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A '''Staatliches Bauhaus''', | A '''Staatliches Bauhaus''', comummente conhecida como '''Bauhaus''', foi uma [[escola de arte]] [[vanguarda|vanguardista]] na [[Alemanha]]. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado [[Modernismo]] no [[design moderno|design]] e na [[arquitetura moderna|arquitetura]], sendo a primeira escola de design do mundo.<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Professores da USP analisam os 100 anos da Bauhaus|url=https://jornal.usp.br/cultura/professores-da-usp-analisam-os-100-anos-da-bauhaus/|obra=jornal.usp.br|acessodata=2019-08-03|lingua=pt-BR|data=2019-04-11|publicado=Jornal USP|ultimo=Costa|primeiro=Cláudia}}</ref> | ||
A escola foi fundada por [[Walter Gropius]] em 12 de Abril de 1919, a partir da reunião da '''Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas'''. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, [[artesanato]], e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref name=":0" /> A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela [[República de Weimar]]. Após uma mudança nos quadros do governo, em [[1925]] a escola mudou-se para [[Dessau]], cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em [[1932]], para [[Berlim]], devido à perseguição do recém-implantado governo [[nazista]]. 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Edição das 16h44min de 21 de janeiro de 2020
A Staatliches Bauhaus, comummente conhecida como Bauhaus, foi uma escola de arte vanguardista na Alemanha. A Bauhaus foi uma das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na arquitetura, sendo a primeira escola de design do mundo.[1]
A escola foi fundada por Walter Gropius em 12 de Abril de 1919, a partir da reunião da Escola do Grão-Duque para Artes Plásticas. A intenção primária era fazer da Bauhaus uma escola combinada de arquitetura, artesanato, e uma academia de artes, e isso acabou sendo a base de muitos conflitos internos e externos que se passaram ali. A maior parte dos trabalhos feitos pelos alunos nas aulas-oficina foi vendida durante a Segunda Guerra Mundial.[1] A Bauhaus tinha sido grandemente subsidiada pela República de Weimar. Após uma mudança nos quadros do governo, em 1925 a escola mudou-se para Dessau, cujo governo municipal naquele momento era de esquerda. Uma nova mudança ocorre em 1932, para Berlim, devido à perseguição do recém-implantado governo nazista. Em 1933, após uma série de perseguições por parte do governo nazista, a Bauhaus é fechada, também por ordem do governo.[2] Os nazistas opuseram-se à Bauhaus durante a década de 1920, bem como a qualquer outro grupo que não seguisse sua orientação política.[2] A escola foi considerada uma frente comunista, especialmente porque muitos artistas russos trabalhavam ou estudavam ali. Escritores nazistas como Wilhelm Frick e Alfred Rosenberg clamavam directamente que a escola era "anti-Germânica," e desaprovavam o seu estilo modernista. Contudo, a Bauhaus teve impacto fundamental no desenvolvimento das artes e da arquitetura do ocidente europeu, e também dos Estados Unidos, Israel e Brasil nas décadas seguintes - para onde se encaminharam muitos artistas exilados pelo regime nazista. A Cidade Branca de Tel Aviv, em Israel, que contém um dos maiores espólios de arquitetura Bauhaus em todo o Mundo, foi classificada como Património Mundial em 2003. A escola Bauhaus também influenciou imensamente a América do Sul, tendo como seu principal representante o arquiteto Oscar Niemeyer. A jovem capital brasileira, Brasília, foi projetada em 1957 sob as tendências modernas e funcionalistas inauguradas pelo bauhasianismo. Todo o plano-piloto, incluindo tanto os edifícios residenciais quanto as construções públicas, são exemplos e ícones desta arte, em sua excelência.[1]
O principal campo de estudos da Bauhaus era a arquitetura (como fica implícito até pelo seu nome), e procurou estabelecer planos para a construção de casas populares baratas por parte da República de Weimar. Mas também havia espaço para outras expressões artísticas: a escola publicava uma revista chamada Bauhaus e uma série de livros chamados Bauhausbücher. O diretor de publicações e design era Herbert Bayer.[1]
Projeto de ensino
Apesar de ter passado por diversas alterações em seu perfil de ensino à medida que a direção da escola evoluía, a Bauhaus, de uma forma geral, acreditava que os seus próprios métodos de ensino deveriam estar relacionados às suas propostas de mudanças nas artes e no design. Um dos objetivos principais da Bauhaus era unir artes, produzir artesanato e tecnologia. A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos tinham lugar de destaque.[1]
O Vorkurs - literalmente curso preparatório - era um curso exigido a todos os alunos e ministrado nos moldes do que é o moderno curso de Desenho Básico, fundamental em escolas de arquitetura por todo o mundo. Não se ensinava história na Bauhaus durante os primeiros anos de aprendizado, porque acreditava-se que tudo deveria ser criado por princípios racionais ao invés de ser criado por padrões herdados do passado. Só após três ou quatro anos de estudo o aluno tinha aulas de história, pois assim não iria influenciar suas criações.[1]
Nomes ligados à Bauhaus
Alguns artistas e professores da Bauhaus:
- Walter Gropius
- Mies Van Der Rohe
- Wassily Kandinsky
- Johannes Itten
- Josef Albers
- Lyonel Feininger
- Anni Albers
- Marcel Breuer
- Paul Klee
- Gerhard Marks
- László Moholy-Nagy
- Georg Muche
- Hinnerk Scheper
- Oskar Schlemmer
- Joost Schmidt
- Lothar Schreyer
- Gunda Stölzl
- Marianne Brandt
- Dietmar Starke
- Omar Akbar
- Christian Dell
Ver também
- Arquitetura moderna
- Arte moderna
- Bauhaus e seus sítios em Weimar, Dessau e Bernau
- Design moderno
- International Style
- Modernismo
- Vanguarda
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 Costa, Cláudia (11 de abril de 2019). «Professores da USP analisam os 100 anos da Bauhaus». jornal.usp.br (em português). Jornal USP. Consultado em 3 de agosto de 2019
- ↑ 2,0 2,1 «Bauhaus». www.mac.usp.br. MAC-USP. Consultado em 3 de agosto de 2019. Cópia arquivada em 19 de abril de 2019
Bibliografia
- ARGAN, Giulio Carlo; Arte moderna; São Paulo: Editora Companhia das Letras, 1992.
- BENEVOLO, Leonardo; História da arquitetura moderna; São Paulo: Editora Perspectiva.
- GROPIUS, Walter; Bauhaus - novarquitetura; São Paulo: Editora Perspectiva.
Ligações externas
- «Museu Bauhaus em Weimar»
- «Alguns tipos criados na Bauhaus»
- «Arquivo Bauhaus em Berlim»
- «fundação bauhaus dessau»
- «Bauhaus na arte contemporânea»
- Movimento Bauhaus: o que foi e suas principais características
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