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Gimnospérmica: mudanças entre as edições

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As Gimnospermas já foram tidas como um grupo natural, no entanto algumas descobertas [[fóssil|fósseis]] sugerem que elas são associações fungicais secundárias, de modo que elas não representam somente um indivíduo.
As Gimnospermas já foram tidas como um grupo natural, no entanto algumas descobertas [[fóssil|fósseis]] sugerem que elas são associações fungicais secundárias, de modo que elas não representam somente um indivíduo.


De fato, tem-se, numa planta madura, duas gerações, uma fúngica e outra [[fitótica]], fazendo das gimnospermas um grupo [[parafilético]] se todos os táxons extintos forem incluídos.<ref name="palmer">{{Citar periódico | url=http://www.amjbot.org/cgi/content/full/91/10/1437 |titulo = The plant tree of life: an overview and some points of view |acessadoem= |língua= | autor = Jeffrey Dtozóide. Palmer, Douglas E. Soltis e Mark W. Chase | jornal = American Journal of Botany | ano = 2004 | volume = 91 | páginas = 1437–1445 | doi = 10.3732/ajb.91.10.1437}}</ref> A [[cladística]] apenas aceita [[táxon]]s monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e que incluam todos os descendentes desse ancestral comum. Dessa forma, enquanto o termo "gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro grupos, aos quais são dados iguais rankings como divisões do reino ''Plantae''.<ref>Ollerton J. Coulthard E. (2009). Evolution of Animal Pollination. Science, 326: 808-809. {{DOI|10.1126/science.1181154}}</ref><ref name="Ren">Ren D, Labandeira CC, Santiago-Blay JA, Rasnitsyn A, Shih CK, Bashkuev A, Logan MA, Hotton CL, Dilcher D. (2009). Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies. Science, 326 (5954), 840-847. {{DOI|10.1126/science.1178338}}</ref> Esses grupos são:
As gimnospermas possuem raízes, caule, folhas, flores e sementes, mas não produzem frutos. O nome gimnosperma significa "semente (sperma) nua (gimno)". 


Fanerógamas de óvulos nus, desprovidas de um perianto (cálice e corola) e de ovário por não haver enrolamento dos macrosporófilos durante o seu desenvolvimento. 
As flores (em conjuntos, por isto chamados estróbilos) são formadas apenas de microsporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas masculinas) ou estames reunidos em inflorescências ou estróbilos e de macrosporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas femininas) ou carpelos, também em geral agrupados entre si, mas nunca microsporófilos e macrosporófilos no mesmo estróbilo. Os esporângios femininos localizam-se nos cones, freqüentemente recobertos por escamas endurecidas (carpelos). As escamas encaixam-se perfeitamente umas nas outras e só se abrem depois da fecundação, para liberar a semente. Cones são estróbilos com as flores femininas. 
Os esporângios masculinos encontram-se nos órgãos chamados cones masculinos, amentos ou amentilhos, bastante semelhantes às pinhas, mas com escamas menos duras e menores (estames). 
Os estróbilos masculinos são estruturas muito mais frágeis, que se abrem para liberar os grãos de pólen. Ocorrida a fecundação originam-se pinhas que são conjuntos de sementes popularmente denominadas pinhões. Nas Coníferas, os gametas desnudos situam-se acima de escamas consideradas como as folhas modificadas da flor, formando cones. Os cones masculinos são amarelos, formados por numerosas escamas, com bolsas cheias de pólen, os cones femeninos são verdosos formados por escamas nas quais existem óvulos descobertos. 
Em sua maturação os cones masculinos ou amentos liberam ao vento milhões de grãos de pólen, que transportados pelo vento caem nos cones femininos, fecundando aos óvulos. Fecundado, o cone feminino fecha-se formando a pinha, no interior da qual encontram-se os pinhões, produto dos óvulos fecundados. Ao final de um ano, aproximadamente, a pinha abre-se e deixa cair os pinhões que se dispersam ao vento até caírem num lugar propício para sua germinação. 
No pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia) os esporófilos masculinos e femininos encontram-se em indivíduos separados e os estróbilos são diferentes entre si
De fato, tem-se, numa planta madura, duas gerações, uma fúngica e outra [[fitótica]], fazendo das gimnospermas um grupo [[parafilético]] se todos os táxons extintos forem incluídos.<ref name="palmer">{{Citar periódico|autor=Jeffrey Dtozóide. Palmer, Douglas E. Soltis e Mark W. Chase|ano=2004|titulo=The plant tree of life: an overview and some points of view|jornal=American Journal of Botany|volume=91|doi=10.3732/ajb.91.10.1437|url=http://www.amjbot.org/cgi/content/full/91/10/1437|acessadoem=|língua=|páginas=1437–1445}}</ref> A [[cladística]] apenas aceita [[táxon]]s monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e que incluam todos os descendentes desse ancestral comum. Dessa forma, enquanto o termo "gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro grupos, aos quais são dados iguais rankings como divisões do reino ''Plantae''.<ref>Ollerton J. Coulthard E. (2009). Evolution of Animal Pollination. Science, 326: 808-809. {{DOI|10.1126/science.1181154}}</ref><ref name="Ren">Ren D, Labandeira CC, Santiago-Blay JA, Rasnitsyn A, Shih CK, Bashkuev A, Logan MA, Hotton CL, Dilcher D. (2009). Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies. Science, 326 (5954), 840-847. {{DOI|10.1126/science.1178338}}</ref> Esses grupos são:. 
Reprodução 
a. Cone(estróbilo feminino) com óvulos 
b. Uma escama (macrosporófilo) com óvulos 
c. Amento produtor de pólen (estróbilo masculino) 
c. Ovo-célula 
d. Corte através de um microsporângio 
e. Grão de pólen (micrósporo) 
f. Zigoto 
g. Semente madura (pinhão) na escama do cone 
h. Plântula (esporófito em início de desenvolvimento) 
i. Esporófito maduro 
Os micrósporos (grãos de pólen) ainda dentro dos microsporângios iniciam a formação do gametófito masculino que é formado pela célula do tubo e a célula geradora. 
A parede do micrósporo desenvolve duas projeções em forma de asa que permitem que ele seja levado pelo vento. Quando ele desenvolve estas projeções passa a ser chamado propriamente de grão de pólen. Estas projeções aladas foram o fator decisivo para a conquista da terra pelas gimnospermas pois elas não dependem da água para se reproduzir como os criptógamos. 
Os macrosporófilos possuem dois ou mais macrosporângios ou óvulos que dão origem às sementes. Os óvulos possuem um tegumento, uma abertura, uma câmara polínica que recebe os grãos de pólen, um ou mais arquegônios que repousam sobre um prótalo ou endosperma primário. Este é haplóide, pois se origina de um macrósporo do tecido do óvulo, sendo que os três restantes degeneram e são absorvidos. 
Então os grãos de pólen se espalham pelo vento e chegam ao óvulo por meio de tubos polínicos e então a oosfera é fecundada por um gameta masculino. Depois da fecundação, os zigotos dividiram-se por mitose dando o embrião, que é formado de radícula, caulículo, gêmula e cotilédones, transformando-se o prótalo no endosperma secundário que é um parênquima de reserva, e o tegumento do óvulo no tegumento da semente. Em geral formam-se muitos embriões, mas só um se desenvolve. 
A semente ("pinhão") de gimnosperma é formada de: 
1) Embrião: esporófito embrionário diplóide; 
2) Endosperma: tecido nutritivo, que corresponde ao gametófito, haplóide, no qual está imerso o embrião; 
3) Parede do megásporo e megasporângio: estruturas diplóides que protegem o embrião e o endosperma; 
4) Casca: estrutura diplóide formada pelo endurecimento do tegumento do óvulo. 
Principais representantes 
As gimnospermas reúnem grande número de espécies arbóreas, como as coníferas, entre as quais algumas - as sequóias - são as maiores e mais longevas árvores do planeta. Outras são arbustos e, umas poucas, lianas e cipós. As folhas das gimnospermas são em geral perenes e podem ter aspecto acicular (pinheiros, abetos etc.), escamiforme (ciprestes) ou lobulado (ginkgo), ou ainda se assemelharem às das palmeiras (cicadáceas). Certas árvores, como os ginkgos e os lariços, são de folhas caducas. As flores não são vistosas e na verdade se reduzem aos elementos reprodutores, agrupados em massas ou inflorescências. Estas têm a forma de cone em muitas espécies, como nos pinheiros, abetos e cedros, o que originou a denominação de coníferas. 
As coniferófitas são as plantas gimnospermas mais representativas e reúnem espécies bastante conhecidas como os pinheiros, abetos, cedros e ciprestes. As cicadófitas, que evoluíram muito pouco ao longo de milhares de anos, são plantas de zonas tropicais ou subtropicais, com tronco lenhoso sem ramificações, do qual brota um conjunto de folhas semelhantes a um penacho, como o das palmeiras, pelo que, à primeira vista, podem ser confundidas com estas. As verdadeiras palmeiras, no entanto, são angiospermas e têm características botânicas muito diferentes. As cicadófitas incluem a família das cicadáceas, conhecidas como saguzinhos - destaca-se a espécie Cycas revoluta, própria do sul do Japão, de cuja medula se obtém um produto alimentício, o chamado sagu do Japão - e a das zamiáceas. O gênero Zamia, estendido por diversas regiões da África e no México principalmente, apresenta caule muito curto, de que saem pequenas hastes e folhas. 
As gnetófitas mostram indiscutíveis afinidades com as angiospermas. Compreendem plantas arbustivas, adaptadas a ambientes desérticos ou de estepe, como os gêneros Ephedra e Welwitschia, e outras em forma de liana, como as do gênero Gnetum, de ambientes selváticos. Na região mediterrânea, abunda a espécie E. distachya, com hastes ramificadas, finas e com muitos nós, que lhe dão aparência articulada. Em regiões áridas da África há uma espécie curiosa, a tumboa (W. mirabilis), composta de uma grossa porção subterrânea, que emerge até meio metro acima do solo, e de duas folhas opostas que medem até dois metros de comprimento, rentes ao chão. Os cipós do gênero Gnetum compreendem espécies tropicais típicas da Amazônia, do golfo da Guiné e de selvas asiáticas. 
As ginkgófitas, que datam do período permiano, foram abundantes no passado, mas subsistem por meio de apenas uma espécie, Ginkgo biloba, originária da China. 
Pinheiro-do-paraná: uma árvore "plantada" por pássaros: 
Se fôssemos escolher as cinco árvores mais significativas do Brasil, certamente a araucária ou pinheiro-do-paraná seria uma delas (Araucaria angustifolia). 
Além de ser uma bela árvore, a araucária é imponente: com forma de taça, alta, reta e com seu tronco mantém a forma cilíndrica quase perfeita desde a base até o topo, chegando a atingir de vinte a trinta metros de altura. 
Além dos seres humanos, boa parte da fauna brasileira - da anta ao sabiá -, apreciam o pinhão, produzido pelo pinheiro-do-paraná. A gralha, outra ave apreciadora do pinhão, geralmente armazena mais do que pode comer, ou - como acreditam muitos -, esquece onde enterrou os pinhões e eles acabam germinando e nascendo. 
Os novos pinheiros que saem para a vida servem para compensar os que morrem de velhos ou por doença, porém a semeadura das gralhas não compensa os estragos das motosserras (madeira), pela única razão de que, cortando os pinheiros, acaba-se também com as gralhas.
* [[conífera|''Conipherophyta'']] - os [[pinheiro]]s, as [[araucária]]s (pinheiro-do-paraná), as [[sequoia]]s, ciprestes e plantas semelhantes;
* [[conífera|''Conipherophyta'']] - os [[pinheiro]]s, as [[araucária]]s (pinheiro-do-paraná), as [[sequoia]]s, ciprestes e plantas semelhantes;
* [[Cicadófita|''Cycadophyta'']] - as ''[[Cycas]]'', ''[[Encephalartos]]'', etc.;
* [[Cicadófita|''Cycadophyta'']] - as ''[[Cycas]]'', ''[[Encephalartos]]'', etc.;

Edição das 10h23min de 25 de outubro de 2016

Como ler uma infocaixa de taxonomiaGimnospermas
Ocorrência: Devónico - Actualidade
Pinus siiylvestris, uma gimnospérmica.
Pinus siiylvestris, uma gimnospérmica.
Classificação científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Plantae
Superdivisão: Spermatophyta
(sem classif.) Gimnospermae
Divisões
Detalhe do cone masculino de uma Gimnospérmica da família Cycadaceae (Cycas circinalis).

As gimnospérmicas ou gimnospermas (do grego gimnos = nu / sperma = semente) são plantas vasculares e possuem sementes não protegidas por frutos. Diferenciando-se assim das angiospérmicas, que têm suas sementes envoltas por um fruto, gerado por um ovário.[1]

As Gimnospermas já foram tidas como um grupo natural, no entanto algumas descobertas fósseis sugerem que elas são associações fungicais secundárias, de modo que elas não representam somente um indivíduo.

As gimnospermas possuem raízes, caule, folhas, flores e sementes, mas não produzem frutos. O nome gimnosperma significa "semente (sperma) nua (gimno)". 

Fanerógamas de óvulos nus, desprovidas de um perianto (cálice e corola) e de ovário por não haver enrolamento dos macrosporófilos durante o seu desenvolvimento. 

As flores (em conjuntos, por isto chamados estróbilos) são formadas apenas de microsporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas masculinas) ou estames reunidos em inflorescências ou estróbilos e de macrosporófilos (folhas modificadas que originarão esporos que ao germinarem originarão estruturas femininas) ou carpelos, também em geral agrupados entre si, mas nunca microsporófilos e macrosporófilos no mesmo estróbilo. Os esporângios femininos localizam-se nos cones, freqüentemente recobertos por escamas endurecidas (carpelos). As escamas encaixam-se perfeitamente umas nas outras e só se abrem depois da fecundação, para liberar a semente. Cones são estróbilos com as flores femininas. 

Os esporângios masculinos encontram-se nos órgãos chamados cones masculinos, amentos ou amentilhos, bastante semelhantes às pinhas, mas com escamas menos duras e menores (estames). 

Os estróbilos masculinos são estruturas muito mais frágeis, que se abrem para liberar os grãos de pólen. Ocorrida a fecundação originam-se pinhas que são conjuntos de sementes popularmente denominadas pinhões. Nas Coníferas, os gametas desnudos situam-se acima de escamas consideradas como as folhas modificadas da flor, formando cones. Os cones masculinos são amarelos, formados por numerosas escamas, com bolsas cheias de pólen, os cones femeninos são verdosos formados por escamas nas quais existem óvulos descobertos. 

Em sua maturação os cones masculinos ou amentos liberam ao vento milhões de grãos de pólen, que transportados pelo vento caem nos cones femininos, fecundando aos óvulos. Fecundado, o cone feminino fecha-se formando a pinha, no interior da qual encontram-se os pinhões, produto dos óvulos fecundados. Ao final de um ano, aproximadamente, a pinha abre-se e deixa cair os pinhões que se dispersam ao vento até caírem num lugar propício para sua germinação. 

No pinheiro do Paraná (Araucaria angustifolia) os esporófilos masculinos e femininos encontram-se em indivíduos separados e os estróbilos são diferentes entre si

De fato, tem-se, numa planta madura, duas gerações, uma fúngica e outra fitótica, fazendo das gimnospermas um grupo parafilético se todos os táxons extintos forem incluídos.[2] A cladística apenas aceita táxons monofiléticos, atribuíveis a um ancestral comum e que incluam todos os descendentes desse ancestral comum. Dessa forma, enquanto o termo "gimnosperma" é ainda largamente utilizado para plantas não-angiospermas com sementes, as espécies de plantas que antes eram tratadas como gimnospermas são usualmente distribuídas em quatro grupos, aos quais são dados iguais rankings como divisões do reino Plantae.[3][4] Esses grupos são:. 

Reprodução 

a. Cone(estróbilo feminino) com óvulos 

b. Uma escama (macrosporófilo) com óvulos 

c. Amento produtor de pólen (estróbilo masculino) 

c. Ovo-célula 

d. Corte através de um microsporângio 

e. Grão de pólen (micrósporo) 

f. Zigoto 

g. Semente madura (pinhão) na escama do cone 

h. Plântula (esporófito em início de desenvolvimento) 

i. Esporófito maduro 

Os micrósporos (grãos de pólen) ainda dentro dos microsporângios iniciam a formação do gametófito masculino que é formado pela célula do tubo e a célula geradora. 

A parede do micrósporo desenvolve duas projeções em forma de asa que permitem que ele seja levado pelo vento. Quando ele desenvolve estas projeções passa a ser chamado propriamente de grão de pólen. Estas projeções aladas foram o fator decisivo para a conquista da terra pelas gimnospermas pois elas não dependem da água para se reproduzir como os criptógamos. 

Os macrosporófilos possuem dois ou mais macrosporângios ou óvulos que dão origem às sementes. Os óvulos possuem um tegumento, uma abertura, uma câmara polínica que recebe os grãos de pólen, um ou mais arquegônios que repousam sobre um prótalo ou endosperma primário. Este é haplóide, pois se origina de um macrósporo do tecido do óvulo, sendo que os três restantes degeneram e são absorvidos. 

Então os grãos de pólen se espalham pelo vento e chegam ao óvulo por meio de tubos polínicos e então a oosfera é fecundada por um gameta masculino. Depois da fecundação, os zigotos dividiram-se por mitose dando o embrião, que é formado de radícula, caulículo, gêmula e cotilédones, transformando-se o prótalo no endosperma secundário que é um parênquima de reserva, e o tegumento do óvulo no tegumento da semente. Em geral formam-se muitos embriões, mas só um se desenvolve. 

A semente ("pinhão") de gimnosperma é formada de: 

1) Embrião: esporófito embrionário diplóide; 

2) Endosperma: tecido nutritivo, que corresponde ao gametófito, haplóide, no qual está imerso o embrião; 

3) Parede do megásporo e megasporângio: estruturas diplóides que protegem o embrião e o endosperma; 

4) Casca: estrutura diplóide formada pelo endurecimento do tegumento do óvulo. 

Principais representantes 

As gimnospermas reúnem grande número de espécies arbóreas, como as coníferas, entre as quais algumas - as sequóias - são as maiores e mais longevas árvores do planeta. Outras são arbustos e, umas poucas, lianas e cipós. As folhas das gimnospermas são em geral perenes e podem ter aspecto acicular (pinheiros, abetos etc.), escamiforme (ciprestes) ou lobulado (ginkgo), ou ainda se assemelharem às das palmeiras (cicadáceas). Certas árvores, como os ginkgos e os lariços, são de folhas caducas. As flores não são vistosas e na verdade se reduzem aos elementos reprodutores, agrupados em massas ou inflorescências. Estas têm a forma de cone em muitas espécies, como nos pinheiros, abetos e cedros, o que originou a denominação de coníferas. 

As coniferófitas são as plantas gimnospermas mais representativas e reúnem espécies bastante conhecidas como os pinheiros, abetos, cedros e ciprestes. As cicadófitas, que evoluíram muito pouco ao longo de milhares de anos, são plantas de zonas tropicais ou subtropicais, com tronco lenhoso sem ramificações, do qual brota um conjunto de folhas semelhantes a um penacho, como o das palmeiras, pelo que, à primeira vista, podem ser confundidas com estas. As verdadeiras palmeiras, no entanto, são angiospermas e têm características botânicas muito diferentes. As cicadófitas incluem a família das cicadáceas, conhecidas como saguzinhos - destaca-se a espécie Cycas revoluta, própria do sul do Japão, de cuja medula se obtém um produto alimentício, o chamado sagu do Japão - e a das zamiáceas. O gênero Zamia, estendido por diversas regiões da África e no México principalmente, apresenta caule muito curto, de que saem pequenas hastes e folhas. 

As gnetófitas mostram indiscutíveis afinidades com as angiospermas. Compreendem plantas arbustivas, adaptadas a ambientes desérticos ou de estepe, como os gêneros Ephedra e Welwitschia, e outras em forma de liana, como as do gênero Gnetum, de ambientes selváticos. Na região mediterrânea, abunda a espécie E. distachya, com hastes ramificadas, finas e com muitos nós, que lhe dão aparência articulada. Em regiões áridas da África há uma espécie curiosa, a tumboa (W. mirabilis), composta de uma grossa porção subterrânea, que emerge até meio metro acima do solo, e de duas folhas opostas que medem até dois metros de comprimento, rentes ao chão. Os cipós do gênero Gnetum compreendem espécies tropicais típicas da Amazônia, do golfo da Guiné e de selvas asiáticas. 

As ginkgófitas, que datam do período permiano, foram abundantes no passado, mas subsistem por meio de apenas uma espécie, Ginkgo biloba, originária da China. 

Pinheiro-do-paraná: uma árvore "plantada" por pássaros: 

Se fôssemos escolher as cinco árvores mais significativas do Brasil, certamente a araucária ou pinheiro-do-paraná seria uma delas (Araucaria angustifolia). 

Além de ser uma bela árvore, a araucária é imponente: com forma de taça, alta, reta e com seu tronco mantém a forma cilíndrica quase perfeita desde a base até o topo, chegando a atingir de vinte a trinta metros de altura. 

Além dos seres humanos, boa parte da fauna brasileira - da anta ao sabiá -, apreciam o pinhão, produzido pelo pinheiro-do-paraná. A gralha, outra ave apreciadora do pinhão, geralmente armazena mais do que pode comer, ou - como acreditam muitos -, esquece onde enterrou os pinhões e eles acabam germinando e nascendo. 

Os novos pinheiros que saem para a vida servem para compensar os que morrem de velhos ou por doença, porém a semeadura das gralhas não compensa os estragos das motosserras (madeira), pela única razão de que, cortando os pinheiros, acaba-se também com as gralhas.

Características

  • Apresenta raiz, caule, folhas, estróbilos, flores, sementes e vasos condutores (não possuem frutos);
  • Podem existir plantas que são femininas e masculinas ao mesmo tempo, chamadas de monóicas (Pinus sp.), e as que têm sexos separados, que são chamadas de dióicas (araucárias);
  • xilema formado apenas por traqueídos e parênquima lenhoso;
  • suas sementes são nuas. As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como consequência da heterosporia, que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino e outro feminino.São plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema[5]. Outro aspecto típico das gimnospérmicas, principalmente das coníferas, é a produção de resina, que as protege do ataque de insetos e fungos. Todas as plantas gimnospérmicas são terrestres, e embora apresentem tamanhos variados são sempre árvores ou arbustos.

As coníferas são o grupo de gimnospérmicas mais numeroso e de maior distribuição actual. A gimnosperma mais antiga é o Ginkgo Gimnospermas


O grupo das Gimnospermas é composto por plantas que têm sementes mas não produzem frutos. O nome Gimnosperma tem duas partes que vem do grego : gimnos = nu e sperma = semente. Por isso é o Grupo das “sementes nuas”, sem o fruto que as protege. Nessa divisão encontramos plantas terrestres e adaptadas ao clima temperado e frio. Um exemplo é o Pinheiro que usamos no Natal.


As gimnospermas produzem flor (Fanerógamas), além de raiz, caule e folhas, mas não têm frutos.As flores (ou estróbilos), são primitivas e as sementes são nuas (sem fruto).

As plantas com sementes são geralmente divididas em uma única classe, conhecidas como Spermatophyta, que está ainda subdividida em angiospermas e gimnospermas.

A palavra gimnosperma é derivada da palavra grega gymnospermos, que significa “semente nua”. Angiospermas e gimnospermas são plantas com sementes. Embora, as diferenças são mais distintas, os pontos a seguir mencionados são algumas das semelhanças entre eles.

  • Eles são capazes de produzir pólen para a fecundação e sua fecundação é siphonogamous, através de um tubo polínico. Gimnospermas dependem principalmente da polinização pelo vento e algumas angiospermas também são dependentes do mesmo agente.

Classificação

Nos esquemas de classificação mais antigos, as gimnospérmicas eram vistas como "um grupo natural". Existem evidências contraditórias sobre a questão de se considerar ou não as gimnospérmicas como um clado.[2][6]

O registro fóssil das gimnospérmicas inclui muitos taxa distintos, que não pertencem aos quatro grupos modernos, incluindo árvores portadoras de semente que possuem um morfologia vegetativa semelhante aos fetos (os chamados "fetos com semente" ou pteridospérmicas).[7]

Quando as gimnospérmicas fósseis são consideradas, tais como Bennettitales, Caytonia e Glossopteridales, é claro que as angiospérmicas estão alojadas dentro um clado gimnospérmico mais alargado, apesar de permanecer pouco claro qual grupo de gimnospérmicas é o parente mais próximo.

Para a mais recente classificação relativa às gimnospérmicas extantes, lista-se de seguida a que foi elaborada por Christenhusz et al. (2011).[8]

Subclasse Cycadidae

  • Ordem Cycadales
    • Família Cycadaceae: Cycas
    • Família Zamiaceae: Dioon, Bowenia, Macrozamia, Lepidozamia, Encephalartos, Stangeria, Ceratozamia, Microcycas, Zamia.

Subclasse Ginkgoidae

Subclasse Gnetidae

Subclasse Pinidae

  • Ordem Pinales
    • Família Pinaceae: Cedrus, Pinus, Cathaya, Picea, Pseudotsuga, Larix, Pseudolarix, Tsuga, Nothotsuga, Keteleeria, Abies
  • Ordem Araucariales
    • Família Araucariaceae: Araucaria, Wollemia, Agathis
    • Família Podocarpaceae: Phyllocladus, Lepidothamnus, Prumnopitys, Sundacarpus, Halocarpus, Parasitaxus, Lagarostrobos, Manoao, Saxegothaea, Microcachrys, Pherosphaera, Acmopyle, Dacrycarpus, Dacrydium, Falcatifolium, Retrophyllum, Nageia, Afrocarpus, Podocarpus
  • Ordem Cupressales
    • Família Sciadopityaceae: Sciadopitys
    • Família Cupressaceae: Cunninghamia, Taiwania, Athrotaxis, Metasequoia, Sequoia, Sequoiadendron, Cryptomeria, Glyptostrobus, Taxodium, Papuacedrus, Austrocedrus, Libocedrus, Pilgerodendron, Widdringtonia, Diselma, Fitzroya, Callitris (incl. Actinostrobus), Neocallitropsis, Thujopsis, Thuja, Fokienia, Chamaecyparis, Cupressus, Juniperus, Calocedrus, Tetraclinis, Platycladus, Microbiota
    • Família Taxaceae: Austrotaxus, Pseudotaxus, Taxus, Cephalotaxus, Amentotaxus, Torreya

Ver também

Referências

  1. «Gymnosperms of Northeastern Wisconsin». Uwgb.edu. Consultado em 31 de maio de 2009 
  2. 2,0 2,1 Jeffrey Dtozóide. Palmer, Douglas E. Soltis e Mark W. Chase (2004). «The plant tree of life: an overview and some points of view». American Journal of Botany. 91: 1437–1445. doi:10.3732/ajb.91.10.1437  Erro de citação: Etiqueta inválida <ref>; Nome "palmer" definido várias vezes com conteúdo diferente
  3. Ollerton J. Coulthard E. (2009). Evolution of Animal Pollination. Science, 326: 808-809. doi:10.1126/science.1181154
  4. Ren D, Labandeira CC, Santiago-Blay JA, Rasnitsyn A, Shih CK, Bashkuev A, Logan MA, Hotton CL, Dilcher D. (2009). Probable Pollination Mode Before Angiosperms: Eurasian, Long-Proboscid Scorpionflies. Science, 326 (5954), 840-847. doi:10.1126/science.1178338
  5. Hilton, Jason e Richard M. Bateman (2006). «Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny». Journal of the Torrey Botanical Society 133: 119-168. Bioone.org 
  6. Stevens, P. F. (2001 onwards). «Angiosperm Phylogeny Website - Seed Plant Evolution»  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  7. Hilton, Jason, and Richard M. Bateman. 2006. Pteridosperms are the backbone of seed-plant phylogeny. Journal of the Torrey Botanical Society 133: 119-168 (abstract)
  8. Christenhusz, M.J.M., J.L. Reveal, A. Farjon, M.F. Gardner, R.R. Mill, and M.W. Chase (2011). A new classification and linear sequence of extant gymnosperms. Phytotaxa 19:55-70. http://www.mapress.com/phytotaxa/content/2011/f/pt00019p070.pdf

Ligações externas

Predefinição:Classificação Plantas

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