa Esperança nasceu de uma pequena sesmaria de 72 alqueires de terras, adquiridos do Estado, por Antônio dos Santos Neves com a finalidade de explorar a madeira da região, rica em jacarandá e peroba. | O município de Boa Esperança nasceu de uma pequena sesmaria de 72 alqueires de terras, adquiridos do Estado, por Antônio dos Santos Neves com a finalidade de explorar a madeira da região, rica em jacarandá e peroba. | ||
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Em 1922, João Antônio amasia-se com Maria de Souza, que veio de Viana para São Mateus com seu irmão José Horácio de Souza, um marinheiro que resolveu vir para Boa Esperança. João e Maria viveram amasiados durante 18 anos, casando-se no estado civil em São Mateus (na época, Boa Esperança era distrito de São Mateus). | Em 1922, João Antônio amasia-se com Maria de Souza, que veio de Viana para São Mateus com seu irmão José Horácio de Souza, um marinheiro que resolveu vir para Boa Esperança. João e Maria viveram amasiados durante 18 anos, casando-se no estado civil em São Mateus (na época, Boa Esperança era distrito de São Mateus). | ||
No dia 13 de maio de 1923 nasceu Darcy do Livramento, o primogênito do casal e o primeiro filho de Boa Esperança. Depois de Darcy, nasceram Davi do Livramento, no dia | No dia 13 de maio de 1923 nasceu Darcy do Livramento, o primogênito do casal e o primeiro filho de Boa Esperança. Depois de Darcy, nasceram Davi do Livramento, no dia 5 de abril de 1924, Delmira do Livramento, Delzira do Livramento em 13 de maio de 1927 e por último, Delfina do Livramento em 29 de fevereiro de 1929. | ||
Darcy e Davi passaram a ajudar seu pai na extração de madeira. Com seu árduo trabalho, João Antônio e seu irmão Roseno compraram seu pedaço de terra que deram o nome de Fazenda Boa Mira. Anos depois, Roseno vende a parte que lhe pertencia para o seu irmão e volta para o Sergipe. João construiu uma casa na fazenda e passou a residir lá com sua esposa e filhos, onde passou a criar bois. Ele construiu também uma casa de farinha, com moinho tocado à água, que fornecia energia elétrica. | Darcy e Davi passaram a ajudar seu pai na extração de madeira. Com seu árduo trabalho, João Antônio e seu irmão Roseno compraram seu pedaço de terra que deram o nome de Fazenda Boa Mira. Anos depois, Roseno vende a parte que lhe pertencia para o seu irmão e volta para o Sergipe. João construiu uma casa na fazenda e passou a residir lá com sua esposa e filhos, onde passou a criar bois. Ele construiu também uma casa de farinha, com moinho tocado à água, que fornecia energia elétrica. | ||
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No dia 29 de janeiro de 1945, Darcy do Livramento, com 21 anos e Elpídia Gonçalves, com 17 anos, saíram de casa, pois a família dos dois não aprovava sua união e também por Elpídia ser muito maltratada pelo padrasto. Os dois saíram de casa à noite e foram para um local na época perto do córrego da Água Fria, chamado Mutunzinho, onde permaneceram por três meses. A mãe de Elpídia, após quinze dias, foi visitá-la. Depois desses três meses, o casal veio para a vila de Boa Esperança. Darcy trabalhou na construção da estrada rumo à São Mateus até nas proximidades da propriedade de Dilô Barbosa. Então, Darcy e Elpídia moraram num local chamado Prazo, por três meses. Saindo desse local, mudaram para o córrego da Água Fria, passando a residir numa humilde casa rodeada de mata, onde tiveram três filhos: Maria das Dores (a Dorinha), que nasceu em 15 de junho de 1946 e faleceu cinco meses depois e Josepha, nascida em 26 de outubro de 1947. | No dia 29 de janeiro de 1945, Darcy do Livramento, com 21 anos e Elpídia Gonçalves, com 17 anos, saíram de casa, pois a família dos dois não aprovava sua união e também por Elpídia ser muito maltratada pelo padrasto. Os dois saíram de casa à noite e foram para um local na época perto do córrego da Água Fria, chamado Mutunzinho, onde permaneceram por três meses. A mãe de Elpídia, após quinze dias, foi visitá-la. Depois desses três meses, o casal veio para a vila de Boa Esperança. Darcy trabalhou na construção da estrada rumo à São Mateus até nas proximidades da propriedade de Dilô Barbosa. Então, Darcy e Elpídia moraram num local chamado Prazo, por três meses. Saindo desse local, mudaram para o córrego da Água Fria, passando a residir numa humilde casa rodeada de mata, onde tiveram três filhos: Maria das Dores (a Dorinha), que nasceu em 15 de junho de 1946 e faleceu cinco meses depois e Josepha, nascida em 26 de outubro de 1947. | ||
Nesse mesmo ano, no dia 27 de dezembro, Darcy e Elpídia foram de cavalo para a cidade de São Mateus, onde foi realizada a cerimônia religiosa do seu casamento na igreja São Benedito. No dia | Nesse mesmo ano, no dia 27 de dezembro, Darcy e Elpídia foram de cavalo para a cidade de São Mateus, onde foi realizada a cerimônia religiosa do seu casamento na igreja São Benedito. No dia 4 de setembro de 1949, nasce o terceiro filho do casal, Gilberto. Completados sete anos que moravam na Água Fria, no ano de 1951 mudaram novamente para a vila de Boa Esperança. | ||
No dia 29 de outubro de 1952 nasceu o quarto filho do casal, Jordano. Depois seguiram-se o nascimento dos outros filhos: Jorzolina, Josefina, Joseth, João Antônio, Darcy, Rosimari, Rosiane e Elismara. | No dia 29 de outubro de 1952 nasceu o quarto filho do casal, Jordano. Depois seguiram-se o nascimento dos outros filhos: Jorzolina, Josefina, Joseth, João Antônio, Darcy, Rosimari, Rosiane e Elismara. | ||
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Edição das 18h13min de 2 de dezembro de 2008
Predefinição:DadosMunicípioBrasil
Geografia
Boa Esperança é um município brasileiro do estado do Espírito Santo. Localiza-se a uma latitude 18º32'24" sul e a uma longitude 40º17'45" oeste, estando a uma altitude de 140 metros. Sua população estimada em 2004 era de 14 077 habitantes.
História
O município de Boa Esperança nasceu de uma pequena sesmaria de 72 alqueires de terras, adquiridos do Estado, por Antônio dos Santos Neves com a finalidade de explorar a madeira da região, rica em jacarandá e peroba.
De 1919 a 1920 foi instalada a primeira serraria de madeira em Boa Esperança, cujo maquinário foi transportado através do braço do rio São Mateus. Esse maquinário era tocado a vapor.
No ano de 1921, chegou a Boa Esperança, provavelmente no mês de junho, João Antônio do Livramento, vindo da cidade de Palmares, estado do Sergipe, com a esperança de conseguir uma vida melhor. Chegando a Boa Esperança, que na época era coberta por matas, Antônio dos Santos Neves passou para João Antônio a gerência da serraria. Anos depois, a serraria fechou, devido à desvalorização da madeira. Então, João Antônio passou a gerenciar somente o corte de madeiras em toras, que eram puxadas por bois de canga do interior das matas até a margem do rio do Norte. Quando o rio enchia, as madeiras desciam amarradas ou a reboque, seguidas por canoeiros que faziam-na chegar em São Mateus, onde a madeira de segunda era serrada e as madeiras de primeira seguiam de navio rumo à cidade do Rio de Janeiro. Estando instalado na região e com o cargo de gerente, João Antônio volta para Sergipe, trazendo consigo seus irmãos Daniel e Roseno, cunhados e primos. Seus cunhados, por terem deixado seus familiares em Sergipe, não resistem e retornam ao nordeste.
Em 1922, João Antônio amasia-se com Maria de Souza, que veio de Viana para São Mateus com seu irmão José Horácio de Souza, um marinheiro que resolveu vir para Boa Esperança. João e Maria viveram amasiados durante 18 anos, casando-se no estado civil em São Mateus (na época, Boa Esperança era distrito de São Mateus).
No dia 13 de maio de 1923 nasceu Darcy do Livramento, o primogênito do casal e o primeiro filho de Boa Esperança. Depois de Darcy, nasceram Davi do Livramento, no dia 5 de abril de 1924, Delmira do Livramento, Delzira do Livramento em 13 de maio de 1927 e por último, Delfina do Livramento em 29 de fevereiro de 1929.
Darcy e Davi passaram a ajudar seu pai na extração de madeira. Com seu árduo trabalho, João Antônio e seu irmão Roseno compraram seu pedaço de terra que deram o nome de Fazenda Boa Mira. Anos depois, Roseno vende a parte que lhe pertencia para o seu irmão e volta para o Sergipe. João construiu uma casa na fazenda e passou a residir lá com sua esposa e filhos, onde passou a criar bois. Ele construiu também uma casa de farinha, com moinho tocado à água, que fornecia energia elétrica.
No ano de 1939, Antônio dos Santos Neves comprou um caminhão, facilitando o transporte de madeira, que até então era feito somente por bois de canga e pelo rio do Norte, surgindo então as primeiras estradas, pois antes eram somente carreiras no meio da mata.
No ano de 1940, a família passou por um grande sofrimento. Delmira do Livramento, de quatorze anos, e Delzira do Livramento, doze anos, vieram a falecer vítimas do sarampo, já que na época não havia assistência médica. Na tentativa de salvar as meninas, veio de Nova Venécia um farmacêutico chamado Zenor Pedrosa Rocha, o qual receitou uma injeção, que não surtiu efeito, já que a doença já estava muito avançada.
Os padres vinham de Nova Venécia. Nessa ocasião, o padre Zacarias veio para batizar Delmira e Delzira. Quando chegou na casa de João Antônio, num dia de domingo, Delzira já estava morta dentro do caixão no centro da sala. Então, o padre a benzeu com água benta e batizou Delmira, que veio a falecer numa quinta-feira, cinco dias mais tarde.
Após três meses, o padre Zacarias voltou à residência de João Antônio, onde foi realizada a primeira missa de Boa Esperança. Nessa missa, foi celebrado o casamento religioso de João Antônio do Livramento e Maria de Souza do Livramento, além do casamento do pai adotivo de dona Elpídia e sua mãe, Maria Ribeiro, entre outras pessoas. Além dos casamentos, o padre Zacarias realizou o batizado de Darcy, Davi, Delfina e de outras crianças, e fez também a primeira comunhão de Elpídia e dos recém-batizados. Os sacramentos eram celebrados nas casas, devido à falta de uma igreja. João Antônio não se casou antes porque desejava casar-se e batizar os filhos em sua terra natal, a cidade de Palmares, no Sergipe.
No dia 29 de janeiro de 1945, Darcy do Livramento, com 21 anos e Elpídia Gonçalves, com 17 anos, saíram de casa, pois a família dos dois não aprovava sua união e também por Elpídia ser muito maltratada pelo padrasto. Os dois saíram de casa à noite e foram para um local na época perto do córrego da Água Fria, chamado Mutunzinho, onde permaneceram por três meses. A mãe de Elpídia, após quinze dias, foi visitá-la. Depois desses três meses, o casal veio para a vila de Boa Esperança. Darcy trabalhou na construção da estrada rumo à São Mateus até nas proximidades da propriedade de Dilô Barbosa. Então, Darcy e Elpídia moraram num local chamado Prazo, por três meses. Saindo desse local, mudaram para o córrego da Água Fria, passando a residir numa humilde casa rodeada de mata, onde tiveram três filhos: Maria das Dores (a Dorinha), que nasceu em 15 de junho de 1946 e faleceu cinco meses depois e Josepha, nascida em 26 de outubro de 1947.
Nesse mesmo ano, no dia 27 de dezembro, Darcy e Elpídia foram de cavalo para a cidade de São Mateus, onde foi realizada a cerimônia religiosa do seu casamento na igreja São Benedito. No dia 4 de setembro de 1949, nasce o terceiro filho do casal, Gilberto. Completados sete anos que moravam na Água Fria, no ano de 1951 mudaram novamente para a vila de Boa Esperança.
No dia 29 de outubro de 1952 nasceu o quarto filho do casal, Jordano. Depois seguiram-se o nascimento dos outros filhos: Jorzolina, Josefina, Joseth, João Antônio, Darcy, Rosimari, Rosiane e Elismara.
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