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'''Averróis''' ([[1126]] - [[1198]]) foi um filósofo e físico árabe . (Em árabe ''Abu Al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Rushd'' ou ''Ibn Rushd''.)  Nasceu em [[Córdoba]], no que hoje é [[Espanha]].
'''Abu al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Munhammad Ibn Ruchd''', filósofo árabe também conhecido pelo nome de Averróes, nasceu em [[Córdoba]], [[1126]] e morreu em [[Marrakech]], [[1198]].


'''Averróis''' escreveu comentários sobre as obras de [[Aristóteles]] que influenciaram o pensamento europeu do final da [[idade média]]. [[Aristóteles]] chegou à [[Europa]] através de '''Averróis''' e era lido com as suas notas.
Foi um dos maiores conhecedores e comentaristas de [[Aristóteles]]. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na [[Europa]] graças aos árabes e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com [[astronomia]], [[medicina]] e [[direito canônico muçulmano]].


'''Links Externos:'''
Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua idéia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são co-eternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.
 
No âmbito religioso, sua interpretação do [[Corão]] propõe que há verdades óbvias para o povo, místicas para o teólogo e científicas para o filósofo e estas podem estar em desacordo umas com as outras. Havendo o conflito, os textos devem ser interpretados alegoricamente. É daí que decorre a idéia que lhe é atribuída de que existem duas verdades, onde uma proposição pode ser teologicamente falsa e filosoficamente verdadeira e vice-versa.
 
Dentre suas várias obras, uma das mais célebres é a intitulada ''Destruição da destruição'' (em árabe ''Tahafut al-tahafut''), também conhecida como ''Incoerência da incoêrencia'', onde defende o [[neoplatonismo]] e o aristotelismo dos ataques de outro filósofo árabe: al-Ghazali, também conhecido como [[Algazali]].
 
Seu pensamento provocou sérias discussões entre os cristãos latinos da Universidade de Paris. Como resultado, muitos aderiram à concepção de uma filosofia pura e independente da teologia cristã e formaram um grupo chamado de [[averroístas latinos]]. Mesmo [[Tomás de Aquino]], que foi um seguidor moderado de Averróis, não escapou da vigilância eclesiástica cristã que via nas doutrinas do filósofo de Córdoba e no seu naturalismo científico uma ameaça para os dogmas da revelação.
 
Averróis teve o favor e a proteção dos califas da [[Espanha]] até que foi desterrado por al-Mansur, que considerou as opiniões do filósofo desrespeitosas e em desacordo como Corão.
 
{{esboço}}
[[Categoria:Filósofos]]
[[Categoria:Filosofia árabe medieval]]
 
==Links Externos==
* [http://www.newadvent.org/cathen/02150c.htm Catholic Encyclopedia: Averroes]
* [http://www.newadvent.org/cathen/02150c.htm Catholic Encyclopedia: Averroes]
* [http://www.muslimphilosophy.com/ir/default.htm Islamic Philosophy Online: Averroes]
* [http://www.muslimphilosophy.com/ir/default.htm Islamic Philosophy Online: Averroes]


[[categoria:pessoas]]


[[de:Averroes]]
[[de:Averroes]]

Edição das 04h55min de 9 de maio de 2005

Abu al-Walid Muhammad Ibn Ahmad Ibn Munhammad Ibn Ruchd, filósofo árabe também conhecido pelo nome de Averróes, nasceu em Córdoba, 1126 e morreu em Marrakech, 1198.

Foi um dos maiores conhecedores e comentaristas de Aristóteles. Aliás, o próprio Aristóteles foi redescoberto na Europa graças aos árabes e os comentários de Averróis muito contribuíram para a recepção do pensamento aristotélico. Averróis também se ocupou com astronomia, medicina e direito canônico muçulmano.

Sua filosofia é um misto de aristotelismo com algumas nuanças platônicas. A influência aristotélica se revela em sua idéia da existência do mundo de modo independente de Deus (ambos são co-eternos) e de que também não existe providência divina. Já seu platonismo aparece em sua concepção de que a inteligência, fora dos seres, existe como unidade impessoal.

No âmbito religioso, sua interpretação do Corão propõe que há verdades óbvias para o povo, místicas para o teólogo e científicas para o filósofo e estas podem estar em desacordo umas com as outras. Havendo o conflito, os textos devem ser interpretados alegoricamente. É daí que decorre a idéia que lhe é atribuída de que existem duas verdades, onde uma proposição pode ser teologicamente falsa e filosoficamente verdadeira e vice-versa.

Dentre suas várias obras, uma das mais célebres é a intitulada Destruição da destruição (em árabe Tahafut al-tahafut), também conhecida como Incoerência da incoêrencia, onde defende o neoplatonismo e o aristotelismo dos ataques de outro filósofo árabe: al-Ghazali, também conhecido como Algazali.

Seu pensamento provocou sérias discussões entre os cristãos latinos da Universidade de Paris. Como resultado, muitos aderiram à concepção de uma filosofia pura e independente da teologia cristã e formaram um grupo chamado de averroístas latinos. Mesmo Tomás de Aquino, que foi um seguidor moderado de Averróis, não escapou da vigilância eclesiástica cristã que via nas doutrinas do filósofo de Córdoba e no seu naturalismo científico uma ameaça para os dogmas da revelação.

Averróis teve o favor e a proteção dos califas da Espanha até que foi desterrado por al-Mansur, que considerou as opiniões do filósofo desrespeitosas e em desacordo como Corão.

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Links Externos


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