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As condições naturais do local, outrora um vale fértil com um curso de água, explicam que se tenha verificado a ocupação humana do território desde o início da [[Pré-História]]. | As condições naturais do local, outrora um vale fértil com um curso de água, explicam que se tenha verificado a ocupação humana do território desde o início da [[Pré-História]]. | ||
São conhecidas estações arqueológicas dos períodos do [[Paleolítico]], [[Neolítico]] e [[Calcolítico]], cujas descobertas estam espalhadas por vários museus do [[Lisboa|concelho]]. | São conhecidas estações arqueológicas dos períodos do [[Paleolítico]], [[Neolítico]] e [[Calcolítico]], cujas descobertas estam espalhadas por vários museus do [[Lisboa|concelho]]. | ||
===Vestígios Romanos=== | |||
==Vestígios Romanos== | |||
Existe a tradição que a [[Quinta da Granja]] está assente sobre uma [[''villa'']] romana com a configuração de um trevo de quatro folhas, o que até à data ainda não foi confirmado. E sob a Estrada das Garridas consta estar soterrada uma ponte romana que atravessava o pequeno ribeiro ali existente. | Existe a tradição que a [[Quinta da Granja]] está assente sobre uma [[''villa'']] romana com a configuração de um trevo de quatro folhas, o que até à data ainda não foi confirmado. E sob a Estrada das Garridas consta estar soterrada uma ponte romana que atravessava o pequeno ribeiro ali existente. | ||
==Período muçulmano== | ===Período muçulmano=== | ||
A presença muçulmana faz-se notar em Benfica sobretudo pelas características saloias que os habitantes levaram até ao [[século XVIII]]. O saloio deriva do ''çahroi'' (habitante do campo), designação dada com desdém pelos mouros aos habitantes dos [[arrabaldes]]. | A presença muçulmana faz-se notar em Benfica sobretudo pelas características saloias que os habitantes levaram até ao [[século XVIII]]. O saloio deriva do ''çahroi'' (habitante do campo), designação dada com desdém pelos mouros aos habitantes dos [[arrabaldes]]. | ||
==Idade Média== | ===Idade Média=== | ||
No início do [[século XIV]], tinham propriedades em Benfica: o [[Mosteiro de Chelas]], no Calhariz de Benfica ([[1304]]) e Alfornel ([[1306]]); e o [[Mosteiro de São Vicente de Fora]] em Benfica , [[Quinta da Granja|Granja]] e Safardom. | No início do [[século XIV]], tinham propriedades em Benfica: o [[Mosteiro de Chelas]], no Calhariz de Benfica ([[1304]]) e Alfornel ([[1306]]); e o [[Mosteiro de São Vicente de Fora]] em Benfica , [[Quinta da Granja|Granja]] e Safardom. | ||
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A mais antiga referência a [[Santa Maria de Benfica]] data do ano de [[1337]], mno testamente de [[D. Maria de Aboím]]. Depois, só voltamos a ter notícias em [[1390]] e [[1392]], e nessa da já teria a invocação de [[Igreja de Nossa Senhora do Amparo|Nossa Senhora do Amparo]]. Dessa época restam, como vestígios,algumas cabeceirasda sepulturas que serviram de adorno a uma moradia perto da actual [[Igreja de Nossa Senhora do Amparo|igreja de Benfica]]. | A mais antiga referência a [[Santa Maria de Benfica]] data do ano de [[1337]], mno testamente de [[D. Maria de Aboím]]. Depois, só voltamos a ter notícias em [[1390]] e [[1392]], e nessa da já teria a invocação de [[Igreja de Nossa Senhora do Amparo|Nossa Senhora do Amparo]]. Dessa época restam, como vestígios,algumas cabeceirasda sepulturas que serviram de adorno a uma moradia perto da actual [[Igreja de Nossa Senhora do Amparo|igreja de Benfica]]. | ||
==A Freguesia de Benfica== | ==A Freguesia de Benfica== | ||
Benfica era então uma aldeia de camponeses (os Saloios), onde abundavam hortas, pomares e jardins. Com eles também algumas ordens religiosas se instalavam no terrítório. | Benfica era então uma aldeia de camponeses (os Saloios), onde abundavam hortas, pomares e jardins. Com eles também algumas ordens religiosas se instalavam no terrítório. | ||
===Século XVI=== | ===Século XVI=== | ||
Benfica foi promovida a sede de julgado sendo-lhe consedidos dois juízes privativos. Foi também nessa altura que se fixaram três importantes Irmandades: [[Nossa Senhora do Amparo]], [[Santo António]] e [[São Sebastião]]. | Benfica foi promovida a sede de julgado sendo-lhe consedidos dois juízes privativos. Foi também nessa altura que se fixaram três importantes Irmandades: [[Nossa Senhora do Amparo]], [[Santo António]] e [[São Sebastião]]. | ||
===Século XVIII=== | ===Século XVIII=== | ||
A partir de [[1730]] verificou-se um grande aumento demográfico. Isto deveu-se sobretudo aos trabalhos da construção do [[Aqueduto das Águas Livres]]. E também as novas classes abastadas foram fortemente atraídas para a zona, seduzidas pela paisagem. | A partir de [[1730]] verificou-se um grande aumento demográfico. Isto deveu-se sobretudo aos trabalhos da construção do [[Aqueduto das Águas Livres]]. E também as novas classes abastadas foram fortemente atraídas para a zona, seduzidas pela paisagem. | ||
===Século XIX=== | ===Século XIX=== | ||
Aparecem as ligações com transportes públicos, e assiste-se à divisam da paróquia em dois e ao crescimento da cidade. Em [[1885]] separam-se do [[Santa Maria de Belém|Concelho de Belém]] para passarem a ser território de [[Lisboa]]. | Aparecem as ligações com transportes públicos, e assiste-se à divisam da paróquia em dois e ao crescimento da cidade. Em [[1885]] separam-se do [[Santa Maria de Belém|Concelho de Belém]] para passarem a ser território de [[Lisboa]]. | ||
===Século XX=== | ===Século XX=== | ||
O território devide-se e dá origem a [[São Domingos de Benfica]] em [[1959]]. A cidade continua a crescer de forma veloz e deliberada. Chegam mais homens ricos que trazem riqueza e maior desenvolvimento ás terras. Na década de 50 habitavam na área 17 843 pessoas que cresceram para 50 000 em quarenta anos. | O território devide-se e dá origem a [[São Domingos de Benfica]] em [[1959]]. A cidade continua a crescer de forma veloz e deliberada. Chegam mais homens ricos que trazem riqueza e maior desenvolvimento ás terras. Na década de 50 habitavam na área 17 843 pessoas que cresceram para 50 000 em quarenta anos. | ||
Nos últimos dez anos do [[século XX]] assiste-se a uma diminuição da população para 42 000 habitantes devido ao envelhecimento da população. | Nos últimos dez anos do [[século XX]] assiste-se a uma diminuição da população para 42 000 habitantes devido ao envelhecimento da população. | ||
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A maioria dos monumentos em Benfica ficaram das quintas que se espalhavam pelo território. Alguns deles estão em mau estado de preservasam tais como a [[Vila Ana]], que espera recuperação, e a [[Quinta da Granja]] que está a ser incluída num Parque urbano cujas obras estão paradas desde [[2002]]. Entre outros destacam-se: | A maioria dos monumentos em Benfica ficaram das quintas que se espalhavam pelo território. Alguns deles estão em mau estado de preservasam tais como a [[Vila Ana]], que espera recuperação, e a [[Quinta da Granja]] que está a ser incluída num Parque urbano cujas obras estão paradas desde [[2002]]. Entre outros destacam-se: | ||
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[[Categoria:Freguesias de Portugal]] | [[Categoria:Freguesias de Portugal]] |
Edição das 11h38min de 18 de outubro de 2005
Benfica é uma freguesia portuguesa do concelho de Lisboa, com 7,94 km² de área e 38 523 habitantes (2005). Densidade: 4 852,0 hab/km².
Em Benfica fica grande parte do grande pulmão da capital portuguesa, o Parque Florestal de Monsanto (cerca de dois terços).
História
As condições naturais do local, outrora um vale fértil com um curso de água, explicam que se tenha verificado a ocupação humana do território desde o início da Pré-História.
São conhecidas estações arqueológicas dos períodos do Paleolítico, Neolítico e Calcolítico, cujas descobertas estam espalhadas por vários museus do concelho.
Vestígios Romanos
Existe a tradição que a Quinta da Granja está assente sobre uma ''villa'' romana com a configuração de um trevo de quatro folhas, o que até à data ainda não foi confirmado. E sob a Estrada das Garridas consta estar soterrada uma ponte romana que atravessava o pequeno ribeiro ali existente.
Período muçulmano
A presença muçulmana faz-se notar em Benfica sobretudo pelas características saloias que os habitantes levaram até ao século XVIII. O saloio deriva do çahroi (habitante do campo), designação dada com desdém pelos mouros aos habitantes dos arrabaldes.
Idade Média
No início do século XIV, tinham propriedades em Benfica: o Mosteiro de Chelas, no Calhariz de Benfica (1304) e Alfornel (1306); e o Mosteiro de São Vicente de Fora em Benfica , Granja e Safardom.
Em 1322 surgem mencionados em documentos desse período referências a Benfica-a Nova, onde foi construído o convento de São Domingos de Benfica. Existiam em Benfica Paços dee El-Rei não frequentados, existem apenas registos das presenças de D. Dinis (1315), D. Afonso IV (1331), D. Pedro I, (1364) e D. João I ( 1395]]).
O ano da criação da freguesia de Benfica não é clara, mas supõe-se que date dos primeiros tempos da Reconquista, tal como sucedeu com a maioria das igrejas paroquiaiscom a invocação de Santa Maria.
A mais antiga referência a Santa Maria de Benfica data do ano de 1337, mno testamente de D. Maria de Aboím. Depois, só voltamos a ter notícias em 1390 e 1392, e nessa da já teria a invocação de Nossa Senhora do Amparo. Dessa época restam, como vestígios,algumas cabeceirasda sepulturas que serviram de adorno a uma moradia perto da actual igreja de Benfica.
A Freguesia de Benfica
Benfica era então uma aldeia de camponeses (os Saloios), onde abundavam hortas, pomares e jardins. Com eles também algumas ordens religiosas se instalavam no terrítório.
Século XVI
Benfica foi promovida a sede de julgado sendo-lhe consedidos dois juízes privativos. Foi também nessa altura que se fixaram três importantes Irmandades: Nossa Senhora do Amparo, Santo António e São Sebastião.
Século XVIII
A partir de 1730 verificou-se um grande aumento demográfico. Isto deveu-se sobretudo aos trabalhos da construção do Aqueduto das Águas Livres. E também as novas classes abastadas foram fortemente atraídas para a zona, seduzidas pela paisagem.
Século XIX
Aparecem as ligações com transportes públicos, e assiste-se à divisam da paróquia em dois e ao crescimento da cidade. Em 1885 separam-se do Concelho de Belém para passarem a ser território de Lisboa.
Século XX
O território devide-se e dá origem a São Domingos de Benfica em 1959. A cidade continua a crescer de forma veloz e deliberada. Chegam mais homens ricos que trazem riqueza e maior desenvolvimento ás terras. Na década de 50 habitavam na área 17 843 pessoas que cresceram para 50 000 em quarenta anos.
Nos últimos dez anos do século XX assiste-se a uma diminuição da população para 42 000 habitantes devido ao envelhecimento da população.
Monumentos
A maioria dos monumentos em Benfica ficaram das quintas que se espalhavam pelo território. Alguns deles estão em mau estado de preservasam tais como a Vila Ana, que espera recuperação, e a Quinta da Granja que está a ser incluída num Parque urbano cujas obras estão paradas desde 2002. Entre outros destacam-se:
- Quinta do Peres, Travessa Francisco Resende.
Os simbolos heráldicos
O Brasão da freguesia de Benfica é constituido por um escudo em ouro com a Coroa Mariana que representa o orago da freguesia, Nossa Senhora do Amparo. O escudo apresenta ainda dois pinheiros representantes do Parque Florestal de Monsanto. O escudo é encimado por uma Coroa Mural de prata com três torres. Por baixo do escudo está o listel branco com o nome da freguesia e do conselho ao qual esta pertence.
O Brasão foi aprovado a 23 de Dezembro de 2004 pela Comissão de Heráldica da Associação de Arqueólogos Portugueses, tal como também foram aprovados a bandeirae o selo.
A Bandeira é azul com um cordão e borlas de ouro e azul. A haste e a lança são também elas em ouro.