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Edição das 23h52min de 24 de março de 2004
Localização de Coimbra
Coimbra é uma cidade portuguesa, capital do Distrito de Coimbra, situada na região Centro e subregião do Baixo Mondego, com cerca de 106 800 habitantes. A pouco mais de 200km de Lisboa e a 100km do Porto, é banhada pelo rio Mondego. Foi capital nacional da cultura em 2003.
É sede de um município com 316,83 km² de área e 148 474 habitantes (2001), subdividido em 31 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Mealhada, a leste por Penacova, Vila Nova de Poiares e Miranda do Corvo, a sul por Condeixa-a-Nova, a oeste por Montemor-o-Velho e a noroeste por Cantanhede.
As freguesias de Coimbra são as seguintes:
- Almalaguês
- Almedina (Coimbra)
- Ameal
- Antanhol
- Antuzede (Coimbra)
- Arzila
- Assafarge
- Botão
- Brasfemes
- Castelo Viegas
- Ceira
- Cernache
- Eiras (Coimbra)
- Lamarosa
- Ribeira de Frades
- Santa Clara (Coimbra)
- Santa Cruz (Coimbra)
- Santo António dos Olivais (Coimbra)
- São Bartolomeu (Coimbra)
- São João do Campo
- São Martinho de Árvore
- São Martinho do Bispo (Coimbra)
- São Paulo de Frades (Coimbra)
- São Silvestre
- Sé Nova (Coimbra)
- Souselas
- Taveiro
- Torre de Vilela
- Torres do Mondego (Coimbra)
- Trouxemil (Coimbra)
- Vil de Matos
História
Cidade de ruas estreitas, pátios, escadinhas e arcos medievais, Coimbra foi berço de nascimento de seis reis portugueses e da primeira universidade do país e uma das mais antigas da Europa.
Os Romanos chamaram à cidade, que se erguia pela colina sobre o rio Mondego, Aimenium. Mais tarde, com o aumento da sua importância passou a ser designada por Conímbriga. Em 711 os mouros chegaram à Península Ibérica, e Coimbra não foi esquecida. Torna-se, então, um importante entreposto comercial entre o norte cristão e o sul árabe, com uma forte comunidade moçárabe. Em 1064 a cidade é definitivamente reconquistada por Fernando Magno de Leão.
Coimbra renasce e torna-se a cidade mais importante abaixo do rio Douro, capital de um vasto condado governado pelo moçárabe Sesnado. Com o Condado Portucalense, o conde D. Henrique e a rainha D. Teresa fazem dela a sua residência, e viria a ser na segurança das suas muralhas que iria nascer o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques, que faz dela a capital do condado, substituindo Guimarães. Qualidade que Coimbra conserva até 1260, quando a capital passa a ser Lisboa.
No século XII, Coimbra apresentava já uma estrutura urbana, dividida entre a cidade alta, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e, mais tarde, os estudantes, e a Baixa, do comércio, do artesanto e dos bairros ribeirinhos.
Desde meados do século XVI que a história da cidade passa a girar em torno à história da Universidade de Coimbra, sendo apenas já no século XIX que a cidade se começa a expandir para além do seu casco muralhado, que chega mesmo a desaparecer com a reformas levadas a cabo pelo Marquês de Pombal.
A primeira metade do século XIX traz tempos difíceis para Coimbra, com a ocupação da cidade pelas tropas de Junot Massena, durante a invasão francesa, e, posteriormente, a extinção das ordens religiosas. No entanto, na segunda metade de oitocentos, a cidade viria a recuperar o esplendor perdido – em 1856 surge o primeiro telégrafo eléctrico na cidade e a iluminação a gás, em 1864 é inaugurado o caminho-de-ferro e 11 anos depois nasce a ponte férrea sobre as águas do rio Mondego.