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Balazar (Póvoa de Varzim): mudanças entre as edições

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== Paróquia ==
== Paróquia ==
Antigamente a área que corresponde à atual freguesia de Balasar era bem diferente do que hoje se vê, desde o nome até forma [[File:Igreja paroquial de Balasar.JPG|thumb|Igreja paroquial de Balasar]]como está dividida. Ainda Portugal não tinha sido formado, e já no ano de 1090 os primeiros registos associados à freguesia de Balasar tinham sido mencionados pelo Censual do Bispo D. Pedro. Na altura, na área da atual freguesia existiam duas paróquias que eram Santa Eulalia de Lousadelo e S. Salvador de Gresufes, e como o nome indica as igrejas paroquiais situavam-se nos atuais lugares de Lousadelo e Gresufes.  
[[File:Igreja paroquial de Balasar.JPG|thumb|Igreja paroquial de Balasar]]
Antigamente a área que corresponde à atual freguesia de Balasar era bem diferente do que hoje se vê, desde o nome até forma como está dividida. Ainda Portugal não tinha sido formado, e já no ano de 1090 os primeiros registos associados à freguesia de Balasar tinham sido mencionados pelo Censual do Bispo D. Pedro. Na altura, na área da atual freguesia existiam duas paróquias que eram Santa Eulalia de Lousadelo e S. Salvador de Gresufes, e como o nome indica as igrejas paroquiais situavam-se nos atuais lugares de Lousadelo e Gresufes.  
Em 1215, a sede da paróquia de Santa Eulalia deixou de ser em Lousadelo, e passou a ser no Casal, pois era este o lugar de maior população, era onde se situava a fonte de S. Pedro, uma fonte “milagrosa” alvo de muitas romarias, e também porque existia um caminho que atravessava ali o rio e que depois seguia para o Telo e Gestrins. Foi também nesta altura que se mudou o nome da paróquia, de Lousadelo para “Belsar”, que talvez tenha sido uma forma a acabar com polémicas de qual o nome que haveria de ser dado à nova paróquia, e se tenha decidido não incluir os nomes de nenhum dos lugares e atribuir um novo nome. Nas [[Inquirições]] Gerais de [[Afonso II de Portugal|D. Afonso II]] de [[1220]], surge já referenciada como «''Sancta Eolália de Belsar''».
Em 1215, a sede da paróquia de Santa Eulalia deixou de ser em Lousadelo, e passou a ser no Casal, pois era este o lugar de maior população, era onde se situava a fonte de S. Pedro, uma fonte “milagrosa” alvo de muitas romarias, e também porque existia um caminho que atravessava ali o rio e que depois seguia para o Telo e Gestrins. Foi também nesta altura que se mudou o nome da paróquia, de Lousadelo para “Belsar”, que talvez tenha sido uma forma a acabar com polémicas de qual o nome que haveria de ser dado à nova paróquia, e se tenha decidido não incluir os nomes de nenhum dos lugares e atribuir um novo nome. Nas [[Inquirições]] Gerais de [[Afonso II de Portugal|D. Afonso II]] de [[1220]], surge já referenciada como «''Sancta Eolália de Belsar''».
Em 1422 D. Fernando Guerra decidiu anexar a paróquia de Gresufes à de Balasar devido a dificuldades económicas, que por motivos de baixa demografia, o dinheiro que a população pagava não chegava para as despesas das duas paróquias. Esta baixa demografia foi originada entre outros fatores pela peste negra, que no seculo XIV dizimou grande parte da população da Europa. A independência eclesiástica de Gresufes acabou definitivamente em 1430 com o falecimento do seu último pároco. Como é claro os gresufenses não devem ter aceitado pacificamente esta anexação, e essa deve ter sido a razão para se ter construído a Igreja no lugar do Matinho (no atual cemitério), que ficava a meio caminho para os habitantes do Casal e de Gresufes. Para os habitantes a norte do rio teve-se de construir uma ponte nova no lugar da atual ponte de D. Benta, pois a travessia do rio fazia-se pela ponte do Curucânio, atual ponte da Traquinada entre os lugares do Telo e Casal. Esta igreja do matinho foi sofrendo várias remodelações ao longo dos anos, e no início do seculo XX, altura que já se encontrava bastante degradada, decidiu-se demoli-la, e reconstrui-la desta vez no lugar da Cruz, devido à proximidade com a Santa Cruz ali aparecida em 1832, e aí permanece até à actualidade.
Em 1422 D. Fernando Guerra decidiu anexar a paróquia de Gresufes à de Balasar devido a dificuldades económicas, que por motivos de baixa demografia, o dinheiro que a população pagava não chegava para as despesas das duas paróquias. Esta baixa demografia foi originada entre outros fatores pela peste negra, que no seculo XIV dizimou grande parte da população da Europa. A independência eclesiástica de Gresufes acabou definitivamente em 1430 com o falecimento do seu último pároco. Como é claro os gresufenses não devem ter aceitado pacificamente esta anexação, e essa deve ter sido a razão para se ter construído a Igreja no lugar do Matinho (no atual cemitério), que ficava a meio caminho para os habitantes do Casal e de Gresufes. Para os habitantes a norte do rio teve-se de construir uma ponte nova no lugar da atual ponte de D. Benta, pois a travessia do rio fazia-se pela ponte do Curucânio, atual ponte da Traquinada entre os lugares do Telo e Casal. Esta igreja do matinho foi sofrendo várias remodelações ao longo dos anos, e no início do seculo XX, altura que já se encontrava bastante degradada, decidiu-se demoli-la, e reconstrui-la desta vez no lugar da Cruz, devido à proximidade com a Santa Cruz ali aparecida em 1832, e aí permanece até à actualidade.

Edição das 20h13min de 25 de setembro de 2012

Portugal Portugal Balasar 
  Freguesia  
Panorama Balasarense
Panorama Balasarense
Símbolos
Brasão de armas de Balasar
Brasão de armas
Localização
Localização no município de Póvoa de Varzim
Localização no município de Póvoa de Varzim
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Localização de Balasar em Portugal
Coordenadas 41° 24' 28" N 8° 37' 33" O
Região Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região
Município Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho
História
Fundação 1836 ¹
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 11,57 km²
População total (2011) 2 543 hab.
Densidade 219,8 hab./km²
Código postal 4570 BALAZAR PVZ
Outras informações
Orago Santa Eulália
¹Freguesia eclesiástica criada em 1442

Balasar (por vezes, também se verifica a grafia Balazar) é uma freguesia portuguesa do concelho da Póvoa de Varzim, com 11,57 km² de área e 2 543 habitantes (2011). Densidade: 219,8 h/km².

Balasar é a freguesia mais distante da sede do concelho (14 km), a mais interior e a mais acidentada; é bastante movimentada e conhecida em todo o país devido a Alexandrina Maria da Costa, falecida em 1955, a qual ganhou logo fama de santa, e que foi beatificada pelo Papa João Paulo II.

Geografia

Situada no extremo leste do concelho, dista 14 km do centro da Póvoa de Varzim; é atravessada pelo rio Este. Faz fronteira com Rates a noroeste e com os concelhos de Vila Nova de Famalicão a este (freguesias de Fradelos e Gondifelos), Barcelos a norte (freguesias de Negreiros e Macieira de Rates) e Vila do Conde a sudoeste (freguesias de Arcos, Bagunte e Outeiro Maior).

A freguesia está dividida em 23 lugares: Agrelos, Além, Bouça Velha, Calvário, Caminho Largo, Casal, Covilhã, Cruz, Escariz, Fontainhas, Gandra, Gestrins, Gresufes, Guardinhos, Lousadelo, Matinho, Monte Tapado, Outeiro, Quintã, Telo, Terra Ruim, Vela e Vila Pouca. O INE considera apenas 15 lugares povoados.

Demografia

Lugar População
(2001)
Além 116
Calvário 108
Caminho Largo 88
Casal 278
Cruz 162
Covilhã 43
Gandra 280
Gestrins 326
Fontainhas 389
Lousadelo 51
Outeiro 77
Quintã 60
Telo 109
Bela 244
Vila Pouca 139

Economia

Balasar é uma zona predominantemente rural, sendo a sua atividade principal a agricultura, mas também existe indústria têxtil e construção civil.

História

Em tempos longínquos, Balasar foi uma vila luso-romana, pertencente à cividade de Bagunte. O próprio nome de «Balazar» é uma corruptela de «Belisári», cuja forma antiga, provada em alguns documentos, era «Belsar».

Na Vila do Casal, segundo as Inquirições, Pêro Pais Correia, pai do conquistador Paio Peres Correia, protagonizou um amádigo.

Até 1836, era uma paróquia dependente de Barcelos, tendo então transitado para o concelho de Póvoa de Varzim: em 1853, foi transferida para Vila Nova de Famalicão, mas, em 1855, regressou ao concelho da Póvoa.

A chamada Quinta de D. Benta foi outrora solar dos Grão-Magriços.

Paróquia

Igreja paroquial de Balasar

Antigamente a área que corresponde à atual freguesia de Balasar era bem diferente do que hoje se vê, desde o nome até forma como está dividida. Ainda Portugal não tinha sido formado, e já no ano de 1090 os primeiros registos associados à freguesia de Balasar tinham sido mencionados pelo Censual do Bispo D. Pedro. Na altura, na área da atual freguesia existiam duas paróquias que eram Santa Eulalia de Lousadelo e S. Salvador de Gresufes, e como o nome indica as igrejas paroquiais situavam-se nos atuais lugares de Lousadelo e Gresufes. Em 1215, a sede da paróquia de Santa Eulalia deixou de ser em Lousadelo, e passou a ser no Casal, pois era este o lugar de maior população, era onde se situava a fonte de S. Pedro, uma fonte “milagrosa” alvo de muitas romarias, e também porque existia um caminho que atravessava ali o rio e que depois seguia para o Telo e Gestrins. Foi também nesta altura que se mudou o nome da paróquia, de Lousadelo para “Belsar”, que talvez tenha sido uma forma a acabar com polémicas de qual o nome que haveria de ser dado à nova paróquia, e se tenha decidido não incluir os nomes de nenhum dos lugares e atribuir um novo nome. Nas Inquirições Gerais de D. Afonso II de 1220, surge já referenciada como «Sancta Eolália de Belsar». Em 1422 D. Fernando Guerra decidiu anexar a paróquia de Gresufes à de Balasar devido a dificuldades económicas, que por motivos de baixa demografia, o dinheiro que a população pagava não chegava para as despesas das duas paróquias. Esta baixa demografia foi originada entre outros fatores pela peste negra, que no seculo XIV dizimou grande parte da população da Europa. A independência eclesiástica de Gresufes acabou definitivamente em 1430 com o falecimento do seu último pároco. Como é claro os gresufenses não devem ter aceitado pacificamente esta anexação, e essa deve ter sido a razão para se ter construído a Igreja no lugar do Matinho (no atual cemitério), que ficava a meio caminho para os habitantes do Casal e de Gresufes. Para os habitantes a norte do rio teve-se de construir uma ponte nova no lugar da atual ponte de D. Benta, pois a travessia do rio fazia-se pela ponte do Curucânio, atual ponte da Traquinada entre os lugares do Telo e Casal. Esta igreja do matinho foi sofrendo várias remodelações ao longo dos anos, e no início do seculo XX, altura que já se encontrava bastante degradada, decidiu-se demoli-la, e reconstrui-la desta vez no lugar da Cruz, devido à proximidade com a Santa Cruz ali aparecida em 1832, e aí permanece até à actualidade.

A beatificação de Alexandrina Maria da Costa, pelo Papa João Paulo II, na Praça de S. Pedro, em 25 de Abril de 2004, acrescentou grande notoriedade e desenvolvimento à freguesia; mas já desde 1941 que é conhecida como "a Santinha de Balasar". Alexandrina devotou a sua vida a Deus depois de em jovem ter sido vítima de tentativa de violação; tendo-se atirado duma janela para a evitar, que a deixou tetraplegica. Deixou vasta obra escrita. Entre os seus divulgadores de vários países, destacam-se alguns autores italianos e a "Alexandrina Society", com sede na Irlanda.

A aparição da Santa Cruz de Balasar, em 1832, no lugar do Calvário, e a subsequente devoção que o facto motivou tinham também dado grande destaque a esta freguesia, como o comprova por exemplo o romance Duas Fiandeiras, de Francisco Gomes de Amorim.

Património

Festas e romarias

  • Senhor da Cruz Aparecida (festa religiosa) - bianualmente em Julho
  • São Sebastião (festa religiosa) - Janeiro

Colectividades

  • Associação Desportiva e Cultural de Balazar

Ligações externas

de:Balasar en:Balasar es:Balasar kk:Балазар (Повуа-де-Варзин) nl:Balasar (Póvoa de Varzim) ru:Балазар (Повуа-де-Варзин) tr:Balasar (Póvoa de Varzim)

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