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A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente [[Misticismo|mística]] e envolvida com religiosidade [[catolicismo | católica]]. Seus [[soneto]]s apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da [[morte]], do [[amor]] impossível, da [[solidão]] e da inadaptação ao mundo. | A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente [[Misticismo|mística]] e envolvida com religiosidade [[catolicismo | católica]]. Seus [[soneto]]s apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da [[morte]], do [[amor]] impossível, da [[solidão]] e da inadaptação ao mundo. | ||
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da [[espiritualidade]] em relação à figura feminina, que é considerada um [[anjo]], ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente [[Neo-romantismo|neo-romântico]] e [[Simbolismo| simbolista]]. | Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da [[espiritualidade]] em relação à figura feminina, que é considerada um [[anjo]], ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente [[Neo-romantismo|neo-romântico]] e [[Simbolismo| simbolista]]. | ||
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Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em [[Cepães]], [[Braga]], [[Portugal |Portugal,]] e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, filha do poeta [[Bernardo Guimarães]]. Portanto, Alphonsus de Guimaraens era sobrinho-neto de Bernardo. | Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em [[Cepães]], [[Braga]], [[Portugal |Portugal,]] e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, filha do poeta [[Bernardo Guimarães]]. Portanto, Alphonsus de Guimaraens era sobrinho-neto de Bernardo. | ||
Matriculou-se em 1887 na Faculdade de Engenharia. Perdeu prematuramente ([[1889]]) a prima e noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães, o que o abalou moral e fisicamente. | Matriculou-se em 1887 na Faculdade de Engenharia. Perdeu prematuramente ([[1889]]) a prima e noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães, o que o abalou moral e fisicamente. | ||
Foi, em 1890, para São Paulo, onde ingressou na [[Faculdade de Direito do Largo São Francisco]], compondo a turma 64, que colou grau em 1895<ref>{{citar web|URL = http://www.arcadas.org.br/antigos_alunos.php?q=nome&qvalue=Affonso+Henrique#result_busca |título = Arcadas – Ex Alunos| acessadoem = 5 de outubro de 2014 | publicado = Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP}}</ref> | Foi, em 1890, para São Paulo, onde ingressou na [[Faculdade de Direito do Largo São Francisco]], compondo a turma 64, que colou grau em 1895.<ref>{{citar web|URL = http://www.arcadas.org.br/antigos_alunos.php?q=nome&qvalue=Affonso+Henrique#result_busca |título = Arcadas – Ex Alunos| acessadoem = 5 de outubro de 2014 | publicado = Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP}}</ref> Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de [[José de Freitas Vale]], onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu [[Cruz e Souza]], poeta a quem já admirava e de quem se tornou amigo pessoal. Também foi juiz-substituto e promotor em Conceição do Serro, hoje [[Conceição do Mato Dentro]], MG. No ano de 1897, casou-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística, ambos de nítida inspiração simbolista. | ||
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; obra que o projetou no universo literário, obtendo assim reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado de Minas. Consequentemente, Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras. | Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; obra que o projetou no universo literário, obtendo assim reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado de Minas. Consequentemente, Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras. | ||
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==Ligações externas== | ==Ligações externas== |
Edição das 02h30min de 29 de novembro de 2017
Alphonsus de Guimaraens | |
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Nascimento | 24 de julho de 1870[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Ouro Preto, Minas Gerais |
Morte | 15 de julho de 1921 (50 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Mariana, Minas Gerais |
Nacionalidade | Brasileiro |
Alma mater | Faculdade de Direito de São Paulo |
Ocupação | Poeta |
Magnum opus | Dona Mística (1894) |
Escola/tradição | Simbolismo, neo-romantismo |
Alphonsus de Guimaraens, pseudônimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 – Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inadaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Traduziu também poetas como Stephane Mallarmé, em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
Sua poesia é quase toda voltada para o tema da Morte da Mulher amada.
Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).
Biografia
Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante nascido em Cepães, Braga, Portugal, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, filha do poeta Bernardo Guimarães. Portanto, Alphonsus de Guimaraens era sobrinho-neto de Bernardo.
Matriculou-se em 1887 na Faculdade de Engenharia. Perdeu prematuramente (1889) a prima e noiva Constança, filha de Bernardo Guimarães, o que o abalou moral e fisicamente.
Foi, em 1890, para São Paulo, onde ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, compondo a turma 64, que colou grau em 1895.[1] Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta a quem já admirava e de quem se tornou amigo pessoal. Também foi juiz-substituto e promotor em Conceição do Serro, hoje Conceição do Mato Dentro, MG. No ano de 1897, casou-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Setenário das dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística, ambos de nítida inspiração simbolista.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudônimo de Alphonsus de Guimaraens; obra que o projetou no universo literário, obtendo assim reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado de Minas. Consequentemente, Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras.
Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaborariam seu irmão, o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se juiz municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com sua esposa Zenaide de Oliveira, com quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901-1944) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918-2008).
Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com seus 15 filhos. O apelido lhe foi dado devido ao isolamento completo em que viveu. Sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração de sua obra poética.
Principais Obras
- Setenário das Dores de Nossa Senhora carvalho'
- Câmara Ardente chicão
- Dona Mística (1894)
- Kyriale
- Mendigos
- Ismália"
Póstumas
- Pastoral aos crentes
- Escada de Jacó
- Pulvis
- Salmos
- Poesias
- Jesus
- Alphonsos
Referência
- COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J. Galante de, Enciclopédia de literatura brasileira, São Paulo: Global.
Ligações externas
- ↑ «Arcadas – Ex Alunos». Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito da USP. Consultado em 5 de outubro de 2014