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Preparação, segundo a receita original, actualizada para a contemporaneidade: | Preparação, segundo a receita original, actualizada para a contemporaneidade: |
Edição das 11h12min de 11 de janeiro de 2015
O caldo verde é uma sopa de couve galega, originária e típica do Porto e da Região do Norte de Portugal continental, mas muito divulgada e com impacto em todo o país - é, provavelmente, a mais famosa sopa portuguesa. É uma sopa geralmente espessa e de cor predominantemente verde, uma vez que é feita com couve galega cortada às tiras bastante finas.
O Caldo Verde foi nomeado uma das 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal, o que revela a grande qualidade, a grande importância gastronómica e o requinte desta sopa de origem nortenha, que o insígne gastrónomo português António Maria de Oliveira Bello (Olleboma) descreve como "higiénica e alimentar"[1].
Degustação
Devido à sua simplicidade e leveza, come-se no início de uma refeição principal ou numa ceia tardia. Para uma degustação genuína, o caldo verde serve-se sempre em tigelas ou malgas de barro, acompanhadas de broa de milho e junta-se, no caldo, uma rodelas de salpicão ou de chouriço, mas, de preferência, salpicão. Segundo a receita original, deve ser sempre acompanhado por bom Vinho verde tinto, também servido em malgas, que é altamente compatível com esta especialidade gastronómica da região Norte de Portugal.
Receita original, segundo o gastrónomo António Maria de Oliveira Bello (Olleboma)
A qualidade desta receita obtém-se, em boa parte, pela qualidade dos ingredientes envolvidos, que devem ser, cuidadosamente, seleccionados pela sua qualidade orgânica. Devem-se escolher batatas, couve galega, azeite e salpicão de muito boa qualidade: caseiros ou de agricultura biológica, de crescimento lento.
Ingredientes:
Ingredientes opcionais:
Elementos que acompanham o caldo verde:
- broa de milho
- Vinho verde tinto
Preparação, segundo a receita original, actualizada para a contemporaneidade:
Põe-se, ao lume, num tacho ou numa panela, a água e o sal. Logo que comece a ferver, deitam-se as batatas descascadas e cortadas ao bocados. Quando estiverem cozidas, trituram-se com uma varinha mágica, deixando alguns pequenos pedaços por triturar, porque dão realce e sabor ao caldo verde. (Há também quem coloque cebola e alho juntamente com as batatas, que são adicionados, portanto, também, à água de cozedura). Põe-se a polpa triturada das batatas (e também, caso se opte, da polpa das cebolas e do alho que estão com a polpa das batatas) na água de cozedura. Entretanto, cortam-se as folhas de couve galega, cortando-as o mais finas possíveis, lavando-as bem, num recipiente, várias vezes. Cerca de dez minutos antes de servir o caldo verde, depois das tiras das couves estarem bem escorridas, deitam-se na água onde está a batata esmagada (e também a cebola e o alho, caso se opte por adicionar também cebola e alho ao caldo verde), e rega-se com bom azeite, deixando levantar fervura cerca de dois ou três minutos, com a tampa do recipiente destapado, para a couve ficar bem verde. A quantidade de couve galega pode aumentar ou diminuir conforme se queira o caldo mais ou menos espesso.[2] O caldo verde serve-se sempre em tigelas ou malgas, acompanhadas de broa de milho e junta-se, no caldo, uma tira de salpicão ou de chouriço, mas, de preferência, salpicão. Segundo a receita original, deve ser sempre acompanhado por bom Vinho verde tinto[3], também servido em malgas, que é altamente compatível com esta especialidade gastronómica da região Norte de Portugal.