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União Europeia: mudanças entre as edições

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{{Info/País
|nome_nativo            = União Europeia
|nome_longo_convencional = ''[[Anexo:Nomes da União Europeia nas línguas oficiais|nomes em todas as línguas oficiais]]''
|preposição              = da
|nome_pt                = União Europeia
|imagem_bandeira        = Flag of Europe.svg
|descrição_bandeira      = Bandeira europeia
|leg_bandeira            = [[Bandeira europeia|Bandeira]]
|imagem_brasão          = Hungarian presidency of the EU 2011.svg
|descrição_brasão        = Insígnia presidencial
|leg_brasão              = [[Símbolos da União Europeia#Insígnias da Presidência|Insígnia da Presidência]]
|lema                    = ''[[Lema da União Europeia|In varietate concordia]]''<ref>{{Citar web |url=http://europa.eu/abc/symbols/index_pt.htm |título=Símbolos da União Europeia |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref><br /> <small>([[Latim]]: "Unidos na diversidade")<br />[[Lema da União Europeia|Lema nas outras línguas oficiais]]</small>
|hino                    = ''[[Hino da alegria|Ode à Alegria]]''
|gentílico              = europeu; europeia
|localização            = European Union (orthographic projection).svg
|localização_legenda    = Localização da União Europeia
|capital                = [[Bruxelas]]<br />[[Estrasburgo]]<br />[[Luxemburgo (cidade)|Luxemburgo]]<br />(centros políticos)
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|maior_cidade            = [[Londres]]
|língua_oficial          = [[Línguas da União Europeia|23 línguas oficiais]]
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|título_líder1          = [[Presidente da Comissão Europeia]]
|nome_líder1            = [[José Manuel Durão Barroso|J. M. Durão Barroso]]
|título_líder2          = [[Presidente do Parlamento Europeu]]
|nome_líder2            = [[Jerzy Buzek]]
|título_líder3          = [[Presidente do Conselho Europeu]]
|nome_líder3            = [[Herman Van Rompuy]]
|evento_tipo            = [[História da União Europeia|Formação]]
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|evento1                = [[Tratado de Roma]]<ref name="Roma, tratado">[[Demetrio Magnoli|MAGNOLI, Demetrio]]. ''História da Paz''. São Paulo: Editora Contexto, 2008. 448p. ISBN 85-7244-396-7</ref>
|evento_data1            = [[25 de março]] de [[1957]]<ref name="Roma, tratado" />
|evento2                = [[Tratado de Maastricht]]<ref name="Maastricht">{{citar web|url=http://www.historiasiglo20.org/europortug/maastricht.htm|titulo=O Tratado da União Europeia ou de Maastricht (1992)|formato=[[htm]] |língua2=pt |acessodata=25/06/2009}}</ref>
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|população_estimada      = {{formatnum:494070000}}<ref name="ue">{{citar web|url=http://www.ahk.org.br/extranet/revista/2004/comen_econ_maio04_port.pdf|titulo=A União Européia ampliada e o Brasil|coautores=ANTÔNIO CORRÊA DE LACERDA|formato=[[pdf]] |língua2=pt |acessodata=25/06/2009}}</ref>
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|tld                    = [[.eu]]<ref name=".eu">{{citar web|url=http://europa.eu/rapid/pressReleasesAction.do?reference=IP/07/483&format=HTML&aged=0&language=PT&guiLanguage=en|titulo=O domínio ".eu" um ano depois: mais de 2,5 milhões de endereços europeus na Web|coautores=Rapid - Press Releases - EUROPA |data=11 de abril de 2007|formato=[[html]] |língua2=pt |acessodata=25/06/2009}}</ref>
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|website_governo        = [http://www.europa.eu www.europa.eu]
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|rodapé                  = ¹ Além do euro há outras 11 moedas de curso legal fora da actual [[zona euro]].<br />² Não inclui os [[território ultramarino|territórios ultramarinos]].
}}
A '''União Europeia'''<ref group="nota">Com o [[Acordo Ortográfico de 1990]], o [[Brasil]] (onde o acordo já vigora) passou a escrever ''União Europeia'', porém a grafia ''União Européia'' continua válida naquele país até 2012.</ref> ('''UE'''), anteriormente designada por '''[[Comunidade Económica Europeia]]''' ('''CEE''') e '''Comunidade Europeia''' ('''CE'''), é uma união supranacional económica e política de 27 Estados-membros, estabelecida após a assinatura do [[Tratado de Maastricht]], a [[7 de fevereiro]] de [[1992]], pelos doze primeiros países da antiga CEE, uma das três [[Comunidades Europeias]].


A União Europeia é uma formação de um novo tipo de união entre Estados pertencentes à [[Europa]]. Enquanto instituição, passou a dispor de personalidade jurídica após o início da vigência do [[Tratado de Lisboa]]. Possui competências próprias, tais como a [[Política Agrícola Comum]], a [[Política Comum das Pescas]], entre outros. Estas competências são partilhadas com todos os Estados-membros da União Europeia. Trata-se de uma organização que combina o nível supranacional e o nível institucional num campo geográfico restrito com o papel político próprio sobre os seus Estados-membros.
O [[Tratado de Paris (1951)|Tratado de Paris]], assinado em [[1951]], estabeleceu a [[Comunidade Europeia do Carvão e do Aço]], e os [[Tratado de Roma|Tratados de Roma]], assinados em [[1957]], instituindo a Comunidade Económica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica ou [[Euratom]], foram assinados por seis membros fundadores: [[Alemanha]], [[Bélgica]], [[França]], [[Itália]], [[Luxemburgo]] e [[Países Baixos]]. Depois disto, a UE levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em [[1973]], [[Dinamarca]], [[Irlanda]] e [[Reino Unido]]; em [[1981]], [[Grécia]]; em [[1986]], [[Portugal]] e [[Espanha]]; em [[1995]], [[Áustria]], [[Finlândia]] e [[Suécia]]; a [[1 de maio]] de [[2004]], [[República Checa]], [[Chipre]], [[Eslováquia]], [[Eslovénia]], [[Estónia]], [[Hungria]], [[Letónia]], [[Lituânia]], [[Malta]] e [[Polónia]]; a [[1 de janeiro]] de [[2007]], [[Bulgária]] e [[Roménia]].
Em 1972 e 1994, a [[Noruega]] assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país. À população [[Suíça|helvética]] foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através de referendo popular em 2001.
A [[Croácia]], a [[Turquia]], a [[República da Macedónia]] e a [[Islândia]]<ref>{{Citar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1392995&idCanal=11 |autor=Público |título= Islândia formaliza candidatura à União Europeia}}</ref> são os Estados candidatos à adesão à UE. As negociações com os três primeiros países iniciaram-se oficialmente em outubro de [[2005]], mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria. Quanto à Islândia, formalizou em julho de 2009 a sua candidatura, e caso as negociações sejam bem sucedidas realizar-se-á um [[referendo]] para que a adesão se possa efetivar. A primeira-ministra islandesa [[Jóhanna Sigurðardóttir]] é uma das principais vozes favoráveis à integração na UE, que se seguirá à pior crise orçamental da história do país.
== História ==
{{Artigo principal|[[História da União Europeia]]}}
Após o final da [[Segunda Guerra Mundial]], caminhou-se para a integração europeia, que era vista por muitos como uma fuga das formas extremas de [[nacionalismo]], que tinha devastado o continente.<ref>{{Citar web|título=The political consequences|publicado=[[European NAvigator]]|url=http://www.ena.lu/?doc=242&lang=3 |acessodata=5 de setembro de 2007}}</ref> Tal tentativa para unir os europeus foi a [[Comunidade Europeia do Carvão e do Aço]] (CECA) que, embora tendo o objetivo modesto do controlo centralizado das indústrias do carvão e do aço dos seus Estados-membros, foi declarada como sendo "uma primeira etapa para federação da Europa".<ref>{{Citar web|título=Declaration of 9 May 1950|url=http://europa.eu/abc/symbols/9-may/decl_en.htm|publicado=European Commission |acessodata=5 de setembro de 2007}}</ref> Os autores e os apoiantes da Comunidade incluíam [[Jean Monnet]], [[Robert Schuman]], [[Paul-Henri Spaak]] e [[Alcide De Gasperi|Alcide de Gasperi]]. Os membros fundadores da Comunidade foram a [[Bélgica]], [[França]], [[Itália]], [[Luxemburgo]], [[Países Baixos]] e [[Alemanha Ocidental]].<ref name="Europa History 45-59">{{Citar web|título=A peaceful Europe - the beginnings of cooperation|publicado=European Commission|url=http://europa.eu/abc/history/1945-1959/index_en.htm |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref>
Em 1957, estes seis países assinaram o [[Tratado de Roma]], que prorrogou o período de cooperação no âmbito da [[Comunidade Europeia do Carvão e do Aço]] e criou a [[Comunidade Económica Europeia]] (CEE), que institui a [[União Aduaneira Europeia|união aduaneira]] e a [[Euratom]], para a cooperação no desenvolvimento de [[energia nuclear]].<ref name="Europa History 45-59"/> Em 1967, o [[Tratado de fusão]] criou um único conjunto de instituições das três comunidades, que foram referidos coletivamente como ''[[Comunidades Europeias]]'' (CE), embora geralmente apenas como ''Comunidade Europeia''.
<ref name="ENA Merge">{{Citar web|título=Merging the executives|publicado=[[European NAvigator]]|url=http://www.ena.lu?lang=2&doc=473 |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref>
Em 1973, a Comunidade Europeia é alargada de forma a incluir a [[Dinamarca]], a [[República da Irlanda|Irlanda]] e o [[Reino Unido]].<ref name="ENA First enlargement">{{Citar web|título=The first enlargement|publicado=[[European NAvigator]]|url=http://www.ena.lu?lang=2&doc=555 |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref> A [[Noruega]] tinha negociado também a sua entrada ao mesmo tempo que esses países, mas os eleitores noruegueses rejeitaram a adesão em referendo e assim permaneceu fora da Comunidade. Em 1979, realizaram-se as [[Eleições parlamentares europeias de 1979|primeiras eleições democráticas]] para o Parlamento Europeu.<ref name="ENA New Parliament">{{Citar web|título=The new European Parliament|publicado=[[European NAvigator]]|url=http://www.ena.lu?lang=2&doc=571 |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref>
{| align="left"
| {{Mapa da União Europeia}}
|}
A [[Grécia]] aderiu em [[1981]], e [[Espanha]] e [[Portugal]] em [[1986]].<ref name="ENA Enlargement negotiations">{{Citar web|título=Negotiations for enlargement|publicado=[[European NAvigator]]|url=http://www.ena.lu?lang=2&doc=6525 |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref> Em 1985, o [[Acordo de Schengen]] abriu caminho para a criação de uma Europa [[fronteira|sem fronteiras]], permitindo que os cidadãos se desloquem sem necessidade de apresentar [[passaporte]]s na maioria dos Estados-membros e de alguns Estados não-membros.<ref>{{cite news |title=Schengen agreement |date=30 de abril de 2001 |publisher=BBC News |accessdate=18 de setembro de 2009 |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/in_depth/europe/euro-glossary/1230052.stm}}</ref> Em 1986, a [[Bandeira da União Europeia|bandeira europeia]] começou a ser utilizada pela Comunidade e o [[Ato Único Europeu]] foi assinado.
Em 1990, após a queda do [[Cortina de Ferro]], a antiga [[Alemanha Oriental]] tornou-se parte da Comunidade, como parte da recém-unida Alemanha. Com o alargamento para a [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]] na ordem do dia, os [[critérios de Copenhaga]] para os Estados candidatos à adesão à União Europeia foram acordados.
A União Europeia foi formalmente criada quando o [[Tratado de Maastricht]] entrou em vigor a 1 de novembro de 1993,<ref name="EU1993">{{cite book|last=Craig|first=Paul|coauthors=Grainne De Burca , P. P. Craig|title=EU Law: Text, Cases and Materials|edition=4th|year=2006|publisher=Oxford University Press|location=Oxford|isbn=978-0-19-927389-8|page=15}}; {{Citar web|título=Treaty of Maastricht on European Union|url=http://europa.eu/legislation_summaries/economic_and_monetary_affairs/institutional_and_economic_framework/treaties_maastricht_en.htm|obra=Activities of the European Union|publicado=Europa web portal |acessodata=20 de outubro de 2007}}</ref> e, em 1995, a [[Áustria]], [[Suécia]] e [[Finlândia]] juntaram-se à recém-criada União Europeia. Em 2002, o [[euro]] tornou-se a moeda nacional em doze dos Estados-membros. Desde então, o euro passou a englobar dezasseis países, com a Eslováquia a aderir à Zona Euro a 1 de janeiro de 2009. Em 2004, a UE viu [[Alargamento da União Europeia|o seu maior alargamento, até à data]], quando [[Malta]], [[Chipre]], [[Eslovénia]], [[Estónia]], [[Letónia]], [[Lituânia]], [[Polónia]], [[República Checa]], [[Eslováquia]] e [[Hungria]] aderiram à União Europeia.<ref name="Europa History 00">{{Citar web|título=A decade of further expansion|publicado=Europa web portal|url=http://europa.eu/abc/history/2000_today/index_en.htm |acessodata=25 de junho de 2007}}</ref>
A 1 de janeiro de 2007, [[Roménia]] e [[Bulgária]] tornaram-se nos mais novos membros da UE e a [[Eslovénia]] adotou o euro. Em dezembro de 2007, os líderes europeus assinaram o [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]], que se destina a substituir a falhada [[Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa|Constituição Europeia]], que nunca entrou em vigor depois de ter sido rejeitada pelos eleitores franceses e holandeses. No entanto, a incerteza sobre o futuro do Tratado de Lisboa, resultou na sua [[Referendo constitucional de 2008 na Irlanda|rejeição pelos eleitores irlandeses]], em junho de 2008. A 17 de julho de 2009, o Parlamento da [[Islândia]] concordou em pedir formalmente a adesão à UE, iniciando conversações para um acordo a ser submetido a referendo aos eleitores islandeses. A 23 de julho de 2009, o Ministro dos Negócios Estrangeiros islandês apresentou, formalmente, o pedido de adesão da Islândia ao seu homólogo sueco (a Suécia tinha assumido a Presidência da UE nesse mês). A 2 de outubro de 2009, os [[Referendo constitucional de 2009 na Irlanda|eleitores irlandeses aprovaram]] o Tratado de Lisboa. Com a aprovação final pela República Checa, a 3 de novembro de 2009, a União Europeia concluiu a ratificação do Tratado de Lisboa, entrando em vigor a 1 de dezembro de 2009.
A [[22 de dezembro]] de [[2009]], a [[Sérvia]] apresentou a candidatura oficial de adesão à União Europeia.<ref>{{Citar web |url=http://dn.sapo.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=1454168&seccao=Europa |título=Diário de Noticias Online ''Sérvios dão mais um passo rumo à UE'' |língua= |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref>
=== Tratados ===
{{anexo|[[Anexo:Tarados da União Europeia|Tratados da União Europeia]]}}
A atual União Europeia fundamenta-se juridicamente no [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]], assinado a [[13 de dezembro]] de [[2007]], que emendou:
* O [[Tratado de Roma]], assinado a 25 de março de [[1957]], que instituiu a [[Comunidade Económica Europeia]] (habitualmente designada por CEE) e a [[Comunidade Europeia da Energia Atómica]] (habitualmente designada por Tratado [[Euratom]]).
* O [[Tratado de Maastricht|Tratado que institui a União Europeia]], assinado a 7 de fevereiro de [[1992]], que institui a União Europeia (habitualmente designado por Tratado de Maastricht ou Tratado da União Europeia - TUE).
O Tratado de Lisboa faculta ''personalidade jurídica'' à União Europeia. Importantes mudanças incluíram o aumento de decisões por [[votação por maioria qualificada]] no [[Conselho da União Europeia]], o aumento do [[Parlamento Europeu]], no processo legislativo através da extensão da [[Processo de codecisão|codecisão]] com o Conselho da União Europeia, a eliminação dos [[Pilares da União Europeia|Três Pilares]] e a criação de um [[Presidente do Conselho Europeu]], com um mandato mais longo, e um [[Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança]], apresentando uma posição unida sobre as políticas da UE. O Tratado também fez com que a Carta da União em matéria de direitos humanos, a [[Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia|Carta dos Direitos Fundamentais]], se tornasse juridicamente vinculativa.
O objetivo declarado do tratado é "completar o processo lançado pelo [[Tratado de Amsterdão]] (1997) e pelo [[Tratado de Nice]] (2001), com vista a reforçar a eficiência e a legitimidade democrática da União e para melhorar a coerência da sua ação".<ref>Citado a partir do Preâmbulo do Tratado de Lisboa.</ref>
Foram assinados outros tratados que resultaram em algumas reformas nos tratados fundadores e que provocaram alterações a nível institucional:
* O [[Tratado de Fusão]], que estabelece um Conselho único e uma Comissão única, foi assinado em [[Bruxelas]] a 8 de abril de [[1965]].
* O [[Ato Único Europeu]] (AUE) foi assinado no [[Luxemburgo]] em [[1986]].
* O [[Tratado de Amsterdão]], assinado a [[2 de outubro]] de [[1997]], previa alterações aos Tratados da UE e CE.
* O [[Tratado de Nice]] foi assinado a [[26 de fevereiro]] de [[2001]].
* O [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]] foi assinado a [[12 de Dezembro]] de [[2007]].
{{Cronologia União Europeia}}
== Geografia ==
{{Artigo principal|[[Geografia da União Europeia]]}}
[[Ficheiro:Mont Blanc depuis la gare des glaciers.jpg|thumbnail|[[Mont Blanc]] nos [[Alpes]], o ponto mais alto da UE.]]
[[Ficheiro:Bay of Balos.jpg|thumbnail|O clima da UE é influenciado pelo seu litoral de 65&nbsp;993 km ([[Creta]]).]]
A geografia da União Europeia é muito variada, apresentando várias áreas climáticas, incluindo as regiões ultraperiféricas; estas incluem a maior parte dos [[Classificação do clima de Köppen|tipos de clima]], desde o [[clima polar]] até ao [[clima equatorial]]. A maior parte da  população vive em áreas com [[clima mediterrânico]], [[clima temperado]], [[clima oceânico]] e [[clima continental]]. Podemos dividi-las em:
* Uma área com um misto de [[clima mediterrânico]] e [[Clima temperado|clima temperado mediterrânico]] nos países banhados pelo [[mar Mediterrâneo]], como sul de [[Espanha]], [[Grécia]], [[Eslovénia]], [[Malta]], sul de [[França]] e [[Chipre]] ou com forte influência deste, como [[Portugal]];
* [[Clima oceânico]], todos os países com costa para o [[oceano Atlântico]] (exceto Portugal), na [[península Ibérica]], a [[Galiza]], as [[Astúrias]] e o [[País Basco]], toda a costa atlântica de França, [[Países Baixos]], [[Bélgica]], [[Dinamarca]] e costa atlântica da [[Alemanha]], bem como as regiões ultraperiféricas de Portugal e Espanha, [[Açores]], [[Madeira (arquipélago)|Madeira]] e [[Canárias]];
* [[Clima temperado|Clima temperado marítimo]], em países sem costa marítima ou países com costa para o [[oceano Atlântico]], como o norte e o centro de Portugal, o centro de Espanha e de França;
* [[Clima temperado|Clima temperado continental]], países do centro e sul da [[Europa]] que não têm costa para o oceano Atlântico e que não se encontram na área do leste europeu, como o interior centro de França, o [[Luxemburgo]], o interior da [[Itália]], a [[Áustria]] o centro e o sudoeste da Alemanha;
* [[Clima continental]], todos os países do chamado leste europeu e do centro da Europa;
* [[Clima polar]], o norte da [[Finlândia]] e da [[Suécia]] e em invernos muito rigorosos estes países na sua totalidade conjuntamente com os três países bálticos a [[Estónia]], [[Letónia]] e [[Lituânia]].
* [[Clima equatorial]], na [[Guiana Francesa]], que prevalece em toda a sua extensão, desde o seu litoral, ao norte (oceano Atlântico), até a fronteira meridional com o [[Brasil]].
* [[Clima tropical]], nas regiões francesas de [[Martinica]] e [[Guadalupe]] (nas [[Mar das Caraíbas|Caraíbas]]) e [[Reunião (França)|Reunião]] (no [[oceano Índico]], perto de [[África]])
As principais cadeias montanhosas são: os [[Alpes]], os [[Cárpatos]], os [[Balcãs]], os [[Apeninos]] e os [[Pirenéus]].
A maior planície da União Europeia é a [[Grande Planície Europeia]], que abrange todos os Estados-membros da Europa Central e uma parte dos Estados-membros da Europa Ocidental e da Europa Central.
=== Meio ambiente ===
[[Ficheiro:Windkraftanlagen Dänemark gross.jpg|thumbnail|esquerda|[[Energia eólica|Aerogeradores]] na [[Dinamarca]].]]
Os países da União Europeia, no seu conjunto, constituem a grande potência mundial no que diz respeito ao desenvolvimento e aplicação de energias renováveis. A promoção das energias renováveis tem um papel muito importante, tanto em termos de reduzir a dependência externa de abastecimento energético da UE, como nas ações a serem tomadas em relação ao combate das alterações climáticas. Mas a Alemanha é o único membro da UE que está no caminho certo para alcançar as metas estabelecidas no [[Protocolo de Quioto]] sobre as alterações climáticas, que irá terminar em [[2012]].
[[Ficheiro:Atzenhof muellberg.jpg|thumbnail|[[Central solar]] num aterro sanitário em [[Fürth]], [[Alemanha]].]]
O Conselho Europeu, em março de 2007, aprovou um plano energético que inclui obrigatoriamente um corte de 20% das suas emissões de dióxido de carbono até [[2020]] e de consumir mais energias renováveis a representar 20% do consumo total na UE (contra os 7% em 2006).<ref>{{Citar web| url = http://www.eu2007.de/fr/News/Press_Releases/March/0309BKBruessel.html |título= Accord historique sur la protection climatique | ano = 2007 | obra = EU2007.DE | accesodata = 24 de junho de 2007 | idioma = francês}}</ref> O acordo, indiretamente, reconheceu o papel da energia nuclear para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, o que compete a cada Estado-membro decidir se quer ou não recorrer a essa tecnologia.
Por outro lado foi criado o compromisso de alcançar uma quota mínima de 10% de [[Biocombustível|biocombustíveis]] no consumo total de [[gasolina]] e de [[gasóleo]] nos transportes em 2020.
A futura divisão do esforço para atingir a percentagem de 20%, terá em conta as especificidades energéticas de cada Estado. Além disso, a UE está empenhada em atingir até 30%, a redução dos gases com efeito de estufa, em caso de compromisso internacional que envolva as duas outras potências, como a dos novos países industrializados.
== Demografia ==
{{AP|[[Demografia da União Europeia]]}}
A população combinada de todos os [[Estados-membros da União Europeia|27 Estados-membros]] foi estimada em 501&nbsp;259&nbsp;840, em [[janeiro]] de [[2010]].<ref name="eurostat">{{cite web|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/tgm/table.do?tab=table&language=en&pcode=tps00001&tableSelection=1&footnotes=yes&labeling=labels&plugin=1|title=Total population as of 1 January|publisher=Eurostat|accessdate=2010-02-09}}</ref>
A população do bloco corresponde 7,3% do total mundial, ainda que a União Europeia abranja apenas 3% das terras do planeta, representando um densidade populacional de 113 habitantes por quilómetro quadrado, tornando-a um das regiões mais densamente povoadas do mundo. Um terço dos seus cidadãos vivem em cidades com mais de um milhão de pessoas, onde 80% residem em áreas urbanas em geral.<ref name="urban dens">{{cite web|title=A densely populated area|publisher=Telsat Guide|url=http://telsat.belspo.be/beo/en/profs/europe-population.asp?section=6.3.3|accessdate=22 de julho de 2007}}</ref> A União Europeia é o lar de mais cidades globais que qualquer outra região do mundo,<ref>{{cite web|title=The World According to GaWC|publisher=Loughborough University|url=http://www.lboro.ac.uk/gawc/citymap.html|accessdate=29 de junho de 2007}}</ref> com 19 cidades com populações superiores a um milhão.
Além de muitas grandes [[cidade]]s, o bloco europeu também inclui várias regiões densamente povoadas, que não têm núcleo único, mas surgiram a partir da conexão de várias cidades e agora abrangem grande [[Área metropolitana|áreas metropolitanas]].<ref name="Eurostat Urban zones">{{cite web|title=Indicators for larger urban zones 1999 - 2003|publisher=Europa web portal|author=Eurostat|url=http://epp.eurostat.ec.europa.eu/portal/page?_pageid=1996,45323734&_dad=portal&_schema=PORTAL&screen=welcomeref&open=/&product=EU_MASTER_urban_audit&depth=2|accessdate=25 de janeiro de 2007}}</ref>
{{Cidades mais populosas da União Europeia}}
=== Línguas ===
{{AP|[[Línguas da União Europeia]]}}
{{Idiomas oficiais da União Europeia}}
Entre as muitas línguas e dialetos utilizados na União Europeia, 23 delas são oficiais.<ref name="Official Languages">{{cite web|title=Council Regulation (EC) No 1791/2006 of 20 November 2006|publisher=Europa web portal|author=EUR-Lex|work=[[Official Journal of the European Union]]|date=12 de dezembro de 2006|url=http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CELEX:31958R0001:EN:NOT|accessdate=2 de fevereiro de 2007}}</ref><ref>{{cite web|title=Languages in Europe - Official EU Languages|publisher=EUROPA web portal|url=http://ec.europa.eu/education/languages/languages-of-europe/doc135_en.htm|accessdate=2009-10-12}}</ref> Os documentos importantes, como a legislação, são traduzidos em todas as línguas oficiais. O [[Parlamento Europeu]], com sede em [[Estrasburgo]] ([[França]]), dispõe de tradução em todos os idiomas de documentos e sessões plenárias.<ref>{{cite web|title=europarltv, official webtv of the European Parliament, is also available in all UE languages|See|url=http://www.europarltv.europa.eu/StartPage.aspx}}</ref> Algumas instituições usam apenas um pequeno número de línguas como línguas de trabalho internas.<ref>{{cite web|title=Languages and Europe. FAQ: Is every document generated by the EU translated into all the official languages?|publisher=Europa web portal|year=2004|url=http://europa.eu/languages/en/document/59#5|accessdate=3 de fevereiro de 2007}}</ref> A Política de Língua é da responsabilidade dos [[Estados-membros da União Europeia|Estados-membros]], mas as suas instituições promovem a aprendizagem de outras línguas.<ref>See Articles 165 and 166 (ex Articles 149 and 150) of the [[Treaty on the Functioning of the European Union]]. [http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:C:2008:115:0001:01:EN:HTML]</ref><ref>{{cite web |title=European Parliament Fact Sheets: 4.16.3. Language policy|publisher=Europa web portal |author=European Parliament |year=2004 |url=http://www.europarl.europa.eu/facts/4_16_3_en.htm |accessdate=3 de fevereiro de 2007}}</ref>
O [[Língua alemã|alemão]] é a língua materna mais falada (cerca de 88,7 milhões de pessoas a partir de [[2006]]), seguido pelo [[Língua inglesa|inglês]], [[Língua italiana|italiano]] e [[Língua francesa|francês]]. O inglês é de longe a língua estrangeira mais falada, em mais de metade da população (51%), com o alemão e o francês a seguir. 56% dos cidadãos europeus são capazes de se envolver numa conversa numa língua diferente da sua língua materna.<ref name="Eurobarometer Languages">{{cite web|title=Special Eurobarometer 243: Europeans and their Languages (Survey)|publisher=Europa web portal|author=European Commission|year=2006|url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf|format=PDF|accessdate=3 de fevereiro de 2007}}<br />{{cite web|title=Special Eurobarometer 243: Europeans and their Languages (Executive Summary)|publisher=Europa web portal|author=European Commission|year=2006|url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_sum_en.pdf|format=PDF|doi=|accessdate=3 de fevereiro de 2007}}</ref> A maioria das línguas oficiais do bloco europeu pertence à família de línguas indo-europeias, exceto o [[Língua estoniana|estoniano]], o [[Língua finlandesa|finlandês]] e o [[Língua húngara|húngaro]], que pertencem à família de línguas urálicas, e o [[Língua maltesa|maltês]], que é um língua afro-asiática. A maioria das línguas oficiais da União estão escritas no [[alfabeto latino]] com exceção do búlgaro, escrito no [[alfabeto cirílico]], e do [[Língua grega|grego]], escrito no [[alfabeto grego]].<ref name="Many tongues, one family">{{cite web|title=Many tongues, one family. Languages in the European Union|publisher=Europa web portal|author=European Commission|year=2004|url=http://ec.europa.eu/publications/booklets/move/45/en.pdf|format=PDF|accessdate=3 de fevereiro de 2007}}</ref>
Além das 23 línguas oficiais, existem cerca de outras 150 línguas regionais e/ou minoritárias faladas por cerca de 50 milhões de pessoas. Destas, somente as línguas regionais espanholas, irlandesas e galesas<ref>{{cite news|title=Welsh and Gaelic are official EU tongues|newspaper=The Times|author=Rory Watson|date=5 de julho de 2008|url=http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/europe/article4272797.ece|accessdate=13 de março de 2009 | location=London}}</ref>, podem ser utilizadas pelos cidadãos na comunicação com as principais instituições europeias.<ref name="Mercator">{{cite web|title=Mercator Newsletter - n. 29|publisher=Mercator Central|year=2006|url=http://www.mercator-central.org/newsletter/newsletter29.htm#2|accessdate=1 de fevereiro de 2007}}</ref> Embora os programas da União Europeia possam apoiar as línguas regionais e minoritárias, a proteção dos direitos linguísticos é uma questão definida por cada Estado-membro em individual. Embora a população de alto-falantes do romeno seja tripla<ref>[http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=rom Ethnologue]</ref> que de falantes de galês (apesar da ''Porajmos''), a história da povo romeno na [[Europa]] é de sete longos séculos, onde a sua língua não é oficial, em qualquer Estado do bloco.
Além das muitas línguas regionais, uma grande variedade de línguas de outras partes do mundo são faladas por comunidades de imigrantes nos Estados-membros, como o [[Língua turca|turco]], por exemplo. Muitos idosos das comunidades de imigrantes são bilíngues, sendo fluentes em ambos os locais. As línguas dos migrantes não têm qualquer estatuto formal ou reconhecimento na União Europeia, embora a partir de 2007 fossem elegíveis para o apoio do ensino da língua parte do bloco.<ref name="Many tongues, one family"/>
=== Religião ===
[[Ficheiro:EU belief in god.png|thumb|esquerda|Percentagem dos Estados-membros da União Europeia que afirmam acreditar em [[Deus]].]]
A União Europeia é um corpo secular sem nenhuma ligação formal com qualquer religião, mas o Artigo 17 do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia reconhece o estatuto "ao abrigo do direito nacional, igrejas e associações religiosas", bem como a de "organizações filosóficas e não confessionais".<ref name="Consolidated Treaties"/> O preâmbulo ao [[Tratado da União Europeia]] menciona a "herança cultural, religiosa e humanista da Europa".<ref name="Consolidated Treaties">[http://eur-lex.europa.eu/JOHtml.do?uri=OJ:C:2008:115:SOM:EN:HTML Consolidada a versão do Tratado da União Europeia].</ref> Discussões sobre projetos da Constituição Europeia e, posteriormente, o [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]], incluíram propostas para mencionar o cristianismo ou [[Deus]], ou ambos, no preâmbulo do texto, mas esta ideia já chegou a enfrentar a oposição e foi descartada.<ref name="EUO Merkel God">{{cite web|url=http://www.independent.co.uk/news/europe/eu-celebrates-its-50th-birthday--with-a-row-about-religion-440976.html|title=EU celebrates 50th birthday-with a row about religion|publisher=[[The Independent]]|accessdate=4 de março de 2008}}</ref> Esta ênfase sobre o cristianismo faz dela a maior religião na [[Europa]], bem como um marcador cultural para a Europa e muito influente na civilização ocidental ou europeia. Outras religiões importantes presentes na União Europeia são o [[islamismo]] e o [[judaísmo]].
Os cristãos do bloco estão divididos entre os seguidores de [[catolicismo romano]], numerosas denominações protestantes (especialmente na [[Europa Setentrional]]), [[Igreja ortodoxa|ortodoxas]] orientais e orientais católicas (na [[Europa de Sudeste]]). Outras religiões, tais como [[islamismo]] e o [[judaísmo]], também estão representados na sua população. A partir de [[2009]], a União Europeia havia estimado uma população muçulmana de 13 milhões de habitantes<ref name="mgmpPRC">{{Cite book | editor-last = Miller | editor-first = Tracy | month = outubro | year = 2009 | publisher = [[Pew Research Center]] | title = Mapping the Global Muslim Population: A Report on the Size and Distribution of the World’s Muslim Population | format = PDF | url=http://pewforum.org/newassets/images/reports/Muslimpopulation/Muslimpopulation.pdf | accessdate = 2009-11-11|pages=31–32 }}</ref>, e um número estimado de um milhão de [[judeu]]s.<ref>{{cite web|url=http://www.jafi.org.il/education/100/concepts/demography/demjpop.html|title=World Jewish Population (2002)|accessdate=3 de maio de 2007|author=Sergio DellaPergola|work=American Jewish Year Book|publisher=The Jewish Agency for Israel}}</ref>
Pesquisas de opinião mostram que em [[2005]] a maioria dos cidadãos do bloco (52%) acredita num [[Deus]], e que a maioria tinha de alguma forma um sistema de crença, com 21% de vê-la tão importante. Muitos países sofreram queda no comparecimento da sociedade à igreja nos últimos anos.<ref name="About SecE">{{cite web|publisher=[[USA Today]]|url=http://www.usatoday.com/news/world/2005-02-21-god-europe_x.htm|title=What place for God in Europe|accessdate=24 de julho de 2009|date=22 de fevereiro de 2005|first=Peter|last=Ford}}</ref> Em [[2005]], revelou-se que dos cidadãos europeus (na época o bloco tinha 25 Estados-membros), 52% acreditam num [[Deus]], 27% creem em "algum tipo de espírito ou força de vida" e 18% não tinha qualquer forma de crença. Os países onde o menor número de pessoas relataram crença religiosa foram a [[República Checa]] (19%) e a [[Estónia]] (16%).<ref name="Eurostat Religion">{{cite web|title=Eurobarometer 225: Social values, Science & Technology|publisher=Europa web portal|author=Eurostat|year=2005|url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_225_report_en.pdf|format=PDF|accessdate=21 de julho de 2007}}</ref>
Os países mais religiosos são [[Malta]] (95%, predominantemente católicos romanos), o [[Chipre]] e a [[Roménia]], ambos com cerca de 90% dos cidadãos que acreditam em Deus (predominantemente ortodoxos orientais). Em toda a União Europeia, a crença foi maior entre as mulheres, que aumentou com a idade, pessoas com educação religiosa, que deixaram a escola aos 15 anos com um ensino básico e posicionamento dos "próprios à direita da escala política (57%)".<ref name="Eurostat Religion" />
== Política ==
{{Artigo principal|[[Política da União Europeia]]}}
[[Ficheiro:Institutions europeennes IMG 4300.jpg|thumbnail|esquerda|Sede do [[Parlamento Europeu]], em [[Estrasburgo]], [[França]].]]
O governo da União Europeia tem sido sempre colocado entre o modelo de conferência intergovernamental, em que os Estados mantenham todos os seus privilégios e um modelo supranacional em que uma parte da soberania dos Estados é delegada para a União.
No primeiro caso, as decisões comunitárias são, de facto, tratadas entre os Estados e têm de ser tomadas por unanimidade. Este modelo, perto do princípio de organizações intergovernamentais clássicas, é defendido pelos [[eurocético]]s. Segundo eles, são os chefes de Estado e de governo que têm legitimidade democrática para representar os cidadãos. Estes afirmam que as nações é que deveriam controlar as instituições da União Europeia. O segundo caso é o facto da atual ''eurofila''. Eles salientam que as instituições deveriam representar os cidadãos diretamente. Para eles, com o alargamento da UE em [[2004]] e [[2007]], as modalidades do processo de tomada de decisões no âmbito das instituições deve ser adaptável, a fim de se evitar qualquer risco de paralisia.
A União Europeia utiliza um modelo híbrido de governo: o Conselho da União Europeia, que é o representante dos Estados (decisões não requerem unanimidade, o voto de cada Estado é definido através do número de habitantes de cada um) e o [[Parlamento Europeu]], que é o representante dos cidadãos. Este modelo é uma chave para a luta de influências entre as três instituições europeias: o Parlamento, a Comissão e o Conselho.
Ao todo, são sete instituições:
[[Ficheiro:2007 07 16 parlament europejski bruksela 21.JPG|thumb|Interior do [[Parlamento Europeu]] em [[Bruxelas]].]]
* '''[[Parlamento Europeu]]''' - é a assembleia parlamentar, eleita por sufrágio universal direto pelos cidadãos da União Europeia.
* '''[[Conselho da União Europeia]]''' - anteriormente denominado Conselho de Ministros, é o principal órgão legislativo e de tomada de decisão na UE. Representa os Governos dos Estados-membros.
* '''[[Conselho Europeu]]''' - é composto pelos Chefes de Estado ou de Governo dos países-membros da União, juntamente com o Presidente da [[Comissão Europeia]].
* '''[[Comissão Europeia]]''' - instituição politicamente independente que representa e defende os interesses da União como um todo, propõe legislação, políticas e programas de ação, e é responsável pela execução das decisões do Parlamento e do Conselho da UE. É o órgão com poder executivo e de iniciativa.
* '''[[Tribunal de Justiça da União Europeia]]''' - garante a conformidade com a legislação da União, uma vez que os Estados-membros estão sujeitos judicialmente a este.
* '''[[Tribunal de Contas Europeu]]''' - controla a legalidade e a regularidade da gestão do orçamento da UE.
* '''[[Banco Central Europeu]]''' - é responsável pela [[euro|moeda única]] da [[Zona Euro]] e a sua principal missão é preservar o [[poder de compra]] do euro, assegurando assim a estabilidade de preços na respetiva zona.
Além disso, a UE tem cinco órgãos principais: o [[Comité Económico e Social]], o [[Comité das Regiões]], o [[Banco Europeu de Investimento]], o [[Provedor de Justiça Europeu]] e a [[Europol]].
=== Poder de decisão ===
Os documentos produzidos pela Comissão (basicamente os "livros brancos") e os tratados estabelecidos, têm certos princípios. A eles antecedem um grande número de decisões. Dois princípios orientam a tomada de decisões na UE após o [[Tratado de Maastricht]]: o princípio da subsidiariedade e o princípio da proporcionalidade.
O presidente da Comissão Europeia participa nas reuniões do Conselho Europeu. No fim das cimeiras, o Conselho Europeu realiza as suas conclusões em relatórios para a Comissão Europeia. Por seu lado, o Conselho Europeu atribui a cada Estado-membro, um número de votos que determinam a adoção de disposições legislativas ou que não votem.
Assim, como a única instituição eleita pelos cidadãos, o Parlamento Europeu tem um grande peso: um mero órgão consultivo, no início, comprou um verdadeiro poder de codecisão, em paridade com o Conselho de Ministros em muitas questões. Desta forma, a partir de [[2004]], o Parlamento pode influenciar a nomeação na Comissão Europeia. A sua representatividade, no entanto, permanece minada por taxas de abstenção nas eleições de deputados, geralmente mais elevada do que nas eleições nacionais.
No seu discurso antes da Conferência de Nice, [[Joschka Fischer]], então Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, chamou a atenção para uma simplificação da União Europeia. Uma dessas ideias centrais era a abolição da estrutura em pilares, e substituí-lo com uma concentração numa [[pessoa jurídica]] para a União Europeia. Esta ideia foi incluída no [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]], que entrou em vigor a [[1 de dezembro]] de [[2009]].
No Tratado de Lisboa, a repartição de competências em diversas áreas políticas entre os Estados-membros e a União é:
{{Competências entre os estados-membros da União Europeia}}
=== Política externa e de segurança ===
{{Artigo principal|[[Política de Defesa e de Segurança Comum]]}}
[[Ficheiro:Europäischer Gerichtshof.jpg|250px|thumbnail|[[Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias|Tribunal de Justiça]], no [[Luxemburgo]], pode julgar os Estados-membros sobre as leis da UE.]]
A defesa e a segurança são tradicionalmente questões de soberania nacional. A política da União Europeia neste domínio foi estabelecida como o segundo dos três pilares do [[Tratado de Maastricht]] ([[1992]]), abolido com o [[Tratado de Lisboa (2007)|Tratado de Lisboa]], em [[2009]]. A Política Externa e de Segurança Comum (PESC) foi alargada pelo [[Tratado de Amsterdão]] ([[1997]]) que define os seus objetivos, e redefinidos pelo Tratado de Lisboa. A política é coordenada pelo [[Alto Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança]]. Embora a [[NATO]] seja a responsável pela defesa territorial da Europa, a UE adotou missões de paz e humanitárias. O exército da UE inclui uma força europeia de intervenção rápida, compreendendo 60.000 membros.
A Comissão Europeia tem vindo a ganhar uma maior representação em organismos como o [[G8]], principalmente através do Comissário para as Relações Externas, no entanto os Estados-membros estão representados na [[Organização Mundial do Comércio]], através do seu comissário.
O efeito da Política Externa da União também se sente através do processo de alargamento; atrativos para vários Estados que adquiriram a adesão, é um fator importante que contribui para a reforma e estabilização dos países do antigo bloco comunista na Europa. A União é também a maior do mundo em dar ajuda humanitária e o principal contribuinte das agências da [[ONU]] envolvidas na ajuda humanitária e na cooperação para o desenvolvimento.<ref>{{Citar web| url = http://dicc.hegoa.efaber.net/listar/mostrar/78 |título= ECHO (Departamento para a Ajuda Humanitária da Comunidade Europeia) | ano = 2007 | obra = bantaba - 24 de junho de 2007 | accesodata = 24/06/2007 | idioma = espanhol}}</ref>
==== Ajuda humanitária ====
[[Ficheiro:ECHO plane.jpg|thumbnail|200px|esquerda|Coletivamente, a União Europeia é o maior contribuidor em matéria de ajuda humanitária no mundo.]]
A [[Comunidade Europeia de Ajuda Humanitária]], ou "ECHO", prevê [[ajuda humanitária]] da UE para [[países em desenvolvimento]]. Em 2006, o seu orçamento ascendeu a € 671 milhões, 48% dos quais foram para os países de [[África]], das [[Caraíbas]] e do [[oceano Pacífico|Pacífico]].<ref name="ECHO 2006">{{Citar web|título=DG for humanitarian aid - ECHO, financial report 2006|publicado=Europa web portal|autor=European Commission|ano=2006|url=http://ec.europa.eu/echo/pdf_files/financial_report.pdf|arquivourl=http://web.archive.org/web/20080307042553/http://ec.europa.eu/echo/pdf_files/financial_report.pdf|arquivodata=2008-03-07|formato=PDF |acessodata=13 de agosto de 2007}}</ref> Contando com as próprias contribuições da UE e dos seus Estados-membros em conjunto, a UE é o maior doador de ajuda no mundo.<ref name="ODA volumes: Europe and the world">{{Citar web|título=Euromapping 2008|autor=[[German Foundation for World Population]] |data=29 de setembro de 2008|url=http://www.euroresources.org/fileadmin/user_upload/Euromapping/Euromapping_Final.pdf |acessodata=3 de abril de 2009}}</ref>
A ajuda da UE tem sido criticada pelo [[euroceticismo|eurocético]] ''[[think-tank]]'' [[Open Europe]] por ser ineficiente, mal orientada e ligada a objetivos económicos .<ref name="BBC Aid Inefficient">{{cite news|last=Mulvey|first=Stephen|title=EU attacked for 'inefficient' aid|publisher=BBC News|date=30 de maio de 2007|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/europe/6705773.stm|accessdate=13 de agosto de 2007}}</ref> Além disso, algumas instituições de caridade reivindicaram aos Governos europeus o aumento do montante que gastaram em ajudas, por incorretamente incluir o dinheiro gasto no apoio a pessoas endividadas, [[estudante internacional|estudantes estrangeiros]] e refugiados. Sob números inflacionados, a UE como um todo não atingiu o seu objetivo de ajuda interna em 2006, e não é esperado atingir a meta internacional de 0,7% do [[rendimento nacional bruto]] até 2015.<ref name="Development aid from OECD countries fell 5.1% in 2006">{{Citar web|título=Development aid from OECD countries fell 5.1% in 2006|autor=[[Organisation for Economic Co-operation and Development|OECD]] |data=3 de abril de 2007|url=http://www.oecd.org/document/17/0,2340,en_2649_201185_38341265_1_1_1_1,00.html |acessodata=6 de abril de 2009}}</ref>  No entanto, quatro países já alcançaram essa meta, nomeadamente a [[Suécia]], o [[Luxemburgo]], os [[Países Baixos]] e a [[Dinamarca]]. Em 2005, a ajuda da UE foi de 0,34% do PIB, maior do que a dos Estados Unidos ou do Japão.<ref name="ECHO Overview">{{Citar web|título=Overviews of the European Union activities: Development|publicado=Europa web portal|autor=European Commission|url=http://europa.eu/pol/dev/overview_en.htm |acessodata=13 de agosto de 2007}}</ref>
{{clr}}
=== Território/Estados-membros ===
{{Estados-membros da União Europeia}}
== Economia ==
[[Ficheiro:Euro coins version II.png|thumbnail|16 países da UE adotaram o [[euro]] como moeda padrão.]]
{{Artigos principais|[[Economia da União Europeia]] e [[Zona Euro]]}}
A [[economia da União Europeia]] é baseada num sistema [[Capitalismo|capitalista liberal]], sendo ligeiramente maior do que a economia dos [[Estados Unidos da América]].
O principal objectivo económico da União Europeia é promover uma economia livre, concorrencial e sem barreiras comerciais tanto ao nível das mercadorias, dos capitais, como dos seus cidadãos e nomeadamente dos seus trabalhadores. Por esse motivo existem diversos mecanismos que asseguram estas liberdades, a [[Comissão Europeia]] como guardiã dos tratados vela para que os Tratados no âmbito da concorrência e da livre circulação de mercadorias, capitais e trabalhadores sejam respeitados, todos os cidadãos, entidades coletivas e Estados podem recorrer destas decisões para o [[Tribunal de Justiça da União Europeia]], e o Tribunal de Justiça da União Europeia vela para que caso a Comissão Europeia não aja em defesa dos Tratados para que este faça jurisprudência nesses assuntos.
== Cultura e Educação ==
{{Artigo principal|[[Cultura da União Europeia]]}}
Para a cultura, a Comissão Europeia tem um comissário que agrupa a educação, a formação, a cultura e a juventude,<ref>{{Citar web| url = http://ec.europa.eu/commission_barroso/figel/index_es.htm |título= Ján Figel | ano = 2007 | obra = Portal da União Europeia | accesodata = 24 de junho de 2007 | idioma = espanhol}}</ref> mas não o multilinguismo.<ref>{{Citar web| url = http://ec.europa.eu/commission_barroso/orban/index_es.htm |título= Leonard Orban | ano = 2008 | obra = Portal da União Europeia | accesodata = 13 de junho de 2008 | idioma = espanhol}}</ref>
Os programas educacionais europeus mais importantes são o [[Comenius]], nas [[escolas]], [[Leonardo da Vinci]], para a [[formação profissional]], o [[Erasmus]], para o [[ensino universitário]], e o [[Grundvig]], para o [[ensino de adultos]].
[[Ficheiro:Liverpool 2008 Flag.jpg|thumbnail|esquerda|[[Liverpool]]: [[Capital Europeia da Cultura]] em [[2008]] (Bandeira).]]
O programa [[eLearning]] promove a integração efetiva das [[Tecnologias da Informação e Comunicação]] (TIC) nos sistemas de educação e formação da União Europeia. A linha mais importante deste programa é o [[eTwinning]], uma iniciativa que oferece às instituições escolares um portal na [[Internet]] com ferramentas e apoio para facilitar a realização de projetos na geminação entre instituições de países diferentes. A geminação do eTwinning permite que professores de todas as disciplinas desenvolvam projetos educativos conjuntos e partilhem experiências e recursos pedagógicos, introduzindo uma dimensão europeia na sala de aula. Os alunos têm a oportunidade de aprender com os seus pares de outros países, de praticar línguas estrangeiras e desenvolver competências relacionadas com as TIC.
Em [[1995]], a Comissão Europeia publicou o Livro Branco sobre a educação e a formação, em que é explicada a importância dos cidadãos europeus receberem formação ao longo da vida, conhecido como aprendizagem ao longo da vida. O objetivo é manter a competitividade e a luta contra a [[exclusão social]].
A recolha destas ideias, em 2000, possibilitou a realização do [[Memorando sobre Aprendizagem ao Longo da Vida]], documento de trabalho dos serviços da Comissão Europeia, que convoca um debate europeu para perceber a aprendizagem ao longo da vida, tanto a nível individual como institucional. No final da nota, levantou seis ideias-chave para considerar essa estratégia, para assim garantir o acesso universal à aprendizagem contínua e para a obtenção e renovação das competências dos cidadãos, aumentar o investimento em recursos humanos, criar métodos eficazes para a aprendizagem ao longo da vida, valorizando a aprendizagem não formal e informal, aconselhar e informar sobre as oportunidades de aprendizagem ao longo da vida e oferecer essas oportunidades.
Mesmo assim, existem grandes diferenças no plano cultural, social e moral entre os países desenvolvidos e potenciais da União em relação aos menos desenvolvidos.
A União Europeia desenvolve diversos projetos educativos e, apesar de eventuais défices em algumas das suas caraterísticas, dedica grande esforço de coesão económica e social para que estes pontos fracos sejam abolidos, em especial nos países que recentemente aderiram à União.
Nos últimos anos, o chamado [[Processo de Bolonha]], um acordo intergovernamental europeu, visa criar um Espaço Europeu de Ensino Superior, a fim de facilitar a mobilidade dos estudantes nos Estados-membros do acordo.
== Notas ==
{{Refbegin}}
<references group="nota"/>
{{Refend}}
{{Referências|col=3|scroll=s}}
== {{Ver também}} ==
{{portal|Portal=[[Portal:União Europeia|Portal da União Europeia]]}}
{{commons|European Union}}
* [[Agências da União Europeia]]
* [[Benelux]]
* [[Conselho da União Europeia]]
* [[Instituições da União Europeia]]
* [[União Europeia como superpotência emergente]]
== {{Ligações externas}} ==
* {{Link||2=http://www.europa.eu/ |3=Página oficial da União Europeia |4=(em todas as línguas oficiais)}}
* {{link|en|2=http://www.ena.lu/|3=European Navigator}}
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[[ab:Европатәи Аидгыла]]
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[[fiu-vro:Õuruupa Liit]]
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[[fr:Union européenne]]
[[frp:Union eropèèna]]
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[[ie:Europan Union]]
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Edição das 19h29min de 28 de abril de 2011

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