imported>Pinhelense Sem resumo de edição |
Sem resumo de edição |
||
Linha 25: | Linha 25: | ||
Durante muitos [[século]]s o Convento de Almiara ([[Verride]]) foi habitada por Cruzios, frades pertencentes ao convento de [[Santa Cruz de Coimbra]], que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira. | Durante muitos [[século]]s o Convento de Almiara ([[Verride]]) foi habitada por Cruzios, frades pertencentes ao convento de [[Santa Cruz de Coimbra]], que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira. | ||
Formaram-se assim os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência [[homem|masculina]]. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia [[cultivo|cultivada]] e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas. | Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência [[homem|masculina]]. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia [[cultivo|cultivada]] e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas. | ||
No [[século XV]] ([[1414]]) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de [[João de Ruão]]. | No [[século XV]] ([[1414]]) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de [[João de Ruão]]. | ||
Linha 31: | Linha 31: | ||
Nenhuma outra [[casa|habitação]] foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao [[século XIX]]. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos [[nação|nacionais]], entre eles as [[Guerra Peninsular|invasões francesas]] e a fuga da família real para o [[Brasil]], ocorreu em [[1820]] a revolução liberal; embora o [[liberalismo]] definitivo só se tenha instaurado em [[1834]]. | Nenhuma outra [[casa|habitação]] foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao [[século XIX]]. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos [[nação|nacionais]], entre eles as [[Guerra Peninsular|invasões francesas]] e a fuga da família real para o [[Brasil]], ocorreu em [[1820]] a revolução liberal; embora o [[liberalismo]] definitivo só se tenha instaurado em [[1834]]. | ||
Com esta revolução eliminaram-se situações de [[privilégio]] e o [[monopólio]] de [[atividade | Com esta revolução, eliminaram-se situações de [[privilégio]] e o [[monopólio]] de [[atividade económica|atividades económicas]], libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens [[Religião|religiosas]] e houve nacionalização dos seus [[bem|bens]], aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as [[dízima]]s. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas [[parcela]]s de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."' <!-- Grupo Folclórico da ACDS Ereira (ver histórico) --> | ||
[[File:Montemor-o-Velho 16.PNG|thumb|290px|right|<center>Localização no Concelho de Montemor-o-Velho]] | [[File:Montemor-o-Velho 16.PNG|thumb|290px|right|<center>Localização no Concelho de Montemor-o-Velho]] |
Edição das 22h23min de 27 de agosto de 2015
| ||||
---|---|---|---|---|
Freguesia | ||||
Localização | ||||
[[File:Predefinição:Mapa de localização/Portugal Continental|290px|Ereira está localizado em: Predefinição:Mapa de localização/Portugal Continental]] <div style="font-size: 90%; line-height: 110%; position: relative; top: -1.5em; width: 6em; Erro de expressão: Operador < inesperado.">Ereira<div style="position: absolute; z-index: 2; top: Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.%; left: Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.%; height: 0; width: 0; margin: 0; padding: 0;"><div style="position: relative; text-align: center; left: -Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px; top: -Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px; width: Predefinição:Mapa de localização/Portugal Continentalpx; font-size: Predefinição:Mapa de localização/Portugal Continentalpx;"> |
||||
Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 7,26 km² | |||
População total (2011) | 649 hab. | |||
Densidade | 89,4 hab./km² |
Ereira é uma freguesia portuguesa do concelho de Montemor-o-Velho, com 7,26 km² de área e 649 habitantes (2011). Densidade: 89,4 hab/km².
Durante muitos séculos o Convento de Almiara (Verride) foi habitada por Cruzios, frades pertencentes ao convento de Santa Cruz de Coimbra, que tinham na sua posse a maior parte das terras do Baixo Mondego. Estes frades incentivavam gentes da região a arrendar grandes extensões de terra, entre elas a granja de Ereira.
Formaram-se, assim, os morgadios, cujo contrato visava que, em caso de morte do proprietário, a terra poderia ser herdada pelo filho primogénito e só por este, e em caso da sua inexistência poderia ser herdado pela filha mais velha até à existência de descendência masculina. Os proprietários tinham de manter toda a área que lhes pertencia cultivada e tinham ainda de doar aos senhores eclesiásticos a dízima, ou seja, uma décima parte das colheitas feitas, se tal não ocorresse os tributos duplicariam e as terras ser-lhe-iam retiradas.
No século XV (1414) foi erguida a primeira "habitação" na granja de Ereira, que dá pelo nome de casa do Torreão; esta era usada para recebimento de rendas e como moradia dos procuradores. Serviu depois como atelier de João de Ruão.
Nenhuma outra habitação foi construída, ou pelo menos não está descrita nem se conhece a construção, até ao século XIX. Neste século muitas coisas mudaram. Devido a vários acontecimentos nacionais, entre eles as invasões francesas e a fuga da família real para o Brasil, ocorreu em 1820 a revolução liberal; embora o liberalismo definitivo só se tenha instaurado em 1834.
Com esta revolução, eliminaram-se situações de privilégio e o monopólio de atividades económicas, libertando-se desta forma a terra e o comércio. Foram abolidas as ordens religiosas e houve nacionalização dos seus bens, aboliram-se, assim, os morgadios ou parte deles e suspenderam-se as dízimas. Foi nesta altura que o povo conseguiu adquirir pequenas parcelas de terreno que cultivava e onde construía as suas habitações."'
Demografia
Evolução da População
Número de Habitantes de 1864 a 2011 Os Grupos Etários em 2001 Os Grupos Etários em 2011
Criada pela Lei n.º 67/84, de 31 de Dezembro, com lugares desanexados da freguesia de Verride