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Mondim de Basto: mudanças entre as edições

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A freguesia da sede de concelho tem como limites territoriais os das freguesias de Atei, Vilar de Ferreiros, Ermelo e Paradança. A ela pertencem os lugares de Bouça, Campos (parte), Carrazedo, Mogo, Montão, Pedravedra, Senhor da Ponte e Vilar de Viando. Da vila de Mondim de Basto se diz que é a “Sintra de Trás-os-Montes”.
A freguesia da sede de concelho tem como limites territoriais os das freguesias de Atei, Vilar de Ferreiros, Ermelo e Paradança. A ela pertencem os lugares de Bouça, Campos (parte), Carrazedo, Mogo, Montão, Pedravedra, Senhor da Ponte e Vilar de Viando. Da vila de Mondim de Basto se diz que é a “Sintra de Trás-os-Montes”.
==Evolução demográfica==


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==Freguesias==
As freguesias de Mondim de Basto são as seguintes:
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Edição das 14h11min de 24 de outubro de 2008

Predefinição:DadosMunicípioPortugal Mondim de Basto é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Vila Real, região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 3 500 habitantes.

É sede de um município com 171,87 km² de área e 8 574 habitantes (2001), subdividido em 8 freguesias. O município é limitado a nordeste pelo município de Ribeira de Pena, a sueste por Vila Real, a sudoeste por Amarante, a oeste por Celorico de Basto e a noroeste por Cabeceiras de Basto.

Juntamente com os concelhos de Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto e Ribeira de Pena, forma a unidade regional historicamente conhecida como Terras de Basto.

Vila e sede de concelho, Mondim de Basto repousa numa chã fértil na margem esquerda do rio Tâmega e no sopé da grandiosa pirâmide verde do Monte Farinha, coroado pela ermida da Senhora da Graça.

A freguesia da sede de concelho tem como limites territoriais os das freguesias de Atei, Vilar de Ferreiros, Ermelo e Paradança. A ela pertencem os lugares de Bouça, Campos (parte), Carrazedo, Mogo, Montão, Pedravedra, Senhor da Ponte e Vilar de Viando. Da vila de Mondim de Basto se diz que é a “Sintra de Trás-os-Montes”.

Evolução demográfica

População do concelho de Mondim de Basto (1801 – 2004)
1801 1849 1900 1930 1960 1981 1991 2001 2004
2725 4068 7641 8398 10328 9904 9518 8573 8470


Freguesias

As freguesias de Mondim de Basto são as seguintes:

História

Mergulha na noite dos tempos a data da fundação de Mondim. Há quem diga que já os gregos e os assírios andaram por aqui, mas nada o pode garantir. Mais certos são os tempos castrejos, em que estes montes em volta de Mondim eram férteis em população. O aro mondinense abrange montes de impressionante relevo, a principiar pelo ondulado cerro do Monte Farinha, outrora coroado por três proeminentes castros. Aí respira-se um nítido aroma a vida pré-histórica. É nas eminências castrejas que tem de se procurar as origens do povoamento desta terra. Ali, a trezentos metros do cruzeiro de Campos, levanta-se o castro do Castroeiro, que também poderia apenas ser um género de atalaia ligada ao sistema defensivo do castro dos Palhaços, esse o centro político e militar de toda esta região.

No século II antes de Cristo, as legiões romanas sob o comando do cônsul Décio Júnio Bruto invadiram e conquistaram todas estas terras. Sabe-se que houve heróica resistência por parte das tribos montanhesas. No alto da Senhora da Graça poderá ter existido a célebre cidade de Cinínia, onde pontificava a belicosa tribo dos Tamecanos. Todos eles tiveram que se conformar com a imposição romana de virem povoar as partes baixas. Começava um período que se estenderia por quatro séculos. Era o tempo da romanização. As férteis terras desta freguesia íam em pouco tempo mostrar toda a sua produtividade. Tinham início as primeiras formas de organização civil e administrativa. Construíam-se estradas, que deixaram vestígios em Pedravedra, e pontes como a de Vilar de Viando, perto da vila. Foram explorados minérios e ensinada a arte de trabalhar a telha e o tijolo. Nascia a indústria de tijoleiras de Carrazedo.

Os povos germânicos que expulsaram os romanos não parece terem deixado grandes marcas em Mondim, tal como a presença mourisca. Estes continuam no centro de muitas lendas e histórias que nos falam de fabulosos tesouros e de mouras encantadas. Nada de concreto se poderá dizer quanto ao estado de Mondim durante a dominação árabe.

Nos princípios da Nacionalidade, as gentes que por aqui viviam, entregues às suas ocupações rústicas ou pastoris, não possuíam regalias que as defendessem dos usuais atropelos da “gente de algo”. D. Sancho I, a petição dos moradores, outorgou a Mondim uma carta de foral. Nos Paços do Concelho guarda-se esse documento em pergaminho. D. Manuel I concedeu-lhe foral novo em 3 de Junho de 1514. Pelo meio ficavam as Inquirições do século XIII, nas quais S. Cristóvão de Mondim aparece como pertencente à “terra” de Basto. Em 1350, aparece um testamento do conde D. Pedro, filho ilegítimo de D. Dinis, ordenando que os seus bens na vila de Mondim de Basto ficassem a sua “hóspeda” D. Teresa Anes “de Toledo”, que com ele vivia nos paços de Lalim, logo que o arcebispo de Braga estivesse pago da sua dívida. Depreende-se que os bens do conde teriam anteriormente sido dados em penhor de certos dinheiros que o arcebispo lhe emprestara. O passo do testamento é algo confuso (mais por não se conhecer na íntegra nesta disposição), mas não há dúvida significar o referido: “mando que dês que o Arcebispo de Braga for pagado e entregue das mil libras que de mim tem em penhor dos ditos dinheiros de Mondim e de seu termo assim como as eu hei, que todos fiquem e os haja a dita Dona Tareja Anes para sempre, sem encargo nenhum”. A não ser (o que não parece) que se haja dado o contrário: D. Pedro ter feito o empréstimo e ter em penhor dele os bens arquiepiscopais desta freguesia. Durante a crise dinástica subsequente à morte de D. Fernando, Nuno Álvares Pereira andou por aqui, caçando e recrutando homens para a Batalha de Aljubarrota. Tornou-o a fazer anos depois, aquando da Tomada de Ceuta. Em Novembro de 1483 foi a vez de D. João II, o Príncipe Perfeito, se deslocar a esta vila.

Por volta dos meados do século XVII vamos encontrar D. António Luís de Meneses, 1.º marquês de Marialva, como donatário desta vila de Mondim. Foi agraciado com aquele título por D. João IV, depois de ter sido um dos primeiros a aclamá-lo em 1 de Dezembro de 1640. Seguidamente prestou relevantes serviços ao País durante as guerras da Restauração. Pelos inícios do século XVIII, a Câmara de Mondim, juntamente com as de Atei, Cerva e Ermelo apresentaram uma de criação de um Juiz de Fora nestes quatro concelhos. Esta criação era possível, segundo a exposição daquelas câmaras ao marquês de Marialva, porque o território era rico e tinha população suficiente para sustentar um magistrado. Foi escolhida a vila de Mondim para albergar a sede, por ser a melhor e maior povoação, local onde havia bons edifícios, comércio e uma feira todos os meses. Nessa época Mondim tinha-se já tornado o império dos curtumes, fornecendo todo o País de couro e calçado. Em 1758, na sua memória original, o pároco da freguesia de S. Cristóvão diz ter o título de vigário com uma renda anual de 350 mil réis.

O século XIX começou mal e quase que acabava de maneira ainda pior. Logo a 11 de Janeiro de 1811, no decorrer da 2.ª invasão napoleónica, uma coluna destacada do exército de Soult, saiu de Guimarães para Fafe e daí seguiu para Mondim. Aí chegada, antes de continuar para Amarante, o destacamento francês aproveitou para saquear a vila. Deram-se vários recontros e escaramuças entre os invasores e a resistência local. Pelos finais do século, a vila de Mondim perdia momentaneamente o seu estatuto de sede de concelho, por supressão do mesmo, sendo anexada como freguesia ao de Celorico de Basto. Com a restauração do concelho, em 26 de Janeiro de 1898, voltava tudo à forma inicial.

Património

A igreja matriz, totalmente modificada, apresenta da primitiva traça um portal lateral gótico. O corpo da nave é coberto por um tecto de caixotões (ao todo 75 molduras). O altar-mor enquadra um sumptuoso retábulo de talha dourada do século XVIII. Algumas peças de prata, um turíbulo e uma naveta, de oficinas do Porto, valorizam o conjunto das suas alfaias. A Capela do Senhor é um belo e pequeno templo de granito, de estrutura românica, com decoração barroca. O tecto, de madeira, é esquartelado e pintado. As molduras dos caixotões são de grande relevo. Entre as imagens conserva-se uma do século XVI.

A Casa do Eiró, edifício brasonado do século XVIII, destaca-se do casario da vila e segue o tipo comum das residências regionais da época.

Figuras Ilustres

Mondim de Basto tem uma notável galeria de ilustres figuras: Frei António de S. Bernardo Queirós; Frei José de S. Bernardo Mondim Borges de Azevedo Mourão; Abade José Joaquim da Costa Leite; António da Costa Cardoso; e mais, muitos mais de quem se poderia falar, como por exemplo o Dr. António Borges de Castro, uma referência obrigatória no historial da cultura mondinense deste século. Nascido a 23 de Abril de 1904 na cidade do Rio de Janeiro, veio para Portugal com 3 anos de idade, radicando-se na terra natal dos seus progenitores — Mondim de Basto —, onde permaneceu até à data do seu falecimento a 17 de Julho de 1994. Fez a instrução primária nesta vila, o ensino secundário em Guimarães e no Porto, licenciando-se em Direito pela Universidade de Coimbra, no ano de 1927. Exerceu advocacia durante longos anos, vendo-se obrigado a abandonar a sua actividade profissional por motivos de saúde.

Cedo começou a escrever, colaborando durante cerca de 50 anos com os jornais A Voz, Século, Diário Popular, Diário Ilustrado, Comércio do Porto, além de diversas publicações regionais. No Brasil, onde se deslocou amiúde, escreveu para o Jornal Globo e reorganizou, de raiz e a convite de entidades oficiais, a Biblioteca do Liceu Literário Português na cidade do Rio de Janeiro. À sua Mondim de Basto, que amava e conhecia como ninguém, legou num testamento de eternidade, páginas e mais páginas carregadas de beleza e de amor. Um dia, Borges de Castro segredou ao seu amigo Joaquim de Carvalho: “Por vezes adormeço e acordo inebriado pelo amor-carinho que consagro à minha terra”. Foi por isso que deixou livros e mais livros, de estudo, de recolha, de investigação da sua terra, dos seus usos e costumes, retratando com a maior fidelidade a sua Região. Das obras publicadas salientem-se: “Nossa Senhora da Graça - Monografia Histórico-Jurídica”; “Guia Turístico do Monte de Nossa Senhora da Graça e Fisgas de Ermelo”; “Roteiro de Mondim de Basto”; “Cancioneiro Popular de Mondim de Basto”. Além de outros títulos publicados deixou ainda algumas obras prontas para publicação, uma das quais irá ver a luz do dia muito em breve: “Monografia de Mondim de Basto”. Esta magnífica monografia, que se encontra já em fase de pré-impressão, e que tivemos o mui grato prazer de ler, define o homem a quem alguém chamou: “Um verdadeiro repositório histórico-cultural de Mondim de Basto”. Diz António Borges de Castro na Introdução daquilo que foi o seu sonho de sempre: “Fiz pesquisas em todos os arquivos locais e nas melhores bibliotecas públicas, recolhi da tradição oral preciosos elementos etnográficos e históricos entre os mais influentes homens bons que hoje (1990) teriam 150 anos, dizendo que seus pais e avós contavam o mesmo, remontando assim a quase três séculos de história dos factos e coisas mais importantes deste concelho; daí dizer-se que sou a sua história viva”. E é assim que o homem que procurava seguir os ensinamentos do Abade de Baçal e de José Leite de Vasconcelos, nos conduz a uma fantástica viagem através deste concelho, dando-o a conhecer em todas as suas vertentes desde as belezas naturais à sua geografia, da sua história à rica etnografia. E aqui nem sequer se esqueceu de incluir o maravilhoso Cancioneiro Popular Mondinense, permitindo-nos ouvir os falares e cantares do povo, a quem, como ele próprio declara, deu “a alma e o coração”. Parece-nos que não será despropositado aplicar aqui um anterior elogio feito pelo padre Ângelo Minhava, outra grada figura desta terra : “Meu bom amigo Dr. António Borges de Castro: (esta obra) respeita não só aos Mondinenses, mas a todos os Portugueses! É este o melhor elogio que lhe posso dispensar”.

Actividades económicas

Agricultura e pecuária, indústrias de transformação de madeira, de serralharia civil, de calçado e têxtil, pedreiras, comércio e serviços.

Festas e Romarias

Festas do Concelho (a 24 de Julho), S. Bartolomeu (2.ª quinzena de Agosto, em Pedravedra)), Santa Luzia (15 de Agosto, em Vilar de Viando), S. Gonçalo (em Campo) e Semana Cultural do Concelho (de 25 de Abril a 1 de Maio, com carros alegóricos).

Património

Igreja matriz, capelas do Senhor, de Nossa Senhora da Piedade, da Senhora da Ponte e de S. Sebastião, casa da Igreja (c/ brasão), ponte romana, alminhas, cruzeiros, várias casas brasonadas e centro histórico.

Outros Locais

Parque de Campismo, Complexo Restaurante Casa do Lago e Piscina Municipal, Zona Verde, turismo de habitação, Quinta do Fundo, praia fluvial, parque de lazer, campo de ténis, mini-golf, piscinas e castro do Castoeiro (no lugar de Campos – Mondim de Basto).

Gastronomia

Cabrito assado, vinho verde e o geral do concelho.

Artesanato

Tecelagem, tamancaria, bordados e cantaria.

Colectividades

Tocata de S. Tiago, Orquestra de Cavaquinhos “Sons da Eira”, Banda Musical “Clave de Sol”, Mondinense Futebol Clube, Círculo de Veteranos de Mondim de Basto, Clube de Caça e Pesca de Mondim de Basto, Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto.

Orago

S. Cristóvão.

Feiras

Quinzenal (aos dias 2 e 22 de cada mês) e anual (22 de Outubro).

Ligações externas

Pagina com fotos de Mondim de Basto: [1]


Sítio Geográfico: 41º 24' 39.48" N 7º 57' 26.51" W


Marcha de Mondim de Basto

Vamos cantar Mondim, a nossa terra amada,

risonha fada junto ao Tâmega a sonhar…

É pequenina, mas bonita e engraçada:

Nela se encerra todo o amor do nosso lar!

Por toda a parte a natureza, águas correntes,

as avezinhas e as crianças inocentes…

te cantam com graça infinda:

“és linda! Tão linda!


Mondim, Mondim,

ó meu torrão natal,

não tens rival,

não há igual a ti!

Colina em flor!

Jardim que nos sorri!

Mondim, és o meu tesoiro,

o berço de oiro

onde eu nasci!


São as casinhas como as contas do meu terço,

odas juntinhas, pois aqui somos irmãos:

nas alegrias e tristezas deste berço

não há distâncias: pobre e rico dão-se as mãos.

E lá nos campos, inda o sol não dá na serra, l

á anda o povo a sua terra a trabalhar…

Badá-la o cino da igreja…

Silêncio! Rezar!


Tens a fragrância dos jardins do nosso Minho!

Tens a saudade de um adeus a Trás-os-Montes!

Ligas-te ao Douro por pinhais e rosmaninho!

Em ti desfrutam-se os mais belos horizontes!

Ergue-se ao alto Nossa Senhora da Graça

sobre um altar, o singular Monte Farinha,

que, altivo, mostra a quem passa

a nossa Madrinha!

Ligações externas

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