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== Menires do concelho de Vila do Bispo ==
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[[File:Monte dos Amantes Vila do Bispo.jpg|thumb|Menires como pedra para a construção civil - Monte dos Amantes - Vila do Bispo]]
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O concelho de Vila do Bispo possui uma riquíssima concentração de [[menir]]es no [[Algarve]].
A palavra menir é originária do bretão ''men'' = pedra + ''hir'' = grande e refere-se a uma grande pedra cravada verticalmente no solo.
Com um número conhecido a rondar os cerca de 300 exemplares<ref>Num inventário realizado em 2005 contabilizaram-se 258 menires no concelho de Vila do Bispo. No entanto este número deverá ser superior se tivermos em conta que, nalguns locais, apenas foram contabilizados como um menir os vários fragmentos de menir arrastados para as extremas do terreno, havendo por isso a necessidade de determinar, por meios científicos, a quantos menires pertencem os vários fragmentos.</ref>.
O concelho de Vila do Bispo possui a mais rica concentração de menires de todo o Algarve.
São constituídos na sua maioria por calcário branco, cuja alvura faz deles um elemento que se destaca na paisagem, sendo também conhecidos, no concelho, três exemplares em arenito.
Com um número conhecido a rondar os cerca de 300 exemplares <sup>12</sup> estes monumentos continuam um enigma, para quem estuda a pré-história.
Com formas sub-cilíndricas, sub-cónicas, estelares ou simples pedras erectas, a grande maioria dos menires apresentam decoração.
São constituídos na sua maioria por calcário branco,cuja alvura faz deles um elemento que se destaca na paisagem, sendo também conhecidos , no concelho, 3 outros exemplares em arenito.
As decorações mais usuais nos menires do concelho de Vila do Bispo são: (i) conjuntos de 3 ou 4 linhas onduladas paralelas; (ii) conjuntos de elipses segmentadas; (iii) conjuntos de elipses não segmentadas que se estendem desde o topo do menir até à base; (iv) conjuntos de semi-elipses que se organizam à volta de um cordão no topo do menir (ver foto). Desconhece-se o seu significado.
Com formas sub-cilíndricas, sub-cónicas, estelares ou simples pedras erectas, a grande maioria dos menires apresentam decoração.
As decorações mais usuais nos menires do concelho de Vila do Bispo são: conjuntos de 3 ou 4 linhas onduladas paralelas, conjuntos de elipses segmentadasconjuntos de elipses não segmentadas que se estendem desde o topo do menir até à base, e  conjuntos de semi-elipses que se organizam à volta de um cordão no topo do menir (ver foto).
Desconhece-se o seu significado.
 
Originalmente erectos , os arqueólogos dividem-se quanto à função de um menir. Se há quem defenda que foram objectos de culto ligados a rituais de fertilidade <sup>13</sup>, outros há que os consideram marcos de posse de um território nas comunidades Neolíticas.
Outras funções tais como: a) - sinais de orientação na paisagem (para um grupo de menires que formam um ''alinhamento'' ; b) – observatórios astrais para um grupo de menires que formam um ''cromelech'' ; c) uma função simbólica “...''centro de referência do espaço habitado...por oposição ao espaço desconhecido..''.” são também defendidas.
 
Inicialmente datados do Neolítico final/ Calcolítico, atribuiu-se posteriormente aos menires uma maior antiguidade considerando-os do Neolítico antigo,  teoria ainda hoje defendida. 
Recentemente os trabalhos  David Calado, na Quinta Queimada, em Lagos, questionam as anteriores cronologias, a partir dos resultados obtidos em amostras recolhidas no alvéolo de implantação de um menir  que apontam  para datações por OSL ( Luminescência opticamente estimulada) ,  para um período entre 7983 e 6203 A.C. No entanto o trabalho do arqueólogo aguarda  por resultados similares , por outros métodos , para a confirmação dos resultados e aceitação das datações obtidas.


As principais áreas de distribuição de menires no concelho de Vila do Bispo são.
As principais áreas de distribuição de menires no concelho de Vila do Bispo são.
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Apesar duma espécie de protecção teórica garantida pelas entidades oficiais para alguns menires, na prática os menires de Vila do Bispo continuam expostos, no dia a dia, a todo um vandalismo que se traduz principalmente na sua utilização para a construção civil.
Apesar da protecção formalmente garantida pelas entidades oficiais para alguns menires, na prática os menires de Vila do Bispo continuam expostos, no dia a dia, a todo um vandalismo que se traduz, principalmente, na sua utilização para a construção civil.
 


==Aldeias extintas no concelho de Vila do Bispo==
==Aldeias extintas no concelho de Vila do Bispo==

Edição das 18h37min de 10 de outubro de 2011

Vila do Bispo
Igreja de Vila do Bispo.jpg
Igreja de Vila do Bispo

Brasão de Vila do Bispo Bandeira de Vila do Bispo

Localização de Vila do Bispo

Área 178,99 km²
População 5 349 hab. (2001)
Densidade populacional 29,9  hab./km²
N.º de freguesias 5
Fundação do município
(ou foral)
1662
Região (NUTS II) Algarve
Sub-região (NUTS III) Algarve
Distrito Faro
Província Algarve
Feriado municipal 21 de Janeiro
Código postal 8650 Vila do Bispo
Sítio oficial www.cm-viladobispo.pt/
Município de Portugal Flag of Portugal.svg

Vila do Bispo é uma vila portuguesa no Distrito de Faro, região e sub-região do Algarve, com cerca de 956 habitantes (2001).

É sede de um município com 178,99 km² de área e 5 349 habitantes (2001), subdividido em 5 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Aljezur, a nordeste por Lagos e a sul e oeste tem litoral no oceano Atlântico. O litoral do município, desde a costa oeste até à praia de Burgau a leste, faz parte do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina.

População do concelho de Vila do Bispo (1801 – 2004)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
684 3 278 4 912 6 082 5 988 5 700 5 762 5 349 5 381

As freguesias de Vila do Bispo são as seguintes:

História

As primeiras referências conhecidas à Aldeia do Bispo surgem no século XIV num documento de D. Afonso IV, uma carta de foro, datada de 27 de Março de 1329, e, posteriormente, em 1353 noutra carta régia em que o monarca retira à igreja, Bispo e Cabido de Silves a jurisdição “... da aldeia que chamam do Bispo, que he no Cabo de Sam Vicente ...” [1] incorporando-a no termo de Silves.

Estas duas cartas régias vêm contrariar a versão da história, tantas vezes repetida [2], que a Aldeia do Bispo (posteriormente Vila do Bispo) terá surgido da doação da Aldeia de Santa Maria do Cabo feita por D. Manuel ao Bispo D. Fernando Coutinho.

É simplista a ideia que a Aldeia de Santa Maria do Cabo, por ter sido doada, em 1515, ao Bispo, passe depois a ser conhecida como Aldeia do Bispo. Como testemunham as cartas de 1329 e 1353 a Aldeia do Bispo existia já desde o século XIV.

Na verdade a Aldeia de Santa Maria do Cabo e a Aldeia do Bispo foram duas aldeias distintas.

A Aldeia do Bispo situou-se inicialmente mais a ocidente da atual povoação, como testemunham os escritos do Padre Luís Cardoso, no século XVIII, quando menciona a igreja matriz, referindo que a igreja estava fora da povoação a pouca distância dela, e a Aldeia de Santa Maria do Cabo, hoje extinta, situava-se nos Curraes da Granja[3].

O bispo D. Fernando Coutinho (senhor da Aldeia do Bispo) recebeu a doação, de D. Manuel, da Aldeia de Santa Maria do Cabo e integrou-a no perímetro da Aldeia do Bispo[4].

Deve-se provavelmente ao pirata Francis Drake o incêndio e destruição da Aldeia de Santa Maria do Cabo[5].


Menires do concelho de Vila do Bispo

Menires de Vila do Bispo algumas decorações
Menires como pedra para a construção civil - Monte dos Amantes - Vila do Bispo

O concelho de Vila do Bispo possui uma riquíssima concentração de menires no Algarve. Com um número conhecido a rondar os cerca de 300 exemplares[6]. São constituídos na sua maioria por calcário branco, cuja alvura faz deles um elemento que se destaca na paisagem, sendo também conhecidos, no concelho, três exemplares em arenito. Com formas sub-cilíndricas, sub-cónicas, estelares ou simples pedras erectas, a grande maioria dos menires apresentam decoração. As decorações mais usuais nos menires do concelho de Vila do Bispo são: (i) conjuntos de 3 ou 4 linhas onduladas paralelas; (ii) conjuntos de elipses segmentadas; (iii) conjuntos de elipses não segmentadas que se estendem desde o topo do menir até à base; (iv) conjuntos de semi-elipses que se organizam à volta de um cordão no topo do menir (ver foto). Desconhece-se o seu significado.

As principais áreas de distribuição de menires no concelho de Vila do Bispo são.

Lugares Freguesia direcção menires
Vila do Bispo Vila do Bispo N/ NE 32 menires
Altos das Raposeira Raposeira NE 16 menires
Altos das Barradas - Serra da Borges Vila do Bispo SE 29 menires
Monte dos Amantes Vila do Bispo SW 33 menires
Lagoa do Garcia - Ponte da Granja Vila do Bispo W / SW 17 menires
Milrei Raposeira S 33 menires
Padrão Raposeira S / SW 30 menires
Aspradantas Raposeira SE 24 menires
Figueira,Budens,B.S.Miguel Budens SW / E 39 menires
Menires recolhidos em Museus + destruídos/desaparecidos - - 5 menires
- - total = 258 menires

Apesar da protecção formalmente garantida pelas entidades oficiais para alguns menires, na prática os menires de Vila do Bispo continuam expostos, no dia a dia, a todo um vandalismo que se traduz, principalmente, na sua utilização para a construção civil.

Aldeias extintas no concelho de Vila do Bispo

Aldeias extintas do concelho de Vila do Bispo

Aldeia de Nossa Senhora da Graça

A aldeia de Nossa Senhora da Graça é mencionada numa carta régia de D. Fernando[7] e estava situada a sul da ermida de Guadalupe, no lugar do Alto da Senhora da Graça, onde Estácio da Veiga localizou inicialmente vestígios arqueológicos duma povoação extinta ou arrasada de origem muçulmana e posteriormente foram localizados vestígios cristãos de origem medieval.

Nas proximidades do local a existência do topónimo Zavial[8] e o ponto estratégico que representa o Alto da Senhora da Graça, onde na Ponta da Torre existem vestígios de uma atalaia, dão pistas para entender o passado.

Deixando supor que durante a reconquista cristã do território (1248) a povoação muçulmana e a azóia aí existentes tenham sido um combate difícil para os guerreiros cristãos. Era usual, na época, o pedido de protecção à Virgem para as sangrentas batalhas a serem travadas na expansão da fé cristã e do território. Após a vitória, que aconteceu sobre os monges guerreiros muçulmanos e em agradecimento à Virgem, a povoação terá começado a ser chamada de aldeia da Graça (ou de Nossa Senhora da Graça) pela graça concedida na conquista do lugar.

Julga-se que um dos motivos para a extinção da aldeia terão sido as consequências da peste negra na região (1348), uma vez que se sabe que mais de dois terços da população pereceu com a praga.

Aldeia de Santa Maria do Cabo

Localizada nos Currais da Granja/Granja/Vila do Bispo foi doada por D. Manuel , em 1515 , ao Bispo do Algarve/(Silves) D. Fernando Coutinho que a integrou no perímetro da Aldeia do Bispo, da qual era senhor.

Assente sobre vestígios arqueológicos de origem romana e muçulmana é neste local que as evidências apontam para a existência, durante o domínio muçulmano, da “Igreja do Corvo “.

Uma vez que a história da região deverá ser repensada, deverá também ser reinterpretado o documento da criação do priorado de Sagres de 1519[9] onde se afirma que o priorado foi separado “da Igreja de santa Maria d ´aldea do bispo...donde te ora eram fregueses...”.

Ora a ter existido na região uma igreja de Santa Maria da aldeia do Bispo, esta obviamente, terá sido localizada na Aldeia de Santa Maria do cabo anexada ao perímetro da Aldeia do Bispo em 1515 após a doação de D. Manuel feita ao Bispo Coutinho.

Segundo Gomes e C.T. Silva no Levantamento Arqueológico do Algarve /Concelho de Vila do Bispo, foi incendiada pelos homens de Francis Drake em 1587.

Aldeia de Terçanabal ou Vila do Infante

O documento fundamental para se localizar a Vila do Infante é a carta testamentária do Infante datada de 19 de Setembro de 1460, onde se escreve: “ ...mandei edificar uma vila no outro cabo que ante do dito cabo de Sagres está aos que vem do poente para levante que se chamava terça naball à qual pus nome vila do Infante...

Sem mencionar as polémicas dos nossos historiadores sobre o assunto, que pouco ou nada tem contribuído para o esclarecimento da matéria, em virtude de nunca terem sido tomados em conta os vestígios arqueológicos existentes na região.

É importante mencionar que a questão tem residido na interpretação no texto , da carta do Infante, da palavra ante.

A palavra ante segundo Frei Rosa Viterbo (1744/1822) no Elucidário[10] significa no português antigo: - “ diante, perante, na presença. É muito usado no século XIII e seguintes

Ora segundo as próprias palavras do Infante a sua vila situava-se “diante, perante, na presença “ do Cabo de Sagres, num lugar que se chamava terça naball[11], ao qual pôs o nome de Vila do Infante.

Segundo a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Vila do Bispo que prospectou intensivamente a região, num trabalho ainda por publicar, os vestígios arqueológicos da última alcaria conhecida antes de se atingir a costa de Sagres /S. Vicente localizam-se no Catalão em Sagres, onde as palavras do texto do Infante fazem todo o sentido.

E é neste local que a Vila do Infante, deve ser localizada

De resto será difícil imaginar que um príncipe da estirpe do infante D. Henrique, tenha estabelecido inicialmente a sua vila na Fortaleza de Sagres, quando se sabe que uma fortaleza não se constrói em meses[12], que a região do Cabo de Sagres era escassa de água, e a costa infestada pela pirataria.

Referências

  1. Cf. DOMINGUES, Garcia. História Luso Árabe. 1945, pg. 227.
  2. Cf. LOPES, Silva. Corografia (…). 1841.
  3. Granja, Vila do Bispo. Cf. VELHINHO, João. Repensar a História de Vila do Bispo. Loulé: 2003.
  4. Cf. CARVALHO, Guida; VIDIGAL, Luís. Vila do Bispo e o Algarve em 1758. Loulé: ADPHAVB, 2006.
  5. Cf. GOMES, M. V.; SILVA, C. T. Levantamento Arqueológico do Algarve: Concelho de Vila do Bispo. Faro: SEC, 1987, pg. 40.
  6. Num inventário realizado em 2005 contabilizaram-se 258 menires no concelho de Vila do Bispo. No entanto este número deverá ser superior se tivermos em conta que, nalguns locais, apenas foram contabilizados como um menir os vários fragmentos de menir arrastados para as extremas do terreno, havendo por isso a necessidade de determinar, por meios científicos, a quantos menires pertencem os vários fragmentos.
  7. Cf. ANTT, Chancelaria de D. Fernando, liv 1, fl 151 - 25.06 1374, documento citado por Fernando C. C. Corrêa – A cidade e o Termo de Lagos no Período dos Reis Filipes - Lagos – Centro de Estudos Gil Eanes - 1994 - página 19 – “ Os limites iniciais do termo (de Silves) abrangiam a área compreendida entre essa povoação (Silves) e o Cabo de S. Vicente. Foram estabelecidos em 25 de Junho de 1374 por carta de D. Fernando. Nela mencionam-se as aldeias de Raposeira, Aldeia do Bispo, Conraja (Srª da Graça - o autor confessa que não conseguiu identificar o topónimo).
  8. De Zavia ou Azóia, convento de origem muçulmana habitado por monges guerreiros
  9. Cf. ANTT - Chancelaria de D.Manuel , livro 7 de Guadiana, fls 220/221 vs.
  10. Cf. VITERBO, Frei Joaquim de Santa Rosa de. Elucidario das palavras: termos e frases que em Portugal antigamente se usaram e que hoje regularmente se ignoram: obra indispensavel para entender sem erro os documentos mais raros e preciosos que entre nós se conservam, vol. 1.
  11. Uma antiga alcaria/povoado de origem muçulmana
  12. Zurara, em 1453 na sua crónica, refere que apenas viu em Sagres muros de boa fortaleza.

12- Em inventário realizado em 2005 contabilizaram-se 258 menires no concelho de Vila do Bispo,no entanto este número deverá ser superior se tivermos em conta que , nalguns locais, apenas foram contabilizados como 1 menir os vários fragmentos de menir arrastados para as estremas do terreno. Havendo por isso a necessidade de determinar por meios científicos, a quantos menires pertencem os vários fragmentos.

13 - “...A obsessão pela conotação sexual dos menires parece hoje em dia ter regredido (…) É curioso que, noutras áreas megalíticas europeias (e não só) o falimorfismo dos menires é um conceito residual; na verdade a interpretação mais consensual privilegia o carácter antropomórfico desses monumentos (...)” - Manuel Calado e Leonor Rocha – Menires e Neolitização - História da investigação no Algarve – revista Xelb 7 - Actas do 4º Encontro de Arqueologia do Algarve-Percursos de Estácio da Veiga – Silves 24/25 de Novembro de 2006

Ligações externas


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