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Capitalismo: mudanças entre as edições

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Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo, o Capitalismo tem sua gênese com a formação, na [[Europa]], da [[Burguesia|classe burguesa]], detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da [[Idade Média]] para a [[Idade Moderna]], a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o [[Iluminismo]] e o [[Liberalismo]], através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.
Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo, o Capitalismo tem sua gênese com a formação, na [[Europa]], da [[Burguesia|classe burguesa]], detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da [[Idade Média]] para a [[Idade Moderna]], a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o [[Iluminismo]] e o [[Liberalismo]], através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.


== Princípios Básicos ==
capitalismo eA revolução tecnológica está determinando novos conceitos de comunicação, facilitando o contato entre as pessoas, permitindo o acesso a uma grande quantidade de informações necessárias à tomada de decisão no mundo globalizado.
O capitalismo é um sistema de mercado baseado em vários princípios, tais como:
 
*Propriedade privada dos meios de produção. As pessoas,Individualmente ou reunidas em sociedade,são donas dos meios de produção.  
O tópico da revolução tecnológica deste artigo toma como referência básica o trabalho de Castells (1999) que faz uma análise da revolução tecnológica, destacando sua importância histórica, comparando o que esta revolução tem em comum com outros momentos da evolução humana, além de fazer uma caracterização do que vem a ser especificamente a revolução da tecnologia da informação.
*Transformação da força de trabalho em mercadoria. Quem não é dono dos meios de produção é obrigado a trabalhar em troca de um salário.  
 
*Acumulação do capital. Em princípio, o dono do capital quer produzir pelo menor custo e vender pelo maior preço possível. O lucro é a diferença entre o custo de produção (e outras despesas não atreladas à produção) e a receita obtida pela venda do produto e/ou serviço.  
Segundo Castells (1999, p. 49), estamos vivendo um dos raros intervalos da história cuja característica é a transformação de nossa "... ‘cultura material’ pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza em torno da tecnologia da informação".  
*Para diminuir os custos, procura pagar o mínimo possível pelas matérias-primas, salários e outros meios de produção. Pode-se também reduzir custos racionalizando processos produtivos, produzindo mais com menos fatores (matéria prima, mão de obra, energia, etc).
 
*Definição de preços feita pelo mercado, com base na oferta e na procura , isto é, na disputa de interesses entre quem quer comprar e quem quer vender produtos e serviços. No capitalismo, é o mercado que orienta a economia.  
Segundo o mesmo autor, entre as tecnologias da informação destacam-se microeletrônica, hardware, software, telecomunicações, radiodifusão optoeletrônica e engenharia genética, que são rodeadas por avanços tecnológicos em relação às fontes de energia, aplicações em medicina, técnicas de produção, entre outras.
*Livre concorrência. A concorrência é a competição na venda dos bens e serviços. Na prática, a concorrência em que todos são igualmente livres para produzir, comprar, vender, fixar preços, etc. não existe.
 
É comum que, em vários setores e níveis de mercado, o preço de um determinado produto seja controlado por seus produtores, que detêm a exclusividade da oferta. São os chamados monopólios (quando há somente um produtor) ou oligopólios (quando há alguns poucos produtores). Além disso, o mercado vem sendo dominado por grandes organizações, que expandem cada vez mais sua área de atuação através de fusões, incorporações e outros modos de ampliar negócios, eliminando pequenos e médios concorrentes.
Essa revolução da tecnologia da informação não deve ser subestimada, e sim deve ser atribuída a mesma importância dada à revolução industrial, ocorrida no século XVIII, que induziu um "...padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura". (CASTELLS, 1999, p.50)
 
Melvin Craizberg e Carroll Purssell, citados por Castells (1999, p.50), mostram que todas as revoluções são caracterizadas pela "penetrabilidade" ou seja, "...uma penetração em todos os domínios da atividade humana, não como fonte exógena de impacto, mas como o tecido em que essa atividade é exercida". O que caracteriza a revolução tecnológica atual é a aplicação dos conhecimentos e a informação para a geração de novos conhecimentos e dispositivos de comunicação/processamento que irão gerar novos conhecimentos e informação, aumentando portanto sua difusão a partir do momento em que os usuários se apropriam dela e a redefinem.
 
Outro aspecto da revolução tecnológica da informação citada por Castells é que quando comparada a seus antecessores históricos, observa-se que se disseminou rapidamente em vinte anos, começando a tomar forma a partir da década de 70, atingindo seu grande desenvolvimento na década de 90 com o progresso das redes de computadores.
 
Castells (1999) afirma que, para os historiadores, ocorreram pelo menos duas revoluções industriais: a primeira no final do século XVIII – caracterizada por novas tecnologias como máquina a vapor e fiadeira, bem como pela substituição das ferramentas manuais pelas máquinas – e a segunda, após aproximadamente cem anos, com o desenvolvimento da eletricidade, do motor de combustão interna e pelo início de novas tecnologias (telégrafo e telefone).
 
Segundo o autor, para que ocorra uma inovação tecnológica tem que existir todo um contexto, pois é a tecnologia que reflete o estágio de conhecimento, o ambiente institucional e industrial específico, a disponibilidade de pessoas com capacidade para definir e solucionar um problema técnico, a mentalidade econômica e a rede de pessoas que irão produzir e usar a tecnologia.
 
Castells cita que a transformação que as tecnologias causam na sociedade, segundo registros históricos parecem indicar, será tanto mais rápida quanto mais próxima for a relação entre locais de inovação, produção e utilização.
 
O grande salto da tecnologia da informação para Castells (1999) ocorreu durante o período da Segunda Guerra Mundial e no período imediatamente seguinte, com as descobertas em eletrônica do primeiro computador eletrônico e do transístor, embora não possamos nos esquecer das tecnologias do telefone (1876), do rádio (1898) e da válvula (1906), mas foi na década de 70 que as novas tecnologias da informação difundiram-se amplamente, ocorrendo em 1971 a invenção do microprocessador chip por Ted Hoff, engenheiro da Intel; em 1975, por Ed Roberts, a construção do "Altair", base do Apple I e posteriormente em 1976 do Apple II, idealizado por Steve Wozniak e Steve Jobs. Devido ao grande sucesso do computador, em 1981 a IBM lança o PC (Computer Personal) e em 1984 surge o Macintosh da Apple, sendo o primeiro passo rumo aos computadores de fácil utilização, com tecnologia baseada em ícones e interfaces com o usuário.
 
O mesmo autor ainda afirma que, desde meados da década de 80, os microcomputadores atuam em rede graças ao desenvolvimento das telecomunicações (roteadores e comutadores eletrônicos "nós") e novas conexões (tecnologias de transmissão). A optoeletrônica (transmissão por fibra ótica e laser) e a capacidade de transmissão de pacotes digitais promoveram um aumento surpreendente da capacidade de linhas de transmissão. A radiodifusão (transmissão tradicional, direta via satélite, microondas, telefonia celular digital), cabos coaxiais e fibras óticas são tecnologias que vieram a favorecer a tecnologia da informação que estamos vivenciando. "Cada grande avanço em um campo tecnológico específico amplifica os efeitos das tecnologias da informação conexas". (CASTELLS, 1999, p. 63)
 
A primeira revolução da tecnologia da informação, segundo Castells, concentrou-se nos Estados Unidos, em especial na Califórnia na década de 70, sendo influenciada pelos progressos econômicos, institucionais e culturais das duas décadas anteriores, ocorrendo como resultado mais da indução tecnológica do que da determinação social.
 
Embora quem tenha iniciado essa revolução tenha sido o Estado, estimulando e incentivando os projetos de pesquisa em vários países, se não houvesse a participação de empresários inovadores que deram início ao Vale do Silício ou clones do PC em Taiwan, seria pouco provável que existissem dispositivos tecnológicos flexíveis e descentralizados que estão se difundindo em todas as áreas de atividade humana. (CASTELLS, 1999)
 
Para Castells (1999, p. 78), os aspectos centrais do paradigma da tecnologia da informação são:
 
informação como matéria-prima. Ou seja, são tecnologias para agir sobre a informação;
 
penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias: como a informação é parte integral da atividade humana, quer seja individual ou socialmente, as tecnologias da informação moldam esse processo;
 
lógica das redes: a morfologia das redes parece se adequar a essa nova estrutura de tecnologia da informação, caracterizada pela crescente complexidade de interação e pelos modelos imprevisíveis do desenvolvimento derivado do poder criativo dessa interação;
 
flexibilidade: possibilidade de modificações e alterações dos componentes das organizações;
 
convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado. Dessa forma, microeletrônica, telecomunicações e optoeletrônica ficam integradas no sistema de informação.
 
Essas novas tecnologias de comunicação e informação empregadas no ensino, segundo Castells (1999), têm a característica da penetrabilidade, ou seja, podem ser incorporadas em todas as atividades exercidas pelo homem, permitem o acesso de grande parte da população a grandes centros tecnológicos, através de meios como a internet, redes de computadores, teleconferências, ou videoconferências, o que pode minimizar sensivelmente as barreiras geográficas, sem deixar de respeitar as características regionais, e sem perder o foco da universalização do saber. "Ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento". (MORAN, 2001, p.12)
 
O emprego de novas tecnologias, segundo Assmann (2000), "ampliam o potencial cognitivo do ser humano (seu cérebro e mente) e possibilitam mixagens complexas e cooperativas", estimulando tanto o aluno a ser autônomo, para conduzir o seu conhecimento no seu ritmo e conforme sua necessidade ou interesse, quanto o professor a se capacitar e conhecer novas técnicas do processo ensino/aprendizagem, pois a tecnologia envolve novos conceitos de comunicação, diferentes dos conhecidos em um ambiente de aula presencial.
 
A internet, ao ser utilizada como recurso educacional, modifica vários elementos presentes no processo ensino-aprendizagem, com relação à atuação do professor, da Instituição de ensino e do aluno.
 
O professor deverá refletir sobre o novo modelo didático, que deverá ser de caráter participativo, interativo e contextualizado (SAMPAIO; LEITE, 1999), sendo que a aula não estará mais limitada a um espaço de tempo determinado, tornando-se flexível em um espaço cibernético. Para que os objetivos do professor sejam atingidos, tal educador deverá conhecer as tecnologias e saber empregá-las de forma adequada às necessidades do perfil de alunos e do conteúdo que será ministrado nesse novo processo de aula não presencial.
 
Todos esses fatores geram insegurança no professor, pois, a grande maioria foi alfabetizada culturalmente através de textos e com a utilização de novos recursos de comunicação e informática, o professor terá que realizar uma "ruptura com suas raízes" (YANES; AREA,1998), aprendendo a interagir com esses recursos. No entanto os autores alertam que se deve evitar que ocorra tanto uma tecnofobia, como uma "fascinação irreflexiva destas formas de magia cultural". Os novos recursos de comunicação e informação devem ser um meio de aprendizagem ativa e participativa, sendo necessário, portanto, que o professor receba a alfabetização tecnológica. Sampaio e Leite (1999, p. 75) definem a alfabetização tecnológica como:
 
...um conceito que envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo.
 
A instituição terá que investir em tecnologia e na atualização dos docentes e deverá possuir preferencialmente uma equipe que dê suporte e acompanhamento aos professores e aos alunos. Para tanto, Gomes, Pezei e Barcia (2001) destacam a necessidade de se elaborar com clareza uma abordagem educacional para todos envolvidos no projeto, conhecendo onde, por que e como chegar para que os esforços sejam direcionados a um objetivo comum, que é a aprendizagem do aluno.
 
O aluno terá que conhecer as ferramentas de comunicação, além de dispor da tecnologia para essa comunicação. Como o processo de Educação a Distância (EaD) pressupõe autonomia do aprendiz frente aos conteúdos estabelecidos, o aluno terá que ser autogestor do seu conhecimento, participando de forma ativa no curso com os elementos disponíveis de comunicação, além de ter autodisciplina e organização para realizar as tarefas solicitadas no tempo determinado pelo planejamento do curso. Mas, para que essa aprendizagem ocorra, Moran (s/d) destaca a necessidade do aluno estar maduro, para que possa efetivamente.
 
... incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal intelectual e emocional – não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente.
 
A interação que professores e alunos fizerem com os meios, por si só, não definirá as potencialidades ou as limitações de um aprendizado. Para que o aprendizado ocorra em um ambiente que contemple novas tecnologias de informação e comunicação, devem-se analisar também os meios que são empregados, considerando o contexto de uma metodologia organizada com tecnologia, sem deixar de apontar a relevância do fator humano nessa comunicação.
 
A Ead é globalizante e integradora, não se referindo a produtos, mas sim a processos, métodos e técnicas, o que caracteriza seu papel de mediadora numa relação onde professor e alunos estão fisicamente separados. Daí a necessidade, a nível (sic) pedagógico de uma comunicação bidirecional mediatizada, através de tecnologias adequadas, objetivando a formação integral dos alunos, de forma que se transformem em construtores do seu próprio conhecimento e não em meros receptores de informações. (MARTINS et al, 2001)
 
Para o estabelecimento de um novo processo de aprendizagem bem sucedido, não basta apenas a técnica, mas também há a necessidade de que Instituição, professor e aluno, estejam engajados e imbuídos de um objetivo comum, e que a escola possa produzir, em conformidade com o meio em que está, novos conhecimentos, não sendo apenas uma preparação para o mercado. Haverá, assim, uma sinergia entre competências, informações e novos saberes". (PRETTO, 2000)
 
A utilização da tecnologia na educação não nos deve encantar a ponto de torná-la um elemento não construtivo e antidemocrático, pelo contrário, deve ser um elemento de crescimento individual e coletivo para uma sociedade mais justa e igualitária, pois conforme Pretto (1995) destaca, "uma nova razão começa a ser gestada, baseada em outro ‘logos’, não mais operativo, mas que tem na globalidade e na integridade seus valores mais fundamentais", propiciando ao aluno atuar, refletir e responder ao aprendizado de forma consciente e colaborativa, não mais sendo um sujeito passivo e mero receptor de informação, mas participando de forma ativa de seu aprendizado.
 
É importante destacar a crítica que Demo (2000, p.149) faz ao "instrucionismo" como prática educacional.
 
Na aprendizagem não só se maneja conhecimento, como também se forja a habilidade emancipatória do ser humano, tornando-o capaz de sair da condição de massa de manobra. Daí não segue que somente aprendemos o que nos emancipa, porque a direção pode voltar-se pelas avessas, quando nos tornamos competentes na habilidade de imbecilizar os outros.
 
Cabe lembrar que não é a possibilidade gerada pelas novas tecnologias computacionais para interagir e compartilhar o saber que vai mudar o contexto de domínio dos que sabem mais sobre os que menos sabem. Continuamos na mesma necessidade, ou seja, é preciso que o educador se posicione e acredite no processo de aprendizagem que permita ao sujeito construir a própria história, conforme destaca Demo (2000, p.149), ao afirmar: "como sempre, o sentido ético da aprendizagem não é algo apenas dado, mas necessita ser arduamente construído e reconstruído na sociedade"
 
Portanto,caguei sem parar puta  o surgimento das novas tecnologias da informação e da comunicação, foi fruto do desenvolvimento progressivo da humanidade e tais tecnologias atualmente fazem parte de várias atividades profissionais, no mundo científico e no lazer, favorecendo a viabilização de negócios, eliminando distâncias e permitindo comunicações a qualquer tempo.
 
A utilização desses recursos, na educação, é uma forma de fazer frente a este mundo em transformação, pois os recursos que podem ser disponibilizados como hipertexto, multimídia, mecanismos de comunicação, entre outros, facilitam o aprendizado, pois possibilitam a comunicação e a interação entre os participantes de um processo ensino-aprendizagem.
 
As conseqüências da utilização da tecnologia na educação podem ser:


== História do Capitalismo ==
== História do Capitalismo ==

Edição das 15h48min de 10 de novembro de 2004

Capitalismo é o sistema econômico que tem por base a acumulação de capital em proprietários privados.

Predominante na imensa maioria das sociedades e dos Estados-nações do mundo, o Capitalismo tem sua gênese com a formação, na Europa, da classe burguesa, detentora dos modos de produção porém alijada do poder político. Quando, na passagem da Idade Média para a Idade Moderna, a terra foi substituída pela moeda como principal bem econômico, os burgueses substituíram os senhores feudais como classe produtora, mas não como classe dirigente. Criou-se, assim, uma situação contraditória (do ponto de vista burguês), na qual os principais produtores sofriam restrições àquilo que consideravam seus direitos econômicos. Criando ideologias como o Iluminismo e o Liberalismo, através de um discurso apelativo à razão e à universalidade, os burgueses foram alcançando o poder político e consolidaram-se, com a Revolução Francesa, como nova classe dirigente nas sociedades, assim permanecendo até hoje.

capitalismo eA revolução tecnológica está determinando novos conceitos de comunicação, facilitando o contato entre as pessoas, permitindo o acesso a uma grande quantidade de informações necessárias à tomada de decisão no mundo globalizado.

O tópico da revolução tecnológica deste artigo toma como referência básica o trabalho de Castells (1999) que faz uma análise da revolução tecnológica, destacando sua importância histórica, comparando o que esta revolução tem em comum com outros momentos da evolução humana, além de fazer uma caracterização do que vem a ser especificamente a revolução da tecnologia da informação.

Segundo Castells (1999, p. 49), estamos vivendo um dos raros intervalos da história cuja característica é a transformação de nossa "... ‘cultura material’ pelos mecanismos de um novo paradigma tecnológico que se organiza em torno da tecnologia da informação".

Segundo o mesmo autor, entre as tecnologias da informação destacam-se microeletrônica, hardware, software, telecomunicações, radiodifusão optoeletrônica e engenharia genética, que são rodeadas por avanços tecnológicos em relação às fontes de energia, aplicações em medicina, técnicas de produção, entre outras.

Essa revolução da tecnologia da informação não deve ser subestimada, e sim deve ser atribuída a mesma importância dada à revolução industrial, ocorrida no século XVIII, que induziu um "...padrão de descontinuidade nas bases materiais da economia, sociedade e cultura". (CASTELLS, 1999, p.50)

Melvin Craizberg e Carroll Purssell, citados por Castells (1999, p.50), mostram que todas as revoluções são caracterizadas pela "penetrabilidade" ou seja, "...uma penetração em todos os domínios da atividade humana, não como fonte exógena de impacto, mas como o tecido em que essa atividade é exercida". O que caracteriza a revolução tecnológica atual é a aplicação dos conhecimentos e a informação para a geração de novos conhecimentos e dispositivos de comunicação/processamento que irão gerar novos conhecimentos e informação, aumentando portanto sua difusão a partir do momento em que os usuários se apropriam dela e a redefinem.

Outro aspecto da revolução tecnológica da informação citada por Castells é que quando comparada a seus antecessores históricos, observa-se que se disseminou rapidamente em vinte anos, começando a tomar forma a partir da década de 70, atingindo seu grande desenvolvimento na década de 90 com o progresso das redes de computadores.

Castells (1999) afirma que, para os historiadores, ocorreram pelo menos duas revoluções industriais: a primeira no final do século XVIII – caracterizada por novas tecnologias como máquina a vapor e fiadeira, bem como pela substituição das ferramentas manuais pelas máquinas – e a segunda, após aproximadamente cem anos, com o desenvolvimento da eletricidade, do motor de combustão interna e pelo início de novas tecnologias (telégrafo e telefone).

Segundo o autor, para que ocorra uma inovação tecnológica tem que existir todo um contexto, pois é a tecnologia que reflete o estágio de conhecimento, o ambiente institucional e industrial específico, a disponibilidade de pessoas com capacidade para definir e solucionar um problema técnico, a mentalidade econômica e a rede de pessoas que irão produzir e usar a tecnologia.

Castells cita que a transformação que as tecnologias causam na sociedade, segundo registros históricos parecem indicar, será tanto mais rápida quanto mais próxima for a relação entre locais de inovação, produção e utilização.

O grande salto da tecnologia da informação para Castells (1999) ocorreu durante o período da Segunda Guerra Mundial e no período imediatamente seguinte, com as descobertas em eletrônica do primeiro computador eletrônico e do transístor, embora não possamos nos esquecer das tecnologias do telefone (1876), do rádio (1898) e da válvula (1906), mas foi na década de 70 que as novas tecnologias da informação difundiram-se amplamente, ocorrendo em 1971 a invenção do microprocessador chip por Ted Hoff, engenheiro da Intel; em 1975, por Ed Roberts, a construção do "Altair", base do Apple I e posteriormente em 1976 do Apple II, idealizado por Steve Wozniak e Steve Jobs. Devido ao grande sucesso do computador, em 1981 a IBM lança o PC (Computer Personal) e em 1984 surge o Macintosh da Apple, sendo o primeiro passo rumo aos computadores de fácil utilização, com tecnologia baseada em ícones e interfaces com o usuário.

O mesmo autor ainda afirma que, desde meados da década de 80, os microcomputadores atuam em rede graças ao desenvolvimento das telecomunicações (roteadores e comutadores eletrônicos "nós") e novas conexões (tecnologias de transmissão). A optoeletrônica (transmissão por fibra ótica e laser) e a capacidade de transmissão de pacotes digitais promoveram um aumento surpreendente da capacidade de linhas de transmissão. A radiodifusão (transmissão tradicional, direta via satélite, microondas, telefonia celular digital), cabos coaxiais e fibras óticas são tecnologias que vieram a favorecer a tecnologia da informação que estamos vivenciando. "Cada grande avanço em um campo tecnológico específico amplifica os efeitos das tecnologias da informação conexas". (CASTELLS, 1999, p. 63)

A primeira revolução da tecnologia da informação, segundo Castells, concentrou-se nos Estados Unidos, em especial na Califórnia na década de 70, sendo influenciada pelos progressos econômicos, institucionais e culturais das duas décadas anteriores, ocorrendo como resultado mais da indução tecnológica do que da determinação social.

Embora quem tenha iniciado essa revolução tenha sido o Estado, estimulando e incentivando os projetos de pesquisa em vários países, se não houvesse a participação de empresários inovadores que deram início ao Vale do Silício ou clones do PC em Taiwan, seria pouco provável que existissem dispositivos tecnológicos flexíveis e descentralizados que estão se difundindo em todas as áreas de atividade humana. (CASTELLS, 1999)

Para Castells (1999, p. 78), os aspectos centrais do paradigma da tecnologia da informação são:

informação como matéria-prima. Ou seja, são tecnologias para agir sobre a informação;

penetrabilidade dos efeitos das novas tecnologias: como a informação é parte integral da atividade humana, quer seja individual ou socialmente, as tecnologias da informação moldam esse processo;

lógica das redes: a morfologia das redes parece se adequar a essa nova estrutura de tecnologia da informação, caracterizada pela crescente complexidade de interação e pelos modelos imprevisíveis do desenvolvimento derivado do poder criativo dessa interação;

flexibilidade: possibilidade de modificações e alterações dos componentes das organizações;

convergência de tecnologias específicas para um sistema altamente integrado. Dessa forma, microeletrônica, telecomunicações e optoeletrônica ficam integradas no sistema de informação.

Essas novas tecnologias de comunicação e informação empregadas no ensino, segundo Castells (1999), têm a característica da penetrabilidade, ou seja, podem ser incorporadas em todas as atividades exercidas pelo homem, permitem o acesso de grande parte da população a grandes centros tecnológicos, através de meios como a internet, redes de computadores, teleconferências, ou videoconferências, o que pode minimizar sensivelmente as barreiras geográficas, sem deixar de respeitar as características regionais, e sem perder o foco da universalização do saber. "Ensinar e aprender são os desafios maiores que enfrentamos em todas as épocas e particularmente agora em que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o da informação e do conhecimento". (MORAN, 2001, p.12)

O emprego de novas tecnologias, segundo Assmann (2000), "ampliam o potencial cognitivo do ser humano (seu cérebro e mente) e possibilitam mixagens complexas e cooperativas", estimulando tanto o aluno a ser autônomo, para conduzir o seu conhecimento no seu ritmo e conforme sua necessidade ou interesse, quanto o professor a se capacitar e conhecer novas técnicas do processo ensino/aprendizagem, pois a tecnologia envolve novos conceitos de comunicação, diferentes dos conhecidos em um ambiente de aula presencial.

A internet, ao ser utilizada como recurso educacional, modifica vários elementos presentes no processo ensino-aprendizagem, com relação à atuação do professor, da Instituição de ensino e do aluno.

O professor deverá refletir sobre o novo modelo didático, que deverá ser de caráter participativo, interativo e contextualizado (SAMPAIO; LEITE, 1999), sendo que a aula não estará mais limitada a um espaço de tempo determinado, tornando-se flexível em um espaço cibernético. Para que os objetivos do professor sejam atingidos, tal educador deverá conhecer as tecnologias e saber empregá-las de forma adequada às necessidades do perfil de alunos e do conteúdo que será ministrado nesse novo processo de aula não presencial.

Todos esses fatores geram insegurança no professor, pois, a grande maioria foi alfabetizada culturalmente através de textos e com a utilização de novos recursos de comunicação e informática, o professor terá que realizar uma "ruptura com suas raízes" (YANES; AREA,1998), aprendendo a interagir com esses recursos. No entanto os autores alertam que se deve evitar que ocorra tanto uma tecnofobia, como uma "fascinação irreflexiva destas formas de magia cultural". Os novos recursos de comunicação e informação devem ser um meio de aprendizagem ativa e participativa, sendo necessário, portanto, que o professor receba a alfabetização tecnológica. Sampaio e Leite (1999, p. 75) definem a alfabetização tecnológica como:

...um conceito que envolve o domínio contínuo e crescente das tecnologias que estão na escola e na sociedade, mediante o relacionamento crítico com elas. Este domínio se traduz em uma percepção global do papel das tecnologias na organização do mundo atual e na capacidade do professor em lidar com as diversas tecnologias, interpretando sua linguagem e criando novas formas de expressão, além de distinguir como, quando e por que são importantes e devem ser utilizadas no processo educativo.

A instituição terá que investir em tecnologia e na atualização dos docentes e deverá possuir preferencialmente uma equipe que dê suporte e acompanhamento aos professores e aos alunos. Para tanto, Gomes, Pezei e Barcia (2001) destacam a necessidade de se elaborar com clareza uma abordagem educacional para todos envolvidos no projeto, conhecendo onde, por que e como chegar para que os esforços sejam direcionados a um objetivo comum, que é a aprendizagem do aluno.

O aluno terá que conhecer as ferramentas de comunicação, além de dispor da tecnologia para essa comunicação. Como o processo de Educação a Distância (EaD) pressupõe autonomia do aprendiz frente aos conteúdos estabelecidos, o aluno terá que ser autogestor do seu conhecimento, participando de forma ativa no curso com os elementos disponíveis de comunicação, além de ter autodisciplina e organização para realizar as tarefas solicitadas no tempo determinado pelo planejamento do curso. Mas, para que essa aprendizagem ocorra, Moran (s/d) destaca a necessidade do aluno estar maduro, para que possa efetivamente.

... incorporar a real significação que essa informação tem para ele, para incorporá-la vivencialmente, emocionalmente. Enquanto a informação não fizer parte do contexto pessoal intelectual e emocional – não se tornará verdadeiramente significativa, não será aprendida verdadeiramente.

A interação que professores e alunos fizerem com os meios, por si só, não definirá as potencialidades ou as limitações de um aprendizado. Para que o aprendizado ocorra em um ambiente que contemple novas tecnologias de informação e comunicação, devem-se analisar também os meios que são empregados, considerando o contexto de uma metodologia organizada com tecnologia, sem deixar de apontar a relevância do fator humano nessa comunicação.

A Ead é globalizante e integradora, não se referindo a produtos, mas sim a processos, métodos e técnicas, o que caracteriza seu papel de mediadora numa relação onde professor e alunos estão fisicamente separados. Daí a necessidade, a nível (sic) pedagógico de uma comunicação bidirecional mediatizada, através de tecnologias adequadas, objetivando a formação integral dos alunos, de forma que se transformem em construtores do seu próprio conhecimento e não em meros receptores de informações. (MARTINS et al, 2001)

Para o estabelecimento de um novo processo de aprendizagem bem sucedido, não basta apenas a técnica, mas também há a necessidade de que Instituição, professor e aluno, estejam engajados e imbuídos de um objetivo comum, e que a escola possa produzir, em conformidade com o meio em que está, novos conhecimentos, não sendo apenas uma preparação para o mercado. Haverá, assim, uma sinergia entre competências, informações e novos saberes". (PRETTO, 2000)

A utilização da tecnologia na educação não nos deve encantar a ponto de torná-la um elemento não construtivo e antidemocrático, pelo contrário, deve ser um elemento de crescimento individual e coletivo para uma sociedade mais justa e igualitária, pois conforme Pretto (1995) destaca, "uma nova razão começa a ser gestada, baseada em outro ‘logos’, não mais operativo, mas que tem na globalidade e na integridade seus valores mais fundamentais", propiciando ao aluno atuar, refletir e responder ao aprendizado de forma consciente e colaborativa, não mais sendo um sujeito passivo e mero receptor de informação, mas participando de forma ativa de seu aprendizado.

É importante destacar a crítica que Demo (2000, p.149) faz ao "instrucionismo" como prática educacional.

Na aprendizagem não só se maneja conhecimento, como também se forja a habilidade emancipatória do ser humano, tornando-o capaz de sair da condição de massa de manobra. Daí não segue que somente aprendemos o que nos emancipa, porque a direção pode voltar-se pelas avessas, quando nos tornamos competentes na habilidade de imbecilizar os outros.

Cabe lembrar que não é a possibilidade gerada pelas novas tecnologias computacionais para interagir e compartilhar o saber que vai mudar o contexto de domínio dos que sabem mais sobre os que menos sabem. Continuamos na mesma necessidade, ou seja, é preciso que o educador se posicione e acredite no processo de aprendizagem que permita ao sujeito construir a própria história, conforme destaca Demo (2000, p.149), ao afirmar: "como sempre, o sentido ético da aprendizagem não é algo apenas dado, mas necessita ser arduamente construído e reconstruído na sociedade"

Portanto,caguei sem parar puta o surgimento das novas tecnologias da informação e da comunicação, foi fruto do desenvolvimento progressivo da humanidade e tais tecnologias atualmente fazem parte de várias atividades profissionais, no mundo científico e no lazer, favorecendo a viabilização de negócios, eliminando distâncias e permitindo comunicações a qualquer tempo.

A utilização desses recursos, na educação, é uma forma de fazer frente a este mundo em transformação, pois os recursos que podem ser disponibilizados como hipertexto, multimídia, mecanismos de comunicação, entre outros, facilitam o aprendizado, pois possibilitam a comunicação e a interação entre os participantes de um processo ensino-aprendizagem.

As conseqüências da utilização da tecnologia na educação podem ser:

História do Capitalismo

O capitalismo teve seu início na Europa. Suas características aparecem desde a baixa idade média (do século XI ao XV) com a transferência do centro da vida econômica social e política dos feudos para a cidade. O Feudalismo passava por uma grave crise decorrente da catástrofe demográfica causada pela Peste Negra que dizimou 40% da população européia e pela fome que assolava o povo. Já com o comércio reativado pelas Cruzadas (do século XI ao XII), a Europa passou por um intenso desenvolvimento urbano e comercial e, conseqüentemente, as relações de produção capitalistas se multiplicaram, minando as bases do feudalismo. Na Idade Moderna, os reis expandem seu poderio econômico e político através do mercantilismo e do absolutismo. Dentre os defensores deste temos os filósofos Jean Bodin("os reis tinham o direito de impor leis aos súditos sem o consentimento deles"), Jacques Bossuet ("o rei está no trono por vontade de Deus") e Niccòlo Machiavelli ("a unidade política é fundamental para a grandeza de uma nação"). Com o Absolutismo e com o Mercantilismo, o Estado passava a controlar a economia e a buscar colônias para adquirir metais(metalismo) através da exploração. Isso para garantir o enriquecimento da metrópole. Esse enriquecimento favorece a burguesia - classe que detém os meios de produção - que passa a contestar o poder do rei, resultando na crise do sistema absolutista. E as revoluções burguesas, como a Revolução Inglesa (1640-60, Hill 1940) e a Revolução Francesa (1789-99, Soboul 1965), construíram o arcabouço institucional de suporte ao desenvolvimento capitalista.

A partir da segunda metade do século XVIII, com a Revolução Industrial, inicia-se um processo ininterrupto de produção coletiva em massa, geração de lucro e acúmulo de capital. Na Europa Ocidental, a burguesia assume o controle econômico e político. As sociedades vão superando os tradicionais critérios da aristocracia (principalmente a do privilégio de nascimento) e a força do capital se impõe. Surgem as primeiras teorias econômicas: a Economia Política e a ideologia que lhe corresponde, o liberalismo. Na Inglaterra, o escocês Adam Smith, fundador da primeira e adepto do segundo, publica a obra Uma Investigação sobre Naturezas e Causas da Riqueza das Nações (1776), em que assenta a teoria do valor-trabalho e defende a livre-iniciativa e a não-interferência do Estado na economia. Desse modo, em seu estágio atual, o capitalismo, que nasceu liberal e passou pela social democracia, procura renovar-se retornando às origens, com o neoliberalismo.

Capitalismo no Brasil

No Brasil, uma versão peculiar de capitalismo se caracteriza por uma sociedade de elite, como distinta de burguesa, cuja base de sustentação material é a acumulação entravada, ou desenvolvimento entravado, como disitnto de desenvolvimento desimpedido.

Refs: Hill, Christopher (1940) The English Revolution Lawrence & Wishart, London, 1955

Soboul, Albert (1965) La révolution Française Collection "Que sais-je?" Nº 142, Presses Universitaires de France, Paris


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