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A '''[[Taxonomia]] de Lineu''' é extensamente usada nas [[biologia|ciências biológicas]]. Ela foi desenvolvida por [[Lineu|Carolus Linnaeus]] (Conhecido normalmente como Carl von Linné, ou em português como Carlos Lineu) no [[Século XVIII]] durante a grande expansão da história natural. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma [[hierarquia]], começando com os [[reino (biologia)|Reinos]]. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados ''taxa'' (singular, [[taxon]]), ou ''phyla'', ou ''grupos taxonómicos''. | |||
== Esquema Taxonômico == | |||
[[Ficheiro:Biological classification L Pengo vflip-pt.svg|thumb|150px|A hierarquia da classificação científica dos [[Ser vivo|seres vivos]].]] | |||
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* [[Império (biologia)|Império]] | |||
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* [[Domínio (biologia)|Domínio]] | |||
* [[Reino (biologia)|Reino]] | |||
* [[Filo (biologia)|Filo]] (animais) / [[Divisão (biologia)|Divisão]] (plantas) | |||
** [[Subfilo]] / [[Subdivisão]] | |||
** [[Superclasse]] | |||
* [[Classe (biologia)|Classe]] | |||
** [[Subclasse]] | |||
** [[Superordem]] | |||
* [[Ordem (biologia)|Ordem]] | |||
** [[Subordem]] | |||
** [[Superfamília]] | |||
* [[Família (biologia)|Família]] | |||
** [[Subfamília]] | |||
* [[Gênero (biologia)|Gênero]] | |||
** [[Subgênero]] | |||
* [[Espécie]] | |||
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== Exemplo == | |||
Considere-se a classificação do [[hibisco-da-síria]]: | |||
* '''Reino:''' Plantae (Todas as plantas) | |||
* '''Divisão ou [[:pt:Filo|Filo]] ''': [[Magnoliophyta]] | |||
* '''Classe:''' [[Magnoliopsida]] | |||
* '''Ordem:''' [[Malvales]] | |||
* '''Família:''' [[Malvaceae]] | |||
* '''Gênero:''' ''[[Hibiscus]]'' | |||
* '''Espécie:''' ''[[Hibiscus syriacus]]'' | |||
== Características == | |||
Quando um cientista classifica um novo ser vivo, ele procura classificá-lo dentro de uma categoria já existente, baseado em uma [[lógica]] estabelecida, verifica qual família ele pertence e no fim encontra o nome mais adequado àquela espécie.<ref>http://classificacao.taxonomia.googlepages.com/</ref> Lineu estabeleceu o mais usado padrão de classificação taxômica. | |||
Uma qualidade da Taxonomia de Lineu é que ela pode ser usada para desenvolver um sistema simples e prático para organizar dos diferentes tipos de [[organismo]]s vivos. O aspecto mais importante é o uso geral da '''nomenclatura binominal''', a combinação de um nome genérico e de um nome específico (''syriacus'', neste exemplo), para identificar a [[espécie]]. No exemplo acima, o hibisco da síria é unicamente identificado pelo binome ''Hibiscus syriacus''. Nenhuma outra espécie de planta pode ter este binome. Deste modo, a todas as espécies pode se dar um único e estável nome. | |||
Regras para o nomeamento a classificação apropriados para todos os tipos de organismos vivos sob o sistema taxonômico de Lineu tem sido adotadas por biólogos profissionais. As regras que governam a nomenclatura e classificação das plantas e dos [[fungi|fungos]] estão contidas no [[Código Internacional de Nomenclatura Botânica]], mantido pela [[Associação Internacional para a Taxonomia das Plantas]]. Códigos similares existem para animais e bactérias. Cientistas seguem estes códigos de modo que os nomes dos organismos possam ser os mais claros e estáveis possíveis. | |||
Durante o tempo, nosso entendimento das relações entre as coisas vivas mudou. A grande mudança foi a aceitação difundida da [[evolução]] como o mecanismo da diversidade biológica e a formação das espécies. Agora, em alguns sistemas, incentiva-se geralmente que os grupos taxonômicos sejam [[monofilético]]s (ver [[cladística]]). | |||
Originalmente Lineu tinha 3 Reinos em seu esquema, chamados [[Plantae]], [[Animalia]] e um grupo adicional [[Mineral]]ia para minerais, o qual foi abandonado (Cf. [http://la.wikipedia.org/wiki/Ordinatio_Regni_Mineralium_secundum_Linnaeum Taxonomia dos Minerais segundo Lineu]). Desde então, várias formas tem sido movidas para três novos reinos - [[Monera]], para [[procarionte]]s, [[Protista]](alguns cientistas chamam este grupo de Protoctistas), para [[protozoário]]s e [[alga]]s, e [[Fungi]]. Este esquema está ainda longe da [[filogenia]] ideal e o esquema de cinco reinos foi suplantado pela maior parte no trabalho taxonômico moderno por uma divisão em três domínios - '''[[Bacteria]]''' e '''[[Archaea]]''', que contém os procariontes, e '''[[Eukaryota]]''', compreendendo as formas restantes. Isto foi precipitado pela descoberta dos '''Archaea'''. | |||
Veja também [[árvore evolucionária]], que tem algumas subdivisões mais adicionais e apresenta a visão taxonômica atual. | |||
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[[Categoria:Carolus Linnaeus]] | |||
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Edição atual tal como às 22h31min de 16 de março de 2020
A Taxonomia de Lineu é extensamente usada nas ciências biológicas. Ela foi desenvolvida por Carolus Linnaeus (Conhecido normalmente como Carl von Linné, ou em português como Carlos Lineu) no Século XVIII durante a grande expansão da história natural. A taxonomia de Lineu classifica as coisas vivas em uma hierarquia, começando com os Reinos. Reinos são divididos em Filos. Filos são divididos em classes, então em ordens, famílias, gêneros e espécies e, dentro de cada um em subdivisões. Grupos de organismos em qualquer uma destas classificações são chamados taxa (singular, taxon), ou phyla, ou grupos taxonómicos.
Esquema Taxonômico
Sumário apresentado do mais geral para o mais específico:
Exemplo
Considere-se a classificação do hibisco-da-síria:
- Reino: Plantae (Todas as plantas)
- Divisão ou Filo : Magnoliophyta
- Classe: Magnoliopsida
- Ordem: Malvales
- Família: Malvaceae
- Gênero: Hibiscus
- Espécie: Hibiscus syriacus
Características
Quando um cientista classifica um novo ser vivo, ele procura classificá-lo dentro de uma categoria já existente, baseado em uma lógica estabelecida, verifica qual família ele pertence e no fim encontra o nome mais adequado àquela espécie.[1] Lineu estabeleceu o mais usado padrão de classificação taxômica.
Uma qualidade da Taxonomia de Lineu é que ela pode ser usada para desenvolver um sistema simples e prático para organizar dos diferentes tipos de organismos vivos. O aspecto mais importante é o uso geral da nomenclatura binominal, a combinação de um nome genérico e de um nome específico (syriacus, neste exemplo), para identificar a espécie. No exemplo acima, o hibisco da síria é unicamente identificado pelo binome Hibiscus syriacus. Nenhuma outra espécie de planta pode ter este binome. Deste modo, a todas as espécies pode se dar um único e estável nome.
Regras para o nomeamento a classificação apropriados para todos os tipos de organismos vivos sob o sistema taxonômico de Lineu tem sido adotadas por biólogos profissionais. As regras que governam a nomenclatura e classificação das plantas e dos fungos estão contidas no Código Internacional de Nomenclatura Botânica, mantido pela Associação Internacional para a Taxonomia das Plantas. Códigos similares existem para animais e bactérias. Cientistas seguem estes códigos de modo que os nomes dos organismos possam ser os mais claros e estáveis possíveis.
Durante o tempo, nosso entendimento das relações entre as coisas vivas mudou. A grande mudança foi a aceitação difundida da evolução como o mecanismo da diversidade biológica e a formação das espécies. Agora, em alguns sistemas, incentiva-se geralmente que os grupos taxonômicos sejam monofiléticos (ver cladística).
Originalmente Lineu tinha 3 Reinos em seu esquema, chamados Plantae, Animalia e um grupo adicional Mineralia para minerais, o qual foi abandonado (Cf. Taxonomia dos Minerais segundo Lineu). Desde então, várias formas tem sido movidas para três novos reinos - Monera, para procariontes, Protista(alguns cientistas chamam este grupo de Protoctistas), para protozoários e algas, e Fungi. Este esquema está ainda longe da filogenia ideal e o esquema de cinco reinos foi suplantado pela maior parte no trabalho taxonômico moderno por uma divisão em três domínios - Bacteria e Archaea, que contém os procariontes, e Eukaryota, compreendendo as formas restantes. Isto foi precipitado pela descoberta dos Archaea.
Veja também árvore evolucionária, que tem algumas subdivisões mais adicionais e apresenta a visão taxonômica atual.