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Falseabilidade: mudanças entre as edições

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A metodologia inductivista sopunha que se pode passar de uma série de enunciados singulares para um enunciado universal. Ou seja, que se pode passar de um "este é um cisne branco", "ali está outro cisne branco", e por aí adiante, para um enunciado universal como "todos os cisnes são brancos". Este método é claramente inválido em lógica, uma vez que será sempre possível que exista um cisne não-branco que por algum motivo não tenha sido observado.  
A metodologia inductivista sopunha que se pode passar de uma série de enunciados singulares para um enunciado universal. Ou seja, que se pode passar de um "este é um cisne branco", "ali está outro cisne branco", e por aí adiante, para um enunciado universal como "todos os cisnes são brancos". Este método é claramente inválido em lógica, uma vez que será sempre possível que exista um cisne não-branco que por algum motivo não tenha sido observado.  


Este era o [[Problema da indução]], identificado por [[David Hume]] no século 18 e cuja resolução é proposta por Popper.
Este era o [[Problema da indução]], identificado por [[David Hume]] no século 18 e cuja resolução é proposta por [[Popper]].


Popper defendeu que a ciência não poderia ser baseada numa tal inferência. Ele propôs a falsificabilidade como a solução do problema da indução.  
Popper defendeu que a ciência não poderia ser baseada numa tal inferência. Ele propôs a falsificabilidade como a solução do problema da indução.  

Edição das 12h35min de 4 de junho de 2004

Falsificabilidade é um conceito importante na filosofia da ciência. Para uma asserção ser falsificável, em princípio será será possível fazer uma observação ou fazer uma experiência física que tente mostrar que essa asserção é falsa.

Por exemplo, a asserção "todos os corvos são pretos" poderia ser falsificada pela observação de um corvo vermelho. A escola de pensamento que coloca o ênfase na importância da Falsificabilidade como um princípio filosófico é conhecida como o Falsificacionismo.


Falsificação

A falsificabilidade foi desenvolvida inicialmente por Karl Popper nos anos 30 do século XX. Popper reparou que dois tipos de enunciados são de particular valor para os cientistas. O primeiro são enunciados de observações, tais como "este cisne é branco". Na teoria da lógica chamamos a estes enunciados enunciados existenciais singulares, uma vez que afirmam a existência de uma coisa em particular. Eles podem ser analisados na forma: existe um x que é cisne e é branco.

O segundo tipo de enunciado de interesse para os cientistas categoriza todas as instâncias de alguma coisa, por exemplo "todos os cisnes são brancos". Na lógica chamamos a estes enunciados universais. Eles são normalmente analisados na forma para todos os x, se x é um cisne então x é branco.

"Leis" científicas (mais correctamente chamadas teorias) são normalmente tidas como sendo desta forma. Talvez a questão mais dificil na metodologia da ciência é, como é que podemos chegar às teorias partindo das observações ? Como podemos inferir de forma válida um enunciado universal a partir de enunciados existenciais (por muitos que sejam) ?

A metodologia inductivista sopunha que se pode passar de uma série de enunciados singulares para um enunciado universal. Ou seja, que se pode passar de um "este é um cisne branco", "ali está outro cisne branco", e por aí adiante, para um enunciado universal como "todos os cisnes são brancos". Este método é claramente inválido em lógica, uma vez que será sempre possível que exista um cisne não-branco que por algum motivo não tenha sido observado.

Este era o Problema da indução, identificado por David Hume no século 18 e cuja resolução é proposta por Popper.

Popper defendeu que a ciência não poderia ser baseada numa tal inferência. Ele propôs a falsificabilidade como a solução do problema da indução.


en:Falsifiability de:Falsifizierbarkeit nl:Falsificeerbaarheid sv:Falsifikation ja:反証可能性

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