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Plano Real: mudanças entre as edições

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O '''Plano Real''' foi um plano de estabilização econômica feito sob o governo de [[Itamar Franco]] (e posteriormente, [[Fernando Henrique Cardoso]]) em [[1994]] que, visava baixar a [[inflação]] no [[Brasil]].
O '''Plano Real''' foi um plano de estabilização econômica feito sob o governo de [[Itamar Franco]] (e posteriormente, [[Fernando Henrique Cardoso]]) em [[1994]] que, visava baixar a [[inflação]] no [[Brasil]].


O plano começou com a instituição da [[URV]], e terminou por substituir a moeda nacional pelo [[Real (moeda)|Real]]. A crise de [[hiperinflação]] foi de fato debelada, mas uma persistente inflação residual se manteve: a inflação acumulada no Brasil nos primeiros dez anos do plano atingiu 136%, segundo pesquisa divulgada pelo [[IBGE]].
O plano começou com a instituição da [[URV]], e terminou por substituir a moeda nacional pelo [[Real (moeda)|Real]]. A crise de [[hiperinflação]] foi de fato debelada, mas uma persistente inflação residual se manteve: a inflação acumulada no Brasil nos primeiros onze primeiros anos do plano atingiu 165%, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas  [[FIPE]], através do IPC, Índice de Preços ao Consumidor.


Após o encerramento do ciclo de [[Regime Militar|governos militares]] ([[1964]]-[[1985]]), o Brasil enfrentou as dificuldades econômicas herdadas do chamado ''milagre econômico'' dos [[Anos 1970]] e experimentou uma série de planos de estabilização, afinal coroada de êxito a partir de [[1994]] com o Plano Real. Entre as consequências positivas da estabilização, inclui-se o aumento da [[produtividade]] agrícola que deu impulso ao [[agronegócio]]. A persistência dos graves problemas no setor, em que se destacam o [[desemprego]] e a [[concentração de renda]], explicam os conflitos decorrentes da ação de movimentos de trabalhadores rurais sem terra e da reação dos proprietários de terra.
Após o encerramento do ciclo de [[Regime Militar|governos militares]] ([[1964]]-[[1985]]), o Brasil enfrentou as dificuldades econômicas herdadas do chamado ''milagre econômico'' dos [[Anos 1970]] e experimentou uma série de planos de estabilização, afinal coroada de êxito a partir de [[1994]] com o Plano Real. Entre as consequências positivas da estabilização, inclui-se o aumento da [[produtividade]] agrícola que deu impulso ao [[agronegócio]]. A persistência dos graves problemas no setor, em que se destacam o [[desemprego]] e a [[concentração de renda]], explicam os conflitos decorrentes da ação de movimentos de trabalhadores rurais sem terra e da reação dos proprietários de terra.

Edição das 12h41min de 4 de janeiro de 2006

O Plano Real foi um plano de estabilização econômica feito sob o governo de Itamar Franco (e posteriormente, Fernando Henrique Cardoso) em 1994 que, visava baixar a inflação no Brasil.

O plano começou com a instituição da URV, e terminou por substituir a moeda nacional pelo Real. A crise de hiperinflação foi de fato debelada, mas uma persistente inflação residual se manteve: a inflação acumulada no Brasil nos primeiros onze primeiros anos do plano atingiu 165%, segundo pesquisa divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas FIPE, através do IPC, Índice de Preços ao Consumidor.

Após o encerramento do ciclo de governos militares (1964-1985), o Brasil enfrentou as dificuldades econômicas herdadas do chamado milagre econômico dos Anos 1970 e experimentou uma série de planos de estabilização, afinal coroada de êxito a partir de 1994 com o Plano Real. Entre as consequências positivas da estabilização, inclui-se o aumento da produtividade agrícola que deu impulso ao agronegócio. A persistência dos graves problemas no setor, em que se destacam o desemprego e a concentração de renda, explicam os conflitos decorrentes da ação de movimentos de trabalhadores rurais sem terra e da reação dos proprietários de terra.

O programa brasileiro de estabilização econômica é considerado o mais bem-sucedido de todos os planos lançados nos últimos anos para combater casos de inflação crônica. Combinaram-se condições políticas, históricas e econômicas para permitir que o Governo brasileiro lançasse, ainda no final de 1993, as bases de um programa de longo prazo. Organizado em etapas, o plano resultaria no fim de quase três décadas de inflação elevada e na substituição da antiga moeda pelo Real, a partir de primeiro de julho de 1994.

A partir daí, a inflação foi dominada sem congelamentos de preços, confisco de depósitos bancários ou outros artificialismos da heterodoxia econômica. Em conseqüência do fim da inflação, a economia brasileira voltou a crescer rapidamente, obrigando o Ministério da Fazenda a optar por uma política de restrição à expansão da moeda e do crédito, de forma a garantir que, na etapa seguinte, o Brasil possa registrar taxas de crescimento econômico auto-sustentáveis, viabilizando a retomada do crescimento com distribuição da renda.

en:Plano Real

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