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Edição das 20h08min de 14 de março de 2006

Manuel Antônio Álvares de Azevedo (São Paulo, SP, 12 de setembro de 1831 - Rio de Janeiro, 25 de abril de 1852) - Escritor da segunda geração romântica, (contista, dramaturgo, poeta e ensaísta) brasileiro, filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo.

Passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destaca-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.

Durante o curso de direito, traduz o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduz Parisina, de Lord Byron; funda a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849);faz parte da Sociedade Epicuréia; inicia o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.

Não chegou a concluir o curso pois adoeceu de tuberculose pulmonar. Morreu com 21 anos incompletos, atualmente atribui-se sua morte a uma diverticulite. A sua obra copreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla), e a sua principal obra Lira dos vinte anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto - As três Liras - em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães). É patrono da cadeira nº 2 da Academia Brasileira de Letras.

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Crítica Acadêmica

Atualmente tem sucitado alguns estudos acadêmicos, dos quais sublinham-se "O Belo e o Disforme", de Cilaine Alves Cunha (Ed. USP, 2000), e "Entusiasmo indianista e ironia byroniana" (Tese de Doutorado, USP, 2000); "O poeta leitor. Um estudo das epígrafes ugoanas em Álvares de Azevedo", de Maria C. R. Alves (Disertação de Mestrado, USP, 1999).

Suas principais influências são: Lord Byron, Chateaubriand, mas principalmente Alfred de Musset.

Um aspecto característico de sua obra e que tem estimulado mais discussão, diz respeito a sua poética, que ele mesmo definiu como uma "binomia", que consiste em aproximar extremos, numa atitude tipicamente romântica. É importante salintar o prefácio à segunda parte da Lira dos Vinte Anos, um dos pontos críticos de sua obra e na qual define toda a sua poética. É o primeiro a incorporar o cotidiano na poesia no Brasil, com o poemas "Idéias íntimas", da segunda parte da Lira. Figura na antologia do cancioneiro nacional. E foi muito lido até as duas primeiras décadas do século XX, com constantes reedições de sua poesia e antologias. As últimas encenações de seu drama "Macário", foram em 1994 e 2001.


Cronologia

  • 1831, 12 de setembro - Nascimento em São Paulo, na esquina da R. da feira com a R. Cruz Preta, atuais Senador Feijó e Quintino Bocaiúva.
  • 1831 - Transfere-se para o Rio de Janeiro
  • 1835 - Morre a 26 de Junho seu irmão mais novo, Inácio Manuel, em Niterói, deixando o poeta profundamente abalado.
  • 1840 - É matriculado no Colégio Stoll, em Botafogo. Seu desempenho rende elogios do proprietário do colégio, o Dr. Stoll: "Ele reúne, o que é muito raro, a maior inocência de costumes à mais vasta capacidade intelectual que já encontrei na América num menino da sua idade".
  • 1844 - Transfere-se para São Paulo, após estudos de francês, inglês e latim volta para o Rio no fim do ano.
  • 1845 - Matricula-se no 5º ano do internato do Imperial Colégio Pedro II, no Rio, onde muito sofreu, devido ao gênio folgazão, que o levava a caricaturar colegas e professores.
  • 1846 - Cursa a 6ª ano no mesmo colégio, tendo como professor Domingos josé Gonçalves de Magalhães.
  • 1847 - Recebe, a 5 de dezembro, o grau de Bacharel em Letras.
  • 1848 - Ingresso, a 1º de março na Academia de Direito de São Paulo, onde conhece, entre outros, José de Alencar e Bernardo Guimarães.
  • 1849 - Matricula-se no segundo ano. Pronuncia um discurso a 11 de agosto, na sessão comemorativa do aniversário da criação dos cursos jurídicos no Brasil. Passa as férias no Rio, com constantes pensamentos de morte.
  • 1850 - Escreve "um romance de 200 e tantas páginas, dois poemas, um em 5 e outro em 2 cantos, ensaios, fragmento de poema em linguagem muito antiga" (hoje perdido). A 9/05, profere o discurso inalgural da sociedade Ensaio Filosófico. De volta a S. Paulo, matricula-se no terceiro ano. Em setembro, suicida-se, por amor, o quintanista Feliciano Coelho Duarte, o poeta faz, a 12 do mesmo mês, o discurso de adeus.
  • 1851 - Cursa o quarto ano. Em 15 de setembro, morre João Batista da Silva Pereira. Passa as férias em Itaboraí, na fazenda do avô. Presente a morte e diz que não vai voltar à S. Paulo.
  • 1852, 25 de abril - Após complicações advindas de uma queda de cavalo, falece, às 17h no Rio de Janeiro. É enterrado no dia seguinte. Hoje, está enterrado no cemitério São João Batista, jazigo 12A.

Obra

  • 1853 Poesias de Manuel António Álvares de Azevedo, Lira dos Vinte Anos (única obra preparada para publicação pelo autor) e Poesias diversas;
  • 1855 Obras de Manuel António Álvares de Azevedo, primeira publicação da sua prosa;
  • 1862 Obras de Manuel António Álvares de Azevedo, 2ª e 3ª edições, primeira aparição do Poema do Frade e 3ª parte da Lira.
  • 1866 O Conde Lopo, poema inédito.

Obras de referência

RAMOS, P.E.S.(Org.). Poesias Completas de Álvares de Azevedo. Ed. Unicamp, 2002. BUENO, A. (Org.). Obra Completa de Álvares de Azevedo. Nova Aguilar, 2000. Cavalheiro, E. Álvares de Azevedo. Melhoramentos, 1943 (Biografia)


en:Álvares de Azevedo

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