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Os portugueses sempre foram uma minoria em Macau. No ano [[1563]] Macau tinha cinco mil habitantes, dos que 4100 eram chineses e 900 portugueses. Agora, os | Os portugueses sempre foram uma minoria em Macau. No ano [[1563]] Macau tinha cinco mil habitantes, dos que 4100 eram chineses e 900 portugueses. Agora, os números são muito mais altos, e a percentagem dos portugueses é ainda mais baixa. Dos 450 mil habitantes de Macau, uns 96% são chineses, a maioria dos outros são de origem portuguesa. | ||
As línguas oficiais são o [[português]] e o [[cantonês]], claro que só uma percentagem muito reduzida fala português. Os de origem portuguesa (na maioria dos casos têm antepassados chineses também) que moram em Macau | As línguas oficiais são o [[português]] e o [[cantonês]], claro que só uma percentagem muito reduzida fala português. Os de origem portuguesa (na maioria dos casos têm antepassados chineses também) que moram em Macau chamam-se [[Macaenses]] ou "filhos da terra". Os Macaenses têm a sua própria língua, patuá ou [[macaense]], que é uma [[língua crioula]] baseada em português, com influência de cantonês, [[malaio]] e muitas outras línguas. | ||
Macau tem várias [[religião|religiões]]. A metade | Macau tem várias [[religião|religiões]]. A metade da população são [[budismo|budistas]], 15% [[catolicismo|católicos]]. Os portugueses expediram muitos [[missionário]]s a Macau, entre outras, a pessoa ocidental mais famosa na China, [[Matteo Ricci]]. Mas também a [[arte chinesa|arte]], a [[literatura chinesa|literatura]] clássica, a [[medicina chinesa|medicina]] e [[filosofia chinesa]] vinham à Europa via Macau. | ||
A [[comida]] de Macau também é uma mistura de culturas. Uma das delícias da gastronomia do Sul da China é o [[dim sum]] (点心 (diǎnxīn em [[Mandarim]])) que é uma mistura riquíssima de pequenos pratos diferentes. A culinária dos macaenses nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais. Evidentemente, as suas próprias tradições culinárias influiram | A [[comida]] de Macau também é uma mistura de culturas. Uma das delícias da gastronomia do Sul da China é o [[dim sum]] (点心 (diǎnxīn em [[Mandarim]])) que é uma mistura riquíssima de pequenos pratos diferentes. A culinária dos macaenses nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais. Evidentemente, as suas próprias tradições culinárias influiram nestas comidas. [[Lacassá]], de talharins e porco afumado, [[arroz gordo]], [[pato cabidela]], sopa de barbatana de tubarão, carne de porco doce e frango frito são comidas populares. | ||
Depois de Hong Kong ter substituído Macau como porto de comércio ocidental na China, a economia de Macau tem dependido de quatro pilares: [[turismo]] e dos jogos de risco nos [[casino]]s, processamento de têxteis, transacções bancárias e construção. Nos anos 90 a criminalidade violenta era um risco sério para o turismo, porque a cidade estava mais ou menos sob o controlo dos [[tríad]]es ou criminosos organizados. | Depois de Hong Kong ter substituído Macau como porto de comércio ocidental na China, a economia de Macau tem dependido de quatro pilares: [[turismo]] e dos jogos de risco nos [[casino]]s, processamento de têxteis, transacções bancárias e construção. Nos anos 90 a criminalidade violenta era um risco sério para o turismo, porque a cidade estava mais ou menos sob o controlo dos [[tríad]]es ou criminosos organizados. |
Edição das 00h35min de 27 de novembro de 2004
Macau (chinês: 澳門; pinyin: Àomén) é uma zona administrativa especial da República Popular da China. Foi administrada por Portugal até 20 de Dezembro de 1999. É constituída por uma península e duas ilhas (Taipa e Coloane), numa superfície total de 17 km². Tem cerca de 450 000 habitantes.
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Lema nacional: Não tem | |||||
Línguas oficiais | Chinês e Português | ||||
Chefe do executivo | Edmund Ho Hau-wah | ||||
Área - Total - % água |
25.4 km² 0% | ||||
População - Total (2002) - Densidade |
461,833
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Establecemiento | Transição por Portugal a China | ||||
PIB
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Moeda | Pataca (MOP) | ||||
Zona horária | UTC +8 (AWST) | ||||
TLD (Internet) | .MO | ||||
Cód. telefónico | 853 |
Economia
A moeda usada em Macau é a Pataca. A economia está em grande parte baseada no turismo (em 2000, mais de 8 milhões de turistas chegaram a Macau) e na produção de têxteis e de fogos de artifício.
História de Macau
Em 1550, sob o pretexto de secar a sua carga, os portugueses construíram uns prédios em Macau. A colónia permanente foi fundada em 1557, e tinha um valor imenso, especialmente quando as autoridades da China proibiram o comércio directo com o Japão por mais de cem anos, ao mesmo tempo os portugueses ganharam o monopólio nesse comércio. Naturalmente, Macau era um porto importante no comércio entre a Europa, a China e o Japão, também. Portugal pagava aluguer de Macau à China entre 1573 e 1845. A importância do porto de Macau foi reduzida na primeira guerra de ópio em 1841 quando Hong Kong se tornou no porto ocidental mais importante na China. A ilha de Taipa foi ocupado pelos portugueses em 1851, mas o governo da China só reconheceu a ocupação de Macau em 1887. A pataca, a moeda local de Macau, foi lançada pelo Banco Nacional Ultramarino em 1905. A sua cotação equivale à cotação do dólar de Hong Kong. A população de Macau aumentou muito durante a Segunda Guerra Mundial porque muitas pessoas fugiram a ocupação japonesa de Guangzhou (Cantão) e de Hong Kong a Macau, visto que o Japão respeitava a neutralidade de Portugal na guerra.
Depois da Revolução dos Cravos em 1974, Portugal alterou o estatuto de Macau para “um território chinês sob administração portuguesa”. Propuseram neste tempo a devolução de Macau a China, mas os chineses queriam resolver a situação de Hong Kong antes de Macau. O contrato da devolução de Macau à China foi afirmado no ano 1987, e em 20 de Dezembro de 1999 a região administrativa especial de Macau foi fundada, com o sistema chinês de “um país, dois sistemas”. Este sistema garante que Macau pode continuar com o seu sistema de governo com muita autonomia, só as relações exteriores e a defesa são controladas pelos chineses.
Geografia
Macau está situado no sudeste da China, na província Guangdong, à desembocadura do Rio das Pérolas. Fica só as 65 quilômetros de Hong Kong doutro lado da desembocadura, havendo barcos de ligação frequentes entre as cidades. De aerobarco a viagem só leva uma hora. As outras cidades importantes da área são Guangzhou, a capital de Guangdong com 7 milhões pessoas e Shenzhen, uma cidade nova e enérgica. Shenzhen é uma região econômica especial e uma das cidades mais ricas da China, agora com uns 4 milhões de habitantes.
O clima de Macau é subtropical. A temperatura média anual é de 22 °C, em Verão mais de 30 °C e em Inverno 15 °C. A chuva é mais frequente entre Julho e Setembro. As monções causam mudanças no clima.
Macau consiste duma península e das ilhas de Taipa e Coloane. A área total é de 23,5 quilômetros quadrados, a península é de 9 km². A península é o centro político, económico, cultural e de transporte de Macau. 94% da população e quase toda a indústria ficam na península. A península tem topografia variável com muitas colinas.
Demografia
Os portugueses sempre foram uma minoria em Macau. No ano 1563 Macau tinha cinco mil habitantes, dos que 4100 eram chineses e 900 portugueses. Agora, os números são muito mais altos, e a percentagem dos portugueses é ainda mais baixa. Dos 450 mil habitantes de Macau, uns 96% são chineses, a maioria dos outros são de origem portuguesa.
As línguas oficiais são o português e o cantonês, claro que só uma percentagem muito reduzida fala português. Os de origem portuguesa (na maioria dos casos têm antepassados chineses também) que moram em Macau chamam-se Macaenses ou "filhos da terra". Os Macaenses têm a sua própria língua, patuá ou macaense, que é uma língua crioula baseada em português, com influência de cantonês, malaio e muitas outras línguas.
Macau tem várias religiões. A metade da população são budistas, 15% católicos. Os portugueses expediram muitos missionários a Macau, entre outras, a pessoa ocidental mais famosa na China, Matteo Ricci. Mas também a arte, a literatura clássica, a medicina e filosofia chinesa vinham à Europa via Macau.
A comida de Macau também é uma mistura de culturas. Uma das delícias da gastronomia do Sul da China é o dim sum (点心 (diǎnxīn em Mandarim)) que é uma mistura riquíssima de pequenos pratos diferentes. A culinária dos macaenses nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais. Evidentemente, as suas próprias tradições culinárias influiram nestas comidas. Lacassá, de talharins e porco afumado, arroz gordo, pato cabidela, sopa de barbatana de tubarão, carne de porco doce e frango frito são comidas populares.
Depois de Hong Kong ter substituído Macau como porto de comércio ocidental na China, a economia de Macau tem dependido de quatro pilares: turismo e dos jogos de risco nos casinos, processamento de têxteis, transacções bancárias e construção. Nos anos 90 a criminalidade violenta era um risco sério para o turismo, porque a cidade estava mais ou menos sob o controlo dos tríades ou criminosos organizados.
A transição de Macau
A transição de Macau para China foi diferente que a transição de Hong Kong. Primeiro, foi dois anos mais tarde, e as pessoas podiam ver que nada perigoso passou em Hong Kong. Também a situação era um pouco diferente, Macau não tinha tanta democracia que Hong Kong e a criminalidade era um problema muito grave. Em Macau, a decisão de a China colocar tropas em Macau era bem-vinda, embora o exército da China não se intrometa nas questões interiores. Depois da transição, a criminalidade violenta desceu 70% no ano 2000 e 45% mais no ano 2001. Isso teve um efeito muito positivo no turismo.
Mas a transição tinha alguns lados negativos também. Os macaenses, em geral, eram bilingues com português e cantonês (ao lado de patuá). Por isso, trabalhavam na administração, porque as leis estavam escritas em português e deviam ser traduzidas para o cantonês. Os macaenses traduziam as leis para os secretários chineses que as escreviam em chinês. Mas agora, a maioria das leis estão escritas em chinês e os macaenses, apesar de dominarem o cantonês falado, não sabem ler ou escrever chinês.
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