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Winston Churchill: mudanças entre as edições

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No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na [[Câmara dos Comuns]], por uma violenta crítica ao [[nazismo]] [[Alemanha|alemão]], rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que o [[Reino Unido]] não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser eleito [[primeiro-ministro]] nove meses após a [[invasão da Polônia]] por [[Hitler]] em setembro de [[1939]] e consequente [[declaração de guerra]] à [[Alemanha Nazi|Alemanha]] pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a [[Polônia]].
No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na [[Câmara dos Comuns]], por uma violenta crítica ao [[nazismo]] [[Alemanha|alemão]], rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que o [[Reino Unido]] não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser eleito [[primeiro-ministro]] nove meses após a [[invasão da Polônia]] por [[Hitler]] em setembro de [[1939]] e consequente [[declaração de guerra]] à [[Alemanha Nazi|Alemanha]] pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a [[Polônia]].
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Edição das 20h09min de 10 de março de 2018

Disambig grey.svg Nota: "Churchill" redireciona para este artigo. Para o neto, veja Winston Churchill (1940–2010). Para outros significados, veja Churchill (desambiguação).
O Muito Honorável
Sir Winston Churchill Medalha Nobel
KG OM CH TD DL FRS RA
Primeiro-Ministro do Reino Unido
Período 26 de outubro de 1951
a 6 de abril de 1955
Monarcas Jorge VI (1951–1952)
Isabel II (1952–1955)
Antecessor(a) Clement Attlee
Sucessor(a) Anthony Eden
Período 10 de maio de 1940
a 26 de julho de 1945
Monarca Jorge VI
Antecessor(a) Neville Chamberlain
Sucessor(a) Clement Attlee
Ministro da Defesa
Período 28 de outubro de 1951
a 1 de março de 1952
Monarcas Jorge VI (1951–1952)
Isabel II (1952)
Antecessor(a) Manny Shinwell
Sucessor(a) O Conde Alexander de Tunis
Período 10 de maio de 1940
a 26 de julho de 1945
Monarca Jorge VI
Antecessor(a) O Barão Chatfield
Sucessor(a) Clement Attlee
Chanceler do Tesouro
Período 6 de novembro de 1924
a 4 de junho de 1929
Monarca Jorge V
Antecessor(a) Philip Snowden
Sucessor(a) Philip Snowden
Secretário de Estado para as Colônias
Período 13 de fevereiro de 1921
a 19 de outubro de 1922
Monarca Jorge V
Antecessor(a) O Visconde Milner
Sucessor(a) O Duque de Devonshire
Dados pessoais
Nome completo Winston Leonard Spencer-Churchill
Nascimento 30 de novembro de 1874[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Woodstock, Oxfordshire,
Reino Unido
Morte 24 de janeiro de 1965 (90 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Londres, Reino Unido
Progenitores Mãe: Jeanette Jerome
Pai: Randolph Churchill
Alma mater Harrow School
Royal Military College, Sandhurst
Prêmio(s) Nobel de Literatura (1953)
Esposa Clementine Hozier (1908–1965)
Partido Conservador (1900–04, 1924–64)
Liberal (1904–24)
Religião Anglicanismo
Profissão jornalista, historiador, escritor, pintor, militar e político
Assinatura Assinatura de Winston Churchill
Serviço militar
Serviço/ramo Exército Britânico
Anos de serviço 1895–1900, 1902–1924
Graduação Tenente-Coronel
Conflitos Segunda Guerra dos Bôeres
Primeira Guerra Mundial

Winston Leonard Spencer-Churchill KG OM CH TD DL FRS RA (Woodstock, 30 de novembro de 1874Londres, 24 de janeiro de 1965) foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente por sua atuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi primeiro-ministro britânico por duas vezes (1940-45 e 1951-55). Orador e estadista notável, ele também foi oficial no Exército Britânico, historiador, escritor e artista. Ele é o único primeiro-ministro britânico a ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura e a cidadania honorária dos Estados Unidos.

Durante sua carreira no exército, Churchill pôde assistir à ação militar na Índia britânica, no Sudão e na Segunda Guerra dos Bôeres (1899-1902). Ganhou fama e notoriedade como correspondente de guerra através dos livros que escreveu descrevendo as campanhas militares. Ele serviu brevemente no Exército britânico na Frente Ocidental, durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), comandando o 6º Batalhão dos Fuzileiros Reais Escoceses.

Churchill nasceu em uma família da nobreza britânica, da família do duque de Marlborough. Seu pai, Lorde Randolph Churchill, foi um carismático político, tendo servido como ministro da Fazenda do Reino Unido. Antes de alcançar o cargo de primeiro-ministro britânico, Churchill esteve em cargos proeminentes na política do Reino Unido por quatro décadas. Notavelmente sua eleição para o parlamento em 1900; sua ascensão a secretário para os Assuntos Internos em 1910; e sua estadia no Ministério da Fazenda do Reino Unido entre 1924 e 1929. Em 2002 foi eleito pela BBC o maior britânico de todos os tempos.

Infância

Churchill, aos sete anos, em 1881

Nascido na aristocrática família do Duque de Marlborough, ramo da família Spencer,[1] adota o nome Churchill como tradição originada por seu tetravô George Spencer-Churchill, 5.º Duque de Marlborough, que usava o nome em sua vida publica,[2] para salientar a relação com o general John Churchill, 1.° Duque de Marlborough.[3] Seu pai, Lorde Randolph Churchill, foi um político de sucesso, tendo servido o Partido Conservador como ministro da Fazenda do Reino Unido em 1886. Sua mãe, Jennie Jerome, foi uma socialite norte-americana, filha do financista Leonard Jerome, que detinha uma fortuna multimilionária. Churchill nasceu no Palácio de Blenheim aos 30 de novembro de 1874.[4][5] Dos dois aos seis anos de idade viveu em Dublin aonde seu avô havia sido indicado como Vice-Rei da Irlanda e empregado seu pai como secretário pessoal. Especula-se que Winston pode ter desenvolvido sua fascinação por assuntos militares a partir de sua convivência e observação de paradas militares passando pelo Áras an Uachtaráin (então Pavilhão do Vice-Rei),[6][7] muito embora o próprio Churchill relacione a fascinação com a sua coleção de mil soldadinhos de chumbo, seu brinquedo preferido durante a infância. [8]

Churchill definiu a época de colégio como "os anos mais desagradáveis e os únicos estéreis de sua vida".[9] Durante esse período ele não se destacara em nenhuma matéria, salvo em esgrima, na qual venceu alguns campeonatos colegiais. Churchill narra que "todos seus companheiros, até os mais moços, pareciam, sob todos os pontos de vista, superiores nos esportes e nos estudos". [10]

Churchill teve ainda enormes dificuldades em aprender o idioma Latim durante toda a sua mocidade. Por conta do seu desinteresse e de sua dificuldade com a matéria - então obrigatória nas escolas do Reino Unido - Churchill foi enquadrado entre "os mais atrasados da turma de Harrow School", e por conta disso só poderia aprender inglês. Todos os outros colegas estudaram latim, grego e outras línguas, mas Churchill esgotou a matéria da língua inglesa, fato que colaborou com o Nobel de Literatura que recebera décadas mais tarde. [11]

Dificuldades de fala

Vários autores das décadas de 1920 e 1930, mencionam a dificuldade de fala de Churchill como "grave e agonizante".[12]Seus discursos eram preparados para evitar hesitações e diminuir o efeito de sua dificuldade. A esse respeito Churchill afirmou que sua dificuldade não o atrapalhava.[13]

Vida adulta

Churchill tentou por três vezes entrar na Real Academia Militar de Sandhurst, obtendo sucesso na última. Entrou como cadete de cavalaria, fato que desagradou seu pai, que considerava um descrédito o filho não ter pleiteado a infantaria. [14]

Depois de algumas novelescas aventuras (incluindo sua participação nas Guerras dos Bôeres) foi jornalista e acabou dedicando-se à política. Durante a Primeira Guerra Mundial foi o Primeiro Lord do Almirantado, e portanto principal responsável do desastre da campanha de Galípoli.

A carreira literária de Churchill começou com os relatórios da campanha: A história do Campo de Malakand Force (1898) e A Guerra do Rio (1899), uma conta de campanha no Sudão e na batalha de Omdurman.[15]

Em 1900, ele publicou seu único romance, Savrola e, seis anos depois, sua primeira grande obra, a biografia de seu pai, Lorde Randolph Churchill.[15]

Vida política

Também em 1900, tornou-se um membro do Parlamento,[15] eleito aos vinte e seis anos pelo Partido Conservador. Tendo passado para os liberais, foi subsecretário das colônias em 1905 e membro pleno do Gabinete como ministro do Comércio, três anos mais tarde. Primeiro Lorde do Almirantado na Primeira Guerra Mundial, teve de renunciar depois da desastrada expedição dos Dardanelos. Depois de servir na frente de combate na França, retornou ao governo como ministro do Material Bélico, voltando ao Partido Conservador em seguida e se tornando ministro das Finanças, após a guerra.

No período entre guerras, dedicou-se fundamentalmente à redação de diversos tratados. Notabilizou-se neste período, na Câmara dos Comuns, por uma violenta crítica ao nazismo alemão, rogando diversas vezes ao governo britânico que fossem investidos recursos na militarização, prevendo um possível ataque alemão num futuro próximo e temendo que o Reino Unido não estivesse preparado para resistir. Na ocasião, Churchill foi acusado de belicista, mas muitos estudiosos entendem que o acerto desta previsão foi uma das principais razões que levaram Churchill a ser eleito primeiro-ministro nove meses após a invasão da Polônia por Hitler em setembro de 1939 e consequente declaração de guerra à Alemanha pela Inglaterra em função do tratado de defesa mútua assinado com a Polônia.

Winston Churchill, em "10 Downing Street", exibindo o "V" de vitória.

Em 10 de maio de 1940, Churchill chegou ao cargo de primeiro-ministro britânico,[15] contando 65 anos de idade. Seus discursos memoráveis, conclamando o povo britânico à resistência e sua crescente aproximação com o então presidente americano Franklin Delano Roosevelt, visando a que os Estados Unidos ingressassem definitivamente na guerra, foram essenciais para o êxito dos aliados. O exemplo de Churchill e sua incendiária oratória permitiram-lhe manter a coesão do povo britânico nas horas de prova suprema que significaram os bombardeios sistemáticos da Alemanha sobre Londres e outras cidades do Reino Unido. Devido a estes bombardeios em 20 de julho de 1944, mesmo dia em que Hitler sofreria um grave atentado contra sua vida, Churchill consideraria a possibilidade de utilizar gás venenoso em civis alemães, contrariando as regras internacionais da guerra moderna, sendo fortemente desencorajado pelos generais britânicos, abandonando a ideia ao final.[16] Nessa época, ele comandava a Inglaterra de um prédio de escritórios simples, que não fora projetado para seu conforto, passando as manhãs deitado na cama, tomando banho em um cômodo separado de seu quarto, de forma tal que às vezes oficiais ingleses encontravam-no andando pelo prédio seminu e molhado.[16] A má alimentação de Churchill, que passava o dia fumando charutos e bebendo um coquetel de uísques, apavorava seu médico.[16]

Apesar da vitória na Segunda Guerra Mundial, em 1945 os conservadores de Churchill perderam as eleições para os trabalhistas, liderados por Clement Attlee, que se tornou primeiro-ministro. Em 1951, em razão de vitória por ampla maioria dos conservadores nas eleições daquele ano,[15] Churchill voltou ao cargo de primeiro-ministro; tinha então 76 anos de idade.

Recebeu o Nobel de Literatura de 1953,[17] por suas memórias de guerra (cinco volumes, também disponível nas livrarias em versão condensada, em volume único) e seu trabalho literário e jornalístico, anterior aos tempos de primeiro-ministro. Na ocasião, ele foi saudado como o maior dos ingleses vivos. Foi o primeiro a cunhar o termo "cortina de ferro" para ilustrar a separação entre a Europa comunista e a ocidental.

Em primeiro de março de 1955, Churchill proferiu seu último discurso na Câmara dos Comuns como chefe de governo, intitulado "Jamais desesperar" anunciando a sua renúncia ao mandato de primeiro-ministro, não sem antes alertar o mundo, mais uma vez, para o risco de guerra nuclear. Depois, continuou na Câmara dos Comuns até pouco tempo antes de falecer. Nos últimos anos de vida parlamentar, teve atuação discreta, proferindo discursos apenas ocasionalmente.

Em 21 de junho de 1955 foi inaugurada pela prefeitura de Londres a estátua de Churchill com a presença dele próprio. Em 1963, aos 89 anos, foi homenageado com o título de cidadão honorário dos Estados Unidos pelo então presidente John Kennedy. Não podendo receber a homenagem em Washington em razão de estado de saúde precário, foi representado pelo seu filho Randolph.

Morreu em Hyde Park Gate em Londres, a 24 de Janeiro de 1965. Está sepultado na St Martin's Church, Bladon, Oxfordshire na Inglaterra.[18]

Sepultura, St Martin's Church, Bladon

Ideais

Apesar de a carreira política de Churchill ter sido marcada por posições de destaque no seio do governo britânico em ambas as grandes guerras do século XX, pela análise aos seus discursos verifica-se sempre uma busca pela paz, tendo chamado a Segunda Guerra Mundial de "a guerra desnecessária", defendendo a ideia que os países europeus deveriam ter impedido a Alemanha de recompor suas forças armadas antes da guerra, visando evitá-la. Churchill acreditava que a entrada dos Estados Unidos na guerra era essencial para a derrota do nazismo, criando grandes laços com os Estados Unidos e com o presidente Franklin Roosevelt. Fez com este diversos contatos, entre eles a concepção da Carta do Atlântico em 1941. Apesar de ser incondicionalmente antinazista,[16] Churchill era defensor da higiene racial.[19]

Churchill foi um grande apreciador de Edward Gibbon, de cujo livro A História do Declínio e Queda do Império Romano terá memorizado várias passagens.[carece de fontes?]

Churchill era também um apaixonado pela pintura,[15] tendo escrito um livro sobre pintura[15] e dito que quando morresse, chegado ao céu, iria definitivamente passar os primeiros cem anos da eternidade a pintar.[carece de fontes?] Em 2007 o jornalista Stephen McGinty lançou o livro "Churchill's Cigar", um caso de amor e paz e na guerra, no qual relata uma história encantadora sobre um caso de amor que se consumia diariamente na fumaça. Churchill era um apaixonado por charutos, de preferência cubanos, os quais consumia diariamente.

Produção literária

Churchill foi um escritor prolífico tendo publicado sob o nome literário de Winston S. Churchill. Churchill recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1953 pelos seus inúmeros trabalhos publicados, especialmente a sua obra de seis volumes The Second World War (A Segunda Guerra Mundial). Na cerimónia de entrega, o Nobel foi justificado "pelo seu domínio da descrição histórica e biográfica, bem como pela brilhante oratória na defesa exaltada dos valores humanos"[20]

A primeira obra de Churchill como escritor foi para uma série de cinco artigos sobre a Guerra de Independência Cubana no The Graphic, em 1895, o ano do falecimento do seu pai Lorde Randolph. Durante o resto de sua vida a escrita foi a principal fonte de renda de Churchill. Quase sempre bem pago como um autor, ele escreveu um número estimado de 8 a 10.000.000 palavras em mais de 40 livros, milhares de artigos de jornais e revistas[21]Predefinição:Rp e, pelo menos dois roteiros de cinema.[22]

A confusão com o romancista norte-americano de mesmo nome Churchill e seu contemporâneo, o escritor americano de mesmo nome, ainda são ocasionalmente confundidos como escritores. Os romances do Churchill "americano" são muitas vezes erradamente atribuída ao Churchill "britânico", ou pelo menos listado com obras deste último, especialmente por livreiros. O britânico Churchill escreveu apenas um romance, Savrola, sendo mais conhecido por suas histórias populares.[23]

Churchill, após tomar conhecimento dos livros do Churchill americano, então, muito mais conhecido do que o seu, lhe escreveu sugerindo que ele iria assinar suas próprias obras "Winston S. Churchill", usando o seu nome do meio, "Spencer", para diferenciá-los.[24] Esta sugestão foi aceita em uma carta de resposta.[25]

Estátua de Churchill na Praça do Parlamento em Londres.

O seu primeiro livro publicado foi The Story of the Field Force Malakand.[26] Nesta obra ele detalha a campanha militar britânica na sua antiga província de North-West Frontier Province em 1897, uma zona geográfica que agora faz parte do Paquistão e do Afeganistão.

O segundo livro de Churchill, The River War,[27] descreve a reconquista britânica do Sudão. Foi escrita em 1899, quando ele ainda era um oficial do exército britânico. O livro fornece uma história do envolvimento britânico no Sudão e do conflito entre as forças britânicas lideradas por Lorde Kitchener e os jihadistas islâmicos liderados por um auto-proclamado segundo profeta do Islão Muhammad Ahmad que tinha iniciado uma campanha para conquistar o Egipto, expulsar os infiéis não muçulmanos e abrir caminho para para a segunda vinda do Profeta. Churchill esteve presente presente na Guerra Mahdista, que é descrita no livro.

O romance Savrola, escrito antes e após a campanha Malakand, é a única obra de ficção de Churchill. É um trabalho em grande parte convencional no seu género, com uma trama centrada numa revolução na "Laurania", um estado europeu fictício. Crê-se que alguns dos seus personagens foram modelados em membros da sua família.

De Londres a Ladysmith via Pretória (London to Ladysmith via Pretoria) é um livro escrito por Winston Churchill publicado pela primeira vez em 1900. É um registo de impressões pessoais de Churchill durante os primeiros cinco meses da Segunda Guerra dos Bôeres. Inclui um relato da libertação do cerco a Ladysmith (cidade da Africa do Sul) e também a história da captura de Churchill pelos Boers e a sua fuga dramática. O livro é dedicado ao Pessoal dos Caminhos de Ferro da Província do Natal na África do Sul.

Ian Hamilton's March (A Marcha de Ian Hamilton) é um livro escrito por Winston Churchill. É uma descrição das suas experiências ao acompanhar o exército britânico durante a Segunda Guerra dos Bôeres, como continuação dos acontecimentos relatados em De Londres a Ladysmith via Pretória. O livro é uma colectânea de reportagens originalmente publicadas em jornal. Retornado da guerra, Churchill tratou de publicá-las em conjunto num livro que apareceu em maio de 1900 publicado por Longmans tendo acabado por vender 8.000 exemplares. Em 1930, Churchill produziu uma autobiografia, Os Meus Primeiros Anos, que também tinha vários capítulos dedicados à sua experiência na guerra dos Bôeres. O general Ian Hamilton comandou o exercito britânico que percorreu 400 milhas de Bloemfontein a Pretória travando com as forças Boer dez grandes batalhas (incluindo a batalha de Rooiwal) e catorze menores.

The World Crisis (A Crise Mundial) é a análise por Winston Churchill da primeira guerra mundial, originalmente publicada em cinco volumes (normalmente confundidos com seis volumes, pois o Volume III foi publicado em duas partes). Publicada entre 1923 e 1931, em muitos aspectos prefigura a sua obra mais conhecida A Segunda Guerra Mundial (Churchill). A Crise Mundial é simultaneamente analítica e, em algumas partes, uma justificação por Churchill do seu papel na guerra. Churchill tem a fama de ter dito sobre este trabalho que "não é história, mas uma contribuição para a história." [28]

Os Meus Primeiros Anos (My Early Life: A Roving Commission) também conhecido nos EUA como A Roving Commission: My Early Life (Uma Comissão Errante: Os Meus Primeiros Anos), é um livro de Winston Churchill de 1930. É uma autobiografia desde o seu nascimento em 1874 até aproximadamente 1902. O livro descreve inicialmente a sua infância e os tempos de escola delineando o contexto para os relatos seguintes. Depois uma parcela significativa do livro cobre as suas experiências na Segunda Guerra Boer de 1899 a 1902 incluindo ainda relatos de outras campanhas sobre as quais tinha escrito anteriormente como a relativa à reconquista do Sudão e a campanha em Malakand no que é hoje o Paquistão. Foi traduzido em treze línguas. Tem sido considerado por alguns como o seu melhor livro e uma das obras mais notáveis do século XX.

Este livro é menos popular do que outros escritos por Churchill. Martin Gilbert, o biógrafo oficial de Churchill, menciona-o apenas uma vez, tendo escrito:

"Churchill começou a elaborar ainda um outro livro, Thoughts and Adventures, uma colectânea de artigos de jornal que ele tinha escrito nos últimos vinte anos, e sobre as suas aventuras a voar, a sua queda de avião, a pintura como passatempo, a escapada de morte certa na frente ocidental, desenhos animados e cartunistas, eleições e a economia."[29]

Neste livro Churchill expõe o seu pensamento sobre o estado das questões modernas. Discute a ameaça do progresso científico, designadamente o desenvolvimento das armas nucleares. Também discute os efeitos das civilizações de massa sobre a natureza humana.[30]

Great Contemporaries (Grandes Contemporâneos) é um conjunto de 25 ensaios biográficos curtos sobre pessoas famosas escritos por Winston Churchill. O conjunto original de 21 ensaios publicado em 1937 foi escrito principalmente entre 1928 e 1931. Quatro foram adicionados para a edição de 1939, John Fisher, Charles Stewart Parnell, Lord Baden-Powell e Roosevelt. Em 1941, os ensaios sobre Boris Savinkov e Leon Trotsky foram retirados de edições publicadas naquela época, uma vez que tinham sido adversários de Joseph Stalin, que como líder da Rússia era então oficialmente aliado da Grã-Bretanha contra a Alemanha nazi na segunda guerra mundial, e o artigo sobre Roosevelt foi removido em 1942 quando os EUA também se tornaram oficialmente aliados da Grã-Bretanha tendo Roosevelt como Presidente. A edição depois da guerra de Odhams de 1947 reincorporou estes três ensaios.

Outras personalidades objecto de ensaio foram Kaiser Wilhelm II, George Bernard Shaw, Joseph Chamberlain, Sir John French, John Morley, Hindenburg, H. H. Asquith, Lawrence da Arábia, Marshal Foch, Alfonso XIII, Douglas Haig, Arthur James Balfour, Adolf Hitler, George Nathaniel Curzon, Philip Snowden, Clemenceau, e George V.

A Segunda Guerra Mundial (Churchill) é uma história em seis volumes do período que vai do fim da primeira guerra mundial até julho de 1945. Foi a obra mais ambiciosa de todas as publicadas por Churchill, a qual iria consumir uma grande parte da sua vida após a derrota nas eleições de 1945 do pós guerra. O primeiro volume foi publicado em 1948, mas o trabalho apenas foi terminado em 1953.

Uma História dos Povos de Língua Inglesa é uma história em quatro volumes do Reino Unido e das suas antigas colônias e possessões em todo o mundo, cobrindo o período desde a invasão da Grã-Bretanha por César (55 A.C.) até ao início da Primeira Guerra Mundial (1914).[31] Iniciado em 1937, foi finalmente publicado em 1956 – 58, tendo sido adiado várias vezes pela guerra e pelo seu trabalho noutros textos. Este trabalho foi uma das obras de Churchill mencionadas na sua citação de Prémio Nobel da Literatura.[32]

Obras Literárias

  • Churchill, Winston. A History of the English-speaking people (Uma História dos Povos de Língua Inglesa) (1937-1958). Nova Iorque, Barnes@Noble, 1995. ISBN 0-56619-545-4
  • Churchill, Winston. Memórias da Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1995.
  • Churchill, Winston. Minha mocidade. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1967.
  • Churchill, Winston. A Segunda Guerra Mundial (The Second World War) (1948–1953). Boston, Houghton Mifflin. ISBN: 978-0395349298

Referências

  1. Lundy, Darryl. «Rt. Hon. Sir Winston Leonard Spencer Churchill» (em English). thePeerage.com. Consultado em 24 de janeiro de 2013 
  2. Jenkins, pp. 1–20
  3. Jenkins, Roy (2002). Churchill. [S.l.]: Pan Books. p. 1-20. ISBN 9780330488051 
  4. [1]
  5. «Winston Churcill - Biografia - UOL Educação». OUL Educação. Consultado em 16 de dezembro de 2011 
  6. «Introduction to Civil Defence in Ireland - Background» (em English). Consultado em 1 de setembro de 2012 
  7. DOWN RATRA ROAD – Fifty Years of Civil Defence in Ireland” by Padraic O’Farrell. Publicado pelo The Stationery Office, Dublin. © Governo da Irlanda 2000
  8. CHURCHILL, WINSTON (2011). MINHA MOCIDADE. [S.l.]: Nova Fronteira. p. 1-17. ISBN 8520926584. Consultado em 27 de junho de 2016 
  9. CHURCHILL, WINSTON (2011). MINHA MOCIDADE. [S.l.]: Nova Fronteira. p. 43. ISBN 8520926584. Consultado em 27 de junho de 2016 
  10. CHURCHILL, WINSTON (2011). MINHA MOCIDADE. [S.l.]: Nova Fronteira. p. 44. ISBN 8520926584. Consultado em 27 de junho de 2016 
  11. CHURCHILL, WINSTON (2011). MINHA MOCIDADE. [S.l.]: Nova Fronteira. p. 17-28. ISBN 8520926584. Consultado em 27 de junho de 2016 
  12. Keith Sharp (4 de janeiro de 2011). «Winston Churchill, Stutterer» (em English). Consultado em 9 de janeiro de 2012 
  13. Oliver, Robert Tarbell (1987). Public speaking in the reshaping of Great Britain (em English). [S.l.]: University of Delaware Press. p. 162. ISBN 9780874133158. Consultado em 12 de abril de 2010 
  14. CHURCHILL, WINSTON (2011). MINHA MOCIDADE. [S.l.]: Nova Fronteira. p. 40. ISBN 8520926584. Consultado em 27 de junho de 2016 
  15. 15,0 15,1 15,2 15,3 15,4 15,5 15,6 [2]
  16. 16,0 16,1 16,2 16,3 Secret Plot to Kill Hitler (Plano Secreto para Matar Hitler), documentário do Discovey Channel, 2004-2005.
  17. no Diário de Notícias por Pedro Correia
  18. Predefinição:Findagrave
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Bibliografia

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Ligações externas

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Predefinição:Pessoa do Ano

Precedido por
Josef Stalin
Pessoa do ano
1940
Sucedido por
Franklin Delano Roosevelt
Precedido por
Neville Chamberlain
Primeiro-ministro do Reino Unido
(1ª vez)

1940 — 1945
Sucedido por
Clement Attlee
Precedido por
Harry S. Truman
Pessoa do ano
1949
Sucedido por
Forças Armadas dos Estados Unidos
Precedido por
Clement Attlee
Primeiro-ministro do Reino Unido
(2ª vez)

1951 — 1955
Sucedido por
Anthony Eden
Precedido por
François Mauriac
Prêmio Nobel de Literatura
1953
Sucedido por
Ernest Hemingway

Predefinição:Nobel de Literatura (1951 — 1975)

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