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Thomas Mann: mudanças entre as edições

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Edição das 16h15min de 11 de setembro de 2004

Thomas Mann (6 de Junho de 1875 - 12 de Agosto de 1955) foi um romancista alemão, considerado por alguns como um dos maiores romancistas do século XX, tendo recebido o prémio Nobel da Literatura em 1929. Foi o irmão mais novo do romancista Heinrich Mann e o pai de Klaus, Erika, Golo (aliás Angelus Gottfried Thomas), Monika, Elisabeth e Michael Mann.


Notas Biográficas

Filho do comerciante Johann Heinrich Mann e da brasileira Júlia da Silva Bruhns, nasceu em Lübeck, uma cidade do norte da Alemanha, onde mais de 90% da população é protestante. A família de Thomas Mann detinha ali um negócio, desde há várias gerações.

Arquivo:Heinrich und Thomas Mann.jpg
Thomas (sentado) e o irmão Heinrich Mann numa fotografia tirada por volta de 1900. Nesta altura Heinrich tinha já publicado pelos menos dois livros, enquanto que o "Buddenbrucks" de Thomas estava prestes a sair

Em 1892 (quando tinha 17 anos) morre o seu pai, com o que os negócios da família são abandonados. No ano seguinte, ele escreve alguns textos em prosa e artigos para a revista "Der Frühlingssturm" (a tempestade de Primavera) que ele co-edita. Em 1894 (com 19 anos), não gostando da escola, ele abandona o liceu e junta-se à mãe em Munique, cidade do sul da Alemanha, decididamente católica e conservadora. A mãe tinha-se mudado para Munique com o resto da família um ano antes.

Lá chegado, faz um estágio não remunerado numa sociedade de seguros, mas acabou por abandonar esta actividade em 1895, tornando-se escritor livre.

Entre 1896 e 1898, Thomas Mann tem uma longa visita a Palestrina, Itália, de visita ao seu irmão mais velho Heinrich Mann, também ele um romancista e que se tornou famoso mais cedo do que Thomas. Thomas acompanha o irmão nos seus passeios a Roma e por outros lugares da Itália. Thomas Mann começou a trabalhar no manuscrito de "Buddenbrooks" em Itália. De volta a Munique, Mann torna-se um dos editores do jornal satírico-humorístico "Simplicissimus".

Em 1901 é editado "Buddenbrooks". Thomas Mann torna-se famoso. Curiosamente, o editor (Fischer Verlag) tentou convencer Thomas Mann a encurtar o livro. Thomas Mann não assentiu. O livro foi publicado na íntegra. Em jeito de retrospectiva, Thomas Mann disse que julgava que o livro iria passar despercebido e seria possivelmente o fim da sua carreira literária. A realidade foi bem diferente, como ele conclui, com ironia.

A 11 de Fevereiro de 1905, casou-se com Katia Pringsheim, pertencente a uma proeminente e secular família judia de intelectuais. Katia era neta da activista pelos direitos da mulher Hedwig Dohm. Nos anos seguintes nascem seus filhos Erika, Klaus, Golo (na verdade Angelus Gottfried Thomas), Monika, Elisabeth e Michael.

Durante a Primeira Guerra Mundial, Thomas Mann entra em conflito com o irmão Heinrich Mann. Não se irão encontrar por alguns anos. Thomas acolheu com agrado a entrada da Alemanha na guerra. Tomava-se por patriota. Defendeu a política do Kaiser Wilhelm II, em oposição directa a Heinrich Mann, que se via do lado da França e da "Civilization" (termo de Thomas). Thomas Mann chegou mesmo a penhorar a casa que possuia em Bad Tölz em 1917 a favor do esforço de guerra. A mãe, Júlia da Silva Bruhns, escreveu aos irmãos tentando amenizar o conflito. A perspectiva de Thomas Mann ao longo deste período encontra-se sumarizada no romance "A montanha mágica", escrito entre 1912 e 1924.

Em 1929, Thomas Mann torna-se ainda mais famoso, ganhando o prémio Nobel da Literatura. O juri justifica-se aludindo a Buddenbrooks. Nenhuma menção a "A montanha mágica". Hoje, uma opção que é compreensível se se tomar em consideração a posição pró-alemã de Thomas Mann neste período de guerra.

Emigrou da Alemanha Nazista para Küsnacht, próximo a Zurique, Suíça, em 1933, o ano da chegada ao poder de Hitler. Durante o regime nazista, o jornal Völkischer Beobachter (Observador Popular) publicava as chamadas listas de expatriados. Os nomes de Thomas Mann, sua mulher e seus filhos mais novos constavam da lista número 7. Dos mais velhos – Erika e Klaus – já havia sido retirada a cidadania alemã.

Após ter perdido a nacionalidade alemã a 2 de dezembro de 1936, Thomas Mann permaneceu na Suíça até 1939, mudando-se então para Pacific Palisades, California, EUA, em 1941. Em 1944, obteve a cidadania americana. Retornou à Europa somente em 1952, onde viveu em Kilchberg, próximo a Zurique, na Suíça, até à sua morte, em 1955.

A obra de Thomas Mann

Esta casa na Rua Heißstrasse em Bad Tölz, 50 kms a sul de Munique, na proximidade dos Alpes, pertenceu a Thomas Mann entre 1909 e 1917. Thomas Mann, então residente em Munique, já casado com Katia Pringsheim, passava aqui o Verão

Thomas Mann ganhou repercussão internacional, aos 26 anos, com sua primeira obra, Os Buddenbrooks (Buddenbrooks), um romance que conta a história de uma família protestante de comerciantes de cereais de Lübeck ao longo de três gerações. Fortemente inspirado na história sua própria família, o romance foi lido com especial interesse pelos leitores de Lübeck que descobriram ali muitos traços de personalidades conhecidas. A publicação deste livro valeu a Thomas Mann uma reprimenda de um tio, que o acusou de ser um "pássaro que emporcalhou o próprio ninho".

Thomas Mann é também um romancista analítico, que descreve como poucos a tensão entre o carácter nórdico, protestante, frio e ascético (características típicas da sua Lübeck natal) e os personagens mais rústicos, simples, bonacheirões, das zonas católicas, de onde se destaca o senhor "Permaneder", o paradigma do Bávaro de Munique, em "Os Buddenbrooks". Esta tensão interior tornou-se-lhe patente durante a sua estadia em Palestrina, Itália, onde visitava o irmão, e onde começou a escrever os "Buddenbrooks". Thomas Mann viveu entre estes dois mundos, tal como o irmão. Por um lado a origem familiar e o ambiente da ética protestante de Lübeck, por outro lado a voz interior e a influência de sua mãe brasileira, que o faziam interessar-se menos pelos negócios e mais pela literatura. A influência da mãe acabou por levar a melhor. Thomas Mann via na família Buddenbrook um exemplo de uma família em decadência, onde os descendentes não saberiam levar avante o negócio que herdaram. Não sabia, no entanto, que, ao publicar "Os Buddenbrooks" estava, não só a enterrar definitivamente a linha "comerciante" da sua família mas, também, a estabelecer-se como um escritor de renome. Ironicamente, os seus filhos iriam manter esta nova tradição (literária) da família, em especial Klaus e Erika.

Arquivo:Thomas Mann im amerikanischen Rundfunkstudio.jpg
Thomas Mann durante o exílio nos Estados Unidos da América, dirigindo-se aos seus compatriotas pela Rádio

No romance A Montanha Mágica ("Der Zauberberg"), publicado pela primeira vez em 1924, Thomas Mann faz um retrato de uma Europa em ebulição, no eclodir da Primeira Guerra Mundial.

Escreveu romances, ensaios e contos. Psicólogo penetrante e estilista consumado, sua extensa obra abrange desde contos até escritos políticos, passando por novelas e ensaios. Nobel de Literatura (atribuído pel' Os Buddenbrooks), em 1929, Thomas Mann é autor de clássicos da literatura como Morte em Veneza & Tonio Kröger, Confissões do impostor Felix Krull, As cabeças trocadas e José e seus irmãos.

Muitos dos seus romances lidam com a tensão entre a veia artística, rebelde e funesta por um lado, e a boa-cidadania, cumpridora da lei, das tradições e bons costumes.

Os diários de Thomas Mann, que foram mantidos em sigilo até 1975, revelam um Thomas Mann em luta interior com os seus desejos homossexuais, que se tinham tornado patentes em algumas das suas obras, em especial no "Morte em Veneza". Mann descreve no seu Diário os seus sentimentos pelo jovem violinista e pintor Paul Ehrenberg, que ele descreve como uma "experiência central do meu coração".

Sinopse Bibliográfica

  • Der kleine Herr Friedemann (1898)
  • Os Buddenbrooks (1901) = Buddenbrooks - Verfall einer Familie
  • Tonio Kröger (1903)
  • Sua Alteza Real (1909) = Königliche Hoheit
  • Morte em Veneza (1912) = Der Tod in Venedig
  • Betrachtungen eines Unpolitischen (1918)
  • The German Republic (1922) = Von deutscher Republik
  • A Montanha Mágica (1924) = Der Zauberberg
  • Disorder and Early Sorrow (1926) = Unordnung und frühes Leid
  • Mario und der Zauberer (1930)
  • José e seus Irmãos (1933-43) = Joseph und seine Brüder
    • As Histórias de Jacó (1933)
    • O Jovem José (1934)
    • José no Egito (1936)
    • José, o Provedor (1943)
  • Das Problem der Freiheit (1937)
  • Lotte in Weimar or The Beloved Returns (1939)
  • As Cabeças Trocadas (1940) = Die vertauschten Köpfe - Eine indische Legende
  • Doutor Fausto (1947) = Doktor Faustus
  • Der Erwählte (1951)
  • Confissões do Impostor Félix Krull (1922/1954) = Bekenntnisse des Hochstaplers Felix Krull. Der Memoiren erster Teil (unfinished)

Predefinição:Biografias Tabela

Links externos

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