𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Positivismo: mudanças entre as edições

imported>NH~ptwiki
m (Revertidas edições por 201.21.146.79, para a última versão por Dimitri)
Sem resumo de edição
Linha 9: Linha 9:




== Teoria de August Comte ==
== Teoria de Augusto Comte ==
 
August Comte considera o Positivismo como a fase final do entendimento Humano.


Augusto Comte considera o Positivismo como a fase final do entendimento Humano.


O Positivismo tem por base teórica a [[experiência científica|experimentação]], somente dela o investigador deve ater-se, ou seja, toda especulação acrítica, toda metafísica e toda teologia devem ser descartadas.
O Positivismo tem por base teórica a [[experiência científica|experimentação]], somente dela o investigador deve ater-se, ou seja, toda especulação acrítica, toda metafísica e toda teologia devem ser descartadas.
Linha 24: Linha 23:


A conformação atual da [[bandeira do Brasil]] é um reflexo dessa influência na política nacional, onde se lê o lema positivista '''Ordem e progresso''' (surgido da expressão ''Amor por base, ordem por princípio e progresso por fim'').
A conformação atual da [[bandeira do Brasil]] é um reflexo dessa influência na política nacional, onde se lê o lema positivista '''Ordem e progresso''' (surgido da expressão ''Amor por base, ordem por princípio e progresso por fim'').
Para maiores informações sobre o positivismo no Brasil, visite o site [http://www.geocities.com/PositivismoNoBrasil Visões do Positivismo no Brasil].
== Positivismo versus Marxismo ==
A idéia central do positivismo é: nas ciências sociais, como nas da natureza, é necessário separar os julgamentos de fato dos julgamentos de valor. A finalidade do sociólogo/historiador deve ser atingir neutralidade serena, imparcial e objetiva. O positivismo de [[Augusto Comte]] sustenta-se sobre duas premissas essenciais:
* a sociedade pode ser comparada à natureza; na vida social reina uma harmonia natural.
* a sociedade é regida por leis naturais, isto é, invariáveis e independentes da vontade e ação humanas.
Implicações ideológicas conservadoras são evidentes nesta concepção. Sendo as leis sociais leis naturais, a sociedade não pode ser transformada; suplantando sonhos revolucionários e utopias; o positivismo enaltece a aceitação passiva do ambiente social. A palavra “positivo” é empregada por Comte para opor-se às teorias negativas, críticas e subversivas da [[Revolução Francesa]] e do [[socialismo]].
[[Durkheim]] tornar-se-á mestre na sociologia positivista moderna. Seu naturalismo sociológico é de origem comtiana. Explica o sistema social como um organismo animal, no qual cada conjunto de órgãos possui uma função, sendo privilegiado ou não sobre os outros sistemas (classes sociais) por direito. Funde esta analogia “organicista” com o modelo social-darwinista da sobrevivência dos mais aptos. “Se nada entrava ou favorece indevidamente os concorrentes, é inevitável que somente os mais aptos obtenham êxito”. O teórico defende ainda uma sociologia que abandone conflitos ideológicos, paixões e preconceitos, afastando assim qualquer forma de pré-noção, crendo que preconceitos e ideologias podem ser removidos voluntariamente em benefício da objetividade pura.
[[Max Weber]] também foi influenciado pela idéia de eliminação de “pré-noções”. Declarava ser a sociologia campo para pensamento contemplativo e não fixação de julgamentos de valor. Todavia reconhece o valor do observador e aceita que as escolhas de <br>método e assunto da problemática, em detrimento de outras, geram seleção parcial. Weber constitui um meio termo entre o positivismo e o marxismo.
Também [[Karl Mannhein]] surge com idéias difusas dos extremos positivista e [[marxismo|marxista]]. Reconhece que a posição social do observador condiciona sua perspectiva, logo, para evitar unilateralidade, sugere a união de diferentes pontos de vista sociais para sintetizar um todo. Realizariam esta fusão integrantes da esfera universitária, segundo ele: “a inteligência sem vínculos".
Mannheim interpreta as teorias marxistas leninistas como partidárias, uma vez que seus processos ideológicos sempre foram aplicados contra seus inimigos e não a favor do proletariado. [[Karl Marx]] defendia a unilateralidade proletária; já [[Lênin]] baseava-se na idéia de que numa sociedade de luta de classe é impossível haver a imparcialidade do positivismo. Lênin entendia o marxismo como uma ciência revolucionária do proletariado, visando os interesses históricos daquela classe social e não o ponto de vista da consciência empírica dos proletários.
[[Leonard Bernstein|Bernstein]] e [[Kautsky]] viriam a negar a relação entre marxismo e proletariado baseados em idéias positivistas: o primeiro, condenando o caráter partidário do marxismo; o segundo, criticando o tom tendencioso dos escritos de Marx. Para Kautsky o materialismo histórico nada tinha a ver com o proletariado.
No [[stalinismo]] surge a instrumentalização, termo que designa o uso da burocracia e falsificações por parte do estado "socialista" no poder para ocultar do povo e do próprio partido a defasagem entre os ideais e as conquistas. Tem-se aí um positivismo ao contrário: enquanto aquele pretendia afastar o potencial histórico e subjetivo da ciência social, o stalinismo-lyssenkismo quer ideologizá-las, criando biologias proletárias, fábricas proletárias, etc.
a década de 1960, [[Louis Althusser]], opõe-se à divisão bipolar “proletariado x burguesia” no âmbito das ciências. Althusser inisste na autonomia relativa das ciências em relação ao conflito entre classes e nega a possibilidade de existir uma ciÊncia "proletária".
O [[relativismo]] nega a existência em fatos de uma verdade objetiva: o que haveria são diversas versões sociais da verdade. Do ponto de vista proletário a historicidade do capitalismo e suas leis torna-se visível, pois é o grupo social interessado em revolucionar e não em acobertar. Todavia a classe dominante pode também ter noções mais realistas, não prejudicadas pela gana da revolução. Por isso, para obter uma visão mais completa e global, Mannheim sustenta a “síntese das perspectivas” tendo cada classe sua verdade relativa e parcial.
O teórico [[Schaff]] compara a burguesia revolucionária antifeudal com o proletariado. Para ele os revoltosos do passado queriam acabar com a sociedade antifeudal para explorá-la, por isso ocultavam suas reais ideologias. Já o proletariado atual lutaria contra qualquer forma de exploração social, não havendo necessidade de esconder seus intuitos. Também, no passado, lutou-se através da mistificação, sem conhecimento histórico da classe revolucionária burguesa; enquanto no presente o proletariado necessitaria alcançar a objetividade do conhecimento para compor seu socialismo de forma consistente, representando a dominação consciente e racional do homem sobre sua vida social.
Schaff vê o marxismo como horizonte científico de nossa época, que só poderá ser efetivamente aperfeiçoado a partir dos defeitos existentes após total implantação, superestimando o proletariado ao ignorar que dentro dele haverá erros, assim como nas outras classes haverá acertos. O ponto de vista proletário não é suficiente para uma verdade objetiva; é sim, o que oferece maior possibilidade de acerto, visto que a classe revolucionária usa verdades para lutar e ascender, enquanto a classe dominante usa mentiras para se manter no poder.


== Ver também ==
== Ver também ==
Linha 64: Linha 32:
== Páginas externas ==
== Páginas externas ==
*[http://www.igrejapositivistadobrasil.org.br IGREJA POSITIVISTA DO BRASIL]
*[http://www.igrejapositivistadobrasil.org.br IGREJA POSITIVISTA DO BRASIL]


[[Categoria:Filosofia]]
[[Categoria:Filosofia]]

Edição das 20h13min de 14 de fevereiro de 2006

O positivismo foi uma corrente filosófica cujo mentor e iniciador principal foi Auguste Comte, no século XIX. Apareceu como reacção ao idealismo, opondo ao primado da razão, o primado da experiência sensível (e dos dados positivos). Propõe a idéia de uma ciência sem teologia ou metafísica, baseada apenas no mundo físico/material.

Uma forma mais recente do positivismo foi aquela proposta pelo Círculo de Viena.

O antropólogo estrutural Edmund Leach descreveu o positivismo em 1966 na aula Henry Myers da seguinte forma:

"Positivismo é visão de que o inquérito científico sério não deveria procurar causas últimas que derivem de alguma fonte externa mas sim confinar-se ao estudo de relações existentes entre factos que são directamente acessíveis pela observação."


Teoria de Augusto Comte

Augusto Comte considera o Positivismo como a fase final do entendimento Humano.

O Positivismo tem por base teórica a experimentação, somente dela o investigador deve ater-se, ou seja, toda especulação acrítica, toda metafísica e toda teologia devem ser descartadas.

Na elaboração da filosofia positiva, o primeiro passo de Comte, foi a classificação das ciências que, segundo ele, já haviam alcançado a positividade. São elas: a matemática, a astronomia, a física, a química, a biologia e a sociologia, (esta última que estava sendo formulada por Comte). Mais tarde, Comte acrescentou a moral. Esta série não representava todo conhecimento humano, mas sim todas as ciências puras. A ordenação e a classificação das ciências era o objetivo básico da filosofia positiva.

A doutrina de Comte, baseada na lei dos três estados ou etapas do desenvolvimento intelectual da humanidade, compreende que no primeiro estágio a humanidade é regida por abstrações, como teologia e metafísica. No segundo estágio, a humanidade já faz uso da ciência, mas não se libertou totalmente das abstrações encontradas no primeiro, portanto, o segundo estágio serve apenas de intermediário entre o primeiro e o último. Finalmente, no terceiro estágio, o estágio positivo, a ciência já está totalmente desenvolvida, neste estágio não se pretende apenas achar as causas dos fenómenos, mas descobrir as leis que os regem.

O Positivismo no Brasil

O positivismo teve influência fundamental nos eventos que levaram à Proclamação da República no Brasil, sendo uma das principais matérias estudadas no Colégio Militar. A cúpula do Exército, responsável direta pelo fim da monarquia, era predominante positivista, destacando-se o General Benjamim Constant.

A conformação atual da bandeira do Brasil é um reflexo dessa influência na política nacional, onde se lê o lema positivista Ordem e progresso (surgido da expressão Amor por base, ordem por princípio e progresso por fim).

Ver também

Páginas externas

ar:وضعية ca:Positivisme cs:Pozitivismus da:Positivisme de:Positivismus en:Sociological_positivism eo:Pozitivismo es:Positivismo fi:Positivismi fr:Positivisme gl:Positivismo he:פוזיטיביזם hu:Pozitivizmus it:Positivismo ja:実証主義 lt:Pozityvizmas nl:Positivisme pl:Pozytywizm ru:Позитивизм sk:Pozitivizmus sv:Positivism tr:Pozitivizm uk:Позитивізм

talvez você goste