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'''Ínclita Geração''' é o [[epíteto]] dado na [[História de Portugal]] aos filhos do rei [[João I de Portugal]] ( | '''Ínclita Geração''' é o [[epíteto]] dado na [[História de Portugal]] aos filhos do rei [[João I de Portugal]] (1357-1433) e de [[Filipa de Lencastre]] (1360-1415).<ref>As núpcias tiveram lugar na cidade do [[Porto]], a [[2 de fevereiro]] de [[1387]]. D. Filipa de Lencastre era filha de [[João de Gante|John of Gaunt]], Príncipe de [[Inglaterra]], 2º [[duque de Lancaster]], [[duque de Aquitania]], 5º [[conde de Lancaster]] e [[conde de Richmond]], e de sua esposa, [[Branca de Lencastre|Blanche of Lancaster]].</ref> Foi cunhado pelo poeta [[Luís de Camões]] em "[[Os Lusíadas]]" (Canto IV, estância 50): | ||
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A expressão refere-se ao valor individual destes príncipes | A expressão refere-se ao valor individual destes príncipes — os que chegaram à idade adulta, uma vez que os dois primeiros filhos do casal morreram ainda crianças<ref>Foram eles a Infanta D. Branca (Santarém, [[30 de julho]] de [[1388]] - Março de [[1389]]), e o Infante D. Afonso (Santarém, [[30 de julho]] de [[1390]] - [[Braga]], [[22 de dezembro]] de [[1400]]. Este foi Infante de Portugal e jurado sucessor e herdeiro do Reino.</ref> — que se destacaram em sua época pelo seu elevado grau de [[educação]], valor [[militar]], grande sabedoria e predominância na vida pública portuguesa. Foram eles: | ||
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[[Lisboa]], [[Portugal]] | |||
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[[Vialonga]], [[Vila Franca de Xira]], [[Portugal]] | |||
|Senhor de grande cultura e muito viajado, conhecido como "''Príncipe das Sete Partidas''" e considerado o príncipe mais culto da sua época. | |||
[[Lista de regentes de Portugal|Regente do Reino de Portugal]] em nome de [[Afonso V de Portugal|D. Afonso V]] <small>([[1439]]-[[1448]])</small> | |||
Veio a falecer em combate na [[Batalha de Alfarrobeira]]. | |||
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|Conhecido como ''"Henrique, O Navegador".'' | |||
Foi o grande promotor e impulsionador dos [[Descobrimentos portugueses]] | |||
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|[[21 de fevereiro#Nascimentos|21 de fevereiro]] de [[1397]] | |||
[[Évora]], [[Portugal]] | |||
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|Casada com [[Filipe III, Duque da Borgonha]]. | |||
Atuou em nome do marido em vários encontros diplomáticos e é considerada como a verdadeira governante da província francesa da [[Borgonha]] no seu tempo. | |||
Em honra deste casamento, o Duque criou a [[Ordem do Tosão de Ouro]]. | |||
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|[[13 de janeiro#Nascimentos|13 de janeiro]] de [[1400]] | |||
[[Santarém (Portugal)|Santarém]], [[Portugal]] | |||
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|Designado em [[1418]], mestre da [[Ordem de Santiago]]. | |||
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Avô da rainha [[Isabel de Castela]] e do rei [[Manuel I de Portugal]]; | |||
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{{Referências}} | {{Referências}} | ||
== Ligações externas == | |||
* [https://www.academia.edu/26020606/A_PRIMEIRA_GERA%C3%87%C3%83O_DE_AVIS_UMA_FAM%C3%8DLIA_EXEMPLAR_Portugal_S%C3%A9culo_XV_?email_work_card=title A PRIMEIRA GERAÇÃO DE AVIS: UMA FAMÍLIA “EXEMPLAR” (Portugal – Século XV), por Mariana Bonat Trevisan] | |||
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[[Categoria:História de Portugal]] | [[Categoria:História de Portugal]] |
Edição atual tal como às 17h33min de 30 de dezembro de 2021
Ínclita Geração é o epíteto dado na História de Portugal aos filhos do rei João I de Portugal (1357-1433) e de Filipa de Lencastre (1360-1415).[1] Foi cunhado pelo poeta Luís de Camões em "Os Lusíadas" (Canto IV, estância 50):
"Mas, pera defensão dos Lusitanos,
Deixou, quem o levou, quem governasse
E aumentasse a terra mais que dantes:
Ínclita geração, altos Infantes."
A expressão refere-se ao valor individual destes príncipes — os que chegaram à idade adulta, uma vez que os dois primeiros filhos do casal morreram ainda crianças[2] — que se destacaram em sua época pelo seu elevado grau de educação, valor militar, grande sabedoria e predominância na vida pública portuguesa. Foram eles:
Retrato | Nome
Cargo |
Nascimento | Morte | Descrição |
---|---|---|---|---|
D. Duarte I | 31 de outubro de 1391 | 9 de setembro de 1438 | Rei de Portugal (1433-1438)
Conhecido como "o Eloquente". | |
Infante D. Pedro | 9 de dezembro de 1392 | 20 de maio de 1449 | Senhor de grande cultura e muito viajado, conhecido como "Príncipe das Sete Partidas" e considerado o príncipe mais culto da sua época.
Regente do Reino de Portugal em nome de D. Afonso V (1439-1448) Veio a falecer em combate na Batalha de Alfarrobeira. | |
Infante D. Henrique | 4 de março de 1394 | 13 de novembro de 1460 | Conhecido como "Henrique, O Navegador".
Foi o grande promotor e impulsionador dos Descobrimentos portugueses | |
Infanta D. Isabel | 21 de fevereiro de 1397 | 17 de dezembro de 1471 | Casada com Filipe III, Duque da Borgonha.
Atuou em nome do marido em vários encontros diplomáticos e é considerada como a verdadeira governante da província francesa da Borgonha no seu tempo. Em honra deste casamento, o Duque criou a Ordem do Tosão de Ouro. | |
Infante D. João | 13 de janeiro de 1400 | 18 de outubro de 1442 | Designado em 1418, mestre da Ordem de Santiago.
Condestável de Portugal (1431-1442) Avô da rainha Isabel de Castela e do rei Manuel I de Portugal; | |
Infante D. Fernando
Infante Santo |
29 de setembro de 1402 | 5 de junho de 1443 | Faleceu como refém no cativeiro muçulmano em Fez, diante da recusa do Infante D. Henrique em devolver Ceuta, sacrificado assim aos interesses do país. |
Referências
- ↑ As núpcias tiveram lugar na cidade do Porto, a 2 de fevereiro de 1387. D. Filipa de Lencastre era filha de John of Gaunt, Príncipe de Inglaterra, 2º duque de Lancaster, duque de Aquitania, 5º conde de Lancaster e conde de Richmond, e de sua esposa, Blanche of Lancaster.
- ↑ Foram eles a Infanta D. Branca (Santarém, 30 de julho de 1388 - Março de 1389), e o Infante D. Afonso (Santarém, 30 de julho de 1390 - Braga, 22 de dezembro de 1400. Este foi Infante de Portugal e jurado sucessor e herdeiro do Reino.