𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Ontologia: mudanças entre as edições

imported>Vítor
m (Revertidas edições por 177.104.116.10 para a última versão por Mcampos69 (com AVT))
Sem resumo de edição
Linha 1: Linha 1:
{{minidesambig|pelo uso do termo em informática e informação|Ontologia (ciência da computação)}}
{{Sem-fontes|data=abril de 2010}}
'''Ontologia''' (do [[grego]] ''ontos'' "ente" e ''logoi'', "ciência do ser") é a parte da [[metafísica]] que trata da natureza, realidade e existência dos entes. A ontologia trata do ''ser enquanto ser'', isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. A aparição do termo data do século XVII, e corresponde à divisão que Christian Wolff realizou quanto à metafísica, seccionando-a em metafísica geral (ontologia) e as especiais (Cosmologia Racional, Psicologia Racional e Teologia Racional). Embora haja uma especificação quanto ao uso do termo, a filosofia Contemporânea entende que Metafísica e Ontologia são, na maior parte das vezes, sinônimos, muito embora a [[metafísica]] seja o estudo do ser e dos seus princípios gerais e primeiros, sendo portanto, mais ampla que o escopo da ontologia.


== História antiga da ontologia ==
O conceito de ontologia originou-se na [[Grécia Antiga]], tendo ocupado as mentes de [[Platão]], [[Aristóteles]] e [[Parmênides]]. O mais antigo registro da palavra ontologia  é o latino ''ontologia'', que surgiu em 1606, no trabalho ''Ogdoas Scholastica'', de Jacob Loard (''Lorhardus''), e em 1613 no ''Lexicon philosophicum'', de Rudolf Göckel.
Por ontologia, portanto, entenda-se o estudo do ser enquanto ser, suas categorias, princípios e essência. Três são as grandes linhas ontológicas consolidadas na matriz do pensamento ocidental:
# ''A ontologia do Uno''<br />Cuja ideia dominante assevera que toda a realidade procede do Uno, ou manifestação do mesmo ou que se reduza a ele. Seus representantes são Parmênides, Platão, Plotino, Escoto Eriúgena, Spinoza e vertentes do pensamento oriental.
# ''Ontologia do Ser''<br />Que parte não do Uno, mas daquilo que é, e, por conseguinte, do conhecimento empírico e da experiência. Por meio desta vertente da ontologia, o ser se diz de várias maneiras (analogia), cuja maior expressão é a da substância, que, em grau máximo, corresponde a Deus (Primeiro Motor), sem movimento ou mudança. Seus maiores representantes são Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, que à luz da Revelação Bíblica conceitua Deus como Ipsum Esse per se subsistens.
# ''Ontologia do Devir (ou do tempo)''<br />É a que vem se afirmando desde o início da era moderna. Seus representantes são [[Hegel]], [[Heidegger]], e em alguma medida Nietzsche. Pretendem reintroduzir a dinâmica no ser, e, com isto, sua oposição ao não-ser, como momento de interioridade de vida e do ser.
Alguns filósofos da escola [[Platão|platônica]] alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que alguns fornecem uma espécie de atalho para a referência, para uma coleção de objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez de se referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa. Por exemplo, "sociedade" remete para um conjunto de pessoas com algumas características comuns, e "geometria" refere-se a um tipo específico de atividade intelectual. Entre estes pólos de realismo e nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em qualquer uma, a ontologia deve dar conta de que palavras referem-se a entidades que não "são". Quando se aplica a este processo, substantivos, tais como "elétrons", "energia", "contrato", "felicidade", "tempo", "verdade", "causalidade", e "Deus", a ontologia torna-se fundamental para muitos ramos da filosofia.
Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas pelos pensadores nas civilizações antigas da [[Índia]] e da [[China]], e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.
{{conteúdo parcial}}
{{Reciclagem|data=junho de 2012}}
== A Ontologia radicalmente crítica e histórica de Karl Marx ==
[[Karl Marx]] (1818-1883) ao decorrer da sua obra, a partir de sua Crítica à Filosofia do Direito de [[Georg Wilhelm Friedrich Hegel|Hegel]], cria algo radicalmente novo na História da Filosofia, uma Ontologia histórica, que decorreu da superação da Filosofia Antiga e Moderna, pois ambas tinham em si um peso histórico da concepção de mundo que o desenvolvimento das forças produtivas os tenha proporcionado, e Marx supera ambas, a Ontologia Greco-Medieval, a Antiga, que tem o centramento objetivo e a Ontologia Moderna, do Centramento subjetivo.
A História da Filosofia de [[Parmênides]] a [[Imannuel Kant|Kant]] refletia um momento histórico onde a concepção de mundo favoreceu concepções como o [[Estoicismo]], que refletia a imutabilidade aparente do Mundo e do Real, mas este quadro alterou-se quando se deu o mais rápido desenvolvimento das forças produtivas na transição do Modo de Produção Feudal ao Capitalismo, em que Imannuel Kant descreve ter operado a Revolução Copernicana da Ciência, em que muda o eixo do centramento do Objeto - Mundo, Deus... - para o Sujeito - embora não o Indivíduo Genérico-Humano - Burguês, resultado da processualidade da Individuação na forma de sociabilidade de classe, o Individualismo Burguês. É demonstrável aí a radical historicidade do Ser em Marx, onde a produção da vida material, o Trabalho, é categoria fundante do Mundo dos Homens, a terceira esfera ontológica, a do Ser Social, que porta a Consciência pela categoria da [[Teleologia]], que em Hegel aparece como Universal, e Marx a define como categoria Singular ao Mundo dos Homens, aos Indivíduos Genérico-Humanos reais, historicamente construídos historicamente pelo devir da categoria do Trabalho.
* Assevera [[G. Lukács]], na obra A Ontologia do Ser Social, no capítulo sobre Marx, que o alemão tenha partido de Hegel, ainda que 'desde o princípio em termos críticos', isto é, Marx partiu da Filosofia mais desenvolvida de seu tempo, a Filosofia Idealista Clássica Alemã, que teve em Hegel a maior encarnação.
== Bibliografia relacionada ==
* ''[[Fenomenologia do espírito]]'', [[Georg Wilhelm Friedrich Hegel]] (1806)
* ''[[O mundo como vontade e representação]]'', [[Arthur Schopenhauer]] (1818)
* ''[[Ser e tempo]]'', [[Martin Heidegger]] (1927)
* ''[[O ser e o nada]]'', [[Jean-Paul Sartre]] (1943)
* ''[[O mito do eterno retorno]]'', [[Mircea Eliade]] (1956)
* ''[[Para Compreender a Ontologia de Lukács]]'', [[Sérgio Lessa]]
* ''[[Cidadania ou Emancipação Humana?]]'', [[Ivo Tonet]] em: http://www.ivotonet.xpg.com.br/
* ''[[Cidadão ou Homem Livre?]]'', [[Ivo Tonet]] em: http://www.ivotonet.xpg.com.br/
* ''[[A Ideologia Alemã]]'', [[Karl Marx & Friedrich Engels]]
* ''[[Os princípios Ontológicos Fundamentais de Marx - A Ontologia do Ser Social]]'', [[Lukács]]
== Ver também ==
* [[Argumento ontológico]]
* [[Gnoseologia]]
* [[Teoria do conhecimento]]
* [[Teoria semiótica da complexidade]]
== Ligações externas ==
{{Wiktionary1|Ontologia}}
{{esboço-filosofia}}
[[Categoria:Ontologia| ]]

Edição das 21h00min de 15 de fevereiro de 2016

talvez você goste