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Ilhas Selvagens: mudanças entre as edições

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==História==
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As Ilhas Selvagens foram assim baptizadas em [[1438]] por [[Diogo Gomes|Diogo Gomes de Sintra]] e terão sido descobertas pelos irmãos Pizzigani em [[1364]]. No [[século XVI]], as Selvagens pertenciam aos Caiados, importante família madeirense, sendo doadas a João Cabral de Noronha em [[1560]] pelo cónego Manuel Ferreira, descendente dos Caiados.
As Ilhas Selvagens foram assim batizadas em [[1438]] por [[Diogo Gomes|Diogo Gomes de Sintra]] e terão sido descobertas pelos irmãos Pizzigani em [[1364]]. No [[século XVI]], as Selvagens pertenciam aos Caiados, importante família madeirense, sendo doadas a João Cabral de Noronha em [[1560]] pelo cónego Manuel Ferreira, descendente dos Caiados.


Em [[1904]], as ilhas foram vendidas à família do banqueiro Rocha Machado. Em Setembro de [[1911]], o governo espanhol enviou uma nota ao governo português comunicando que deliberara incorporar as Selvagens no arquipélago das Canárias e que ia montar nas ilhas um farol. A administração portuguesa protestou e foi acordado não praticar quaisquer actos que pudessem comprometer uma solução amigável da questão. Em [[1938]] a Comissão Permanente de Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa das ilhas que, em [[1959]], despertaram o interesse da WorldWildLife (WWF) levando-a a assinar um contrato de promessa de compra com o herdeiro Luís Rocha Machado.
Em [[1904]], as ilhas foram vendidas à família do banqueiro Rocha Machado. Em Setembro de [[1911]], o governo espanhol enviou uma nota ao governo português comunicando que deliberara incorporar as Selvagens no arquipélago das Canárias e que ia montar nas ilhas um farol. A administração portuguesa protestou e foi acordado não praticar quaisquer actos que pudessem comprometer uma solução amigável da questão. Em [[1938]] a Comissão Permanente de Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa das ilhas que, em [[1959]], despertaram o interesse da WorldWildLife (WWF) levando-a a assinar um contrato de promessa de compra com o herdeiro Luís Rocha Machado.

Edição das 18h50min de 12 de maio de 2010

Predefinição:Info ilha As Ilhas Selvagens são um pequeno arquipélago português pertencente à Região Autónoma da Madeira.

Situam-se a 165 quilómetros a norte da arquipélago espanhol das Canárias, a 250 quilómetros ao sul da cidade do Funchal (Madeira), a cerca de 250 quilómetros a oeste da costa africana, a cerca de 1000 quilómetros a sudoeste do continente europeu. As Selvagens são constituídas por duas ilhas principais e várias ilhotas, que, tal como quase todas as ilhas da Macaronésia, têm origem vulcânica. O arquipélago é um santuário para aves, é muito agreste e tem uma área total de 273 hectares.

As Selvagens dependem administrativamente do concelho do Funchal; actualmente têm apenas dois habitantes permanentes na Selvagem Grande e dois semi-permanentes na Selvagem Pequena, guardas do Parque Natural da Madeira, sendo também visitada periodicamente por pessoal da Armada Portuguesa ao serviço da Direcção-Geral de Faróis. Para além disso, a Selvagem Grande é habitada várias vezes por ano pela Família Zino, do Funchal, que lá possui uma casa.

O estado espanhol tem insistido em que a delimitação da Zona Económica Exclusiva (200 milhas náuticas) se faça ignorando as Selvagens ao considerá-las como ilhéus, tendo por várias vezes violado o espaço aéreo das mesmas com aeronaves militares, enquanto que o estado português insiste na sua classificação como ilhas, ampliando a ZEE portuguesa.

Apesar de serem remotas e isoladas, as ilhas já receberam visitas oficiais de dois presidentes da República Portuguesa, Mário Soares e Jorge Sampaio, actos de soberania que visaram reforçar a identidade e solidariedade nacionais e evidenciar o seu estatuto como reserva natural nacional. A Reserva Natural das Ilhas Selvagens (que integra o Parque Natural da Madeira) foi criada em 1971, sendo uma das mais antigas reservas naturais de Portugal.

O arquipélago

O arquipélago consiste em dois grupos. O grupo nordeste compreende a "Ilha Selvagem Grande" e duas pequenas ilhotas, "Palheiro da Terra" e "Palheiro do Mar". O grupo sudeste compreende a "Ilha Selvagem Pequena" e o "Ilhéu de Fora" entre numerosos ilhéus mais pequenos que incluem o "Alto", o "Comprido", o "Redondo" e o pequeno grupo dos "Ilhéus do Norte". Uma extensa barreira de recifes circundam o arquipélago e torna-se difícil ancorar nas costas das ilhas.

As ilhas Selvagem Grande e a Selvagem Pequena distam 15 quilómetros uma da outra. Existem dois países mais pequenos em área que as Selvagens: o Vaticano (44 hectares) e Mónaco (195 hectares).

Temperatura e ambiente

Cagarra Selvagem Pequena no ninho.

As temperaturas das Ilhas Selvagens excedem as da Ilha da Madeira e a temperatura do mar permanece confortável durante todo o ano. Jacques-Yves Cousteau uma vez disse que encontrou as águas mais limpas do mundo ali. Em 2003 as ilhas foram seleccionadas para serem candidatas nacionais para Património Mundial da UNESCO. O seu acesso é restrito, devendo os candidatos a seus visitantes requerer previamente uma autorização especial passada pelo Parque Natural da Madeira.

Na Selvagem Grande existe a chamada Casa do Governo, a electricidade provém de painéis solares e a água das chuvas é guardada em grandes cisternas, permitindo enfrentar secas que podem durar três anos.



História

As Ilhas Selvagens foram assim batizadas em 1438 por Diogo Gomes de Sintra e terão sido descobertas pelos irmãos Pizzigani em 1364. No século XVI, as Selvagens pertenciam aos Caiados, importante família madeirense, sendo doadas a João Cabral de Noronha em 1560 pelo cónego Manuel Ferreira, descendente dos Caiados.

Em 1904, as ilhas foram vendidas à família do banqueiro Rocha Machado. Em Setembro de 1911, o governo espanhol enviou uma nota ao governo português comunicando que deliberara incorporar as Selvagens no arquipélago das Canárias e que ia montar nas ilhas um farol. A administração portuguesa protestou e foi acordado não praticar quaisquer actos que pudessem comprometer uma solução amigável da questão. Em 1938 a Comissão Permanente de Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa das ilhas que, em 1959, despertaram o interesse da WorldWildLife (WWF) levando-a a assinar um contrato de promessa de compra com o herdeiro Luís Rocha Machado.

Em 1971, o Estado português interveio e adquiriu as Ilhas Selvagens, instituindo-a nesse mesmo ano a Reserva Natural das Ilhas Selvagens. No ano seguinte foram apreendidas, nas ilhas, duas embarcações de pesca espanhola, "San Pedro de Abona" e "Áries". Em 1975, aproveitando a turbulência política em Portugal, espanhóis das Canárias desembarcaram na Selvagem Grande e hastearam a bandeira espanhola. No ano seguinte, foi apreendida a embarcação espanhola "Ecce Homo Divino" e, dois anos depois, foram apresados, também por pesca ilegal, outros barcos de frota espanhola. Em 1996, um helicóptero Puma AS-330 da Força Aérea Espanhola aterrou na Selvagem Grande, cometendo assim uma dupla infracção: violou o espaço aéreo português e também sobrevoou, a menos de 200 metros, uma reserva natural. No ano seguinte, voos rasantes de aviões militares espanhóis tiveram como consequência a chamada do embaixador espanhol Raúl Morodo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros português. Em 2005, um vigilante e um biólogo da reserva natural das ilhas Selvagens foram mesmo ameaçados e perseguidos por pescadores furtivos espanhóis[1].

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Ver também

Ligações externas


Predefinição:Subarquipélagos da Madeira

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