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Corfebol: mudanças entre as edições

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(Melhora a definição da modalidade, reorganiza e completa a história da modalidade, adiciona palmarés de épocas mais recentes, adiciona citações)
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* CN 3ª Divisão: CCCD C
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==== 2018/19 ====
==== 2018/19<ref>{{Citar web |url=https://fpcorfebol.pt/epoca-2018-2019/ |titulo=Época 2018/2019 – Federação Portuguesa de Corfebol |acessodata=2021-11-01 |lingua=pt-PT}}</ref> ====


* CN 1ª Divisão: NCB
* CN 1ª Divisão: NCB

Edição das 03h18min de 1 de novembro de 2021

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Uma partida de Corfebol nos Países Baixos entre 'Trekvogels' e 'OZC'

Arquivo:Outdoor Korfbal.webm O Corfebol é um desporto jogado com a mão num campo retangular, onde duas equipas mistas tentam lançar a bola e fazê-la passar pelo korf (cesto) da equipa adversária. As principais características da modalidade são all-round skills, jogo cooperativo, contacto físico controlado, equidade de géneros, o direito do jogador em ter posse de bola protegida e a possibilidade de marcar a 360° à volta do cesto.[1]

É praticado principalmente na Europa, tendo sido inventado na Holanda e tem vindo em franca expansão pelo mundo.

História

A modalidade surgiu na Holanda no ano de 1902, inventado por um professor de Educação Física – Nico Broekhuysen – inspirado por um jogo que conhecera na Suécia chamado Ringball. Na Holanda, o “ring” (aro metálico) sueco foi substituído pelo “korf” (cesto de vime), originando o Korfball, que, numa tradução livre, significa bola (ball) ao cesto (korf) e cujo “aportuguesamento” levou à palavra corfebol.[2]

Naquela altura, a Associação de Educação Física de Amesterdão pretendia um jogo que pudesse ser praticado por jovens de ambos os sexos, não fosse muito dispendioso, requeresse uma atividade física geral e que fosse atrativo para os jovens. Nesse âmbito, o Broekhuysen introduz o corfebol, com a ideia de manter as crianças ocupadas e afastadas de problemas de delinquência juvenil, bastante comuns na época.[2]

As equipas eram constituídas por 12 elementos, 6 rapazes e 6 raparigas, condição ideal para as turmas da época, que eram constituídas por cerca de 40 a 50 alunos. O corfebol colocava em prática, simultaneamente, 24 jogadores.[2]

O desporto obteve uma boa aceitação e expansão logo após a sua apresentação, e, em 1903, constitui-se a "Associação Holandesa de Corfebol". Expande-se rapidamente pelo resto do país e das suas colónias.[2]

Em 1920, foi apresentada como modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Antuérpia. No ano seguinte, em 1921, a Bélgica funda a Associação Nacional Belga. Oito anos após a primeira vez, foi novamente modalidade de demonstração nos Jogos Olímpicos de Amsterdão, em 1928.[2]

Em 1933, a modalidade sofre um novo impulso com a criação da Federação Internacional de Corfebol (IKF). No entanto, apenas em 1946, após a Segunda Guerra Mundial, se inicia o processo de divulgação mundial, que começa pela Inglaterra sucedendo-se Dinamarca, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e Austrália. Numa fase inicial, como forma de incentivar a prática da modalidade noutros países, a Holanda e a Bélgica criaram mecanismos de ajuda financeira, tendo, dessa forma, conseguido aumentar o número de ações internacionais.[2]

O primeiro torneio internacional promovido pela IKF é disputado apenas em 1963, tendo participado a Holanda, a Bélgica e a Inglaterra. Este mesmo campeonato continuou a ser disputado anualmente até 1974, ano em que a República Federal Alemã envia, também ela, uma seleção para participar no evento.[2]

Desde então, o número de países praticantes tem vindo a aumentar de forma notável, sendo já 69 os países membros da IKF, entre os quais Portugal e Brasil. Hoje em dia, a prática da modalidade continua a aumentar sua popularidade e o número de praticantes, principalmente nas camadas jovens, havendo, atualmente, cerca de 100 mil praticantes só na Holanda.[2]

Origem em Portugal

Em Portugal, o corfebol surge em 1982, numa ação de divulgação de Jogos Populares e Desportivos Tradicionais, em Lego, orientada pela IKF. Posteriormente, é criado o primeiro núcleo de corfebol em Portugal, que integrava professores e alunos do ISEF.[2]

Em 1986, ocorre o primeiro contacto com o corfebol internacional, com a participação de Portugal num torneio em Tilburg, na Holanda. Além disso, é formada a secção de corfebol do Clube de Futebol de Sassoeiros e começam a ser dados os primeiros passos no sentido de criar o Comitê de Promoção do Corfebol Português (CPCP).[2]

Ainda em 1986, em novembro, é constituída a Federação Portuguesa de Corfebol (FPC), tendo sido admitida como membro da IKF em abril de 1987. Nesse mesmo ano, a convite da IKF, a Seleção Nacional participa no 3º Campeonato do Mundo, na Holanda, tendo ficado em 9º lugar de entre as 12 equipas que participaram.[2]

Na época 1988/89, realiza-se o primeiro Campeonato Nacional. Esta primeira edição englobava já duas divisões, tendo ainda havido a realização da Taça de Portugal na mesma época.[2]

Em janeiro de 1990, Portugal participou, pela primeira vez, no Campeonato da Europa de Sub-23, realizado na Holanda, juntamente com 7 outros países, tendo obtido o 4º lugar.[2]

Em 1994, a FPC associa-se à Confederação o Desporto de Portugal (CDP) e, em 1997, torna-se membro do Comitê Olímpico de Portugal (COP).[2]

Em 2012 dá-se o primeiro torneio nacional universitário de corfebol, realizado em Guimarães, que contou com a presença de 4 equipas, uma da Associação Acadêmica da Universidade do Minho, uma do Instituto Politécnico do Porto, uma da Universidade Nova de Lisboa e uma da Associação dos Estudantes do Instituto Superior Técnico.

Atualmente, a modalidade tem cerca de duzentos atletas federados em Portugal. O primeiro contacto com o desporto provém, maioritariamente, das aulas de Educação Física lecionadas por todo o país. Em termos geográficos, o corfebol em Portugal resume-se à grande Lisboa. No entanto, existem diversas iniciativas para expandir o corfebol para todo o país e espera-se a criação de clubes em outros pontos do país, como já existiram em tempos.

Regras

As equipas de corfebol são constituídas por 8 elementos: 4 homens e 4 mulheres. Os 8 elementos estão divídidos em dois quadrados: um quadrado defensivo (com dois elementos de cada sexo) e um quadrado atacante (com outros dois elementos de cada sexo).

Desde sua criação, o regulamento pelo qual a modalidade se rege sofreu várias alterações. Atualmente, o regulamento[1] dita que:

  • os jogos duram 50 minutos de tempo de jogo, divididos em duas partes, cada uma de 25 minutos, subsequentemente dividadas em dois períodos de 12:30. Entre períodos, existe um desconto técnico de 1 minuto e entre as partes, um intervalo de 10 minutos;
  • o campo é retangular e mede 40 metros de comprimento e 20 metros de largura;
  • o início e o reinício do jogo são feitos no meio-campo;
  • cada golo vale um ponto;
  • é proíbido:
    • tocar intencionalmente na bola com a perna, com o ou com o joelho;
    • bater ou tirar a bola das mãos do adversário ou de um companheiro de equipa;
    • jogar sozinho (i.e., andar quando se tem a bola na mão, ainda que driblando);
    • lançar de posição defendida (entende-se por "lançar de posição defendida" quando a bola sai das mãos de um jogador na direção do cesto, quando o jogador adversário do mesmo sexo está entre o atacante e o cesto, a menos de um braço de distância e com intenção de bloquear o lançamento);
    • defender jogadores do sexo oposto.

Algumas destas regras podem ser sobrepostas pelo regulamento de competições, mas nunca aquelas que compõem a essência da modalidade.

Corfebol em Portugal

Clubes existentes em Portugal

  • Clube de Carnaxide Cultura e Desporto (CCCD)
  • Clube de Corfebol de Oeiras (CCO)
  • Centro Cultural e Recreativo do Alto do Moinho (CCRAM)
  • Centro Recreativo e Cultural da Quinta dos Lombos (CRCQL)
  • Grupo Desportivo dos Bons Dias (GDBD)
  • Korf Lx Project (KLxP)
  • Núcleo de Corfebol de Benfica (NCB)
  • Núcleo de Corfebol de Chaves (NCC)
  • Núcleo de Corfebol da Nova (NOVA)

Competições oficiais existentes

  • Campeonato Nacional 1ª Divisão
  • Campeonato Nacional 2ª Divisão
  • Campeonato Nacional 3ª Divisão
  • Taça de Portugal
  • Supertaça Mário Godinho
  • Campeonato Nacional de Praia
  • Campeonato Nacional de Corfebol Adaptado

Palmarés

2011/12

  • Supertaça, Taça de Portugal e CorfLiga: NCB
  • 2ª Divisão: NSC B
  • Campeonato Regional de Lisboa: Cascc B
  • Torneio Nacional Universitário: Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico

2012/13

  • Supertaça: NCB
  • Campeonato Nacional Universitário: Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico

2016/17

  • Corfebol Liga: NCB
  • 2ª Divisão: NCB B
  • 3ª Divisão GDBD C
  • Taça de Portugal: NCB

2017/18[3]

  • CN 1ª Divisão: NCB
  • CN 2ª Divisão: NCB B
  • CN 3ª Divisão: CCCD C

2018/19[4]

  • CN 1ª Divisão: NCB
  • CN 2ª Divisão: NCB B
  • CN 3ª Divisão: GDBD C

2019/20

O Campeonato Nacional foi cancelado devido à pandemia do COVID-19.

2020/21[5]

  • CN 1ª Divisão: NCB
  • CN 2ª Divisão: NCB B
  • CN 3ª Divisão: NCB C

Corfebol no Brasil

Na década de 80 um grupo de professores de educação física, formados pela Universidade Gama Filho, viaja à Holanda para comemorar a formatura, e lá descobrem o corfebol. Gostando da popularidade do desporto, a participação de mulheres nas mesmas equipes e em igualdade de condições com os homens e a semelhança como basquete, resolvem divulgá-lo no Brasil.

Inicialmente foram formadas equipes no Colégio Anglo-Americano (Botafogo) e no Clube da Light (Grajaú). Realizaram-se muitas demonstrações com a equipe brasileira em universidades. Extraordinário sucesso ocorreu em Curitiba (PR), no Primeiro Congresso Brasileiro e Panamericano de Esporte Para Todos. O trabalho de divulgação não foi levado adiante por esse grupo de professores por falta de apoio e patrocínio.

Ver também

Ligações externas


  1. 1,0 1,1 «The Rules of Korfball 2020 update 2021» (PDF) (em English). IKF | Playing Rules Committee. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 1 de novembro de 2021 
  2. 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 «História do Corfebol – Federação Portuguesa de Corfebol» (em português). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  3. «Época 2017/2018 – Federação Portuguesa de Corfebol» (em português). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  4. «Época 2018/2019 – Federação Portuguesa de Corfebol» (em português). Consultado em 1 de novembro de 2021 
  5. «Época 2020/2021 – Federação Portuguesa de Corfebol» (em português). Consultado em 1 de novembro de 2021 

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