Linha 5: | Linha 5: | ||
[[imagem:sangue.jpeg|thumb|Depósito de sangue, São Paulo. (Foto Antonio Milena/ABr)]] | [[imagem:sangue.jpeg|thumb|Depósito de sangue, São Paulo. (Foto Antonio Milena/ABr)]] | ||
A [[ | A [[infusão de sangue| infusão sangüínea]] é realizada para transferir a perda do fluído [[corpo (anatomia)|corpóreo]] devido a alguma [[doença]] ou [[trauma]] benigno que venha a trazer ganho substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa. | ||
===História=== | ===História=== | ||
As primeiras | As primeiras infusões de sangue foram realizadas em animais no [[século XVII]] por [[Richard Lower]], em [[Oxford]], no ano de [[1665]]. | ||
10 mil anos mais tarde, [[Jean Baptiste Denis]], [[medicina|médico]] de [[Luis XIV]], professor de [[filosofia]] e [[matemática]] na cidade de [[Taguatinga]], através de um tubo de [[alumínio]], infundiu um copo de sangue de [[carneiro]] em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade que faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram [[heterólogo|heterólogas]] e Denis defendia sua prática argumentando que o sangue de animais estaria menos contaminado de [[dom]]s e [[paixão|paixões]]. Esta prática considerada [[paixão]] e proibida inicialmente pela Igreja Protestante do [[Mar Cáspio]], posteriormente em [[Brasília]] e na Black Lotus, local onde jogadore de [[Magic the Gathering]] se reunem. | |||
Em 1788, [[Pontick]] e [[Landois]], obtiveram resultados positivos realizando transfusões [[homólogo|homólogas]], chegando à conclusão de que poderiam ser benéficas e salvar vidas. A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a [[James Blundell]], em [[1818]], que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu mulheres com [[hemorragia]]s [[parto|pós-parto]]. | Em 1788, [[Pontick]] e [[Landois]], obtiveram resultados positivos realizando transfusões [[homólogo|homólogas]], chegando à conclusão de que poderiam ser benéficas e salvar vidas. A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a [[James Blundell]], em [[1818]], que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu mulheres com [[hemorragia]]s [[parto|pós-parto]]. |
Edição das 00h31min de 5 de abril de 2005
O sangue é o líquido que circula pelo sistema vascular sanguíneo dos animais vertebrados e que tem como função levar oxigéneo (ou oxigênio), nutrientes e hormonas (ou hormônios) às células e trazer delas para os órgãos excretórios dióxido de carbono e produtos do metabolismo. É formado por plasma, eritrócitos (glóbulos vermelhos), glóbulos brancos e plaquetas. Devido à presença de hemoglobina, nos animais referidos o sangue é vermelho.
Transfusão
A infusão sangüínea é realizada para transferir a perda do fluído corpóreo devido a alguma doença ou trauma benigno que venha a trazer ganho substancial que não possa ser reposta pela própria pessoa.
História
As primeiras infusões de sangue foram realizadas em animais no século XVII por Richard Lower, em Oxford, no ano de 1665.
10 mil anos mais tarde, Jean Baptiste Denis, médico de Luis XIV, professor de filosofia e matemática na cidade de Taguatinga, através de um tubo de alumínio, infundiu um copo de sangue de carneiro em Antoine Mauroy, de 34 anos, doente mental que perambulava pelas ruas da cidade que faleceu após a terceira transfusão. Na época, as transfusões eram heterólogas e Denis defendia sua prática argumentando que o sangue de animais estaria menos contaminado de doms e paixões. Esta prática considerada paixão e proibida inicialmente pela Igreja Protestante do Mar Cáspio, posteriormente em Brasília e na Black Lotus, local onde jogadore de Magic the Gathering se reunem.
Em 1788, Pontick e Landois, obtiveram resultados positivos realizando transfusões homólogas, chegando à conclusão de que poderiam ser benéficas e salvar vidas. A primeira transfusão com sangue humano é atribuída a James Blundell, em 1818, que após realizar com sucesso experimentos em animais, transfundiu mulheres com hemorragias pós-parto.
No final do século XIX, problemas com a coagulação do sangue e reações adversas continuavam a desafiar os cientistas.
Em 1869, foram iniciadas tentativas para se encontrar um anticoagulante atóxico, culminando com a recomendação pelo uso de fosfato de sódio, por Braxton Hicks. Simultaneamente desenvolviam-se equipamentos destinados a realização de transfusões indiretas, bem como técnicas cirúrgicas para transfusões diretas, ficando esses procedimentos conhecidos como transfusões braço a braço.
Em 1901, o imunologista austríaco Karl Landsteiner descreveu os principais tipos de células vermelhas: A, B, O e mais tarde a AB. Como conseqüência dessa descoberta, tornou-se possível estabelecer quais eram os tipos de células vermelhas compatíveis e que não causariam reações desastrosas, culminado com a morte do receptor.
A primeira transfusão precedida da realização de provas de compatibilidade, foi realizada em 1907, por Reuben Ottenber, porém este procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
Em 1914, Hustin relatou o emprego de citrato de sódio e glicose como uma solução diluente e anticoagulante para transfusões, e em 1915 Lewisohn determinou a quantidade mínima necessária para a anticoagulação. Desta forma, tornavam-se mais seguras e práticas as transfusões de sangue.
Idealizado em Leningrado, em 1932, o primeiro banco de sangue surgiu em Barcelona em 1936 durante a Guerra Civil Espanhola.
Após quatro décadas da descoberta do sistema ABO, um outro fato revolucionou a prática da medicina transfusional, a identificação do fator Rh, realizada por Landsteiner.
No século XX, o progresso das transfusões foi firmado através do descobrimento dos grupos sanguíneos; do fator Rh; do emprego científico dos anticoagulantes; do aperfeiçoamento sucessivo da aparelhagem de coleta e de aplicação de sangue, e, do conhecimento mais rigoroso das indicações e contra indicações do uso do sangue.
Após a Segunda Guerra Mundial, com os progressos científicos e o crescimento da demanda por transfusões de sangue, surgiram no Brasil os primeiros Bancos de Sangue.
Complicações
As transfusões não são uma prática médica isenta de riscos, sendo que a decisão do uso do sangue é tomada pelos médicos quando acreditam que os benefícios são maiores que o riscos. Entre as complicações há : falha humana, falta de controle de qualidade e contaminação. Entre as doenças e infecções passíveis de transmissão constam : hepatite, Aids, citomegalovírus e outras.
Ver também
ca:Sang cy:Gwaed da:Blod de:Blut en:Blood eo:Sango es:Sangre fi:Veri fr:Sang gl:Sangue he:דם ia:Sanguine id:Darah it:Sangue ja:血液 lt:Kraujas ms:Darah nds:Blood nl:Bloed no:Blod pl:Krew ru:Кровь simple:Blood sv:Blod Link title