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Sancho II de Portugal: mudanças entre as edições

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'''D. Sancho II''' (cognominado ''O Capelo'' por haver usado um enquanto criança; alternativamente, é também conhecido como ''O Pio'' ou ''O Piedoso''), quarto [[Lista de Reis de Portugal|rei de Portugal]], nasceu em [[Coimbra]] a [[8 de Setembro]] [[1207]], filho do rei [[Afonso II de Portugal]] e de sua rainha Urraca de Castela. Sancho subiu ao trono em [[1233]] e foi sucedido pelo irmão [[Afonso III de Portugal|Afonso III]] em [[1248]] (embora tenha abdicado em [[1247]], só após a sua morte Afonso se declarou rei).  
'''D. Sancho II''' (cognominado ''O Capelo'' por haver usado um enquanto criança; alternativamente, é também conhecido como ''O Pio'' ou ''O Piedoso''), quarto [[Lista de Reis de Portugal|rei de Portugal]], nasceu em [[Coimbra]] a [[8 de Setembro]] [[1207]], filho do rei [[Afonso II de Portugal]] e de sua rainha Urraca de Castela. Sancho subiu ao trono em [[1233]] e foi sucedido pelo irmão [[Afonso III de Portugal|Afonso III]] em [[1248]] (embora tenha abdicado em [[1247]], só após a sua morte Afonso se declarou rei).  


Por altura da sua coroação, [[Portugal]] encontrava-se envolvido num sério conflito diplomático com a [[Igreja Católica]]. Seu pai, o rei Afonso II, havia sido excomungado pelo [[Papa Honório III]], pelas suas tentativas de reduzir o poder da Igreja dentro do país. Sancho II assinou um tratado de 10 pontos com o Papa, mas não fez muita questão em passá-lo à práctica, dando mais atenção à [[Reconquista]] da Península Ibérica. Sancho II conquistou várias cidades no [[Algarve]] e no [[Alentejo]].
Por altura da sua coroação, [[Portugal]] encontrava-se envolvido num sério conflito diplomático com a [[Igreja Católica]]. Seu pai, o rei Afonso II, havia sido excomungado pelo [[Papa Honório III]], pelas suas tentativas de reduzir o poder da Igreja dentro do país. Sancho II assinou um tratado de 10 pontos com o Papa, mas não fez muita questão em passá-lo à prática, dando mais atenção à [[Reconquista]] da Península Ibérica. Sancho II conquistou várias cidades no [[Algarve]] e no [[Alentejo]].


Sancho II provou ser um general capaz e eficiente, mas no campo admistrativo mostrou-se menos dotado. O rei manteve-se sobretudo interessado pelo lado militar do seu reinado e assim abriu o flanco para disputas internas e intrigas da nobreza. Com a situação da Igreja bastante comprometida, o Arcebispo do [[Porto]] fez uma queixa formal ao Papa, que no [[século XIII]] detinha poder de colocar e retirar coroas conforme os seus interesses. O [[Papa Inocêncio IV]] excomungou Sancho II e editou uma bula onde ordenava aos Portugueses que escolhessem um novo rei para substituir o herético. Em 1246, o irmão mais novo de Sancho [[Afonso III de Portugal|Afonso]], então a viver em [[França]] como Conde de [[Bolonha]], foi convidado a ocupar o trono real. Afonso abdicou imediatamente das suas terras Francesas e marchou sobre Portugal. Sancho II foi forçado a abdicar em [[1247]] e exilou-se em [[Toledo]] onde morreu a [[4 de Janeiro]] de [[1248]].
Sancho II provou ser um general capaz e eficiente, mas no campo admistrativo mostrou-se menos dotado. O rei manteve-se sobretudo interessado pelo lado militar do seu reinado e assim abriu o flanco para disputas internas e intrigas da nobreza. Com a situação da Igreja bastante comprometida, o Arcebispo do [[Porto]] fez uma queixa formal ao Papa, que no [[século XIII]] detinha poder de colocar e retirar coroas conforme os seus interesses. No [[concílio de Lyon]] ([[1245]]), o [[Papa Inocêncio IV]], através da bula ''Inter alia desiderabilia'' excomungou e depôs Sancho II, considerando-o «''rex innutilis''» (ou seja, que não sabia administrar a justiça no seu reino), tendo ordenado aos Portugueses que escolhessem um novo rei para substituir o herege. Em [[1246]], o irmão mais novo de Sancho [[Afonso III de Portugal|Afonso]], então a viver em [[França]] como Conde de [[Bolonha]], foi convidado a ocupar o trono real. Afonso abdicou imediatamente das suas terras Francesas e marchou sobre Portugal. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o seu irmão, a pressão da Santa Sé levou Sancho II a abdicar em [[1247]] e a exilar-se em [[Toledo]] onde morreu a [[4 de Janeiro]] de [[1248]].
 
== Descendência ==
Sancho parece ter sido consorciado (segundo a historiografia tradicional, nunca casado) com uma nobre [[Biscaia|biscaínha]], [[Mécia Lopes de Haro]], da qual não gerou filho algum (de resto, a historiografia esforçou-se por afirmar que o rei era inapto não apenas para o exercício do governo, como também do ponto de vista físico, dizendo ser [[impotência|impotente]]). Por não haver gerado filho legítimo algum que lhe sucedesse, a coroa acabou necessariamente por recair num colateral - neste caso seu irmão mais novo [[Afonso III de Portugal|Afonso III]].


=={{Ver também}}==
=={{Ver também}}==

Edição das 11h19min de 5 de junho de 2005

Sancho II, rei de Portugal

D. Sancho II (cognominado O Capelo por haver usado um enquanto criança; alternativamente, é também conhecido como O Pio ou O Piedoso), quarto rei de Portugal, nasceu em Coimbra a 8 de Setembro 1207, filho do rei Afonso II de Portugal e de sua rainha Urraca de Castela. Sancho subiu ao trono em 1233 e foi sucedido pelo irmão Afonso III em 1248 (embora tenha abdicado em 1247, só após a sua morte Afonso se declarou rei).

Por altura da sua coroação, Portugal encontrava-se envolvido num sério conflito diplomático com a Igreja Católica. Seu pai, o rei Afonso II, havia sido excomungado pelo Papa Honório III, pelas suas tentativas de reduzir o poder da Igreja dentro do país. Sancho II assinou um tratado de 10 pontos com o Papa, mas não fez muita questão em passá-lo à prática, dando mais atenção à Reconquista da Península Ibérica. Sancho II conquistou várias cidades no Algarve e no Alentejo.

Sancho II provou ser um general capaz e eficiente, mas no campo admistrativo mostrou-se menos dotado. O rei manteve-se sobretudo interessado pelo lado militar do seu reinado e assim abriu o flanco para disputas internas e intrigas da nobreza. Com a situação da Igreja bastante comprometida, o Arcebispo do Porto fez uma queixa formal ao Papa, que no século XIII detinha poder de colocar e retirar coroas conforme os seus interesses. No concílio de Lyon (1245), o Papa Inocêncio IV, através da bula Inter alia desiderabilia excomungou e depôs Sancho II, considerando-o «rex innutilis» (ou seja, que não sabia administrar a justiça no seu reino), tendo ordenado aos Portugueses que escolhessem um novo rei para substituir o herege. Em 1246, o irmão mais novo de Sancho Afonso, então a viver em França como Conde de Bolonha, foi convidado a ocupar o trono real. Afonso abdicou imediatamente das suas terras Francesas e marchou sobre Portugal. Apesar de não ter perdido nenhuma das batalhas contra o seu irmão, a pressão da Santa Sé levou Sancho II a abdicar em 1247 e a exilar-se em Toledo onde morreu a 4 de Janeiro de 1248.

Descendência

Sancho parece ter sido consorciado (segundo a historiografia tradicional, nunca casado) com uma nobre biscaínha, Mécia Lopes de Haro, da qual não gerou filho algum (de resto, a historiografia esforçou-se por afirmar que o rei era inapto não apenas para o exercício do governo, como também do ponto de vista físico, dizendo ser impotente). Por não haver gerado filho legítimo algum que lhe sucedesse, a coroa acabou necessariamente por recair num colateral - neste caso seu irmão mais novo Afonso III.

Ver também

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de:Sancho II. (Portugal) en:Sancho II of Portugal fr:Sanche II de Portugal pl:Sancho II ru:Саншу II

Precedido por
Afonso II
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Sucedido por
Afonso III

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