Exibir código-fonte para Marte (planeta)

{{Ver desambig|prefixo=Se procura|outros significados de Marte|Marte}}
{{Marte}}
'''Marte''' é o quarto [[planeta]] a partir do [[Sol]], o segundo menor do [[Sistema Solar]]. Batizado em homenagem ao [[Marte (mitologia)|deus romano da guerra]], muitas vezes é descrito como o "Planeta Vermelho", porque o [[Óxido de ferro (III)|óxido de ferro]] predominante em sua superfície lhe dá uma aparência avermelhada.<ref name="nasa_hematite" />

Marte é um [[planeta rochoso]] com uma [[Atmosfera de Marte|atmosfera fina]], com características de superfície que lembram tanto as [[Cratera|crateras de impacto]] da [[Lua]] quanto vulcões, vales, desertos e [[calotas polares]] da [[Terra]]. O período de [[Movimento de rotação|rotação]] e os ciclos sazonais de Marte são também semelhantes aos da Terra, assim como é a inclinação que produz as suas [[estações do ano]]. Marte é o lar do [[Monte Olimpo (Marte)|Monte Olimpo]], a segunda montanha mais alta conhecida no Sistema Solar (a mais alta em um planeta), e do ''[[Valles Marineris]]'', um [[desfiladeiro]] gigantesco. A suave [[Bacia Polar Norte (Marte)|Bacia Polar Norte]], no hemisfério norte marciano, cobre cerca de 40% do planeta e pode ser uma enorme marca de [[Evento de impacto|impacto]].<ref name="northcratersn" /><ref name="northcraterguard" /> Marte tem duas luas conhecidas, [[Fobos (satélite)|Fobos]] e [[Deimos (satélite)|Deimos]], que são pequenas e de forma irregular. Estas luas podem ser [[asteroide]]s capturados,<ref>{{citar web|título=Mars Moon Mystery|autor =John P. Millis| url=http://space.about.com/od/mars/a/Mars-Moon-Mystery.htm}}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Adler, M.; Owen, W. and Riedel, J. |ano=2012|url=http://www.lpi.usra.edu/meetings/marsconcepts2012/pdf/4337.pdf|bibcode=2012LPICo1679.4337A|obra=Concepts and Approaches for Mars Exploration, held June 12–14, 2012 in Houston, Texas. LPI Contribution No. 1679, id.4337|título= Use of MRO Optical Navigation Camera to Prepare for Mars Sample Return|volume=1679|páginas=4337}}</ref> semelhante ao [[5261 Eureka]], um [[Lista de asteroides troianos de Marte|asteroide troiano marciano]].

Marte está sendo explorado por oito [[espaçonave]]s atualmente: seis em órbita — ''[[Mars Odyssey]]'', ''[[Mars Express]]'', ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]'', ''Mars Atmosphere and Volatile Evolution Missile'' – [[MAVEN]], ''[[Mars Orbiter Mission]]'' e ''[[ExoMars Trace Gas Orbiter]]'' — e duas na superfície — ''[[Mars Science Laboratory|Mars Science Laboratory Curiosity]], [[Perseverance]]''<ref>{{Citar web |ultimo=mars.nasa.gov |url=https://mars.nasa.gov/mars2020/ |titulo=Mars 2020 Perseverance Rover |acessodata=2021-05-25 |website=mars.nasa.gov |lingua=en}}</ref> e o rover chinês [[Zhurong (rover)|Zhurong]],<ref>{{Citar periódico |url=https://www.nytimes.com/2021/05/14/science/china-mars.html |titulo=China’s Mars Rover Mission Lands on the Red Planet |data=2021-05-14 |acessodata=2021-05-25 |jornal=The New York Times |ultimo=Myers |primeiro=Steven Lee |ultimo2=Chang |primeiro2=Kenneth |lingua=en-US |issn=0362-4331}}</ref> como também o ''lander [[InSight]]''. Entre as espaçonaves desativadas que estão na superfície marciana estão a sonda ''[[Spirit (sonda)|Spirit]]'' e várias outras sondas e ''rovers'', como a ''[[Phoenix (sonda)|Phoenix]]'', que completou sua missão em 2008, e o ''[[Opportunity (sonda espacial)|Opportunity]]''.<ref>{{citar web|url=https://www.nationalgeographic.com/science/2019/02/nasa-mars-rover-opportunity-dead-what-it-gave-humankind/|titulo=The Mars rover Opportunity is dead. Here's what it gave humankind.|data=13 de fevereiro de 2019|acessodata=20 de fevereiro de 2020|publicado=''National Geographic''|ultimo=Greshko|primeiro=Michael|lingua=inglês}}</ref>

== Características físicas ==
Marte tem aproximadamente metade do [[diâmetro]] da [[Terra]]. Ele é menos denso do que a Terra, tendo cerca de 15% do seu volume e 11% de sua massa, resultando em uma [[aceleração da gravidade]] na superfície que é cerca de 38% da que se observa na Terra. A superfície marciana é apenas ligeiramente menor do que a área total de terra firme do planeta Terra.<ref name="nssdc" /> Apesar de Marte ser maior e mais massivo do que [[Mercúrio (planeta)|Mercúrio]], este tem uma densidade mais elevada, com o que os dois planetas têm uma força gravitacional quase idêntica na superfície — a de Marte é mais forte por menos do que 1%. A aparência vermelho-alaranjada da superfície marciana é causada pelo [[óxido de ferro (III)]], mais comumente conhecido como [[hematita]], ou [[ferrugem]].<ref name="rust" /> Pode também parecer caramelo,<ref name="ismars" /> enquanto outras cores comuns de superfície incluem dourado, marrom e esverdeado, dependendo dos minerais presentes.<ref name="ismars">[http://mars.jpl.nasa.gov/msl/multimedia/videos/index.cfm?v=29&a=2 NASA – ''Mars in a Minute: Is Mars Really Red?'']  ([http://mars.jpl.nasa.gov/multimedia/videos/movies/miam20111110/miam20111110.pdf Transcript])</ref> Estudo sugere que Marte teve um anel bilhões de anos atrás.<ref>{{Citar web|titulo=Mars once had a ring billions of years ago|url=https://www.techexplorist.com/mars-once-ring-billions-years-ago/32804/|obra=Tech Explorist|data=2020-06-04|acessodata=2020-06-04|lingua=en-US}}</ref>

=== Estrutura interna ===
Tal como a Terra, este planeta sofreu [[Diferenciação planetária|diferenciação]], o que resultou em um núcleo metálico denso sobreposto por materiais menos densos,<ref name="Nimmo 2005" /> a uma distância estimada entre 1 810 e 1 860 km.<ref>{{Citar web |ultimo=Pearson |primeiro=Jake |url=https://swordstoday.ie/the-core-of-the-planet-was-measured-which-is-larger-than-predicted/ |titulo=The core of the planet was measured, which is larger than predicted |data=2021-03-22 |acessodata=2021-04-19 |website=SwordsToday.ie |lingua=en-GB}}</ref> Os modelos atuais do interior do planeta implicam uma região central de cerca de 1 794 km ± 65 km de raio, composta principalmente por [[ferro]] e [[níquel]], com cerca de 16-17% de [[enxofre]].<ref name="icarus213_2_451" /> Este núcleo de [[sulfureto de ferro]] é parcialmente fluido e tem duas vezes a concentração dos elementos mais leves que existem no [[núcleo da Terra]]. O núcleo está envolvido por um [[manto]] de [[silicato]] que formou muitos dos acidentes [[Tectônica|tectônicos]] e vulcânicos do planeta, mas que parecem agora estar dormentes. Além do [[silício]] e do [[oxigênio]], os elementos mais abundantes na crosta marciana são ferro, [[magnésio]], [[alumínio]], [[cálcio]] e [[potássio]]. A espessura média da crosta do planeta é cerca de 50 quilômetros, com uma espessura máxima de 125 km.<ref name="jacque03" /> A crosta terrestre, com uma média de 40 km de espessura, tem apenas um terço da densidade da crosta de Marte, considerando-se a razão dos tamanhos dos dois planetas. A sonda ''[[InSight]]'', prevista para 2016, irá utilizar um [[sismógrafo]] para melhor determinar os modelos do interior do planeta.<ref name="washington">[http://www.washingtonpost.com/national/health-science/nasa-will-send-robot-drill-to-mars-in-2016/2012/08/20/43bf1980-eaef-11e1-9ddc-340d5efb1e9c_story.html NASA will send robot drill to Mars in 2016], [[Washington Post]], por Brian Vastag, 20 de agosto de 2012.</ref>

=== Geologia da superfície ===
[[Imagem:Terrestrial planet size comparisons.jpg|thumb|314x314px|Comparação do tamanho dos [[Planeta telúrico|planetas telúricos]] (da esquerda para a direita): [[Mercúrio (planeta)|Mercúrio]], [[Vénus (planeta)|Vênus]], [[Terra]] e Marte.]]
[[Imagem:Mars Géolocalisation.jpg|314x314px|thumb|[[Imagem de satélite]] de toda a superfície de Marte composta através de medições feitas pela ''[[Mars Global Surveyor]]'' e de observações realizadas pelas sondas espaciais ''[[Programa Viking|Viking]]''.]]
[[Imagem:MarsTopoMap-PIA02031 modest.jpg|thumb|313x313px|Planícies vulcânicas (em vermelho) e bacias de [[Evento de impacto|impacto]] (em azul) dominam a [[topografia]] do planeta.]]
{{Artigo principal|Geologia de Marte}}
Marte é um [[planeta rochoso]] que consiste em minerais contendo silício e oxigênio, metais e outros elementos que normalmente compõem [[rocha]]. A superfície de Marte é composta principalmente de [[basalto]] [[toleítico]],<ref name="science324_5928_736" /> embora parte seja mais rica em [[sílica]] que o basalto típico e possa ser semelhantes às rochas [[Andesito|andesíticas]] da Terra ou ao vidro de sílica. Regiões de baixo [[albedo]] apresentam concentrações de [[Plagioclase|plagioclásios]], sendo que as regiões de albedo mais baixo, ao norte, exibem concentrações superiores às normais de silicatos e de vidro de sílica. Partes das terras altas ao sul incluem quantidades detectáveis de [[piroxênio]]s com alto teor de cálcio. Concentrações localizadas de hematita e [[olivina]] também foram encontradas.<ref name="jgr107_E6" /> A maior parte da superfície está profundamente coberta por uma camada de pó de [[óxido de ferro (III)]] de textura fina.<ref name="sci300a" /><ref name="sci300b" />

Embora Marte não apresente qualquer evidência de possuir um [[campo magnético]] estruturado global,<ref name="magnetosphere" /> observações mostram que partes da crosta do planeta foram magnetizadas e que [[Inversão geomagnética|inversões geomagnéticas]] já ocorreram no passado. Este [[paleomagnetismo]] de minerais magneticamente suscetíveis tem propriedades que são muito semelhantes às faixas alternadas encontradas no fundo dos oceanos da Terra. Uma teoria, publicada em 1999 e reexaminada em outubro de 2005 (com a ajuda da ''[[Mars Global Surveyor]]''), indica que essas faixas demonstram a existência de [[placas tectônicas]] em Marte há quatro bilhões de anos, antes de o [[Teoria do dínamo|dínamo planetário]] ter deixado de funcionar e o campo magnético do planeta ter desaparecido,<ref name="plates" /> talvez por causa de um excesso de [[hidrogênio]], liberado pela dissociação da água próximo ao núcleo quente.<ref name="Grossman2018">{{Citar web |url=https://www.sciencenews.org/article/wate-may-have-killed-mars-magnetic-field |titulo=Water may have killed Mars’ magnetic field |data=2018-03-27 |acessodata=2021-02-16 |website=Science News |lingua=en-US}}</ref>

Durante a [[Formação e evolução do Sistema Solar|formação do Sistema Solar]], Marte foi criado como resultado de um [[processo estocástico]] de [[Acreção (astrofísica)|acreção]] a partir do [[disco protoplanetário]] que orbitava o Sol. Marte tem muitas características químicas próprias causadas por sua posição no Sistema Solar. Elementos com pontos de [[ebulição]] relativamente baixos, como [[cloro]], [[fósforo]] e [[enxofre]] são muito mais comuns em Marte do que na Terra. Estes elementos, provavelmente, foram removidos das áreas mais próximas ao Sol pelo [[vento solar]] da jovem estrela.<ref name="ssr96_1_4_197" />

Após a formação dos planetas, todos foram sujeitos ao chamado "[[intenso bombardeio tardio]]". Cerca de 60% da superfície de Marte mostra registros de impactos dessa época,<ref name="zharkov93" /><ref name="icarus165_1" /><ref name="barlow88" /> enquanto a maior parte da superfície restante é provavelmente sustentada por imensas bacias de impacto causadas por esses eventos. Há evidências de uma enorme bacia de impacto no hemisfério norte de Marte, abrangendo {{formatnum:10600}} km por {{formatnum:8500}} km, ou cerca de quatro vezes maior do que a [[Bacia do Polo Sul-Aitken]] da Lua, a maior depressão de impacto já descoberta.<ref name="northcratersn" /><ref name="northcraterguard" /> Esta teoria sugere que Marte foi atingido por um corpo do tamanho de [[Plutão]] cerca de quatro [[bilhões]] de anos atrás . O evento, que se acredita ser a causa da dicotomia hemisférica marciana, criou a suave [[Bacia Polar Norte (Marte)|Bacia Polar Norte]], que cobre 40% do planeta.<ref name="sciam080627" /><ref name="nyt080626" />

A [[Escala de tempo geológico marciano|história geológica de Marte]] pode ser dividida em vários períodos, mas os seguintes são os três períodos principais:<ref name="jog91" /><ref name="ssr_96_1_4" />

*'''Período [[Noachiano]]''' (nomeado a partir da ''[[Noachis Terra]]''): formação das mais antigas superfícies existentes de Marte, entre 4,5 bilhões e 3,5 bilhões de anos. Superfícies desse período são marcadas por muitas grandes [[cratera]]s de impacto. Acredita-se que a protuberância de [[Tharsis]], um planalto vulcânico, tenha se formado durante este período, com extensas inundações por água líquida no final dessa época;<ref name="jog91" /><ref name="ssr_96_1_4" />

*'''Período [[Hesperiano]]''' (nomeado a partir da ''Hesperia Planum''): de 3,5 bilhões de anos a 2,9-3,3 bilhões de anos atrás. O período Hesperiano é marcado pela formação de extensas planícies de [[lava]];<ref name="jog91" /><ref name="ssr_96_1_4" />

*'''Período [[Amazônico (período)|Amazônico]]''' (nomeado a partir da ''[[Amazonis Planitia]]''): de 2,9-3,3 bilhões de anos atrás até o presente. Regiões amazônicas têm poucas crateras de impacto de [[meteorito]]s, mas são bastante variadas. O [[Monte Olimpo (Marte)|Monte Olimpo]] formou-se durante este período, juntamente com fluxos de lava em outros lugares de Marte.<ref name="jog91" /><ref name="ssr_96_1_4" />

Alguma atividade geológica ainda ocorre no planeta. O ''[[Athabasca Valles]]'' apresenta vestígios de derramamento de [[lava]] de cerca de 200 milhões de anos. A água corrente no ''[[Cerberus Fossae]]'' ocorreu há menos de 20 milhões de anos, indicando intrusões vulcânicas igualmente recentes.<ref name="ag44_4" /> Em 19 de fevereiro de 2008, as imagens da sonda ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]'' mostraram evidências de uma avalanche a partir de um precipício de 700 metros de altura.<ref name="dc080304" />

=== Solo ===
[[Imagem:Sol454 Marte spirit.jpg|thumb|312x312px|Panorama da cratera [[Gusev (cratera)|Gusev]], onde o ''[[Spirit (sonda)|Spirit]]'' analisou [[basalto]]s vulcânicos.]]
A sonda ''[[Phoenix (sonda espacial)|Phoenix]]'' enviou dados que mostraram que o solo marciano é ligeiramente [[Alcalinidade|alcalino]] e contém elementos como [[magnésio]], [[sódio]], [[potássio]] e [[cloro]]. Esses nutrientes são encontrados nos jardins da Terra e são necessários para o crescimento das [[Plantae|planta]]s.<ref name="bbc080627" /> Experimentos realizados pela sonda mostraram que o solo marciano tem um [[pH]] [[Base (química)|básico]] de 7,7 e contém 0,6% do [[sal]] [[perclorato]].<ref name="marssalt" /><ref name="jpl_soil" />

Estrias são comuns em Marte e novas aparecem com frequência em encostas íngremes de crateras, desfiladeiros e vales. As estrias são escuras no início e ficam mais claras com o tempo. Elas podem começar em uma pequena área e, em seguida, espalhar-se por centenas de metros. Elas também foram vistas seguindo as bordas das pedras e outros obstáculos em seu caminho. As teorias mais comumente aceitas indicam que elas são camadas subjacentes escuras do solo descobertas após avalanches de poeira brilhante ou [[redemoinho]]s.<ref name="jpl_dust_devil" /> Várias explicações têm sido propostas, algumas das quais envolvem água ou mesmo o crescimento de organismos.<ref name="gpl29_23_41" /><ref name="oleb33_4_515" />
{{panorama|Victoria Crater, Cape Verde-Mars.jpg|1200px|[[Fotografia panorâmica]] da cratera [[Victoria (cratera)|Victoria]] feita pela [[Opportunity (sonda)|Opportunity]] em 2006.}}

=== Hidrologia ===
{{Artigo principal|Água em Marte}}
Marte já abrigou um ciclo hidrológico ativo, como demonstrado por características geológicas em sua superfície. Porém, ele não possui mais a quantidade de água necessária para produzir essas impressões geológicas. Água líquida não poderia existir na superfície de Marte devido à baixa pressão atmosférica, que é cerca de 100 vezes mais fraca que a da Terra,<ref>{{Citar web |url=https://www.nasa.gov/mission_pages/msl/news/msl20121102.html |titulo=NASA - NASA Rover Finds Clues to Changes in Mars' Atmosphere |acessodata=2021-02-16 |website=www.nasa.gov |lingua=en}}</ref> a não ser em menores elevações por curtos períodos.<ref name="h" /><ref name="jgr110" /> As duas [[calotas polares]] marcianas também parecem ser feitas em grande parte de água.<ref name="kostama" /><ref name="sci299" /> O volume de água congelada na camada de gelo do polo sul, se derretido, seria suficiente para cobrir toda a superfície do planeta a uma profundidade de 11 metros.<ref name="nasa070315" /> Um manto de ''[[permafrost]]'' se estende desde o polo até [[latitude]]s de cerca de 60°.<ref name="kostama" />

As observações feitas pela sonda ''Mars Reconnaissance Orbiter'' revelaram a possibilidade de que exista água corrente no planeta durante os meses mais quentes.<ref name="NASA&nbsp;– NASA Spacecraft Data Suggest Water Flowing on Mars"/> Em 2013, o ''[[Rover (exploração espacial)|rover]]'' ''Curiosity'' da [[NASA]] descobriu que o solo de Marte contém entre 1,5% e 3% de água em sua [[massa]] (cerca de 33 litros de água por metro cúbico, embora não esteja acessível por estar ligada a outros compostos).<ref name="Guardian" /> Marte pode ser facilmente visto da Terra a olho nu, assim como a sua coloração avermelhada. Sua [[magnitude aparente]] atinge -3,0<ref name="MallamaSky" /> e é superada apenas por [[Júpiter (planeta)|Júpiter]], [[Vênus (planeta)|Vênus]], [[Lua]] e [[Sol]]. Telescópios ópticos baseados em terra estão tipicamente limitados à resolução de acidentes geográficos maiores que 300 km quando a Terra e Marte estão mais próximos, devido à atmosfera terrestre.<ref name="usra" />

Até o primeiro voo bem-sucedido sobre Marte feito em 1965 pela ''[[Mariner 4]]'', muitos especulavam sobre a presença de [[água]] em estado [[líquido]] na superfície do planeta. Isto era baseado em variações periódicas observadas em manchas claras e escuras, particularmente nas latitudes polares, que se pareciam com mares e continentes; faixas escuras e longas foram interpretadas por alguns como [[Canais de Marte|canais de irrigação]] para a água líquida. Estas características foram mais tarde explicadas como [[ilusões de ótica]], apesar de evidências geológicas recolhidas por missões não tripuladas sugerirem que Marte já teve uma cobertura de água de grande escala em sua superfície.<ref name="marswater" /> Em 2005, dados de [[radar]] revelaram a presença de grandes quantidades de [[gelo]] de água nos polos<ref name="specials1" /> e em latitudes médias.<ref name="jsg.utexas.edu" /><ref name="esa050221" /> A sonda robótica ''[[Spirit (sonda)|Spirit]]'' coletou amostras de compostos químicos que continham moléculas de água em março de 2007, enquanto a sonda ''[[Phoenix (sonda espacial)|Phoenix]]'' encontrou amostras de gelo no solo marciano raso em julho de 2008.<ref name="spacecraft1" /> Em setembro de 2015, cientistas da NASA anunciaram a descoberta de córregos sazonais com água em estado líquido na superfície do planeta com base em dados do ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]''.<ref name="Água líquida" />[[Imagem:nasa mars opportunity rock water 150 eng 02mar04.jpg|thumb|esquerda|Formações rochosas microscópicas indicam sinais antigos de água. Fotografia tirada pelo rover Opportunity]]
[[Imagem:Water on Mars.jpg|thumb|esquerda|Possível escoamento de [[água]] do solo de Marte.]]

Acredita-se que grandes quantidades de água congelada estejam presas dentro da espessa [[criosfera]] de Marte. Os dados de radar da ''[[Mars Express]]'' e da ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]'' mostram grandes quantidades de gelo em ambos os polos (julho de 2005)<ref name="specials1" /><ref name="bbc040124" /> e nas latitudes médias (novembro de 2008).<ref name="jsg.utexas.edu" /> A sonda ''[[Phoenix (sonda espacial)|Phoenix]]'' retirou amostras de água congelada do solo marciano em 31 de julho de 2008.<ref name="spacecraft1" />

[[Geomorfologia|Formas de relevo]] visíveis em Marte também sugerem fortemente que água em estado líquido tenha existido na superfície do planeta. Faixas lineares enormes de terra lavada, conhecidas como canais de escoamento, atravessam a superfície em cerca de 25 lugares. Acredita-se que essas faixas sejam registros de [[Erosão|erosões]] que ocorreram durante a liberação catastrófica de água de [[aquífero]]s subterrâneos, embora haja hipóteses de que algumas dessas estruturas tenham resultado da ação de [[geleira]]s ou de [[lava]].<ref name="Kerr2005" /><ref name="Jaeger2007" /> Um dos maiores exemplos, ''[[Ma'adim Vallis]]'', tem cerca de 700 km de comprimento e é muito maior que o ''[[Grand Canyon]]'', com uma largura de 20 km e uma profundidade de 2 km em alguns lugares. Acredita-se que tenha sido escavado por água corrente no início da história do planeta.<ref name="lucchita_rosanova" /> Acredita-se que os mais novos desses canais tenham se formado recentemente, há apenas alguns milhões de anos.<ref name="nature434" /> Em outros lugares, particularmente nas áreas mais antigas da superfície marciana, redes dendríticas de [[vale]]s em escala menor estão espalhadas por proporções significativas da paisagem. As características desses vales e sua distribuição indicam fortemente que eles foram escavados pelo [[Escorrência superficial|escoamento resultante]] da [[chuva]] ou queda da [[neve]] no início da história de Marte. Fluxos de água subsuperficiais e subterrâneos podem desempenhar papéis subsidiários importantes em algumas redes, mas a precipitação foi, provavelmente, a principal causa da formação em quase todos os casos.<ref name="CraddockHoward2002" />

Ao longo de crateras e de paredes de desfiladeiros, há também milhares de acidentes geográficos que parecem semelhantes às [[ravina]]s terrestres. As ravinas tendem a surgir nas terras altas do hemisfério sul e próximas ao equador, todas em direção aos polos de 30° de [[latitude]]. Vários autores sugeriram que o seu processo de formação envolvia água líquida, provavelmente gelo liquefeito,<ref name="sci288" /><ref name="nasa061206" /> embora outros tenham defendido mecanismos de formação de geada de [[dióxido de carbono]] ou o movimento de pó seco.<ref name="bbc061206" /><ref name="nasa061206b" /> Não foram observadas ravinas parcialmente degradadas pelo [[intemperismo]] ou crateras de impacto sobrepostas, indicando que estes são acidentes muito jovens, possivelmente ainda ativos atualmente.<ref name="nasa061206" />

Outras características geológicas, como [[delta]]s e [[Leque aluvial|leques aluviais]] preservados em crateras, também apontam para condições mais quentes e mais úmidas em algum intervalo ou intervalos na história antiga de Marte.<ref name="Lewis2006" /> Tais condições requerem necessariamente a presença generalizada de [[Lago de cratera|lagos de cratera]] em uma grande proporção da superfície, para os quais também há evidências mineralógicas, sedimentológicas e geomorfológicas independentes.<ref name="Matsubara2011" />

Outra evidência de que a água líquida existiu em algum momento sobre a superfície de Marte vem a partir da detecção de minerais específicos, como [[hematita]] e [[goethita]], ambos os quais se formam, por vezes, na presença de água.<ref name="nasa040303" /> Em 2004, o ''[[Opportunity (sonda)|Opportunity]]'' detectou o mineral [[jarosita]], que se forma somente na presença de água ácida, demonstrando que a água uma vez existiu em Marte.<ref name="nasa101001" /> Evidências mais recentes de água líquida vêm do achado do mineral [[gipsita]] na superfície pelo ''Opportunity'' em dezembro de 2011.<ref name="nasa" /><ref name="nationalgeographic" /> O líder do estudo, Francis McCubbin, cientista planetário da [[Universidade do Novo México]] em [[Albuquerque]], analisando [[hidroxila]]s em minerais cristalinos de Marte, declarou que a quantidade de água no manto superior de Marte é igual ou maior do que a da Terra, entre 50 e 300 [[partes por milhão]], o que é suficiente para cobrir todo o planeta a uma profundidade de 200 a {{Fmtn|1000}} metros.<ref name="nationalgeographic1" />
[[Ficheiro:Perspective view of Korolev crater.jpg|miniaturadaimagem|Vista da [[Korolev (cratera marciana)|cratera Korolev]] onde é visível uma espessa camada de gelo de cerca de 1.9 km. Imagem tirada pelo [[Mars Express]] da [[Agência Espacial Europeia|ESA]].]]
Em 18 de março de 2013, a NASA relatou evidências, encontradas pelos instrumentos do ''rover'' ''Curiosity'', de [[hidratação mineral]], provavelmente [[sulfato de cálcio]] hidratado, em várias amostras de rochas, incluindo fragmentos das rochas "[[Lista de rochas em Marte|Tintina]]" e "[[Lista de rochas em Marte|Sutton Inlier]]", bem como em inclusões e nódulos em outras rochas, como "Knorr" e "Wernicke".<ref name="NASA-20130318">{{citar web|último1 =Webster |primeiro1 =Guy |último2 =Brown |primeiro2 =Dwayne|título=Curiosity Mars Rover Sees Trend In Water Presence|url=http://mars.jpl.nasa.gov/msl/news/whatsnew/index.cfm?FuseAction=ShowNews&NewsID=1446 |data=18 de março de 2013|obra=[[NASA]] |acessodata=20 de março de 2013 }}</ref><ref name="BBC-20130319">{{citar web|último =Rincon |primeiro =Paul|título=Curiosity breaks rock to reveal dazzling white interior|url=http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21340279 |data=19 de março de 2013 |publicadopor=BBC|acessodata=19 de março de 2013 }}</ref><ref name="MSN-20130120">{{citar web |autor=Staff |título=Red planet coughs up a white rock, and scientists freak out |url=http://now.msn.com/white-mars-rock-called-tintina-found-by-curiosity-rover |data=20 de março de 2013 |obra=[[MSN]] |acessodata=20 de março de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130323164757/http://now.msn.com/white-mars-rock-called-tintina-found-by-curiosity-rover# |arquivodata=23 de março de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Análises usando o instrumento DAN do ''Curiosity'' forneceram evidências da presença de água subterrânea até uma profundidade de 60 cm, num teor de até 4% de água, na travessia do ''rover'' desde o ''Bradbury Landing'' até a área do ''Yellowknife Bay'', na locação Glenelg.<ref name="NASA-20130318" />

Em 28 de setembro de 2015, a NASA anunciou que havia encontrado evidência conclusiva de [[Fluxos sazonais em encostas quentes marcianas|fluxos sazonais]] de [[salmoura]] hidratada em encostas, com base em leituras espectrométricas das áreas escuras das encostas. Essas observações confirmaram hipóteses anteriores, baseadas na época da formação e taxa de crescimento, de que essas estrias escuras resultaram do fluxo de água na subsuperfície muito rasa. As estrias contêm sais hidratados, percloratos, que possuem moléculas de água em sua estrutura cristalina. As estrias fluem pelas encostas no verão marciano, quando a temperatura está acima de -23 °C, e congelam em temperaturas menores.<ref name="Água líquida">{{citar web|url=http://www.nasa.gov/press-release/nasa-confirms-evidence-that-liquid-water-flows-on-today-s-mars|título=NASA Confirms Evidence That Liquid Water Flows on Today’s Mars|publicadopor=NASA|acessodata=28 de setembro de 2015}}</ref><ref>{{citar web|url=http://edition.cnn.com/2015/09/28/us/mars-nasa-announcement/index.html|título=Liquid water exists on Mars, boosting hopes for life there, NASA says|publicadopor=CNN|acessodata=28 de setembro de 2015}}</ref>

[[Imagem:Slopes at Hale crater.jpg|thumb|Linhas escuras que escorrem pelas encostas da cratera [[Hale (cratera marciana)|Hale]] são uma forte evidência de água em estado líquido na superfície marciana]]

Pesquisadores acreditam que grande parte das planícies baixas do norte do planeta foi [[Hipótese dos oceanos de Marte|coberta por um oceano]] com centenas de metros de profundidade, embora esta tese ainda seja controversa. Em março de 2015, cientistas afirmaram que tal oceano pode ter tido o tamanho do [[Oceano Ártico]] da Terra. Este achado foi obtido a partir da relação entre a água e o [[deutério]] na atmosfera marciana moderna em comparação com a relação encontrada na Terra. Oito vezes mais deutério foi encontrado em Marte do que existe na Terra, o que sugere que antigamente Marte tinha níveis significativamente mais elevados de água. Os resultados do ''rover'' ''[[Rover Curiosity|Curiosity]]'' já haviam encontrado uma alta proporção de deutério na cratera [[Gale (cratera)|Gale]], embora não significativamente alta para sugerir a presença de um oceano. Outros cientistas advertiram que o estudo não foi confirmado e apontaram que os modelos climáticos marcianos naquele momento não demonstraram que o planeta era quente o suficiente no passado para manter corpos de água líquida.<ref name="NYT-20150305">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2015/03/06/science/mars-had-an-ocean-scientists-say-pointing-to-new-data.html |título=Mars Had an Ocean, Scientists Say, Pointing to New Data |obra=[[The New York Times]] |último =Kaufman |primeiro =Marc |data=5 de março de 2015 |acessodata=5 de março de 2015}}</ref> No entanto, a maioria concorda que um oceano existiu há mais de 3 bilhões de anos, mas há uma variedade de opiniões sobre quanto tempo durou.<ref>{{Citar web|titulo=Lomonosov crater could be more evidence of mega-tsunami on Mars|url=https://www.techexplorist.com/lomonosov-crater-evidence-mega-tsunami-mars/25539/|obra=Tech Explorist|data=2019-08-06|acessodata=2019-08-08|lingua=en-US}}</ref>

Nenhuma água salgada líquida foi definitivamente encontrada em Marte. Mas houve indícios de água escorrendo do subsolo<ref>{{Citar web|titulo=Salt streaks point to present-day water flows on Mars|url=https://www.sciencenews.org/article/salt-streaks-point-present-day-water-flows-mars|obra=Science News|data=2015-09-28|acessodata=2020-05-21|lingua=en-US}}</ref><ref>{{Citar web|titulo=Brines on Mars|url=https://www.sciencenews.org/article/brines-mars|obra=Science News|data=2009-03-20|acessodata=2020-05-21|lingua=en-US}}</ref> e um relatório de 2018 controverso da [[Mars Express|MARSIS]] de um lago de 20 km de diâmetro, enterrado quase 1,5 km abaixo da superfície,<ref name=":0">{{Citar web|titulo=Water on Mars: Exploration & Evidence|url=https://www.space.com/17048-water-on-mars.html|obra=Space.com|acessodata=2020-05-21|lingua=en|primeiro=Nola Taylor Redd 18|ultimo=August 2018}}</ref> perto do polo sul do planeta.<ref>{{Citar web|titulo=Signs of a buried lake of liquid water found on Mars|url=https://www.sciencenews.org/article/mars-water-ice-lake-top-science-stories-2018-yir|obra=Science News|data=2018-12-17|acessodata=2020-05-21|lingua=en-US}}</ref> A investigação  revelou que o polo sul é composto por várias camadas de gelo e poeira a uma profundidade de cerca de 1,5 km, distribuídos por uma região de 200 km de largura.<ref name=":0" /> Os pesquisadores descobriram que um tipo de [[salmoura]] poderia permanecer líquido na superfície do planeta e alguns centímetros abaixo por até seis horas consecutivas em 40% do planeta, principalmente nas latitudes médias a altas do norte.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Rivera-Valentín|primeiro=Edgard G.|ultimo2=Chevrier|primeiro2=Vincent F.|ultimo3=Soto|primeiro3=Alejandro|ultimo4=Martínez|primeiro4=Germán|data=2020-05-11|titulo=Distribution and habitability of (meta)stable brines on present-day Mars|url=https://www.nature.com/articles/s41550-020-1080-9.epdf?sharing_token=342Un-xn5064IP63WjKoHNRgN0jAjWel9jnR3ZoTv0P0BIc95Rnv0JNc-HHjXA3iv6zPlJrZyi7tY6W0OA9hcT4jofsc-JWuzLzGZNBJPLSCfdgaj7_2PNYRJnfqtWgIrZcCPHVU3Wm9oWuLrmpfY4PYXPnwg4H1iPk1S5Tl3ahKfzcD2J3nQmGQmJRx4BeRpSGwut5pQ4Wz_HXCI72IQqeFVnOc52vWjm5jdssEyw_dcGzUGbdPHxAx02clDDcvmGlqtZkghy_ifFx79i8DodbBPuz3-UfLyMFOBGsjjYs=&tracking_referrer=www.sciencenews.org|jornal=Nature Astronomy|lingua=en|doi=10.1038/s41550-020-1080-9|issn=2397-3366}}</ref> No entanto, essas salmouras nunca ficariam mais quentes do que cerca de -48° [[Grau Celsius|C]], cerca de 25 graus abaixo da tolerância conhecida pela vida na Terra.<ref>{{Citar web|titulo=Salty water might exist on Mars, but it’s probably too cold for life|url=https://www.sciencenews.org/article/mars-water-liquid-salty-brine-simulation-cold-life|obra=Science News|data=2020-05-11|acessodata=2020-05-21|lingua=en-US}}</ref>

==== Calotas polares ====
{{multiple image
| align = right
| direction = vertical
| width = 220
| image1 = Martian north polar cap.jpg <!-- Mars NPArea-PIA00161 modest.jpg -->
| caption1 = Calota polar norte em 1999
| image2 = South Polar Cap of Mars during Martian South summer 2000.jpg
| caption2 = Calota polar sul em 2000
}}
Marte tem duas calotas polares de gelo permanente. Durante o inverno em um dos polos, ele fica em escuridão contínua, que resfria a superfície e provoca a deposição de 25 a 30% da atmosfera em placas de gelo de [[Dióxido de carbono|CO<sub>2</sub>]] ([[gelo seco]]).<ref name="icarus169" /> Quando o polo é novamente exposto à [[luz solar]], o CO<sub>2</sub> congelado [[Sublimação|sublima]], criando enormes ventos que varrem o polo a velocidades de até 400 km/h. Esses ventos sazonais transportam grandes quantidades de poeira e vapor d’água, dando origem a [[geada]]s semelhantes às da Terra e de grandes nuvens ''[[cirrus]]''. Nuvens de água e gelo foram fotografadas pelo ''rover Opportunity'' em 2004.<ref name="clouds" />

As calotas polares em ambos os polos são compostas principalmente (70%) de gelo de água. Dióxido de carbono congelado acumula como uma camada relativamente fina de cerca de um metro de espessura na calota norte apenas no inverno, enquanto a calota sul tem uma cobertura de gelo seco permanente de cerca de oito metros de espessura.<ref name="darling_marspoles" /> Esta cobertura permanente de gelo seco no polo sul é salpicada por alguns tipos de poços circulares que se repetem e estão se expandindo alguns metros por ano; isso sugere que a cobertura permanente de CO<sub>2</sub> sobre o gelo do polo sul está se degradando ao longo do tempo.<ref name="malin2001">{{citar periódico|autor =Malin, M.C.; Caplinger, M.A.; Davis, S.D.|ano=2001|título=Observational evidence for an active surface reservoir of solid carbon dioxide on Mars|periódico=Science|volume=294|páginas= 2146–8|doi=10.1126/science.1066416 |url=http://www.mars.asu.edu/christensen/advancedmarsclass/malin_co2_science.pdf|bibcode = 2001Sci...294.2146M|número=5549|pmid=11768358 }}</ref> A calota polar norte tem um diâmetro de aproximadamente mil quilômetros durante o verão do hemisfério norte de Marte<ref name="mira" /> e contém cerca de 1,6 milhão de quilômetros cúbicos (km³) de gelo, que, se espalhado uniformemente sobre a calota, teria 2 km de espessura.<ref name="brown" /> Em comparação, a camada de gelo da [[Groenlândia]] tem um volume de 2,85 milhões de quilômetros cúbicos. A calota polar do sul tem um diâmetro de 350 km e uma espessura de 3 km.<ref name="phillips" /> O volume total de gelo na calota polar sul, mais os depósitos em camadas adjacentes, foi  estimado em 1,6 milhão de quilômetros cúbicos.<ref name="sci315" /> Ambas as calotas polares apresentam calhas espirais, que recente análise do radar ''[[SHARAD]]'' mostrou serem resultado de [[Vento catabático|ventos catabáticos]] em espiral devido ao [[Força inercial de Coriolis|efeito Coriolis]].<ref name="Onset and migration of spiral troughs on Mars revealed by orbital radar" /><ref name="Mystery Spirals on Mars Finally Explained" />

A queda de geada sazonal em algumas áreas perto da calota polar sul resulta na formação de placas transparentes medindo até 1 quilômetro de diâmetro<ref>{{Citar web |ultimo=December 2016 |primeiro=Samantha Mathewson 22 |url=https://www.livescience.com/57297-watch-baby-spiders-on-mars.html |titulo=Baby 'Spiders' on Mars Expand Across Sand Dunes (Photos) |acessodata=2021-04-05 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> e 1 metro de espessura de gelo seco acima do solo. Com a chegada da primavera, a luz solar aquece o subsolo, e a pressão do CO<sub>2</sub> sublimado aumenta sob o bloco, elevando-o e, finalmente, rompendo-o. Isto leva a erupções semelhantes a [[gêiser]]es de gás CO<sub>2</sub> misturado com areia ou pó de [[basalto]] escuro. Este processo é rápido e acontece no espaço de alguns dias, semanas ou meses, uma taxa de variação bastante incomum em geologia - especialmente para Marte. O gás fluindo sob um bloco em direção a um gêiser escava sob o gelo um padrão de canais radiais do tipo teia de aranha, num processo que é o equivalente inverso de uma rede de erosão formada pela água que é drenada por um ralo.<ref name="2006-100" /><ref name="Kieffer2000" /><ref name="Portyankina" /><ref name="Hugh2006" /> Em 2021 cientistas recriaram uma versão parecida com formas de [[Aracnoide|araneiformes]] negras em seu laboratório.<ref>{{Citar web |ultimo=Brandon Specktor - Senior Writer 05 April 2021 |url=https://www.livescience.com/spiders-on-mars-explained-dry-ice.html |titulo=Spooky 'spiders on Mars' finally explained after two decades |acessodata=2021-04-05 |website=livescience.com |lingua=en}}</ref> Os experimentos mostram diretamente que os padrões de aranha que observamos em Marte em órbita podem ser esculpidos pela conversão direta de gelo seco de sólido em gasoso.<ref>{{citar web |ultimo=O’Mahony |primeiro=Catherine |url=https://www.tcd.ie/news_events/articles/trinity-researchers-tackle-the-spiders-from-mars/ |titulo=Trinity researchers tackle the spiders from Mars |data=19 de março de 2021 |acessodata=4 de abril de 2021}}</ref>

==== Perda de água ====
Pensa-se que a perda de água de Marte para o espaço resulta do transporte de água para a atmosfera superior, onde é dissociada ao hidrogênio e foge do planeta. Mas uma observação em 2019 sugere que a súbita perda de água ocorre na atmosfera superior de Marte, aumentando a abundância de hidrogênio. Na atmosfera superior, a luz solar e a química desassociam moléculas de água em átomos de hidrogênio e oxigênio que a fraca gravidade não pode impedir de escapar para o espaço.<ref>{{Citar web|titulo=Mars is losing water more quickly than expected|url=https://www.techexplorist.com/mars-losing-water-quickly-expected/29052/|obra=Tech Explorist|data=2020-01-10|acessodata=2020-01-10|lingua=en-US}}</ref>

Um cientista revelou que o vapor de água está se acumulando em grandes quantidades e proporções inesperadas a uma altitude de mais de 80 km na atmosfera marciana. As estimativas indicaram que grandes bolsas atmosféricas estão mesmo em uma condição de supersaturação, com a atmosfera contendo 10 a 100 vezes mais vapor de água do que sua temperatura deveria permitir hipoteticamente. Com as taxas de supersaturação observadas, o limite de fuga de água aumentaria significativamente durante estações específicas.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Fedorova|primeiro=Anna A.|ultimo2=Montmessin|primeiro2=Franck|ultimo3=Korablev|primeiro3=Oleg|ultimo4=Luginin|primeiro4=Mikhail|ultimo5=Trokhimovskiy|primeiro5=Alexander|ultimo6=Belyaev|primeiro6=Denis A.|ultimo7=Ignatiev|primeiro7=Nikolay I.|ultimo8=Lefèvre|primeiro8=Franck|ultimo9=Alday|primeiro9=Juan|data=2020-01-09|titulo=Stormy water on Mars: The distribution and saturation of atmospheric water during the dusty season|url=https://science.sciencemag.org/content/early/2020/01/08/science.aay9522|jornal=Science|lingua=en|doi=10.1126/science.aay9522|issn=0036-8075|pmid=31919130}}</ref>

=== Geografia ===
{{Artigo principal|Geografia de Marte}}
Embora sejam mais lembrados por terem mapeado a [[Lua]], Johann Heinrich von Mädler e [[Wilhelm Beer]] foram os primeiros "areógrafos". Eles começaram pela constatação de que a maioria dos acidentes geográficos da superfície de Marte eram permanentes e determinaram com mais precisão o período de rotação do planeta. Em 1840, Mädler reuniu dez anos de observações e desenhou o primeiro mapa de Marte. Em vez de dar nomes para as várias marcas na superfície, Beer e Mädler simplesmente designaram-nas com letras; ''Sinus Meridiani'' foi, assim, o acidente "''a''".<ref name="sheehan_ch04" />
[[Imagem:Mars.ogv|thumb|esquerda|350px|Animação da [[Movimento de rotação|rotação]] de Marte.]]

Hoje, as características de Marte são denominadas a partir de uma variedade de fontes. Características de [[albedo]] são nomeadas a partir da [[mitologia clássica]]. Crateras com mais de 60 km são nomeadas em homenagem a cientistas e escritores já falecidos e outros que contribuíram para o estudo de Marte. Crateras menores que 60 km homenageiam cidades e vilas do mundo com população inferior a 100 mil habitantes. Grandes vales são nomeados pela palavra "Marte" ou "estrela" em várias línguas; pequenos vales são nomeados por rios.<ref name="usgs" />

As grandes estruturas de albedo mantêm muitos dos nomes antigos, que são frequentemente atualizados para refletir novos conhecimentos sobre a natureza dessas características. Por exemplo, ''Nix Olympica'' (as neves do Olimpo) tornou-se ''Olympus Mons'' (Monte Olimpo).<ref name="viking_1950_2000" /> A superfície de Marte, vista da Terra, é dividida em dois tipos de áreas, com diferentes albedos. As planícies mais pálidas cobertas de poeira e areia ricas em óxido de ferro avermelhado já foram consideradas como "continentes" marcianos e a elas foram dados nomes como ''[[Arabia Terra]]'' (terra da Arábia) ou ''[[Amazonis Planitia]]'' (Planície Amazônica). Acreditava-se que as características escuras eram mares, daí seus nomes ''Mare Erythraeum'', ''Mare Sirenum'' e ''Aurorae Sinus''. A maior característica escura vista da Terra é ''[[Syrtis Major]]''. A calota polar norte é chamada ''[[Planum Boreum]]'', enquanto a calota sul é chamada ''[[Planum Australe]]''.<ref name="seds_huygens" />

O equador de Marte é definido por sua rotação, mas a localização do seu “[[meridiano primário]]" foi estabelecida, como foi a da Terra (em [[Greenwich (Londres)|Greenwich]]), pela escolha de um ponto arbitrário; Mädler e Beer selecionaram uma linha, em 1830, para os primeiros mapas de Marte. Após a nave espacial ''[[Mariner 9]]'' fornecer grande quantidade de imagens de Marte em 1972, uma pequena cratera (mais tarde chamada de Airy-0), localizada no ''Sinus Meridiani'' ("Baía Meridiana"), foi escolhida para a definição da [[longitude]] 0,0°, de forma a coincidir com a seleção original.<ref name="archinal_caplinger" />

Como Marte não tem oceanos e, portanto, não há "[[nível do mar]]", uma superfície com elevação zero também teve de ser selecionada para um nível de referência, o que também é chamado de ''areoide''<ref name="NASAMola2007" /> de Marte, análogo ao [[geoide]] terrestre. A altitude zero foi definida pela altura em que há 610,5 Pa (6,105 mbar) de [[pressão atmosférica]].<ref name="pers66" /> Esta pressão corresponde ao [[ponto triplo]] da água e é cerca de 0,6% da pressão na superfície do nível do mar na Terra (0,006 atm).<ref name="lunine99" /> Na prática, atualmente esta superfície é definida diretamente pela medição da gravidade por satélites.

==== Crateras ====
[[Imagem:PIA15038 Spirit Lander and Bonneville Crater in Color.jpg|thumb|Cratera Bonneville e o local de pouso da ''[[Spirit (sonda)|Spirit]]'']]
A [[dicotomia]] da topografia marciana é notável: as planícies do norte são achatadas por fluxos de lava, em contraste com as terras altas do sul, marcadas por crateras de antigos impactos de asteroides. Uma pesquisa de 2008 apresentou evidências sobre uma teoria proposta em 1980 postulando que, quatro bilhões de anos atrás, o hemisfério norte de Marte foi atingido por um objeto de um décimo a dois terços do tamanho da [[Lua]]. Se confirmado, isso tornaria o hemisfério norte de Marte o local de uma cratera de impacto de {{formatnum:10600}} km de comprimento por 8,5 mil quilômetros de largura, ou mais ou menos a área da [[Europa]], [[Ásia]] e [[Austrália]] juntas, superando a [[Bacia do Polo Sul-Aitken]], na Lua, como a maior cratera de impacto do [[Sistema Solar]].<ref name="northcratersn" /><ref name="northcraterguard" />

Marte é marcado por um conjunto de crateras de impacto: cerca de 43 mil crateras com um diâmetro de 5 quilômetros ou mais foram encontradas em sua superfície.<ref name="wright03" /> A maior delas é a bacia de impacto ''[[Hellas Planitia]]'', uma característica de [[formação de albedo]] claramente visível a partir da Terra.<ref name="ucar_geography" /> Devido à menor [[massa]] de Marte, a probabilidade de um objeto colidir com o planeta é cerca de metade da presente na Terra. Marte fica mais perto do [[cinturão de asteroides]], por isso tem uma chance maior de ser atingido por materiais oriundos dessa região. O planeta é também mais suscetível a ser atingido por [[cometa]]s de período curto, ou seja, aqueles que se encontram dentro da [[órbita]] de [[Júpiter (planeta)|Júpiter]].<ref name="emp9" /> Apesar disso , há muito menos crateras em Marte em comparação com a Lua, porque a atmosfera de Marte fornece proteção contra meteoros pequenos. Algumas crateras têm uma [[geomorfologia]] que sugere que o solo se tornou úmido após o impacto do meteoro.<ref name="emp45" />

==== Características vulcânicas e tectônicas ====
{{Artigo principal|Vulcanismo em Marte}}
[[Imagem:Mars-volcano-eruptions-could-have-brought-water 55587 600x450.jpg|thumb|O gigantesco [[Monte Olimpo (Marte)|Monte Olimpo]], o maior vulcão do Sistema Solar, com cerca de 27 km de altura.]]
O vulcão [[Monte Olimpo (Marte)|Monte Olimpo]] é um [[vulcão extinto]] na vasta região de [[Tharsis]], que contém vários outros grandes vulcões. O Monte Olimpo é três vezes maior que o [[Monte Everest]], que por comparação tem pouco mais de 8,8 km de altura.<ref name="scsdes49" /> É a primeira ou a segunda montanha mais alta do Sistema Solar, dependendo da forma de medição escolhida, com fontes que vão de cerca de 21 a 27 km de altura.<ref>{{Citar web |url=https://www.mountainprofessor.com/olympus-mons.html |titulo=Olympus Mons |acessodata=2021-02-16 |website=www.mountainprofessor.com}}</ref><ref name="glenday09" />

O grande [[desfiladeiro]] ''[[Valles Marineris]]'' ([[latim]] para Vales ''[[Programa Mariner|Mariner]]'', também conhecido como Agathadaemon nos velhos mapas dos [[canais marcianos]]), tem um comprimento de quatro mil quilômetros e uma profundidade de até sete quilômetros. O comprimento do ''Valles Marineris'' é equivalente ao comprimento do [[continente europeu]] e estende-se através de um quinto da circunferência de Marte. Em comparação, o ''[[Grand Canyon]]'' na [[Terra]] tem 446 km de comprimento e quase 2 km de profundidade. O ''Valles Marineris'' foi formado devido à expansão da área de Tharsis, que causou o colapso da crosta na área do desfiladeiro. Em 2012, foi proposto que o ''Valles Marineris'' não é apenas um ''[[graben]]'', mas também um [[Falha transformante|limite de placa]], onde ocorreu um movimento transversal de 150 km, fazendo de Marte um planeta com, possivelmente, duas [[placas tectônicas]].<ref name="tectonic">{{citar web| url=http://newsroom.ucla.edu/portal/ucla/ucla-scientist-discovers-plate-237303.aspx |título=UCLA scientist discovers plate tectonics on Mars |publicadopor=UCLA |obra= |data=2012-08-09 |acessodata=2012-08-13 |autor =Wolpert, Stuart}}</ref><ref name="Lin, An">{{citar periódico
|último = Lin  |primeiro = An
 |título= Structural analysis of the Valles Marineris fault zone: Possible evidence for large-scale strike-slip faulting on Mars
 |periódico= Lithosphere
 | volume = 4 |número= 4 |páginas= 286–330 |data= 4 de junho de 2012
 | url = http://lithosphere.gsapubs.org/content/4/4/286.abstract
 | doi = 10.1130/L192.1
 |acessodata= 2 de outubro de 2012}}</ref>

As imagens do ''[[THEMIS]]'' a bordo de sonda ''[[Mars Odyssey]]'' da [[NASA]] revelaram sete possíveis entradas de [[caverna]]s nos [[flanco]]s do vulcão ''[[Arsia Mons]]''.<ref name="cushing_titus_wynn07" /> As cavernas, nomeadas em homenagem a entes queridos de seus descobridores, são conhecidas coletivamente como as "sete irmãs".<ref name="nau070328" /> As entradas das cavernas medem de 100 a 252 metros de largura e acredita-se que tenham, pelo menos, de 73 a 96 metros de profundidade. Dado que a luz não atinge o piso da maioria das cavernas, é possível que elas se estendam muito mais profundamente do que as estimativas inferiores e sejam mais largas abaixo da superfície. A caverna "Dena" é a única exceção: o seu chão é visível e tem 130 metros de profundidade. Os interiores destas cavernas podem ser protegidos contra [[micrometeorito]]s, [[radiação UV]], [[erupções solares]] e partículas de alta energia que bombardeiam a superfície do planeta.<ref name="bbc070317" />

[[Imagem:016vallesmarineris reduced0.25.jpg|thumb|centro|800px|<center>Mosaico de imagens [[Infravermelho|infravermelhas]] capturadas pela sonda ''[[2001 Mars Odyssey]]'' do ''[[Valles Marineris]]'', um gigantesco [[desfiladeiro]], com quatro mil quilômetros de comprimento e uma profundidade de até sete quilômetros.</center>]]

Pegadas de dunas em Hellas, também conhecidas como a insígnia da [[Frota Estelar]] [[Star Trek]],<ref>[https://in.mashable.com/science/4129/nasa-spots-a-telltale-star-trek-sign-on-mars NASA Spots A Telltale 'Star Trek' Sign on Mars] {{en}} (2019)</ref> são grandes dunas em forma de crescente ([[barchan]]). A insígnia foi criada quando a lava fluiu sobre a planície e ao redor das dunas, mas não sobre elas. A lava solidificou, mas essas dunas ainda se erguiam como ilhas e o vento continuava a soprar. Ao final, as pilhas de areia que eram as dunas migraram, deixando essas "pegadas" na planície de lava. Elas também são chamadas de "moldes de dunas" e registram a presença de dunas cercadas por lava.<ref>[https://photojournal.jpl.nasa.gov/catalog/PIA23288 PIA23288: Dune Footprints in Hellas] (2019)</ref>

==== Atmosfera ====
{{Artigo principal|Atmosfera de Marte}}
[[Imagem:Mars atmosphere.jpg|thumb|esquerda|A tênue atmosfera de Marte vista a partir de uma imagem na órbita baixa do planeta. Ao fundo, a cratera [[Galle (cratera marciana)|Galle]].]]
Marte perdeu sua [[magnetosfera]] há 4 bilhões de anos,<ref name="swind" /> então o [[vento solar]] interage diretamente com a [[ionosfera]] marciana, diminuindo a densidade atmosférica ao remover átomos da camada exterior. Ambas as sondas ''[[Mars Global Surveyor]]'' e ''[[Mars Express]]'' detectaram partículas atmosféricas ionizadas arrastadas para o espaço a partir de Marte<ref name="swind" /><ref name="swind2" /> e esta perda atmosférica está sendo estudada pela sonda ''[[MAVEN]]''. Em comparação com a Terra, a atmosfera de Marte é muito [[Ar rarefeito|rarefeita]]. A [[pressão atmosférica]] na superfície varia hoje entre um mínimo de 30 [[Pascal (unidade)|Pa]] (0,030 [[Pascal (unidade)|kP]]a) no Monte Olimpo para mais de {{Fmtn|1155}} Pa (1,155 kPa) em ''[[Hellas Planitia]]'', com uma pressão média ao nível da superfície de 600 Pa (0,60 kPa).<ref name="bolonkin09" /> A maior densidade atmosférica em Marte é igual à densidade encontrada 35 km acima da superfície da Terra.<ref name="atkinson07" /> A pressão de superfície média resultante é de apenas 0,6% a da Terra (101,3 kPa). A [[altura de escala]] da atmosfera é cerca de 10,8 km,<ref name="carr06" /> que é maior do que a da Terra (6 km), porque a gravidade de superfície de Marte é de apenas 38% da gravidade da Terra, o que é compensado tanto pela temperatura mais baixa quanto pelo peso molecular 50% maior da atmosfera de Marte. A atmosfera de Marte é composta por cerca de 96% de [[dióxido de carbono]], 1,93% de [[argônio]] e 1,89% de [[nitrogênio]], juntamente com traços de [[oxigênio]] e [[água]].<ref name="nssdc" /><ref name="Abundance">[http://www.sciencemag.org/content/341/6143/263.abstract Abundance and Isotopic Composition of Gases in the Martian Atmosphere from the Curiosity Rover]. Sciencemag.org (19 de julho de 2013). Acessado em 19 de agosto de 2013.</ref> A atmosfera é muito empoeirada, contendo partículas de cerca de 1,5 [[Micrometro (unidade de medida)|µm]] de diâmetro que dão ao céu marciano uma cor opaca quando vista da superfície.<ref name="dusty" />

[[Metano]] foi detectado na atmosfera de Marte, com uma fração molar de cerca de 30 [[Parte por milhão|ppb]];<ref name="methane-me" /><ref name="methane" /> ele ocorre em plumas extensas, e os perfis implicam que o metano foi liberado a partir de regiões distintas. No meio do verão do norte, a pluma principal continha 19 mil toneladas métricas de metano, com uma força de fonte estimada de 0,6 kg por segundo.<ref name="plumes" /><ref name="hand08" /> Os perfis sugerem que pode haver duas regiões de origem, a primeira centrada perto de 30°N 260°W e a segunda perto de 0°N 310°W.<ref name="plumes" /> Estima-se que Marte deva produzir 270 toneladas/ano de metano.<ref name="plumes" /><ref name="results" />

O metano pode existir na atmosfera de Marte por um período limitado de tempo até ser destruído – as estimativas do seu tempo de vida variam entre 0,6 a 4 anos terrestres.<ref name="plumes" /><ref name="nature460" /> A sua presença, apesar desta vida curta, indica a existência de uma fonte ativa do gás no planeta. Atividade vulcânica, impactos de cometas e a presença de formas de vida microbianas metanogênicas estão entre as possíveis fontes. O metano também poderia ser produzido por um processo não biológico chamado [[Serpentinito|serpentinização]], que envolve água, dióxido de carbono e o mineral [[olivina]], que se sabe ser comum em Marte.<ref name="olivine" />
[[Imagem:MarsSunsetCut.jpg|thumb|upright=2.5|Fotografia do [[pôr-do-sol]] marciano pelo robô ''[[Spirit (sonda)|Spirit]]'' na cratera [[Gusev (cratera)|Gusev]].]]

O ''rover'' ''[[Mars Science Laboratory|Curiosity]]'', que pousou em Marte em agosto de 2012, é capaz de fazer medições que distinguem entre diferentes [[isotopólogo]]s de metano;<ref>{{citar web|url=http://www.astrobio.net/news/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2765&mode=thread&order=0&thold=0|título=Making Sense of Mars Methane|acessodata=8 de outubro de 2008|último=Tenenbaum|primeiro=David|data=9 de junho de 2008|obra=Astrobiology Magazine|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080923195833/http://astrobio.net/news/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2765&mode=thread&order=0&thold=0#|arquivodata=23 de setembro de 2008|urlmorta=yes}}</ref> mas mesmo que a missão determine que a vida microscópica marciana é a fonte do metano, essas formas de vida provavelmente residem muito abaixo da superfície, fora do alcance do ''rover''.<ref>{{citar jornal|primeiro =Bill|último =Steigerwald|coautor=|autorlink =|título=Martian Methane Reveals the Red Planet is not a Dead Planet|data=15 de janeiro de 2009|publicadopor=NASA|url=http://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/marsmethane.html|obra=NASA's Goddard Space Flight Center|páginas=|acessodata=24 de janeiro de 2009|língua=|arquivourl=http://web.archive.org/web/20090117141425/http://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/marsmethane.html|arquivodata=17 de janeiro de 2009 <!--DASHBot-->|urlmorta= não}}</ref> As primeiras medições com o  Tunable Laser Spectrometer (TLS) indicaram que há menos de 5 ppb de metano no local de pouso no momento da medição.<ref>{{citar web|url=http://www.ustream.tv/nasajpl |título=Mars Curiosity Rover News Telecon -2 de novembro de 2012}}</ref><ref name="Science-20121102">{{citar web|último =Kerr |primeiro =Richard A.|título=Curiosity Finds Methane on Mars, or Not|url=http://news.sciencemag.org/sciencenow/2012/11/curiosity-finds-methane-on-mars-.html |data=2 de novembro de 2012|publicadopor=[[Science]] |acessodata=3 de novembro de 2012 }}</ref><ref name="Space-20121102">{{citar web|último =Wall |primeiro =Mike |título=Curiosity Rover Finds No Methane on Mars —Yet|url=http://www.space.com/18333-mars-rover-curiosity-methane-measurements.html |data=2 de novembro de 2012|publicadopor=[[Space.com]] |acessodata=3 de novembro de 2012 }}</ref><ref name="NYT-20121102">{{citar jornal|último =Chang|primeiro =Kenneth |título=Hope of Methane on Mars Fades|url=http://www.nytimes.com/2012/11/03/science/space/hopes-for-methane-on-mars-deflated.html |data=2 de novembro de 2012 |publicadopor=New York Times |acessodata=3 de novembro de 2012 }}</ref> Em 19 de setembro de 2013, cientistas da [[NASA]], com base em outras medições feitas pela ''Curiosity'', não relataram a detecção de metano atmosférico, com um valor medido de 0,18 ± 0,67 ppbv correspondente a um limite máximo de apenas 1,3 ppbv (limite de confiança de 95%) e, como resultado, concluíram que a probabilidade de atividade microbiana metanogênica atual em Marte é reduzida.<ref name="SJ-20130919">{{citar periódico|último1 =Webster |primeiro1 =Christopher R. |último2 =Mahaffy |primeiro2 =Paul R. |último3 =Atreya |primeiro3 =Sushil K. |último4 =Flesch |primeiro4 =Gregory J. |último5 =Farley |primeiro5 =Kenneth A. |título=Low Upper Limit to Methane Abundance on Mars |url=http://www.sciencemag.org/content/early/2013/09/18/science.1242902.abstract |data=19 de setembro de 2013 |periódico=[[Science]] |doi=10.1126/science.1242902 |acessodata=19 de setembro de 2013 }}</ref><ref name="SCI-20130919">{{citar periódico|último =Cho |primeiro =Adrian |título=Mars Rover Finds No Evidence of Burps and Farts |url=http://news.sciencemag.org/space/2013/09/mars-rover-finds-no-evidence-burps-and-farts
|data=19 de setembro de 2013 |obra=[[Science (journal)]] |acessodata=19 de setembro de 2013 }}</ref><ref name="NYT-20130919">{{citar jornal|último =Chang |primeiro =Kenneth |título=Mars Rover Comes Up Empty in Search for Methane |url=http://www.nytimes.com/2013/09/20/science/space/mars-rover-comes-up-empty-in-search-for-methane.html |data=19 de setembro de 2013 |obra=[[New York Times]] |acessodata=19 de setembro de 2013 }}</ref> A sonda [[Mars Orbiter Mission]], da Índia, está pesquisando metano na atmosfera,<ref name="payload">{{citar web |url=http://isro.org/pslv-c25-mars-orbiter-mission/payloads |título=Mars Orbiter Mission – Payloads |acessodata=23 de dezembro de 2014 |data=dezembro de 2014 |obra=Indian Space Research Organisation (ISRO) |publicadopor=[[ISRO]] |arquivourl=https://archive.today/20141223191607/http://isro.org/pslv-c25-mars-orbiter-mission/payloads# |arquivodata=23 de dezembro de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> enquanto a ''ExoMars Trace Gas Orbiter'', planejada para ser lançada em 2016, irá estudar mais o metano, bem como os seus produtos de decomposição, como [[formaldeído]] e [[metanol]].<ref>{{citar jornal|primeiro =Paul|último =Rincon|coautor=|autorlink =|título=Agencies outline Mars initiative|data=9 de julho de  2009|publicadopor=|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/8130393.stm|obra=BBC News|páginas=|acessodata=26 de julho de 2009|língua=}}</ref><ref>{{citar jornal|primeiro =|último =|coautor=|autorlink =|título=NASA orbiter to hunt for source of Martian methane in 2016|data=6 de março de 2009|publicadopor=|url=http://www.thaindian.com/newsportal/health/nasa-orbiter-to-hunt-for-source-of-martian-methane-in-2016_100163335.html|obra=Thaindian News|páginas=|acessodata=26 de julho de 2009|língua=}}</ref>

[[Amônia]] também foi detectada em Marte pelo satélite ''[[Mars Express]]'', mas com a sua vida útil relativamente curta, não ficou claro o que a tenha produzido. A amônia não é estável na atmosfera marciana e desintegra-se depois de algumas horas. Uma fonte possível é a [[atividade vulcânica]].<ref name="davidw" />

A sonda Trace Gas Orbiter (TGO), da Agência Espacial Europeia, chegou a Marte em 2016, e em 2018 começou a escanear a atmosfera por metano. Dois dos espectrômetros do TGO - um instrumento belga chamado NOMAD e um russo chamado ACS - foram projetados para detectar o metano em concentrações muito baixas. No entanto, o satélite europeu não detectou um único vestígio de metano.<ref>{{Citar web|url=https://www.sciencemag.org/news/2018/12/martian-methane-spotted-2004-has-mysteriously-vanished|titulo=Martian methane—spotted in 2004—has mysteriously vanished|data=2018-12-12|acessodata=2018-12-12|obra=Science {{!}} AAAS|ultimo=VoosenDec. 12|primeiro=Paul|ultimo2=2018|lingua=en|ultimo3=Pm|primeiro3=5:30}}</ref>

Enormes plumas semelhantes a nuvens, 260 km acima da superfície de Marte, chegam a entrar na exosfera, onde a atmosfera se funde com o espaço interplanetário. Nenhum dos esclarecimentos costumeiros para tais nuvens faz sentido, uma vez que a água, o gelo de dióxido de carbono, as tempestades de poeira ou as descargas de luz auroral, na maior parte das vezes, não atingem tais alturas. Em 2019, cientistas propuseram que elas devem sua existência ao fenômeno chamado "fumaça meteórica", poeira gelada criada por detritos espaciais que se chocam com a atmosfera do planeta. Cerca de duas a três toneladas de detritos espaciais colidem em Marte todos os dias, em média, e à medida que esses meteoros se desintegram na atmosfera do planeta, injetam um enorme volume de poeira no ar.<ref>[https://www.techexplorist.com/meteors-help-martian-clouds-form/24170/ Meteors help Martian clouds form <small>How did the Red Planet get all of its clouds?</small>] por Amit Malewar (2019)</ref>

==== Auroras ====
Em 1994 a sonda Mars Express da Agência Espacial Europeia descobriu um brilho ultravioleta proveniente de “guarda-chuvas magnéticos” no hemisfério sul. Marte não possui um campo magnético global que guie as partículas carregadas que entram na atmosfera, mas tem múltiplos campos magnéticos em forma de guarda-chuva, principalmente no hemisfério sul, que são remanescentes de um campo global que decaiu bilhões de anos atrás.

No final de dezembro de 2014, a sonda MAVEN da NASA detectou evidência de auroras muito espalhadas pelo hemisfério norte e descendo até aproximadamente 20-30 graus de latitude norte em relação ao equador de Marte. As partículas penetravam na atmosfera marciana, criando auroras abaixo de 100 km da superfície (as auroras da Terra variam de altitude entre 100 e 500 km). Os campos magnéticos no vento solar caem como cortinas sobre Marte, inclusive para a atmosfera, e as partículas carregadas simplesmente seguem essas linhas para a atmosfera, fazendo com que as auroras aconteçam fora dos guarda-chuvas magnéticos.<ref>{{citar web|título=Auroras on Mars  – NASA Science |url=http://science.nasa.gov/science-news/science-at-nasa/2015/11may_aurorasonmars/ |website=science.nasa.gov |acessodata=12 de maio de 2015}}</ref>

Em 18 de março de 2015, a NASA anunciou a detecção de uma aurora que não é completamente entendida, bem como uma não explicada nuvem de poeira na atmosfera de Marte.<ref name="NASA-20150318">{{citar web|último1 =Brown |primeiro1 =Dwayne |último2 =Neal-Jones |primeiro2 =Nancy |último3 =Steigerwald |primeiro3 =Bill |último4 =Scott |primeiro4 =Jim |url=http://www.nasa.gov/press/2015/march/nasa-spacecraft-detects-aurora-and-mysterious-dust-cloud-around-mars |título=NASA Spacecraft Detects Aurora and Mysterious Dust Cloud around Mars |publicadopor=NASA |id=Release 15-045 |data=18 de março de 2015 |acessodata=18 de março de 2015}}</ref>

As observações anteriores não capturaram nenhum brilho verde em Marte, mas entre 24 de abril e 1 de dezembro de 2019, uma luz verde foi observada na atmosfera de Marte de altitudes de observações que variam de 20 a 400 quilômetros da superfície marciana. A emissão foi mais forte a uma altitude de cerca de 80 quilômetros e variou dependendo da distância variável entre Marte e o Sol.<ref>{{Citar web|titulo=Weird green glow detected in Mars’ atmosphere|url=https://www.techexplorist.com/weird-green-glow-detected-mars-atmosphere/33144/|obra=Tech Explorist|data=2020-06-16|acessodata=2020-06-18|lingua=en-US|primeiro=Amit|ultimo=Malewar}}</ref>

==== Clima ====
{{multiple image
|align=right
|direction=vertical
|width=220
|image1=PIA16450-MarsDustStorm-20121118.jpg
|image2=PIA16454 Regional Dust Storm Weakening, Nov. 25, 2012.jpg
|caption1=18 de novembro de 2012
|caption2=25 de novembro de 2012
|header=[[Tempestade de areia]] em Marte.
|footer=As localizações dos robôs ''[[Opportunity (sonda)|Opportunity]]'' e ''[[Curiosity (sonda)|Curiosity]]'' estão marcadas ([[Mars Reconnaissance Orbiter|MRO]]).}}
{{Artigo principal|Clima de Marte}}
De todos os planetas do [[Sistema Solar]], Marte é o que possui as [[Estação do ano|estações do ano]] mais parecidas com as da Terra, devido às inclinações semelhantes de eixos de [[Movimento de rotação|rotação]] dos dois planetas. As durações das estações marcianas são cerca de duas vezes as da Terra, já que Marte está a uma maior distância do Sol, o que leva o ano marciano a ter duração equivalente a cerca de dois anos terrestres. As temperaturas de superfície de Marte variam de −143 °C (no inverno nas calotas polares)<ref name="cold">[http://www.astronomycafe.net/qadir/q2681.html What is the typical temperature on Mars?] Astronomycafe.net. Acessado em 26 de novembro de 2013.</ref> até máximas de 35 °C (no verão equatorial).<ref name="hot">[http://marsrover.nasa.gov/spotlight/20070612.html Mars Exploration Rover Mission: Spotlight]. Marsrover.nasa.gov (12 de junho de 2007). Acessado em 26 de novembro de 2013.</ref> A ampla variação de temperaturas é devida à fina atmosfera, que não consegue [[Efeito estufa|armazenar muito calor solar]], à baixa [[pressão atmosférica]] e à baixa [[inércia térmica]] do solo marciano.<ref name="nasa_surface" /> O planeta também é 1,52 vez mais distante do Sol que a Terra, o que resulta em apenas 43% da quantidade de luz solar em comparação com a Terra.<ref name="disc920901" />

Se Marte tivesse uma órbita semelhante à da Terra, as suas estações também seriam semelhantes, porque a sua inclinação axial é próxima à da Terra. A relativamente grande excentricidade da órbita de Marte tem um efeito significativo. O planeta está mais próximo do [[periélio]] quando é verão no hemisfério sul e inverno no norte, e próximo do [[afélio]] quando é inverno no hemisfério sul e verão no norte. Como resultado, as estações do ano no hemisfério sul são mais extremas e as estações do ano no norte são mais brandas. As temperaturas de verão no sul podem ser até 30 [[kelvin]] maiores do que as temperaturas equivalentes de verão no norte.<ref name="goodman97" />

Marte tem as maiores [[tempestades de poeira]] do Sistema Solar. Estas podem variar de uma tempestade sobre uma pequena área até tempestades gigantescas que cobrem todo o planeta. Elas tendem a ocorrer quando Marte está mais próximo do Sol e demonstraram aumentar a temperatura global.<ref name="philips01" />

{{Tabela/Clima|localidade=a [[Cratera Gale]] (2012–2015)|larguraporcentagem=100|Jan_REC_Max_°C=6|Fev_REC_Max_°C=6|Mar_REC_Max_°C=1|Abr_REC_Max_°C=0|Mai_REC_Max_°C=7|Jun_REC_Max_°C=14|Jul_REC_Max_°C=20|Ago_REC_Max_°C=19|Set_REC_Max_°C=7|Out_REC_Max_°C=7|Nov_REC_Max_°C=8|Dez_REC_Max_°C=8|Jan_Max_°C=−7|Fev_Max_°C=−18|Mar_Max_°C=−23|Abr_Max_°C=−20|Mai_Max_°C=−4|Jun_Max_°C=0.0|Jul_Max_°C=2|Ago_Max_°C=1|Set_Max_°C=1|Out_Max_°C=4|Nov_Max_°C=−1|Dez_Max_°C=−3|Max_Ano_°C=−5.7|Max_Rec_Ano_°C=20|Jan_Min_°C=−82|Fev_Min_°C=−86|Mar_Min_°C=−88|Abr_Min_°C=−87|Mai_Min_°C=−85|Jun_Min_°C=−78|Jul_Min_°C=−76|Ago_Min_°C=−69|Set_Min_°C=−68|Out_Min_°C=−73|Nov_Min_°C=−73|Dez_Min_°C=−77|year low C=−78.5|Jan_REC_Min_°C=−95|Fev_REC_Min_°C=−127|Mar_REC_Min_°C=−114|Abr_REC_Min_°C=−97|Mai_REC_Min_°C=−98|Jun_REC_Min_°C=−125|Jul_REC_Min_°C=−84|Ago_REC_Min_°C=−80|Set_REC_Min_°C=−78|Out_REC_Min_°C=−79|Nov_REC_Min_°C=−83|Dez_REC_Min_°C=−110|Min_Ano_°C=−78.5|Min_Rec_Ano_°C=−127|fonte=Centro de Astrobiología,<ref name="REMS−2015">{{citar web|url=http://cab.inta−csic.es/rems/index.htm |título=Mars Weather |publicado=Centro de Astrobiología |data=2015 |acessodata=31 de maio de 2015|urlmorta= sim|arquivourl=https://archive.is/20151025050810/http://cab.inta−csic.es/rems/index.htm |arquivodata=5 de outubro de 2015|}}</ref> Mars Weather,<ref>{{citar web|url=https://twitter.com/MarsWxReport |título=Mars Weather |obra=Twitter.com |publicado=Centro de Astrobiología}}</ref> NASA Quest,<ref name="NASA−Quest">{{citar web|url=http://quest.nasa.gov/aero/planetary/mars.html |título=Mars Facts |series=NASA Quest |publicado=[[NASA]] |acessodata=1 de maio de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150316083106/http://quest.nasa.gov/aero/planetary/mars.html |arquivodata=16 de março de 2015}}</ref> SpaceDaily<ref name="SD−20001019">{{citar jornal|url=http://www.spacedaily.com/news/mars−water−science−00k1.html |título=White Mars: The story of the Red Planet Without Water |obra=ScienceDaily|último =Hoffman |primeiro =Nick |data=19-10-2000 |acessodata=31 de maio de 2015}}</ref>}}

== Órbita e rotação ==
[[Imagem:Marsorbitsolarsystem.gif|thumb|A distância média entre Marte e o Sol é de cerca de {{formatnum:230000000}} km (1,5 [[Unidade astronômica|UA]]) e seu período orbital é de 687 dias terrestres, como representado pela trilha vermelha, com a órbita da Terra mostrada em azul (animação).]]

A distância média de Marte ao Sol é de cerca de 230 milhões de quilômetros (1,5 [[Unidade Astronômica|UA]]) e seu [[período orbital]] é de 687 dias terrestres. O dia solar em Marte é apenas um pouco maior do que um dia na Terra: 24 horas, 39 minutos e 35,244 segundos. Um ano marciano é igual a 1,8809 ano terrestre, ou seja, 1 ano, 320 dias e 18,2 horas.<ref name="nssdc" /> A inclinação do eixo de Marte é de 25,19 graus, semelhante à da Terra.<ref name="nssdc" /> Como resultado, Marte tem estações como a Terra, embora sejam quase duas vezes mais longas, pois seu período orbital é maior nesta proporção . Atualmente, a orientação do polo norte de Marte está próxima da estrela [[Deneb]].<ref name="barlow08" /> Marte passou pelo seu [[afélio]] em março de 2010<ref name="mars2010" /> e pelo seu [[periélio]] em março de 2011.<ref name="Mars2011" />

Marte tem uma [[excentricidade orbital]] relativamente acentuada, de cerca de 0,09; entre os outros sete planetas do Sistema Solar, só [[Mercúrio (planeta)|Mercúrio]] mostra maior excentricidade. Sabe-se que, no passado, Marte teve uma órbita muito mais circular do que atualmente. Em um ponto há 1,35 milhão de anos terrestres, Marte tinha uma excentricidade de cerca de 0,002, muito menor do que a da Terra hoje.<ref name="mars_eccentricity" /> O ciclo de excentricidade de Marte é de 96 mil anos terrestres, comparado ao ciclo de 100 mil anos da Terra.<ref name="Meeus2003" /> O planeta tem um ciclo de excentricidade muito mais longo com um período de 2,2 milhões de anos terrestres e isso ofusca o ciclo de 96 mil anos nos gráficos de excentricidade. Durante os últimos 35 mil anos, a órbita de Marte foi ficando um pouco mais excêntrica por causa dos efeitos gravitacionais dos outros planetas. A menor distância entre a Terra e Marte continuará a diminuir ligeiramente nos próximos 25 mil anos.<ref name="Baalke2003" />

=== Habitabilidade e procura por vida ===
{{Ver artigo principal|Vida em Marte|Colonização de Marte|Terraformação|Ética da terraformação}}

O entendimento atual de [[habitabilidade planetária]] – a viabilidade de um mundo desenvolver condições ambientais favoráveis ao surgimento de vida – favorece planetas que possuam água líquida em sua superfície. Isto frequentemente requer que a órbita de um planeta esteja dentro da zona habitável, que para o Sol se localiza entre logo depois de Vênus e aproximadamente o [[semieixo maior]] de Marte.<ref name=Nowack /> Durante o periélio, Marte penetra nesta região, mas a fina (baixa pressão) atmosfera do planeta impede a existência de água líquida em grandes regiões por muito tempo. O fluxo de água líquida no passado demonstra o potencial do planeta para a habitabilidade. Evidência recente sugeriu que qualquer água na superfície marciana deve ter sido muito salgada e ácida para suportar uma vida terrestre regular.<ref name=saltlife />

A falta de uma magnetosfera e a atmosfera extremamente fina de Marte são um desafio: o planeta possui pequena transferência de calor pela sua superfície, pouco isolamento contra o bombardeio do [[vento solar]] e pressão atmosférica insuficiente para reter água na forma líquida. Marte está quase, ou totalmente, geologicamente morto, e o fim da atividade vulcânica aparentemente interrompeu a reciclagem de materiais e produtos químicos entre a superfície e o interior do planeta.<ref name=hannsson97 />
[[Imagem:TerraformedMarsGlobeRealistic.jpg|thumb|Concepção artística da [[terraformação]] de Marte.]]

Existem evidências de que o planeta tenha sido significativamente mais habitável no passado que nos dias de hoje, mas o fato de que tenha albergado vida permanece incerto. As sondas ''[[Programa Viking|Viking]]'' da década de 1970 continham dispositivos projetados para detectar microrganismos no solo marciano e tiveram alguns resultados positivos, inclusive um aumento temporário na produção de CO<sub>2</sub> com a exposição a água e nutrientes. Este sinal de vida foi mais tarde contestado por cientistas, resultando em um debate intenso, com o cientista da NASA Gilbert Levin sustentando que a Viking pode ter encontrado vida. Uma reanálise dos dados da Viking, à luz do moderno conhecimento de formas [[Extremófilo|extremófilas]] de vida, sugeriu que os testes da Viking não eram suficientemente sofisticados para detectar essas formas de vida e podem até mesmo ter matado uma hipotética forma de vida.<ref name=physorg070107 /> Testes conduzidos pela sonda Phoenix Mars mostraram que o solo tem um pH alcalino e contém magnésio, sódio, potássio e cloro.<ref name=nutrient /> Os nutrientes do solo podem ser capazes de suportar vida, mas a vida ainda assim teria que ser protegida da intensa luz ultravioleta.<ref name="UV" /> Análise recente do meteorito marciano EETA79001 encontrou 0,6 ppm de ClO<sub>4</sub><sup>−</sup>, 1,4 ppm de ClO<sub>3</sub><sup>−</sup> e 16 ppm de NO<sub>3</sub><sup>−</sup>, a maior parte provavelmente de origem marciana. O ClO<sub>3</sub><sup>−</sup> sugere a presença de outros compostos altamente oxidantes de cloro e oxigênio, como ClO<sub>2</sub><sup>−</sup> e ClO, produzidos tanto por oxidação do Cl por ultravioleta quanto por radiólise do ClO<sub>4</sub><sup>−</sup> por raios-X. Portanto, somente substâncias orgânicas ou formas de vida altamente refratárias ou bem protegidas (subsuperficiais) teriam chance de sobreviver.<ref>{{citar periódico|último1 = Kounaves |primeiro1 = S. P. | display-authors = etal   |ano= 2014 |título= Evidence of martian perchlorate, chlorate, and nitrate in Mars meteorite EETA79001: implications for oxidants and organics | url = |periódico= Icarus | volume = 229 |número= |páginas= 206–213 | doi = 10.1016/j.icarus.2013.11.012 | bibcode=2014Icar..229..206K}}</ref> Uma análise de 2014 da Phoenix WCL mostrou que o Ca(ClO<sub>4</sub>)<sub>2</sub> no solo da Phoenix não interagiu com água líquida de qualquer forma talvez nos últimos 600 milhões de anos. Se tivesse, o altamente solúvel Ca(ClO<sub>4</sub>)<sub>2</sub> em contato com água líquida teria formado somente CaSO<sub>4</sub>. Isto sugere um ambiente extremamente árido, com mínima ou nenhuma interação com água líquida.<ref>{{citar periódico|último1 =Kounaves |primeiro1 =S. P. |display-authors=etal   |ano=2014 |título=, Identification of the perchlorate parent salts at the Phoenix Mars landing site and implications |url= |periódico=Icarus |volume=232 |número= |páginas=226–231 |doi=10.1016/j.icarus.2014.01.016 |bibcode=2014Icar..232..226K}}</ref> Foi encontrado, em 2019, um grupo de compostos orgânicos, [[tiofeno]]s, que normalmente ocorrem na Terra em [[querogênio]], carvão e petróleo bruto, bem como em [[estromatólito]]s e [[Microfóssil|microfósseis]].<ref>{{Citar periódico|ultimo=Heinz|primeiro=Jacob|ultimo2=Schulze-Makuch|primeiro2=Dirk|data=2020-02-24|titulo=Thiophenes on Mars: Biotic or Abiotic Origin?|url=https://www.liebertpub.com/doi/10.1089/ast.2019.2139|jornal=Astrobiology|doi=10.1089/ast.2019.2139|issn=1531-1074}}</ref> Isso sugere um processo biológico, provavelmente envolvendo [[bactérias]].

Cientistas propuseram que os glóbulos de carbonato encontrados no [[meteorito ALH84001]], que se acredita ter se originado em Marte, podem ser micróbios fossilizados que existiam em Marte quando o meteorito foi arrancado da superfície de Marte por um choque de meteoro há cerca de 15 milhões de anos. Esta proposta foi recebida com ceticismo e foi sugerida uma origem exclusivamente inorgânica para as formas.<ref name=am89 /> Pequenas quantidades de [[metano]] e [[metanal]] detectadas pelas sondas em Marte foram indicadas como possíveis evidências para a vida, uma vez que esses compostos químicos se decompõem rapidamente na atmosfera marciana.<ref name=icarus172 /><ref name="form" /> Entretanto, uma alternativa é que esses compostos sejam repostos por vulcões ou outros meios geológicos, como a [[Serpentinito|serpentinização]].<ref name="olivine" /> [[Impactito|Vidro]] formado pelo impacto de meteoros, que na Terra pode preservar sinais de vida, foi encontrado na superfície de crateras de impacto de Marte.<ref name="brown20140418">{{citar jornal|url=https://news.brown.edu/articles/2014/04/impactglass |título=Impact glass stores biodata for millions of years |publicadopor=Brown University |primeiro =Mark |último =Nickel |data=18 de abril de 2014 |acessodata=9 de junho de 2015}}</ref><ref name="Schultz2014">{{citar periódico|título=Preserved flora and organics in impact melt breccias |periódico=[[Geology (journal)|Geology]] |primeiro1 =P. H. |último1 =Schultz |primeiro2 =R. Scott |último2 =Harris |primeiro3 =S. J. |último3 =Clemett |primeiro4 =K. L. |último4 =Thomas-Keprta |primeiro5 =M. |último5 =Zárate |volume=42 |número=6 |páginas=515–518 |data=junho de 2014 |doi=10.1130/G35343.1 |bibcode=2014Geo....42..515S}}</ref> Da mesma forma, este vidro poderia ter preservado sinais de vida se esta existisse no local.<ref name="nasapr20150608">{{citar comunicado de imprensa|url=http://www.nasa.gov/press-release/nasa-spacecraft-detects-impact-glass-on-surface-of-mars |título=NASA Spacecraft Detects Impact Glass on Surface of Mars |publicadopor=NASA |primeiro1 =Dwayne |último1 =Brown |primeiro2 =Guy |último2 =Webster |primeiro3 =Kevin |último3 =Stacey |data=8 de junho de 2015 |acessodata=9 de junho de 2015}}</ref><ref name="brown20150608">{{citar jornal|url=https://news.brown.edu/articles/2015/06/marsglass |título=Martian glass: Window into possible past life? |publicadopor=Brown University |primeiro =Kevin |último =Stacey |data=8 de junho de 2015 |acessodata=9 de junho de 2015}}</ref><ref name="sciam20150612">{{citar jornal|url=http://www.scientificamerican.com/article/exotic-glass-could-help-unravel-mysteries-of-mars/ |título=Exotic Glass Could Help Unravel Mysteries of Mars |obra=Scientific American |primeiro =Maria |último =Temming |data=12 de junho de 2015 |acessodata=15 de junho de 2015}}</ref>

Em junho de 2018, a [[NASA]] informou que o rover ''[[Rover Curiosity|Curiosity]]'' havia encontrado evidências de [[compostos orgânicos]] complexos de rochas com idade de aproximadamente 3,5 bilhões de anos, cujas amostras vieram de dois locais distintos em um lago seco na [[Gale (cratera)|cratera Gale]]. As amostras de rochas, quando pirolisadas pelo instrumento da ''Curiosity'', liberaram uma série de [[molécula]]s orgânicas; estes incluem [[tiofeno]]s contendo [[enxofre]], compostos aromáticos tais como [[benzeno]] e [[tolueno]], além de compostos [[alifático]]s tais como [[propano]] e [[buteno]]. Os níveis de compostos orgânicos são 100 vezes maiores que as descobertas anteriores. Os autores especulam que a presença de enxofre pode ter ajudado a preservar os compostos orgânicos. Os produtos de decomposição se assemelham aos gerados pelo [[querogênio]], um precursor do [[petróleo]] e do [[gás natural]] na [[Terra]]. A NASA afirmou que essas descobertas não são evidências de que a vida existiu no planeta, mas que os compostos orgânicos necessários para sustentar a [[Micróbios|vida microscópica]] estavam presentes. Devido à forma como a atmosfera marciana pode preservar esses compostos, pode haver fontes mais profundas de compostos orgânicos no planeta.<ref>{{citar web| url = https://www.theguardian.com/science/2018/jun/07/nasa-mars-rover-finds-organic-matter-in-ancient-lake-bed |título= Nasa Mars rover finds organic matter in ancient lake bed |primeiro = Ian |último =Sample |data= 7 de junho de 2018 |acessodata= 7 de junho de 2018 |obra= [[The Guardian]] }}</ref>

Em julho de 2018, cientistas relataram a descoberta de um lago subglacial em Marte, o primeiro corpo estável de água conhecido no planeta. Ele fica a 1,5 km abaixo da superfície na base da calota polar sul e tem cerca de 20 quilômetros de largura.<ref name="SCI-20180725">{{citar periódico|título=Radar evidence of subglacial liquid water on Mars |periódico=[[Science]] |primeiro =R. |último =Orosei |display-authors=etal |data=25 de julho de 2018 |doi=10.1126/science.aar7268}}</ref><ref name="NYT-20180725">{{citar jornal|url=https://www.nytimes.com/2018/07/25/science/mars-liquid-alien-life.html |título=A Watery Lake Is Detected on Mars, Raising the Potential for Alien Life |obra=[[The New York Times]] |primeiro1 =Kenneth |último1 =Chang |primeiro2 =Dennis |último2 =Overbye |authorlink2=Dennis Overbye |data=25 de julho de 2018 |acessodata=25 de julho de 2018}}</ref> O lago foi descoberto usando o radar [[MARSIS]] a bordo da sonda [[Mars Express]], e os dados foram coletados entre maio de 2012 e dezembro de 2015.<ref name='Suppl material'>{{citar periódico|título=Supplementary Materials for: Radar evidence of subglacial liquid water on Mars |periódico=[[Science]] |primeiro =R. |último =Orosei |display-authors=etal |data=25 de julho de 2018 |doi=10.1126/science.aar7268}}</ref> O lago está localizado numa área plana que não exibe características topográficas peculiares. É principalmente cercado por terrenos mais altos, exceto em seu lado oriental, onde há uma depressão.<ref name="SCI-20180725"/>

== Satélites naturais ==
{{Multiple image|direction=vertical|align=right|image1=Phobos colour 2008.jpg|image2=Deimos-MRO.jpg|width=200|caption1=[[Fobos (satélite)|Fobos]]|caption2=[[Deimos (satélite)|Deimos]].}}
{{artigo principal|Satélites de Marte}}
Marte tem duas luas naturais relativamente pequenas — [[Fobos (satélite)|Fobos]], com cerca de 22 quilômetros de diâmetro, e [[Deimos (satélite)|Deimos]], com cerca de 12 quilômetros de diâmetro — que têm órbitas próximas ao planeta. Acredita-se que essas luas sejam [[asteroide]]s capturados pelo [[campo gravitacional]] marciano, mas a sua origem verdadeira permanece incerta.<ref name="esa31031" /> Ambos os satélites foram descobertos em 1877 por [[Asaph Hall]] e foram nomeados em homenagem aos deuses [[Fobos (mitologia)|Fobos]] (pânico/medo) e [[Deimos]] (terror/horror), que na [[mitologia grega]] acompanhavam seu pai, [[Ares]], o deus da guerra, durante as batalhas. [[Marte (mitologia)|Marte]] era a contraparte [[Roma Antiga|romana]] de Ares.<ref name="theoi" /><ref name="qjras19" /> No [[Língua grega|grego moderno]], porém, o planeta mantém seu antigo nome, ''Ares'' (Aris: ''Άρης'').<ref name="Greek Names of the Planets" />

Vistos da superfície de Marte, os movimentos de Fobos e Deimos parecem muito diferentes do da [[Lua]]. Fobos nasce no oeste, se põe a leste e nasce novamente em apenas 11 horas. Deimos, por estar quase em órbita sincronizada — quando o [[período orbital]] iguala o [[período de rotação]] do planeta — nasce como esperado no leste, mas lentamente. Apesar da órbita de 30 horas de Deimos, ele leva 2,7 dias entre o nascente e o poente, para um observador no equador.<ref name="phobos.html" />

Como a órbita de Fobos está abaixo da altitude síncrona, as forças de [[maré]] a partir de Marte estão gradualmente diminuindo a sua órbita. Em cerca de 50 milhões de anos, o satélite ou colidirá com a superfície marciana ou irá desintegrar-se em uma estrutura em forma de anel ao redor de Marte.<ref name="phobos.html" />

A origem das duas luas não é bem compreendida. Seu baixo [[albedo]] e a composição de [[condrito carbonáceo]] foram considerados semelhantes aos de asteroides, apoiando a teoria de captura gravitacional. A órbita instável de Fobos parece apontar para uma captura relativamente recente. Mas ambas têm órbitas circulares, próximas do equador, o que é muito incomum para objetos capturados, já que a dinâmica de captura exigida é complexa. A possibilidade de acreção no início da história de Marte também é plausível, mas não é compatível com uma composição parecida com a de asteroides, em vez de com a do próprio planeta. Uma terceira possibilidade é o envolvimento de um terceiro corpo ou algum tipo de impacto.<ref name="ellis07" /> Linhas mais recentes de evidências sobre Fobos sugerem que o satélite tem um interior altamente poroso<ref name="Andert" /> e uma composição contendo principalmente [[filossilicato]]s e outros minerais conhecidos de Marte,<ref name="Giuranna" /> o que aponta a origem de Fobos para o material ejetado por um impacto em Marte e que foi reagrupado na órbita marciana,<ref name="Blast" /> semelhante à teoria dominante para a [[Hipótese do grande impacto|origem da Lua da Terra]]. Embora os espectros VNIR ({{lang-en|''visible and near-infrared''}}) das luas de Marte se assemelhem aos de asteroides do [[Cintura de asteroides|cinturão externo]], o espectro [[Radiação infravermelha|infravermelho termal]] de Fobos é inconsistente com [[condrito]]s de qualquer tipo.<ref name="Giuranna" />

Marte pode ter luas com menos de 50 ou 100 metros de diâmetro, e prediz-se a existência de um anel de poeira entre Fobos e Demos.<ref>{{citar periódico|autor =Adler, M.; Owen, W. and Riedel, J. |ano=2012|url=http://www.lpi.usra.edu/meetings/marsconcepts2012/pdf/4337.pdf|bibcode=2012LPICo1679.4337A|obra=Concepts and Approaches for Mars Exploration, held June 12–14, 2012 in Houston, Texas. LPI Contribution No. 1679, id.4337|título= Use of MRO Optical Navigation Camera to Prepare for Mars Sample Return|volume=1679|páginas=4337}}</ref>

== Astronomia ==
Com a existência de várias [[Sonda espacial|sondas]] e ''[[Rover (exploração espacial)|rovers]]'', agora é possível estudar a [[astronomia]] do céu marciano. [[Fobos (satélite)|Fobos]], uma das duas luas de Marte, tem cerca de um terço do [[diâmetro angular]] da [[Lua cheia]] como ela aparece na Terra, enquanto [[Deimos (satélite)|Deimos]] aparece mais ou menos com uma estrela e apenas um pouco mais brilhante do que [[Vênus (planeta)|Vênus]] na Terra.<ref name="pl_org_deimos" /> Vários fenômenos conhecidos na Terra foram observados em Marte, como [[meteoro]]s e [[Aurora polar|aurora]]s.<ref name="aurora">{{citar periódico|último =Bertaux|primeiro =Jean-Loup|coautor=''et al''.|doi=10.1038/nature03603|título=Discovery of an aurora on Mars|pmid=15944698|periódico=Nature|volume=435|número=7043|páginas=790–4 |data=9 de junho de 2005|bibcode = 2005Natur.435..790B}}</ref> Uma [[Trânsito da Terra em Marte|passagem da Terra vista de Marte]] ocorrerá em 10 de novembro de 2084.<ref name="jbaa93" /> Há também [[Trânsito de Mercúrio em Marte|trânsitos de Mercúrio]] e de [[Trânsito de Vênus em Marte|Vênus]], e as luas Fobos e Deimos são de diâmetro angular tão pequeno que seus "[[Eclipse solar|eclipses solares]]" parciais são melhor considerados como trânsitos (ver [[Trânsito de Deimos em Marte]]).<ref name="nature436" /><ref name="sd040317" />

Em 19 de outubro de 2014, o cometa [[C/2013 A1|Siding Spring]] passou extremamente próximo a Marte (cerca de 140 mil quilômetros), tão perto que sua [[Coma cometária|coma]] pode ter envolvido o planeta.<ref name="NASA-20141019">{{citar web|último =Webster |primeiro =Guy |último2 =Brown |primeiro2 =Dwayne |último3 =Jones |primeiro3 =Nancy |último4 =Steigerwald |primeiro4 =Bill |título=All Three NASA Mars Orbiters Healthy After Comet Flyby |url=http://www.jpl.nasa.gov/news/news.php?feature=4347 |data=19 de outubro de 2014 |obra=[[NASA]] |acessodata=20 de outubro de 2014}}</ref><ref name="NYT-20141019">{{citar jornal|autor =Agence France-Presse |título=A Comet's Brush With Mars |url=http://www.nytimes.com/2014/10/19/science/a-comets-brush-with-mars.html |data=19 de outubro de 2014 |obra=[[New York Times]] |acessodata=20 de outubro de 2014}}</ref><ref name="ESA-20141020">{{citar web|último =Denis |primeiro =Michel |título=Spacecraft in great shape – our mission continues |url=http://blogs.esa.int/mex/category/comet-siding-spring/ |data=20 de outubro de 2014 |obra=[[European Space Agency]] |acessodata=21 de outubro de 2014}}</ref><ref name="ISRO MOM safe after Mars comet flyby">{{citar jornal|autor =Staff |título=I'm safe and sound, tweets MOM after comet sighting |url=http://www.thehindu.com/sci-tech/science/im-safe-and-sound-tweets-mom-after-comet-sighting/article6520803.ece |data=21 de outubro de 2014 |obra=[[The Hindu]] |acessodata=21 de outubro de 2014}}</ref><ref name="SD-20131201">{{citar periódico|data=1 de dezembro de 2013 |último1 =Moorhead |primeiro1 =Althea |último2 =Wiegert |primeiro2 =Paul A. |último3 =Cooke |primeiro3 =William J. |título=The meteoroid fluence at Mars due to comet C/2013 A1 (Siding Spring) |periódico=[[Icarus (journal)|Icarus]] |url=http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0019103513005022 |doi=10.1016/j.icarus.2013.11.028 |acessodata=7 de dezembro de 2013 |bibcode=2014Icar..231...13M |volume=231 |páginas=13–21}}</ref><ref name="NS-20131206">{{citar web|data=6 de dezembro de 2013 |obra=[[New Scientist]] |último =Grossman |primeiro =Lisa |título=Fiercest meteor shower on record to hit Mars via comet |url=http://www.newscientist.com/article/dn24715-fiercest-meteor-shower-on-record-to-hit-mars-via-comet.html |acessodata=7 de dezembro de 2013}}</ref>

== Observação ==
[[Imagem:Apparent retrograde motion of Mars in 2003.gif|400px|thumb|Animação do [[movimento retrógrado aparente]] de Marte em 2003 visto a partir da Terra]]
Pela órbita de Marte ser excêntrica, a sua [[magnitude aparente]] em oposição ao Sol pode variar de -3,0 a -1,4. O brilho mínimo é de magnitude 1,6, quando o planeta está em conjunção com o Sol.<ref name="MallamaSky" /> Marte geralmente aparece distintamente amarelo, laranja ou vermelho; a cor real do planeta está mais próximo de caramelo, e a vermelhidão observada é apenas poeira na sua atmosfera. O ''rover'' ''Spirit'', da [[NASA]], registrou imagens de uma paisagem marrom-esverdeada com pedras azul-acinzentadas e manchas de areia vermelho-claras.<ref name="lloyd06" /> Quando mais distante da Terra, fica a mais de sete vezes mais longe de nosso planeta do que quando está próximo. Quando menos favoravelmente posicionado, ele pode ser perdido no brilho do Sol por meses. Em seus momentos mais favoráveis — em intervalos entre 15 e 17 anos, sempre entre o final de julho e o final de setembro — muitos detalhes de sua superfície podem ser vistos com um telescópio. Especialmente notáveis, mesmo com baixa ampliação, são as suas [[calotas polares]].<ref name="shallowsky" />

Conforme Marte se aproxima ao ponto de [[Oposição (astronomia)|oposição]], começa um período de [[Movimento retrógrado aparente|movimento retrógrado]] em que o planeta parece se mover para trás, em um movimento de ''looping'' em relação às estrelas de fundo. A duração deste movimento retrógrado tem a duração de cerca de 72 dias e Marte atinge o seu pico de luminosidade no meio deste movimento.<ref name="zeilik02" />

=== Maiores aproximações ===
==== Relativa ====
O ponto em que a longitude geocêntrica de Marte é 180° em relação ao Sol é conhecido como oposição, que está perto do momento de maior aproximação com a Terra. O momento da oposição pode ocorrer a até 8 ½ dias da maior aproximação. A distância nas maiores aproximações varia entre 54<ref name="Laskar2003" /> e 103 milhões de quilômetros, devido às [[órbita]]s elípticas dos planetas, o que causa uma variação comparável em [[Diâmetro angular|tamanho angular]].<ref name="nasa051103" /> A última oposição de Marte ocorreu em 8 de abril de 2014, a uma distância de cerca de 93 milhões de quilômetros.<ref name="sheehan970202" /> O tempo médio entre oposições sucessivas de Marte (o seu [[período sinódico]]) é de 780 dias, mas o número de dias entre as datas de oposições sucessivas pode variar entre 764 e 812.<ref name="astropro" />

==== Absoluta, em torno do tempo presente ====
Marte fez a sua maior aproximação com a [[Terra]] e o seu brilho aparente máximo dos últimos 60 mil anos, {{formatnum:55758006}} km (0,372719 [[Unidade astronômica|UA]]) e magnitude -2,88, em 27 de agosto de 2003 às 09h51min13 [[UTC]]. Isto ocorreu quando Marte estava a um dia da sua oposição e a cerca de três dias do seu [[periélio]], tornando o planeta particularmente fácil de ver a partir da Terra. Estima-se que a última vez em que o planeta chegou tão perto foi em 12 de setembro de 57 617 a.C.; o próximo momento será no ano 2287.<ref name="rao030822" /> Esta aproximação recorde foi apenas ligeiramente mais próxima do que outras aproximações recentes. Por exemplo, a distância mínima em 22 de agosto de 1924 foi de 0,37285 UA e a distância mínima em 24 de agosto de 2208 será de 0,37279 UA.<ref name="Meeus2003" />

== Estudo e exploração ==
{{Artigo principal|Exploração de Marte}}
=== Antiguidade e Idade Média ===
A existência de Marte como um objeto errante no céu noturno foi registrada por astrônomos do [[Egito Antigo]] e, em 1534 [[a.C.]], eles já estavam familiarizados com o [[Movimento retrógrado aparente|movimento retrógrado]] do planeta.<ref name="paob85" /> No período do [[Império Neobabilônico]], os [[Astronomia babilônica|astrônomos babilônios]] faziam registros regulares das posições dos planetas e observações sistemáticas do seu comportamento. Sobre Marte, eles sabiam que o planeta fazia 37 [[Período sinódico|períodos sinódicos]], ou 42 circuitos do [[zodíaco]], a cada 79 anos. Eles também inventaram métodos aritméticos para fazer pequenas correções para as posições previstas dos planetas.<ref name="north08" /><ref name="swerdlow98" />	

No século IV a.C, [[Aristóteles]] observou que Marte desaparecia por trás da Lua durante uma [[ocultação]], indicando que o planeta estava mais distante.<ref name="poor08" /> [[Ptolomeu]], um [[Grécia Antiga|grego]] que vivia em [[Alexandria]],<ref name="google" /> tentou resolver o problema do movimento orbital de Marte. O modelo de Ptolomeu e sua obra coletiva sobre [[astronomia]] foram apresentados no ''[[Almagesto]]'', que se tornou o principal tratado da [[História da astronomia|astronomia ocidental]] nos quatorze séculos seguintes.<ref name="google7" /> A literatura da [[China]] antiga confirma que Marte era conhecido pelos [[Astronomia chinesa|astrônomos chineses]] no século IV.<ref name="needham_ronan85" /> No século V d.C., o texto [[Astronomia indiana|astronômico indiano]] ''Surya Siddhanta'' estimou o diâmetro de Marte.<ref name="jse97" /> Nas culturas da [[Ásia Oriental]], Marte era tradicionalmente conhecido como a “estrela de fogo”, com base nos [[Wu Xing|Cinco elementos]].<ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ZAaP7dyjCrAC&pg=PA300 |capítulo=Fung Shui |título=Religion in China – Universism: A Key to the Study of Taoism and Confucianism |publicadopor=G. P. Putnam's Sons |series=American Lectures on the History of Religions, volume 10 |primeiro =Jan Jakob Maria |último =de Groot |página=300 |data=1912 |oclc=491180}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=mk3vxD3Ib_sC&lpg=PT169&pg=PT43 |título=The Japanese Numbers Game: The Use and Understanding of Numbers in Modern Japan |publicadopor=Routledge |series=Nissan Institute/Routledge Japanese Studies Series |primeiro =Thomas |último =Crump |páginas=39–40 |data=1992 |isbn=0-415-05609-8}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://books.google.com/books?id=fxwpAAAAYAAJ&pg=PA426 |título=The Passing of Korea |publicadopor=Doubleday, Page & Company |primeiro =Homer Bezaleel |último =Hulbert |página=426 |data=1909 |anooriginal=1906 |oclc=26986808}}</ref>

Durante o século XVII, [[Tycho Brahe]] mediu a [[Paralaxe|paralaxe diurna]] de Marte, que [[Johannes Kepler]] usou para fazer um cálculo preliminar da distância do planeta.<ref name="taton03" /> Quando o [[telescópio]] se tornou disponível, a paralaxe diurna de Marte foi novamente medida em um esforço para determinar a distância Sol-Terra. Isto foi realizado pela primeira vez por [[Giovanni Domenico Cassini]] em 1672. As primeiras medições da paralaxe foram prejudicadas pela qualidade dos instrumentos.<ref name="hirschfeld01" /> A única ocultação observada de Marte por Vênus foi a de 13 de outubro de 1590, vista por [[Michael Maestlin]] em [[Heidelberg]].<ref name="sat57" /> Em 1610, Marte foi visto por [[Galileu Galilei]], que foi o primeiro a observá-lo através de um telescópio.<ref name="jha15" /> A primeira pessoa a desenhar um mapa de Marte que exibia características da superfície foi o astrônomo holandês [[Christiaan Huygens]].<ref name="arizona" />

=== Canais ===
{{Artigo principal|Canais de Marte}}
[[Imagem:Karte Mars Schiaparelli MKL1888.png|thumb|Mapa de Marte por Giovanni Schiaparelli]]
[[Imagem:Lowell Mars channels.jpg|thumb|Canais de Marte em desenho de Percival Lowell]]
Por volta do século XIX, a resolução dos telescópios atingiu um nível suficiente para que as características da superfície de Marte pudessem ser identificadas. Uma oposição periélica de Marte ocorreu em 5 de setembro de 1877 e, naquele ano, o astrônomo italiano [[Giovanni Schiaparelli]] usou um telescópio de 22 cm em [[Milão]] para produzir o primeiro mapa detalhado do planeta vermelho. Estes mapas continham características chamadas por Schiaparelli de ''canali'', que mais tarde mostraram ser uma [[ilusão de óptica]]. Estes ''canali'' eram supostamente longas linhas retas na superfície de Marte para as quais ele deu nomes de rios famosos na Terra.<ref name="snyder01" /><ref name="sagan80" />

Influenciado pelas observações, o [[orientalista]] [[Percival Lowell]] fundou um observatório que tinha um telescópio de 30 cm e outro de 45 cm. O observatório foi utilizado para a exploração de Marte durante uma última boa oportunidade, em 1894. Ele publicou vários livros sobre Marte e a vida no planeta, que tiveram uma grande influência sobre o público.<ref name="basalla06" /> Os ''canali'' também foram encontrados por outros astrônomos, como Henri Joseph Perrotin e Louis Thollon em [[Nice]], usando um dos maiores telescópios do mundo naquela época.<ref name="maria_lane05" /><ref name="ba3" />

As mudanças sazonais (a diminuição das calotas polares e a formação de áreas escuras durante o verão marciano), em combinação com os canais, levaram a especulações sobre a presença de vida em Marte e fizeram surgir uma crença, mantida por muito tempo, de que Marte continha vastos mares e vegetação. O telescópio nunca chegou a uma resolução suficiente para provar quaisquer destas especulações. À medida que telescópios maiores foram usados, foram observados menos ''canali'' retos e longos. Durante uma observação em 1909 por [[Camille Flammarion]] com um telescópio de 84 cm, foram observados padrões irregulares, mas os ''canali'' não foram vistos.<ref name="zahnle01" />

Mesmo na década de 1960, artigos foram publicados sobre a "biologia marciana", deixando de lado outras explicações para as mudanças sazonais do planeta. Cenários detalhados do [[metabolismo]] e dos ciclos químicos de um [[ecossistema]] funcional chegaram a ser publicados.<ref name="science136_3510" /> Desde que uma nave espacial visitou o planeta durante as missões ''[[Programa Mariner|Mariner]]'' da [[NASA]] nos anos 1960 e 1970, estes conceitos foram radicalmente quebrados. Além disso, os resultados das experiências de detecção de vida pela ''[[Programa Viking|Viking]]'' auxiliaram para que a hipótese de um planeta hostil e morto fosse geralmente aceita.<ref name="ward_brownlee00" /> A ''[[Mariner 9]]'' e a ''Viking'' forneceram dados que permitiram a obtenção de mapas melhores do planeta. Outro grande salto foi a missão ''[[Mars Global Surveyor]]'', lançada em 1996 e que funcionou até o final de 2006, e permitiu a obtenção de mapas completos e extremamente detalhados da [[topografia]], campo magnético e minerais da superfície de Marte.<ref name="Distant worlds: milestones in planetary exploration" /> Estes mapas estão agora disponíveis on-line, por exemplo, no [[Google Mars]]. O ''[[Mars Reconnaissance Orbiter]]'' e a ''[[Mars Express]]'' continuaram explorando com novos instrumentos e apoiando as sondas na superfície. A NASA fornece duas ferramentas on-line: Mars Trek, que apresenta visualizações do planeta a partir de dados de 50 anos de exploração, e a Experience Curiosity, que simula viagens em Marte em 3-D com a Curiosity.<ref>{{citar web|título=New Online Tools Bring NASA’s Journey to Mars to a New Generation |url=http://www.nasa.gov/press-release/new-online-tools-bring-nasa-s-journey-to-mars-to-new-generation-of-explorers |acessodata=5 de agosto de 2015}}</ref>

=== Exploração direta ===
[[Imagem:Pathfinder01.jpg|thumb|esquerda|[[Astromóvel|Rover]] ''[[Sojourner]]'' em Marte, o primeiro veículo feito por humanos a transitar pelo planeta.]]

Dúzias de [[Nave espacial|naves espaciais]] não tripuladas, como sondas orbitais e ''[[Rover (exploração espacial)|rovers]]'', foram enviadas para Marte pela [[União Soviética]], [[Estados Unidos]], [[Agência Espacial Europeia|Europa]] e [[Índia]] para estudar a superfície, o clima e a geologia do planeta. Atualmente, a informação está sendo obtida por sete sondas ativas na superfície ou em órbita de Marte, sendo cinco orbitais e dois rovers, quais sejam: [[2001 Mars Odyssey]],<ref name="nasa081009">{{citar web|url=http://mars.jpl.nasa.gov/odyssey/newsroom/pressreleases/20081009a.html |título=NASA's Mars Odyssey Shifting Orbit for Extended Mission |publicadopor=NASA |data=9 de outubro de 2008 |acessodata=15 de novembro de 2008}}</ref> [[Mars Express]], [[Mars Reconnaissance Orbiter]] (MRO), [[MAVEN]], [[Mars Orbiter Mission]], [[Opportunity (sonda)|Opportunity]] e [[Rover Curiosity|Curiosity]]. O público pode solicitar imagens de Marte da MRO através do programa ''HiWish''.

O ''[[Mars Science Laboratory]]'', chamado de ''Curiosity'', foi lançado em 26 de novembro de 2011 e chegou a Marte em 6 de agosto de 2012 ([[UTC]]). É maior e mais avançado do que os ''[[Mars Exploration Rovers]]'', com uma velocidade de até 90 metros por hora.<ref name="home">{{citar web |url=http://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl/overview/ |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090730122143/http://marsprogram.jpl.nasa.gov/msl/overview/ |arquivodata=2009-07-30 |título=Mars Science Laboratory&nbsp;— Homepage |publicadopor=NASA |acessodata=26 de novembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> Os experimentos incluem um analisador químico a laser que pode deduzir a composição de rochas a uma distância de 7 m.<ref name="laser">{{citar web|url=http://mars.jpl.nasa.gov/msl/mission/instruments/spectrometers/chemcam/ |título=Chemistry and Cam (ChemCam) |publicadopor=NASA}}</ref> Em 10 de fevereiro de 2013, o Curiosity obteve as primeiras amostras de rochas profundas já retiradas de outro corpo planetário, utilizando a sua broca embarcada.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/news/science-environment-21399857 |título=Curiosity Mars rover takes historic drill sample |publicadopor=BBC |data=10 de fevereiro de 2013 |acessodata=10 de fevereiro de 2013}}</ref>
[[Imagem:PIA16239 High-Resolution Self-Portrait by Curiosity Rover Arm Camera.jpg|thumb|upright|O ''[[Curiosity (sonda)|Curiosity]]'' na superfície de Marte]]

A [[Organização Indiana de Pesquisa Espacial]] lançou a missão ''[[Mars Orbiter Mission]]'' em 5 de novembro de 2013, com o objetivo de analisar a atmosfera e a topografia marcianas. Equipada com sensores de metano, câmeras multi-espectrais, espectrômetros de imagem em [[infravermelho]] termal, [[fotômetro]]s e outros itens em sua carga útil, a missão procura expandir a compreensão humana do Sistema Solar. Lançado de [[Polar Satellite Launch Vehicle|PSLV-C25]], a missão ''Mars Reconnaissance Orbiter'' usou uma [[órbita de transferência de Hohmann]] para escapar da influência gravitacional da Terra e catapultar para uma viagem de nove meses até Marte. Essa é a primeira missão interplanetária bem-sucedida da [[Ásia]] e a sonda [[Mangalyaan]] estuda o planeta Marte desde 24 de setembro de 2014.<ref>{{citar web |url=http://www.isro.org/pslv-c25/mission.aspx|título=''[[Mars Orbiter Mission]]'' |editor=[[Organização Indiana de Pesquisa Espacial]] |acessodata=26 de novembro de 2013}}</ref>

A [[Agência Espacial Europeia]], em colaboração com a [[Agência Espacial Federal Russa]] - Roscosmos, enviou a sonda [[ExoMars]] Trace Gas Orbiter (TGO) e a sonda de superfície Schiaparelli em março de 2016. O orbitador TGO conseguiu entrar na órbita marciana em 19 de outubro.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Group|primeiro=Global Media|titulo=Sonda europeia e russa na órbita de Marte|jornal=JN|url=http://www.jn.pt/mundo/interior/sonda-europeia-e-russa-na-orbita-de-marte-5452288.html}}</ref> Contudo, o contato com o [[pousador]] [[Schiaparelli EDM|''Schiaparelli'' EDM]] foi perdido quando este já estava próximo ao solo. Imagens feitas pela MRO da [[NASA]] comprovaram que a sonda impactou violentamente contra o solo marciano e foi totalmente destruída. Uma hipótese sugere que os retrofoguetes do pousador, que deveriam reduzir sua velocidade, se apagaram muito antes do esperado.<ref>{{Citar periódico|titulo=É oficial: o Schiaparelli morreu ao embater em Marte|jornal=PÚBLICO|url=https://www.publico.pt/ciencia/noticia/o-modulo-schiaparelli-morreu-ao-aterrar-em-marte-1748380}}</ref><ref>{{Citar periódico|data=2016-10-21|titulo=Imagem da Nasa indica que módulo Schiaparelli colidiu com solo de Marte|jornal=Ciência e Saúde|url=http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/10/modulo-schiaparelli-colidiu-com-solo-de-marte-diz-agencia-europeia.html}}</ref>

Está planejado para maio de 2018 o lançamento da sonda de superfície [[InSight]], juntamente com dois satélites [[CubeSat]]s, que vão sobrevoar Marte e fornecer dados de telemetria da superfície. As sondas estão previstas para chegar a Marte em novembro de 2016.<ref>{{citar web|url=http://www.space.com/29489-marco-cubesats-mars-landing-2016.html |título=Two Tiny 'CubeSats' Will Watch 2016 Mars Landing |obra=Space.com |primeiro =Douglas |último =Messier |data=27 de maio de 2015 |acessodata=27 de maio de 2015}}</ref>

Em 2018 a ESA enviará o "rover" ExoMars. A NASA planeja lançar o seu "rover" [[Exobiologia|astrobiológico]] [[Rover de Marte anônimo de 2020|Mars 2020]] em 2020. A sonda Mars Hope, dos Emirados Árabes Unidos, está planejada para lançamento em 2020, atingindo a órbita de Marte em 2021. Ela tem o objetivo de fazer um estudo global da atmosfera marciana. Diversos planos para uma [[missão tripulada a Marte]] foram propostos ao longo do século XX e já no século XXI, mas nenhum plano em andamento tem data de chegada anterior a 2025.

{{panorama|'Greeley Panorama' from Opportunity's Fifth Martian Winter, PIA15689.jpg|900px|Panorama de Marte visto pelo robô ''[[Opportunity (sonda espacial)|Opportunity]]''.}}

== Impacto cultural ==
[[Imagem:Kirks Soap Yerkes Mars.jpg|thumb|Um anúncio de sabão de 1893 brinca com a ideia popular de que Marte é povoado]]
Marte é nomeado em homenagem ao [[Marte (mitologia)|deus romano da guerra]]. Em diferentes culturas, Marte representa a [[masculinidade]] e a [[juventude]]. Seu símbolo, um círculo com uma seta apontando para o lado superior direito, também é usado como símbolo do sexo masculino. As muitas falhas nas sondas de exploração de Marte resultaram em uma contracultura satírica que associa esses acidentes com a existência de um tipo de "[[Triângulo das Bermudas]]" entre a Terra e o planeta, alguma "maldição marciana" ou um “grande espírito maléfico das galáxias” que se alimentaria das sondas a Marte.<ref name="dinerman04" />

A ideia popular de que Marte era povoado por marcianos inteligentes se popularizou no final do século XIX. As observações dos ''[[Canais de Marte|canali]]'' por [[Giovanni Schiaparelli]], combinadas com os livros de [[Percival Lowell]] sobre o tema, propuseram a noção padrão de um planeta seco, frio e prestes a morrer, com obras de [[irrigação]] sendo feitas por [[civilizações]] antigas.<ref name="prion" />

Muitas outras observações e declarações de personalidades notáveis se somaram ao que tem sido chamado de "febre marciana".<ref name="fergus04" /> Em 1899, enquanto investigava o ruído de rádio atmosférico usando receptores em seu laboratório em [[Colorado Springs]], o inventor [[Nikola Tesla]] observou sinais repetitivos que mais tarde ele imaginou serem comunicações de rádio vindas de outro planeta, possivelmente de Marte. Em uma entrevista de 1901, Tesla disse:

<blockquote>
Foi algum tempo depois que o pensamento passou em minha mente de que os distúrbios que eu tinha observado poderiam se dever a um controle inteligente. Embora eu não tenha conseguido decifrar o seu significado, para mim era impossível pensar neles como sendo inteiramente acidentais. Um sentimento está constantemente crescendo em mim de que eu tenha sido o primeiro a ouvir a saudação de um planeta para outro.<ref name="tesla01" /></blockquote>

As teorias de Tesla ganharam o apoio de [[Lord Kelvin]] que, ao visitar os [[Estados Unidos]] em 1902, teria dito que achava que Tesla tinha captado sinais marcianos que estavam sendo enviados aos Estados Unidos.<ref name="cheney81" /> No entanto, Kelvin negou "enfaticamente" esta declaração pouco antes de partir do país. "O que eu realmente disse foi que os habitantes de Marte, se houver algum, seriam, sem dúvida, capazes de ver [[Nova Iorque]], especialmente o brilho da eletricidade."<ref name="nyt020511" />
[[Imagem:Face on Mars with Inset.jpg|thumb|Comparações entre imagens de alta e baixa resolução (no canto inferior direito) da chamada "[[Face de Marte]]".]]
[[Imagem:War-of-the-worlds-tripod.jpg|thumb|Ilustração dos [[tripods]] marcianos, feita pelo [[brasileiro]] [[Henrique Alvim Corrêa]], em uma edição francesa de 1906 de ''[[A Guerra dos Mundos]]'', de [[H.G. Wells]].]]

Em um artigo do ''[[The New York Times]]'' de 1901, [[Edward Charles Pickering]], diretor do [[Harvard College Observatory]], disse que tinha recebido um [[telegrama]] do [[Observatório Lowell]], no [[Arizona]], que parecia confirmar que Marte estava tentando se comunicar com a Terra.<ref name="nyt2" />

<blockquote>
No início de dezembro de 1900 recebemos de Lowell, no Arizona, um telegrama afirmando que um raio de luz tinha sido visto projetando-se de Marte (o observatório Lowell tinha Marte como especialidade), com duração de 70 minutos. Eu enviei um telegrama com estes fatos para a Europa e enviei cópias através deste país. O observador é um homem confiável e cuidadoso e não há nenhuma razão para duvidar de que a luz existisse. Foi dada como partindo de um ponto geográfico bem conhecido em Marte. Isso foi tudo. Agora, a história foi para todo o mundo. Na Europa, afirma-se que eu tenho estado em comunicação com Marte e todos os tipos de exageros têm brotado. O que quer que a luz fosse, não há meios de saber. Se tinha inteligência ou não, ninguém pode dizer. É absolutamente inexplicável.<ref name="nyt2" /></blockquote>

Pickering mais tarde propôs a criação de um conjunto de espelhos, no [[Texas]], destinados a sinalizar para os marcianos.<ref name="fradin99" />

Nas últimas décadas, o mapeamento de alta resolução da superfície marciana, culminando na sonda ''[[Mars Global Surveyor]]'', não revelou artefatos de habitação de qualquer tipo de vida "inteligente", mas a especulação [[Pseudociência|pseudocientífica]] sobre a vida inteligente no planeta continua com comentaristas como Richard C. Hoagland. Remanescente da controvérsia sobre os ''canali'', algumas especulações são baseadas em características de pequena escala percebidas nas imagens espaciais, como "pirâmides" e a chamada "[[Cydonia Mensae|Face de Marte]]". O astrônomo planetário [[Carl Sagan]] escreveu:

{{quote2|Marte tornou-se uma espécie de arena mítica na qual nós projetamos nossas esperanças e medos terrestres.|[[Carl Sagan]]<ref name=sagan80/>}}

A representação de Marte na ficção foi estimulada por sua cor vermelha e pelas especulações científicas do século XIX de que suas condições de superfície não só poderiam suportar a vida, como também a vida inteligente.<ref name="lightman97" /> Isso originou um grande número de cenários de [[ficção científica]], entre os quais está ''[[A Guerra dos Mundos]]'', de [[H. G. Wells]], publicado em 1898, em que os marcianos tentam fugir de seu planeta moribundo e tentam invadir a Terra. Uma adaptação radiofônica posterior de ''A Guerra dos Mundos'' foi feita no dia 30 de outubro de 1938 por [[Orson Welles]] nos Estados Unidos e foi apresentada como um noticiário ao vivo. O episódio tornou-se notório por causar pânico público geral, quando muitos ouvintes confundiram a história com a realidade e saíram desesperados.<ref name="lubertozzi_holmsten03" />

Obras influentes retratam o planeta, como ''[[Crônicas Marcianas]]'' de [[Ray Bradbury]], em que exploradores humanos acidentalmente destroem uma civilização marciana, a série ''[[Barsoom]]'' de [[Edgar Rice Burroughs]], ''[[Além do Planeta Silencioso]]'' (1938) de [[C. S. Lewis]]<ref name="sanford09" /> e uma série de histórias de [[Robert A. Heinlein]] de meados dos anos 1960.<ref name="buker02" /> O autor [[Jonathan Swift]] faz referência às [[luas de Marte]] cerca de 150 anos antes de sua descoberta por [[Asaph Hall]], detalhando descrições razoavelmente precisas de suas órbitas no capítulo 19 de seu romance ''[[As Viagens de Gulliver]]''.<ref name="jonathan_swift" />

O personagem cômico de um marciano inteligente chamado ''[[Marvin, o Marciano]]'' apareceu na televisão em 1948 como um personagem nos ''[[Looney Tunes]]'', da [[Warner Brothers]], e continuou como parte da [[cultura popular]] desde então.<ref name="rabkin05" />

Após as naves espaciais ''[[Programa Mariner|Mariner]]'' e ''[[Programa Viking|Viking]]'' terem enviado imagens nítidas de Marte e revelado um mundo aparentemente sem vida e sem canais, essas ideias sobre o planeta tiveram que ser abandonadas e tem se desenvolvido uma moda de representações precisas e realistas sobre a [[Colonização de Marte|colonização humana de Marte]], como na trilogia ''Mars'' de [[Kim Stanley Robinson]]. Especulações pseudocientíficas sobre a "Face de Marte" e outros "monumentos" enigmáticos descobertos por sondas espaciais indicam que a ideia de civilizações antigas no planeta continua a ser um tema popular na [[ficção científica]], especialmente no cinema.<ref name="miles_peters" />

== Ver também ==
* [[Colonização de Marte]]
* [[Terraformação de Marte]]
* [[Mars One]]
* [[Mars500]]
* [[Google Mars]]

== Notas ==
*{{Tradução/ref|en|Mars}}

{{Referências|refs=
<ref name = "Andert">{{citar periódico|último = Andert|primeiro = T. P.|coautor= Rosenblatt, P.; Pätzold, M.; Häusler, B.; Dehant, V.; Tyler, G. L.; Marty, J. C. |título= Precise mass determination and the nature of Phobos|periódico= [[Geophysical Research Letters]] |volume = 37|número= L09202|páginas= L09202|data= 7 de maio de 2010|doi = 10.1029/2009GL041829|bibcode=2010GeoRL..3709202A}}</ref>

<ref name = "Blast">{{citar web|título= Mars Moon Phobos Likely Forged by Catastrophic Blast |obra= Space.com |data= 27 de setembro de 2010 |url = http://www.space.com/scienceastronomy/martian-moon-forged-by-catastrophic-blast-100927.html |acessodata= 1 de outubro de 2010}}</ref>

<ref name = "Giuranna">{{citar conferência|primeiro = M.|último = Giuranna|coautor= Roush, T. L.; Duxbury, T.; Hogan, R. C.; Geminale, A.; Formisano, V. |título= Compositional Interpretation of PFS/MEx and TES/MGS Thermal Infrared Spectra of Phobos |títulolivro= European Planetary Science Congress Abstracts, Vol. 5 |ano= 2010|url = http://meetingorganizer.copernicus.org/EPSC2010/EPSC2010-211.pdf |acessodata= 1 de outubro de 2010}}</ref>

<ref name="arizona">Sheehan, William (1996). "[http://www.uapress.arizona.edu/onlinebks/mars/chap02.htm Chapter 2: Pioneers]". ''The Planet Mars: A History of Observation and Discovery.'' Tucson: University of Arizona. Acessado em 16 de janeiro de 2010.</ref>

<ref name="astropro">The opposition of the 12th of February 1995 was followed by one on the 17th of March 1997. The opposition of the 13th of July 2065 will be followed by one on 2 October 2067. [http://www.astropro.com/features/tables/geo/su-ma/su-180-ma/SU180MA6.html Astropro 3000-year Sun-Mars Opposition Tables]</ref>

<ref name="davidw">Whitehouse, David (15 de julho de 2004) [http://news.bbc.co.uk/2/hi/3896335.stm Dr. David Whitehouse – Ammonia on Mars could mean life]. BBC News. Acessado em 14 de agosto de 2012.</ref>

<ref name="Distant worlds: milestones in planetary exploration">{{citar livro|primeiro =Peter|último =Bond|ano=2007|título=Distant worlds: milestones in planetary exploration|obra=Copernicus Series|página=119|publicadopor=Springer|isbn=0-387-40212-8}}</ref>

<ref name="google">Harland, David Michael (2007). "''[http://books.google.com/books?id=ScORNbV0E8wC&pg=PA1 Cassini at Saturn: Huygens results]''". p. 1. ISBN 0-387-26129-X</ref>

<ref name="google7">Hummel, Charles E. (1986). ''[http://books.google.com/books?id=2b3ab2ErEtUC&pg=PA38 The Galileo connection: resolving conflicts between science & the Bible].'' InterVarsity Press. pp. 35–38. ISBN 0-87784-500-X.</ref>

<ref name="Greek Names of the Planets">{{citar web|url=http://www.greek-names.info/greek-names-of-the-planets/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100509164917/http://www.greek-names.info/greek-names-of-the-planets/#|arquivodata=9 de maio de 2010|título=Greek Names of the Planets|acessodata=14 de julho de 2012|urlmorta=no}}</ref>

<ref name="Guardian">{{citar web|autor =Jha, Alok. |título=Nasa's Curiosity rover finds water in Martian soil |url=http://www.theguardian.com/science/2013/sep/26/nasa-curiosity-rover-mars-soil-water |publicadopor=theguardian.com|acessodata=6 de novembro de 2013}}</ref>

<ref name="Mystery Spirals on Mars Finally Explained">{{citar web|url=http://www.space.com/8494-mystery-spirals-mars-finally-explained.html|publicadopor=Space.com|título=Mystery Spirals on Mars Finally Explained|data=26 de maio de 2010|acessodata=26 de maio de 2010}}</ref>

<ref name="nasa">[http://www.nasa.gov/mission_pages/mer/news/mer20111207.html NASA – NASA Mars Rover Finds Mineral Vein Deposited by Water]. Nasa.gov (7 de dezembro de 2011). Acessado em 14 de agosto de 2012.</ref>

<ref name="NASA&nbsp;– NASA Spacecraft Data Suggest Water Flowing on Mars">{{citar web|url=http://www.nasa.gov/mission_pages/MRO/news/mro20110804.html |título=NASA&nbsp;– NASA Spacecraft Data Suggest Water Flowing on Mars |publicadopor=Nasa.gov |data=4 de agosto de 2011 |acessodata=19 de setembro de 2011}}</ref>

<ref name="nationalgeographic">[http://news.nationalgeographic.com/news/2011/12/111208-mars-water-nasa-rover-opportunity-gypsum-life-space-science/ Rover Finds "Bulletproof" Evidence of Water on Early Mars]. News.nationalgeographic.com (8 de dezembro de 2011). Acessado em 14 de agosto de 2012.</ref>

<ref name="nationalgeographic1">[http://news.nationalgeographic.com/news/2012/06/120626-mars-water-mantle-oceans-meteorites-space-science/ Mars Has "Oceans" of Water Inside?]. News.nationalgeographic.com (26 de junho de 2012). Acessado em 26 de novembro de 2012.</ref>

<ref name="Onset and migration of spiral troughs on Mars revealed by orbital radar">{{citar periódico|título=Onset and migration of spiral troughs on Mars revealed by orbital radar |autor =Smith, Isaac B.; Holt, J. W. |periódico=Nature | volume=465 |ano=2010 |páginas=450–453 | doi=10.1038/nature09049 |número=4 }}</ref>

<ref name="usgs">[http://planetarynames.wr.usgs.gov/Page/Categories Planetary Names: Categories for Naming Features on Planets and Satellites]. Planetarynames.wr.usgs.gov. Acessado em 26 de novembro de 2012.</ref>

<ref name="usra">[http://www.lpi.usra.edu/publications/slidesets/redplanet2/slide_2.html THE RED PLANET: A SURVEY OF MARS (Slide 2 Earth Telescope View of Mars] [http://www.lpi.usra.edu/publications/slidesets/redplanet2/index.shtml index]</ref>

<ref name="mars2010">{{citar web|data=6 de maio de 2009 |título=Mars 2009/2010 |publicadopor=Students for the Exploration and Development of Space (SEDS) |url=http://spider.seds.org/spider/Mars/mars2010.html |acessodata= 26 de novembro de 2012}}</ref>

<ref name="Mars2011">{{citar web|url=http://home.surewest.net/kheider/astro/Mars2011.txt |título=Mars distance from the Sun from January 2011 to January 2015 |acessodata=27 de janeiro de 2012}}</ref>

<ref name="nasa_hematite">{{citar web|título=The Lure of Hematite|obra=Science@NASA|publicadopor=NASA|data=28 de março de  2001|url=http://science.nasa.gov/headlines/y2001/ast28mar_1.htm|acessodata=24 de dezembro de 2009}}</ref>

<ref name="northcratersn">{{citar web|data=19 de julho de 2008|título=Impact May Have Transformed Mars|publicadopor=ScienceNews.org|primeiro =Ashley|último =Yeager|url=http://www.sciencenews.org/view/generic/id/33622/title/Impact_may_have_transformed_Mars_|acessodata=12 de agosto de 2008}}</ref>

<ref name="northcraterguard">{{citar jornal|data=26 de junho de 2008|título=Cataclysmic impact created north-south divide on Mars|publicadopor=Science @ guardian.co.uk|primeiro =Ian|último =Sample|url=http://www.guardian.co.uk/science/2008/jun/26/mars.asteroid?gusrc=rss&feed=science|acessodata=12 de agosto de 2008|local=Londres}}</ref>

<ref name="marswater">{{citar web|publicadopor=NASA/JPL|data=6 de dezembro de 2006|url=http://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/mgs-20061206.html|título=NASA Images Suggest Water Still Flows in Brief Spurts on Mars|acessodata=4 de janeiro de 2007}}</ref>

<ref name="specials1">{{citar web|título=Water ice in crater at Martian north pole|data=28 de julho de  2005|publicadopor=ESA|url=http://www.esa.int/SPECIALS/Mars_Express/SEMGKA808BE_0.html|acessodata=19 de março de 2010}}</ref>

<ref name="jsg.utexas.edu">{{citar web|título=Scientists Discover Concealed Glaciers on Mars at Mid-Latitudes|data=20 de novembro de  2008|publicadopor=University of Texas at Austin|url=http://www.jsg.utexas.edu/news/rels/112008.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110725200229/http://www.jsg.utexas.edu/news/rels/112008.html#|arquivodata=25 de julho de 2011|acessodata=19 de março de 2010|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="esa050221">{{citar jornal|título=Mars pictures reveal frozen sea|publicadopor=ESA|autor =Staff|data=21 de fevereiro de 2005|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4285119.stm|acessodata=19 de março de 2010}}</ref>

<ref name="spacecraft1">{{citar web|data=31 de julho de 2008|título=NASA Spacecraft Confirms Martian Water, Mission Extended|publicadopor=Science @ NASA|url=http://www.nasa.gov/mission_pages/phoenix/news/phoenix-20080731.html|acessodata=1 de agosto de 2008}}</ref>

<!-- Unused citation<ref name="webster_beasley05">{{citar web|publicadopor=NASA|data=20 de setembro de 2005|autor =Webster, G.; Beasley, D.|título=Orbiter's Long Life Helps Scientists Track Changes on Mars|url=http://mpfwww.jpl.nasa.gov/mgs/newsroom/20050920a.html|acessodata=26 de fevereiro de 2007}}</ref> -->

<ref name="nssdc">{{citar web|autor =Williams, David R.|título=Mars Fact Sheet|obra=National Space Science Data Center|publicadopor=NASA|data=1 de setembro de 2004|url=http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/factsheet/marsfact.html|acessodata=24 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="rust">{{citar web|último =Peplow|primeiro =Mark|título=How Mars got its rust|obra=BioEd Online|publicadopor=MacMillan Publishers Ltd.|url=http://www.bioedonline.org/news/news-print.cfm?art=953|acessodata=10 de março de 2007}}</ref>

<ref name="sci300a">{{citar periódico|último =Christensen|primeiro =Philip R.|coautor=''et al''.|data=27 de junho de 2003|título=Morphology and Composition of the Surface of Mars: Mars Odyssey THEMIS Results|periódico=Science|volume=300|número=5628|páginas=2056–2061|doi=10.1126/science.1080885|pmid=12791998|bibcode = 2003Sci...300.2056C }}</ref>

<ref name="sci300b">{{citar periódico|último =Golombek|primeiro =Matthew P.|data=27 de junho de 2003|título=The Surface of Mars: Not Just Dust and Rocks|periódico=Science|volume=300|número=5628|páginas=2043–2044|doi=10.1126/science.1082927|pmid=12829771}}</ref>

<ref name="magnetosphere">{{citar web|data=9 de novembro de 2006|título=Magnetic Fields and Mars|publicadopor=Mars Global Surveyor @ NASA|autor =Valentine, Theresa; Amde, Lishan|url=http://mgs-mager.gsfc.nasa.gov/Kids/magfield.html|acessodata=17 de julho de 2009}}</ref>

<ref name="plates">{{citar web|primeiro1 =Nancy|último1 =Neal-Jones|primeiro2 =Cynthia|último2 =O'Carroll|publicadopor=NASA/Goddard Space Flight Center|título=New Map Provides More Evidence Mars Once Like Earth|url=http://www.nasa.gov/centers/goddard/news/topstory/2005/mgs_plates.html|acessodata=4 de dezembro de 2011}}</ref>

<ref name="jacque03">{{citar jornal|último1 =Jacqué|primeiro1 =Dave|url=http://cars9.uchicago.edu/gsecars/LVP/publication/News/X-rays%20reveal%20secrets%20of%20Mars%27%20core.htm|título=APS X-rays reveal secrets of Mars' core|publicadopor=Argonne National Laboratory|data=26 de setembro de 2003|acessodata=1 de julho de 2006}}</ref>

<ref name="jog91">{{citar periódico|último =Tanaka|primeiro =K. L.|ano=1986|título=The Stratigraphy of Mars|periódico=[[Journal of Geophysical Research]]|volume=91|número=B13|páginas=E139–E158|doi=10.1029/JB091iB13p0E139|bibcode=1986JGR....91..139T}}</ref>

<ref name="dc080304">{{citar web|url=http://dsc.discovery.com/news/2008/03/04/mars-avalanche.html|título=Mars avalanche caught on camera|data=4 de março de 2008|obra=Discovery Channel|publicadopor=Discovery Communications|acessodata=4 de março de 2009}}</ref>

<ref name="sciam080627">{{citar web|url=http://www.sciam.com/article.cfm?id=giant-asteroid-flattened|título=Giant Asteroid Flattened Half of Mars, Studies Suggest|publicadopor=Scientific American|acessodata=27 de junho de 2008}}</ref>

<ref name="nyt080626">{{citar jornal|url=http://www.nytimes.com/2008/06/26/science/space/26mars.html?em&ex=1214712000&en=bd0be05a87523855&ei=5087%0A|título=Huge Meteor Strike Explains Mars’s Shape, Reports Say|publicadopor=New York Times|acessodata=27 de junho de 2008|primeiro =Kenneth|último =Chang|data=26 de junho de 2008}}</ref>

<ref name="nasa051103">{{citar jornal|data=3 de novembro de 2005|publicadopor=NASA|título=Close Encounter: Mars at Opposition|url=http://hubblesite.org/newscenter/archive/releases/2005/34/image/l|acessodata=19 de março de 2010}}</ref>

<ref name="bbc080627">{{citar jornal|título=Martian soil 'could support life'|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7477310.stm|publicadopor=BBC News|data=27 de junho de 2008|acessodata=7 de agosto de 2008}}</ref>

<ref name="marssalt">{{citar jornal|url=http://www.usatoday.com/tech/science/space/2008-08-04-mars-soil_N.htm|título=Scientists: Salt in Mars soil not bad for life|último =Chang|primeiro =Alicia|agência=Associated Press|acessodata=7 de agosto de 2008|data=5 de agosto de 2008|obra=USA Today}}</ref>

<ref name="jpl_soil">{{citar web|título=NASA Spacecraft Analyzing Martian Soil Data|url=http://www.jpl.nasa.gov/news/phoenix/release.php?ArticleID=1816|publicadopor=JPL|acessodata=5 de agosto de 2008}}</ref>
ri
<ref name="jpl_dust_devil">{{citar web|url=http://hirise.lpl.arizona.edu/ESP_013751_1115|título=Dust Devil Etch-A-Sketch (ESP_013751_1115)|publicadopor=NASA/JPL/University of Arizona|data=2 de julho de 2009|acessodata=1 de janeiro de 2010}}</ref>

<ref name="gpl29_23_41">{{citar periódico|autor =Schorghofer, Norbert; Aharonson, Oded; Khatiwala, Samar |título=Slope streaks on Mars: Correlations with surface properties and the potential role of water |periódico=Geophysical Research Letters | volume=29 |número=23 |páginas=41–1 |ano=2002 | doi=10.1029/2002GL015889 | bibcode=2002GeoRL..29w..41S }}</ref>

<ref name="oleb33_4_515">{{citar periódico|autor =Gánti, Tibor et al. |título=Dark Dune Spots: Possible Biomarkers on Mars? |periódico=Origins of Life and Evolution of the Biosphere | volume=33 |número=4 |páginas=515–557|ano=2003 | bibcode=2003OLEB...33..515G |doi=10.1023/A:1025705828948 }}</ref>

<ref name="bbc040124">{{citar jornal|primeiro =David|último =Whitehouse|data=24 de janeiro de 2004|título=Long history of water and Mars|obra=BBC News|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/sci/tech/3426539.stm|acessodata=20 de março de 2010}}</ref>

<ref name="jgr110">{{citar periódico|periódico=[[Journal of Geophysical Research]]|data=7 de maio de 2005|último =Heldmann|primeiro =Jennifer L.|coautor=''et al''.|título=Formation of Martian gullies by the action of liquid water flowing under current Martian environmental conditions|url=http://daleandersen.seti.org/Dale_Andersen/Science_articles_files/Heldmann%20et%20al.2005.pdf|formato=PDF|volume=110|número=E5|página=Eo5004|doi=10.1029/2004JE002261|acessodata=2008-09-17|bibcode=2005JGRE..11005004H}} 'conditions such as now occur on Mars, outside of the temperature-pressure stability regime of liquid water'... 'Liquid water is typically stable at the lowest elevations and at low latitudes on the planet because the atmospheric pressure is greater than the [[vapor pressure]] of water and surface temperatures in equatorial regions can reach 273 K for parts of the day [Haberle ''et al''., 2001]'</ref>

<ref name="kostama">{{citar periódico|periódico=Geophysical Research Letters|volume=33|número=11|página=L11201|data=3 de junho de 2006|autor =Kostama, V.-P.; Kreslavsky, M. A.; Head, J. W.|título=Recent high-latitude icy mantle in the northern plains of Mars: Characteristics and ages of emplacement|url=http://www.agu.org/pubs/crossref/2006/2006GL025946.shtml|doi=10.1029/2006GL025946|acessodata=12 de agosto de 2007|bibcode=2006GeoRL..3311201K}} 'Martian high-latitude zones are covered with a smooth, layered ice-rich mantle'.</ref>

<ref name="sci299">{{citar periódico|autor =Byrne, Shane; Ingersoll, Andrew P.|título=A Sublimation Model for Martian South Polar Ice Features|periódico=Science|volume=299|número=5609|páginas=1051–1053|ano=2003|pmid=12586939|doi=10.1126/science.1080148|bibcode = 2003Sci...299.1051B }}</ref>

<ref name="nasa070315">{{citar web|publicadopor=NASA|data=15 de março de 2007|título=Mars' South Pole Ice Deep and Wide|url=http://jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2007-030|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090420204127/http://jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2007-030#|arquivodata=20 de abril de 2009|acessodata=16 de março de 2007|urlmorta=no}}</ref>

<ref name="nature434">{{citar periódico|último =Murray|primeiro =John B.|coautor=''et al''.|título=Evidence from the Mars Express High Resolution Stereo Camera for a frozen sea close to Mars' equator|periódico=Nature|volume=434|páginas=352–356|data=17 de março de  2005|doi=10.1038/nature03379|pmid=15772653|número=703|bibcode = 2005Natur.434..352M }}</ref>

<ref name="Kerr2005">{{citar periódico|último =Kerr|primeiro =Richard A.|título=Ice or Lava Sea on Mars? A Transatlantic Debate Erupts|periódico=Science|volume=307|número=5714|páginas=1390–1391|data=4 de março de 2005|doi=10.1126/science.307.5714.1390a|pmid=15746395}}</ref>

<ref name="Jaeger2007">{{citar periódico|último =Jaeger|primeiro =W. L.|coautor=''et al''.|título=Athabasca Valles, Mars: A Lava-Draped Channel System|periódico=Science|volume=317|páginas=1709–1711|data=21 de setembro de 2007|doi=10.1126/science.1143315|pmid=17885126|número=5845|bibcode = 2007Sci...317.1709J }}</ref>

<ref name="sci288">{{citar periódico|último =Malin|primeiro =Michael C.|último2 =Edgett|primeiro2 =KS|título=Evidence for Recent Groundwater Seepage and Surface Runoff on Mars|periódico=Science|volume=288|número=5475|páginas=2330–2335|data=30 de junho de 2000|pmid=10875910|doi=10.1126/science.288.5475.2330|bibcode = 2000Sci...288.2330M }}</ref>

<ref name="nasa061206">{{citar web|título=NASA Images Suggest Water Still Flows in Brief Spurts on Mars |publicadopor=NASA|data=6 de dezembro de 2006|url=http://www.nasa.gov/mission_pages/mars/news/mgs-20061206.html|acessodata=6 de dezembro de 2006}}</ref>

<ref name="bbc061206">{{citar jornal|título=Water flowed recently on Mars|publicadopor=BBC|data=6 de dezembro de 2006|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/6214834.stm|acessodata=6 de dezembro de 2006}}</ref>

<ref name="nasa061206b">{{citar jornal|publicadopor=NASA|data=6 de dezembro de 2006|título=Water May Still Flow on Mars, NASA Photo Suggests|url=http://www.npr.org/templates/story/story.php?storyId=6587226|acessodata=30 de abril de 2006}}</ref>

<ref name="nasa040303">{{citar comunicado de imprensa|publicadopor=NASA|data=3 de março de 2004|título=Mineral in Mars 'Berries' Adds to Water Story|url=http://www.jpl.nasa.gov/releases/2004/88.cfm|arquivourl=http://web.archive.org/web/20071109185031/http://www.jpl.nasa.gov/releases/2004/88.cfm|arquivodata=9 de novembro de 2007|acessodata=13 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="nasa101001">{{citar web|título=Mars Exploration Rover Mission: Science|publicadopor=NASA|data=12 de julho de 2007|url=http://marsrover.nasa.gov/science/goal1-results.html|acessodata=10 de janeiro de 2010}}</ref>

<ref name="ag44_4">{{citar periódico|autor =Mitchell, Karl L.; Wilson, Lionel|título=Mars: recent geological activity : Mars: a geologically active planet|periódico=[[Astronomy & Geophysics]]|volume=44|número=4|páginas=4.16–4.20|ano=2003|doi=10.1046/j.1468-4004.2003.44416.x|bibcode=2003A&G....44d..16M}}</ref>

<ref name="icarus169">{{citar periódico|autor =Mellon, J. T.; Feldman, W. C.; Prettyman, T. H.|título=The presence and stability of ground ice in the southern hemisphere of Mars|periódico=Icarus|ano=2003|volume=169|número=2|páginas=324–340|bibcode=2004Icar..169..324M|doi=10.1016/j.icarus.2003.10.022}}</ref>

<ref name="clouds">{{citar jornal|data=13 de dezembro de 2004|título=Mars Rovers Spot Water-Clue Mineral, Frost, Clouds|url=http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/opportunity/20041213a.html|publicadopor=NASA|acessodata=17 de março de 2006}}</ref>

<ref name="mira">{{citar web|título=MIRA's Field Trips to the Stars Internet Education Program|publicadopor=Mira.or|url=http://www.mira.org/fts0/planets/097/text/txt002x.htm|acessodata=26 de fevereiro de 2007}}</ref>

<ref name="darling_marspoles">{{citar web|último =Darling|primeiro =David|título=Mars, polar caps|obra=Encyclopedia of Astrobiology, Astronomy, and Spaceflight|url=http://www.daviddarling.info/encyclopedia/M/Marspoles.html|acessodata=26 de fevereiro de 2007}}</ref>

<ref name="brown">{{citar periódico|último =Carr|primeiro =Michael H.|título=Oceans on Mars: An assessment of the observational evidence and possible fate|periódico=Journal of Geophysical Research|ano=2003|volume=108|número=5042|página=24|bibcode=2003JGRE..108.5042C|doi=10.1029/2002JE001963}}</ref>

<ref name="phillips">{{citar web|último =Phillips|primeiro =Tony|título=Mars is Melting, Science at NASA|url=http://science.nasa.gov/headlines/y2003/07aug_southpole.htm|acessodata=26 de fevereiro de 2007}}</ref>

<ref name="sci315">{{citar periódico|título=Subsurface Radar Sounding of the South Polar Layered Deposits of Mars|autor =Plaut, J. J|coautor=''et al''.|periódico=Science|volume=315|ano=2007|número=5821 |páginas=92–5 |doi=10.1126/science.1139672|pmid=17363628|bibcode = 2007Sci...316...92P }}</ref>

<ref name="2006-100">{{citar jornal|título=NASA Findings Suggest Jets Bursting From Martian Ice Cap|data=16 de agosto de 2006|publicadopor=NASA|url=http://www.jpl.nasa.gov/news/news.cfm?release=2006-100|obra=Jet Propulsion Laboratory|acessodata=11 de agosto de 2009}}</ref>

<ref name="Kieffer2000">{{citar web|primeiro =H. H.|último =Kieffer|ano=2000|título=Mars Polar Science 2000|url=http://www.lpi.usra.edu/meetings/polar2000/pdf/4095.pdf|formato=PDF|acessodata=6 de setembro de 2009}}</ref>

<ref name="Portyankina">{{citar web|título=Fourth Mars Polar Science Conference|editor=Portyankina, G. |ano=2006|url=http://www.lpi.usra.edu/meetings/polar2006/pdf/8040.pdf|formato=PDF|acessodata=11 de agosto de 2009}}</ref>

<ref name="Hugh2006">{{citar periódico|título=CO2 jets formed by sublimation beneath translucent slab ice in Mars' seasonal south polar ice cap|periódico=Nature|primeiro =Hugh H.|último =Kieffer|coautor=Christensen, Philip R.; Titus, Timothy N.|data=30 de maio de 2006|volume=442|número=7104|pmid=16915284|páginas=793–796|doi=10.1038/nature04945|bibcode = 2006Natur.442..793K }}</ref>

<ref name="sheehan_ch04">{{citar web|último =Sheehan|primeiro =William|url=http://www.uapress.arizona.edu/onlinebks/mars/chap04.htm|título=Areographers|obra=The Planet Mars: A History of Observation and Discovery|acessodata=13 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="viking_1950_2000">{{citar web|url=http://history.nasa.gov/monograph21/Chapter%206.pdf|formato=PDF|título=Viking and the Resources of Mars|obra=Humans to Mars: Fifty Years of Mission Planning, 1950–2000|acessodata=10 de março de 2007}}</ref>

<ref name="seds_huygens">{{citar web|autor =Frommert, H.; Kronberg, C.|título=Christiaan Huygens|url=http://www.seds.org/messier/xtra/Bios/huygens.html|publicadopor=SEDS/Lunar and Planetary Lab|acessodata=10 de março de 2007}}</ref>

<ref name="archinal_caplinger">{{citar periódico|autor =Archinal, B. A.; Caplinger, M.|título=Mars, the Meridian, and Mert: The Quest for Martian Longitude|periódico=Abstract #P22D-06|data=Outono de 2002|publicadopor=American Geophysical Union|bibcode=2002AGUFM.P22D..06A|volume=22|páginas=06}}</ref>

<ref name="pers66">{{citar periódico|autor =Zeitler, W.; Ohlhof, T.; Ebner, H.|ano=2000|título=Recomputation of the global Mars control-point network|periódico=Photogrammetric Engineering & Remote Sensing|volume=66|número=2|páginas=155–161|url=http://web.archive.org/web/20131026120439/http://www.asprs.org/a/publications/pers/2000journal/february/2000_feb_155-161.pdf|acessodata=26 de dezembro de 2009}}</ref>

<ref name="lunine99">{{citar livro|primeiro =Cynthia J.|último =Lunine|ano=1999|título=Earth: evolution of a habitable world|página=183|publicadopor=Cambridge University Press|isbn=0-521-64423-2}}</ref>

<ref name="wright03">{{citar web|último=Wright|primeiro=Shawn|data=4 de abril de 2003|url=http://ivis.eps.pitt.edu/projects/MC/|título=Infrared Analyses of Small Impact Craters on Earth and Mars|publicadopor=University of Pittsburgh|acessodata=26 de fevereiro de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070612190405/http://ivis.eps.pitt.edu/projects/MC/#|arquivodata=12 de junho de 2007|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="ucar_geography">{{citar web|url=http://www.windows.ucar.edu/tour/link=/mars/interior/Martian_global_geology.html|título=Mars Global Geography|obra=Windows to the Universe|publicadopor=University Corporation for Atmospheric Research|data=27 de abril de 2001|acessodata=2006-06-13}}</ref>

<ref name="emp9">{{citar periódico|último =Wetherill|primeiro =G. W.|título=Problems Associated with Estimating the Relative Impact Rates on Mars and the Moon|periódico=Earth, Moon, and Planets|ano=1999|volume=9|número=1–2|página=227|bibcode=1974Moon....9..227W|doi=10.1007/BF00565406}}</ref>

<ref name="emp45">{{citar periódico|último =Costard|primeiro =Francois M.|ano=1989|título=The spatial distribution of volatiles in the Martian hydrolithosphere|bibcode=1989EM&P...45..265C|periódico=Earth, Moon, and Planets|volume=45|número=3|páginas=265–290|doi=10.1007/BF00057747}}</ref>

<ref name="glenday09">{{citar livro|primeiro =Craig|último =Glenday|ano=2009|página=12|título=Guinness World Records|publicadopor=Random House, Inc.|isbn=0-553-59256-4}}</ref>

<ref name="scsdes49">{{citar periódico|primeiro =Junyong|último =Chen|coautor=''et al''.|título=Progress in technology for the 2005 height determination of Qomolangma Feng (Mt. Everest)|periódico=Science in China Series D: Earth Sciences|volume=49|número=5|ano=2006|páginas=531–538|doi=10.1007/s11430-006-0531-1}}</ref>

<ref name="lucchita_rosanova">{{citar web|autor=Lucchitta, B. K.; Rosanova, C. E.|data=26 de agosto de 2003|url=http://astrogeology.usgs.gov/Projects/VallesMarineris/|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110611053821/http://astrogeology.usgs.gov/Projects/VallesMarineris/#|arquivodata=11 de junho de 2011|título=Valles Marineris; The Grand Canyon of Mars|publicadopor=USGS|acessodata=11 de março de 2007|urlmorta=no}}</ref>

<ref name="cushing_titus_wynn07">{{citar web|url=http://www.lpi.usra.edu/meetings/lpsc2007/pdf/1371.pdf|formato=PDF|título=Themis Observes Possible Cave Skylights on Mars|autor =Cushing, G. E.; Titus, T. N.; Wynne, J. J.; Christensen, P. R.|publicadopor=Lunar and Planetary Science XXXVIII|ano=2007|acessodata=2 de agosto de 2007}}</ref>

<ref name="nau070328">{{citar jornal|url=http://www4.nau.edu/insidenau/bumps/2007/3_28_07/mars.htm|título=NAU researchers find possible caves on Mars|obra=Inside NAU|publicadopor=[[Northern Arizona University]]|volume=4|número=12|data=28 de março de 2007|acessodata=28 de maio de 2007}}</ref>

<ref name="bbc070317">{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/6461201.stm|título=Researchers find possible caves on Mars|obra=Paul Rincon of [[BBC News]]|acessodata=28 de maio de 2007|data=17 de março de 2007}}</ref>

<ref name="swind">{{citar web|último =Philips|primeiro =Tony|título=The Solar Wind at Mars|publicadopor=Science@NASA|ano=2001|url=http://science.nasa.gov/headlines/y2001/ast31jan_1.htm|acessodata=2006-10-08}}</ref>

<ref name="swind2">{{citar periódico|autor =Lundin, R|coautor=''et al''.|título=Solar Wind-Induced Atmospheric Erosion at Mars: First Results from ASPERA-3 on Mars Express|periódico=Science|ano=2004|volume=305|páginas=1933–1936|doi=10.1126/science.1101860|pmid=15448263|número=5692|bibcode = 2004Sci...305.1933L|displayauthors=30 }}</ref>

<ref name="bolonkin09">{{citar livro|primeiro =Alexander A.|último =Bolonkin|ano=2009|título=Artificial Environments on Mars|publicadopor=Springer |local=Berlin Heidelberg|páginas=599–625|isbn=978-3-642-03629-3}}</ref>

<ref name="atkinson07">{{citar web|url=http://www.universetoday.com/7024/the-mars-landing-approach-getting-large-payloads-to-the-surface-of-the-red-planet/|título=The Mars Landing Approach: Getting Large Payloads to the Surface of the Red Planet|acessodata=18 de setembro de 2007|autor =Atkinson, Nancy|data=17 de julho de 2007}}</ref>

<ref name="dusty">{{citar periódico|último =Lemmon|primeiro =M. T.|coautor=''et al''.|título=Atmospheric Imaging Results from Mars Rovers|periódico=Science|volume=306|páginas=1753–1756|ano=2004|doi=10.1126/science.1104474|pmid=15576613|número=5702|bibcode = 2004Sci...306.1753L }}</ref>

<ref name="carr06">{{citar livro|primeiro =Michael H.|último =Carr|ano=2006|título=The surface of Mars|página=16|volume=6|obra=Cambridge planetary science series|publicadopor=Cambridge University Press|isbn=0-521-87201-4}}</ref>

<ref name="methane-me">{{citar periódico|autor =Formisano, V.; Atreya, S.; Encrenaz, T.; Ignatiev, N.; Giuranna, M.|título=Detection of Methane in the Atmosphere of Mars|periódico=[[Science (journal)|Science]]|ano=2004|volume=306|número=5702|páginas=1758–1761|doi=10.1126/science.1101732|pmid=15514118|bibcode = 2004Sci...306.1758F }}</ref>

<ref name="methane">{{citar jornal|data=30 de março de 2004|título=Mars Express confirms methane in the Martian atmosphere|publicadopor=[[ESA]]|url=http://www.esa.int/esaMI/Mars_Express/SEMZ0B57ESD_0.html|acessodata=17 de março de 2006}}</ref>

<ref name="plumes">{{citar periódico|título=Strong Release of Methane on Mars in Northern Summer 2003|periódico=Science|data=20 de fevereiro de 2009|primeiro =Michael J.|último =Mumma|coautor=''et al.''|volume=323|número=5917|páginas=1041–1045|doi=10.1126/science.1165243|url=http://images.spaceref.com/news/2009/Mumma_et_al_Methane_Mars_wSOM_accepted2.pdf|pmid=19150811|bibcode = 2009Sci...323.1041M }}</ref>

<ref name="hand08">{{citar jornal|primeiro =Eric|último =Hand|título=Plumes of methane identified on Mars|data=21 de outubro de 2008|publicadopor=Nature News|url=http://esse.engin.umich.edu/psl/PRESS/Mars/NatureNews_2008.pdf|acessodata=2 de agosto de 2009}}</ref>

<ref name="results">{{citar periódico|título=Some problems related to the origin of methane on Mars|autor =Krasnopolsky, Vladimir A.|periódico=Icarus|volume=180|número=2|páginas=359–367|data=fevereiro de 2005 |doi=10.1016/j.icarus.2005.10.015|bibcode=2006Icar..180..359K}}</ref>

<ref name="nature460">{{citar periódico|título=Observed variations of methane on Mars unexplained by known atmospheric chemistry and physics |periódico=Nature|data=6 de agosto de 2009|primeiro =Lefèvre|último =Franck|coautor=Forget, François|volume=460|páginas=720–723|doi=10.1038/nature08228|pmid=19661912|número=7256|bibcode = 2009Natur.460..720L }}</ref>

<ref name="olivine">{{citar periódico|autor =Oze, C.; Sharma, M.|título=Have olivine, will gas: Serpentinization and the abiogenic production of methane on Mars|periódico=Geophysical Research Letters|ano=2005|volume=32|número=10|página=L10203|doi=10.1029/2005GL022691|bibcode=2005GeoRL..3210203O}}</ref>

<ref name="h">{{citar web|url=http://solarsystem.jpl.nasa.gov/planets/profile.cfm?Object=Mars&Display=Facts|título=NASA, Mars: Facts & Figures|acessodata=28 de janeiro de 2010}}</ref>

<ref name="nasa_surface">{{citar web|título=Mars' desert surface...|obra=MGCM Press release|publicadopor=NASA|url=http://web.archive.org/web/20110512155522/http://www-mgcm.arc.nasa.gov/mgcm/HTML/WEATHER/surface.html|acessodata=25 de fevereiro de 2007}}</ref>

<ref name="disc920901">{{citar web|primeiro =Jeffrey|último =Kluger|data=1 de setembro de 1992|publicadopor=Discover Magazine|título=Mars, in Earth's Image|url=http://discovermagazine.com/1992/sep/marsinearthsimag105|acessodata=3 de novembro de 2009}}</ref>

<ref name="goodman97">{{citar web|último=Goodman|primeiro=Jason C|data=22 de setembro de  1997|url=http://www.mit.edu/people/goodmanj/terraforming/terraforming.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101110051940/http://www.mit.edu/people/goodmanj/terraforming/terraforming.html#|arquivodata=10 de novembro de 2010|título=The Past, Present, and Possible Future of Martian Climate|publicadopor=[[MIT]]|acessodata=26 de fevereiro de 2007|urlmorta=no}}</ref>

<ref name="philips01">{{citar web|último =Philips|primeiro =Tony|data=16 de julho de 2001|url=http://science.nasa.gov/headlines/y2001/ast16jul_1.htm|título=Planet Gobbling Dust Storms|obra=Science @ NASA|acessodata=7 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="barlow08">{{citar livro|primeiro =Nadine G.|último =Barlow|ano=2008|título=Mars: an introduction to its interior, surface and atmosphere|series=Cambridge planetary science|página=21|volume=8|isbn=0-521-85226-9|publicadopor=Cambridge University Press}}</ref>

<ref name="mars_eccentricity">{{citar web|primeiro=Aldo|último=Vitagliano|url=http://main.chemistry.unina.it/~alvitagl/solex/MarsDist.html|título=Mars' Orbital eccentricity over time|obra=Solex|publicadopor=Universita' degli Studi di Napoli Federico II|ano=2003|acessodata=20 de julho de 2007|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070907013516/http://main.chemistry.unina.it/~alvitagl/solex/MarsDist.html#|arquivodata=7 de setembro de 2007|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="Meeus2003">{{citar web|month=Março de|ano=2003|título=When Was Mars Last This Close?|publicadopor=International Planetarium Society|primeiro=Jean|último=Meeus|url=http://www.ips-planetarium.org/planetarian/articles/whenmars.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110516013312/http://www.ips-planetarium.org/planetarian/articles/whenmars.html#|arquivodata=16 de maio de 2011|acessodata=18 de janeiro de 2008|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="Baalke2003">{{citar web|data=22 de agosto de 2003|título=Mars Makes Closest Approach In Nearly 60,000 Years|publicadopor=meteorite-list|primeiro =Ron|último =Baalke|url=http://www.mail-archive.com/meteorite-list@meteoritecentral.com/msg14044.html|acessodata=18 de janeiro de 2008}}</ref>

<ref name="esa31031">{{citar web|url=http://sci.esa.int/science-e/www/object/index.cfm?fobjectid=31031|título=Close Inspection for Phobos|obra=ESA website|acessodata=13 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="theoi">{{citar web|url=http://www.theoi.com/Olympios/AresAttendants.html|título=Ares Attendants: Deimos & Phobos|obra=Greek Mythology|acessodata=13 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="qjras19">{{citar periódico|autor =Hunt, G. E.; Michael, W. H.; Pascu, D.; Veverka, J.; Wilkins, G. A.; Woolfson, M.|título=The Martian satellites—100 years on|periódico=Quarterly Journal of the Royal Astronomical Society|volume=19|ano=1978|páginas=90–109|bibcode=1978QJRAS..19...90H}}</ref>

<ref name="phobos.html">{{citar web|autor =Arnett, Bill|url=http://www.nineplanets.org/phobos.html|título=Phobos|obra=nineplanets|data=20 de novembro de 2004|acessodata=13 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="ellis07">{{citar web|url=http://calspace.ucsd.edu/Mars99/docs/library/science/geological_history/moons1.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070517181817/http://calspace.ucsd.edu/Mars99/docs/library/science/geological_history/moons1.html#|arquivodata=17 de maio de 2007|título=Geological History: Moons of Mars|publicadopor=CalSpace|primeiro=Scott|último=Ellis|acessodata=2 de agosto de 2007|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="form">{{citar periódico|data=25 de fevereiro de 2005|título=Formaldehyde claim inflames Martian debate|periódico=Nature|doi=10.1038/news050221-15|autor =Peplow, Mark }}</ref>

<ref name="dinerman04">{{citar web|último =Dinerman|primeiro =Taylor|url=http://www.thespacereview.com/article/232/1|título=Is the Great Galactic Ghoul losing his appetite?|obra=The space review|data=27 de setembro de 2004|acessodata=27 de março de 2007}}</ref>

<ref name="zharkov93">{{citar livro|último =Zharkov|primeiro =V. N.|ano=1993|título=The role of Jupiter in the formation of planets|títulolivro=Evolution of the Earth and planets|páginas=7–17|bibcode=1993GMS....74....7Z}}</ref>

<ref name="icarus165_1">{{citar periódico|autor =Lunine, Jonathan I.; Chambers, John; Morbidelli, Alessandro; Leshin, Laurie A.|título=The origin of water on Mars|periódico=Icarus|volume=165|número=1|páginas=1–8|ano=2003|doi=10.1016/S0019-1035(03)00172-6|bibcode=2003Icar..165....1L}}</ref>

<ref name="barlow88">{{citar conferência|autor =Barlow, N. G.|data=5–7 de outubro de 1988|título=Conditions on Early Mars: Constraints from the Cratering Record|títulolivro=MEVTV Workshop on Early Tectonic and Volcanic Evolution of Mars. LPI Technical Report 89-04|página=15|publicadopor=Lunar and Planetary Institute|local=Easton, Maryland|editores=H. Frey|bibcode=1989eamd.work...15B}}</ref>

<ref name="pl_org_deimos">{{citar web|url=http://www.planetary.org/explore/topics/mars/deimos.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110605084317/http://www.planetary.org/explore/topics/mars/deimos.html#|arquivodata=5 de junho de 2011|título=Deimos|obra=Planetary Societies's Explore the Cosmos|acessodata=13 de junho de 2006|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="jbaa93">{{citar periódico|autor =Meeus, J.; Goffin, E.|ano=1983|título=Transits of Earth as seen from Mars|periódico=Journal of the British Astronomical Association|volume=93|número=3|páginas=120–123|bibcode=1983JBAA...93..120M}}</ref>

<ref name="nature436">{{citar periódico|primeiro =J. F., III|último =Bell|coautor=''et al''.|título=Solar eclipses of Phobos and Deimos observed from the surface of Mars|periódico=Nature|volume=436|número=7047|páginas=55–57|data=7 de julho de 2005|pmid=16001060|doi=10.1038/nature03437|bibcode = 2005Natur.436...55B }}</ref>

<ref name="sd040317">{{citar web|autor =Staff|data=17 de março de 2004|obra=SpaceDaily|título=Martian Moons Block Sun In Unique Eclipse Images From Another Planet|url=http://www.spacedaily.com/news/mars-mers-04zzzd.html|acessodata=13 de fevereiro de 2010}}</ref>

<ref name="lloyd06">{{citar livro|título=The QI Book of General Ignorance|último =Lloyd|primeiro =John|autorlink =John Lloyd (writer)|coautor=John Mitchinson|ano=2006|páginas=102, 299|publicadopor=Faber and Faber Limited|local=Britain|isbn=978-0-571-24139-2|url=http://en.wikipedia.org/wiki/The_Book_of_General_Ignorance}}</ref>

<ref name="shallowsky">{{citar web|primeiro =Akkana|último =Peck|url=http://www.shallowsky.com/mars.html|título=Mars Observing FAQ|obra=Shallow Sky|acessodata=15 de junho de 2006}}</ref>

<ref name="sheehan970202">{{citar web|primeiro=William|último=Sheehan|data=2 de fevereiro de 1997|título=Appendix 1: Oppositions of Mars, 1901—2035|obra=The Planet Mars: A History of Observation and Discovery|publicadopor=University of Arizona Press|url=http://www.uapress.arizona.edu/onlinebks/MARS/APPENDS.HTM|acessodata=30 de janeiro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100625043926/http://www.uapress.arizona.edu/onlinebks/mars/appends.htm#|arquivodata=25 de junho de 2010|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="zeilik02">{{citar livro|primeiro =Michael|último =Zeilik|ano=2002|título=Astronomy: the Evolving Universe|página=14|edição=9th|publicadopor=Cambridge University Press|isbn=0-521-80090-0}}</ref>

<ref name="rao030822">{{citar web|data=22 de agosto de 2003|último=Rao|primeiro=Joe|url=http://www.space.com/spacewatch/mars_10_closest_030822.html|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090520075032/http://www.space.com/spacewatch/mars_10_closest_030822.html#|arquivodata=20 de maio de 2009|título=NightSky Friday—Mars and Earth: The Top 10 Close Passes Since 3000 B.C.|obra=Space.com|acessodata=13 de junho de 2006|urlmorta=yes}}</ref>

<ref name="paob85">{{citar periódico|último =Novakovic|primeiro =B.|ano=2008|título=Senenmut: An Ancient Egyptian Astronomer|periódico=Publications of the Astronomical Observatory of Belgrade|volume=85|páginas=19–23|bibcode=2008POBeo..85...19N|arxiv = 0801.1331 }}</ref>

<ref name="north08">{{citar livro|primeiro =John David|último =North|ano=2008|título=Cosmos: an illustrated history of astronomy and cosmology|publicadopor=University of Chicago Press|páginas=48–52|isbn=0-226-59441-6}}</ref>

<ref name="swerdlow98">{{citar livro|primeiro =Noel M.|último =Swerdlow|ano=1998|páginas=34–72|título=The Babylonian theory of the planets|publicadopor=Princeton University Press|isbn=0-691-01196-6|capítulo=Periodicity and Variability of Synodic Phenomenon}}</ref>

<ref name="needham_ronan85">{{citar livro|autor =Needham, Joseph; Ronan, Colin A.|ano=1985|título=The Shorter Science and Civilisation in China: An Abridgement of Joseph Needham's Original Text|obra=The shorter science and civilisation in China|página=187|publicadopor=Cambridge University Press|volume=2|edição=3ª|isbn=0-521-31536-0}}</ref>

<ref name="poor08">{{citar livro|primeiro =Charles Lane|último =Poor|ano=1908|título=The solar system: a study of recent observations|página=193|volume=17|obra=Science series|publicadopor=G. P. Putnam's sons}}</ref>

<ref name="jse97">{{citar periódico|título=Planetary Diameters in the Surya-Siddhanta|primeiro =Richard|último =Thompson|periódico=[[Journal of Scientific Exploration]]|volume=11|número=2|páginas=193–200 [193–6]|ano=1997|url=http://www.scientificexploration.org/journal/jse_11_2_thompson.pdf|acessodata=13 de março de 2010}}</ref>

<ref name="taton03">{{citar livro|primeiro =Reni|último =Taton|ano=2003|título=Planetary Astronomy from the Renaissance to the Rise of Astrophysics, Part A, Tycho Brahe to Newton|editores=Reni Taton, Curtis Wilson and Michael Hoskin|página=109|publicadopor=Cambridge University Press|isbn=0-521-54205-7}}</ref>

<ref name="hirschfeld01">{{citar livro|primeiro =Alan|último =Hirshfeld|ano=2001|título=Parallax: the race to measure the cosmos|páginas=60–61|publicadopor=Macmillan|isbn=0-7167-3711-6}}</ref>

<ref name="sat57">{{citar periódico|último =Breyer|primeiro =Stephen|ano=1979|título=Mutual Occultation of Planets|periódico=Sky and Telescope|volume=57|número=3|página=220|bibcode = 1979S&T....57..220A }}</ref>

<ref name="jha15">{{citar periódico|último =Peters|primeiro =W. T.|ano=1984|título=The Appearance of Venus and Mars in 1610|periódico=Journal of the History of Astronomy|volume=15|número=3|páginas=211–214|bibcode=1984JHA....15..211P}}</ref>

<ref name="snyder01">{{citar web|último =Snyder|primeiro =Dave|month=May|ano=2001|título=An Observational History of Mars|url=http://www.umich.edu/~lowbrows/reflections/2001/dsnyder.7.html|acessodata=26 de fevereiro de 2007}}</ref>

<ref name="sagan80">{{citar livro|último =Sagan|primeiro =Carl|título=Cosmos|publicadopor=Random House|ano=1980|local=Nova Iorque, USA|página=107|isbn=0-394-50294-9}}</ref>

<ref name="basalla06">{{citar livro|primeiro =George|último =Basalla|ano=2006|título=Civilized Life in the Universe: Scientists on Intelligent Extraterrestrials|páginas=67–88|publicadopor=Oxford University Press US|isbn=0-19-517181-0|capítulo=Percival Lowell: Champion of Canals}}</ref>

<ref name="maria_lane05">{{citar periódico|autor =Maria, K.; Lane, D.|ano=2005|título=Geographers of Mars|periódico=Isis|volume=96|páginas=477–506|doi=10.1086/498590|pmid=16536152|número=4}}</ref>

<ref name="ba3">{{citar periódico|último =Perrotin|primeiro =M.|ano=1886|título=Observations des canaux de Mars|periódico=Bulletin Astronomique, Serie I|volume=3|páginas=324–329|bibcode=1886BuAsI...3..324P|língua=fr}}</ref>

<ref name="zahnle01">{{citar periódico|título=Decline and fall of the Martian empire|último =Zahnle|primeiro =K.|periódico=Nature|volume=412|ano=2001|número=6843|pmid=11449281 |doi=10.1038/35084148|páginas=209–213}}</ref>

<ref name="science136_3510">{{citar periódico|título=Martian Biology|último =Salisbury|primeiro =F. B.|periódico=[[Science (journal)|Science]]|volume=136|número=3510|ano=1962|páginas=17–26|jstor=1708777|bibcode = 1962Sci...136...17S |doi = 10.1126/science.136.3510.17|pmid=17779780}}</ref>

<ref name="ward_brownlee00">{{citar livro|autor =Ward, Peter Douglas; Brownlee, Donald|título=Rare earth: why complex life is uncommon in the universe|obra=Copernicus Series|página=253|edição=2nd|publicadopor=Springer|ano=2000|isbn=0-387-95289-6}}</ref>

<ref name="ssr_96_1_4">{{citar periódico|doi=10.1023/A:1011945222010|título=Cratering Chronology and the Evolution of Mars|autor =Hartmann, William K.; Neukum, Gerhard|periódico=Space Science Reviews|volume=96|número=1/4|páginas=165–194|ano=2001|bibcode=2001SSRv...96..165H}}</ref>

<ref name="ssr96_1_4_197">{{citar periódico|doi=10.1023/A:1011997206080|autor =Halliday, A. N.; Wänke, H.; Birck, J.-L.; Clayton, R. N.|ano=2001|título=The Accretion, Composition and Early Differentiation of Mars|periódico=Space Science Reviews|volume=96|número=1/4|páginas=197–230|bibcode=2001SSRv...96..197H}}</ref>

<ref name="Laskar2003">{{citar web |data=14 de agosto de 2003 |título=Primer on Mars oppositions |publicadopor=IMCCE, Paris Observatory |autor=Jacques Laskar |url=http://web.archive.org/web/20060714233424/http://www.imcce.fr/Equipes/ASD/mars/oppo_en.html |acessodata=1 de outubro de 2010 }} [http://home.surewest.net/kheider/astro/SolexMars.txt (Solex results)] {{Wayback|url=http://home.surewest.net/kheider/astro/SolexMars.txt# |date=20120809014619 }}</ref>

<ref Name="MallamaSky">{{citar periódico|autor =Mallama, A.|título=Planetary magnitudes|periódico=Sky and Telescope|volume=121(1)|páginas=51–56|ano=2011}}</ref>

<ref name="CraddockHoward2002">{{citar periódico|autor =Craddock, R.A.; Howard, A.D.|título=The case for rainfall on a warm, wet early Mars|periódico=Journal of Geophysical Research|volume=107|número=E11|ano=2002|doi=10.1029/2001JE001505|bibcode=2002JGRE..107.5111C}}</ref>

<ref name="Lewis2006">{{citar periódico|autor =Lewis, K.W.; Aharonson, O.|título=Stratigraphic analysis of the distributary fan in Eberswalde crater using stereo imagery|periódico=Journal of Geophysical Research|volume=111|número=E06001|ano=2006|doi=10.1029/2005JE002558|bibcode = 2006JGRE..11106001L }}</ref>

<ref name="Matsubara2011">{{citar periódico|autor =Matsubara, Y.; Howard, A.D.; Drummond, S.A.|título=Hydrology of early Mars: Lake basins|periódico=Journal of Geophysical Research|volume=116|número=E04001|ano=2011|doi=10.1029/2010JE003739|bibcode=2011JGRE..11604001M}}</ref>

<ref name="NASAMola2007">{{citar web|data=19 de abril de 2007|título=Mars Global Surveyor: MOLA MEGDRs|publicadopor=geo.pds.nasa.gov|autor =NASA |url=http://geo.pds.nasa.gov/missions/mgs/megdr.html|acessodata=24 de junho de 2011}} [http://geo.pds.nasa.gov/missions/mgs/megdr.html Mars Global Surveyor: MOLA MEGDRs]</ref>

<ref name="miles_peters">{{citar web|título=Unmasking the Face|autor =Miles, Kathy; Peters II, Charles F.|publicadopor=StarrySkies.com|url=http://starryskies.com/Artshtml/dln/5-98/mars.html|acessodata=1 de março de 2007}}</ref>

<ref name="rabkin05">{{citar livro|primeiro =Eric S.|último =Rabkin|ano=2005|título=Mars: a tour of the human imagination|páginas=141–142|publicadopor=Greenwood Publishing Group|isbn=0-275-98719-1}}</ref>

<ref name="prion">{{citar web|título=Percivel Lowell's Canals|url=http://web.archive.org/web/20051227083358/http://prion.bchs.uh.edu/Mars/Percival_Lowell.htm|acessodata=1 de março de 2007}}</ref>

<ref name="fergus04">{{citar periódico|url=http://www.rps.psu.edu/0305/mars.html|título=Mars Fever|primeiro =Charles|último =Fergus|periódico=Research/Penn State|ano=2004|volume=24|número=2|acessodata=2 de agosto de 2007}}</ref>

<ref name="tesla01">{{citar web|url=http://earlyradiohistory.us/1901talk.htm|título=Talking with the Planets|acessodata=4 de maio de 2007|último =Tesla|primeiro =Nikola|data=19 de fevereiro de 1901|publicadopor=Collier's Weekly}}</ref>

<ref name="cheney81">{{citar livro|último =Cheney|primeiro =Margaret|título=Tesla, man out of time|publicadopor=Prentice-Hall|ano=1981|local=Englewood Cliffs, New Jersey|página=162|isbn=978-0-13-906859-1|oclc=7672251}}</ref>

<ref name="nyt2">{{citar jornal|primeiro =Edward Charles|último =Pickering|título=The Light Flash From Mars|publicadopor=The New York Times|data=16 de janeiro de 1901|url=http://select.nytimes.com/gst/abstract.html?res=F10D15FE3F5E137A8EDDAF0994D9405B818CF1D3|acessodata=20 de maio de 2007|arquivourl=http://web.archive.org/web/20070605105717/http://nbgoku23.googlepages.com/marslight.pdf|formato=PDF|arquivodata=5 de junho de 2007}}</ref>

<ref name="fradin99">{{citar livro|primeiro =Dennis Brindell|último =Fradin|ano=1999|título=Is There Life on Mars?|página=62|publicadopor=McElderry Books|isbn=0-689-82048-8}}</ref>

<ref name="lightman97">{{citar livro|primeiro =Bernard V.|último =Lightman|ano=1997|título=Victorian Science in Context|publicadopor=University of Chicago Press|isbn=0-226-48111-5|páginas=268–273}}</ref>

<ref name="lubertozzi_holmsten03">{{citar livro|autor =Lubertozzi, Alex; Holmsten, Brian|ano=2003|título=The war of the worlds: Mars' invasion of earth, inciting panic and inspiring terror from H.G. Wells to Orson Welles and beyond|páginas=3–31|publicadopor=Sourcebooks, Inc.|isbn=1-57071-985-3}}</ref>

<ref name="buker02">{{citar livro|primeiro =Derek M.|último =Buker|ano=2002|título=The science fiction and fantasy readers' advisory: the librarian's guide to cyborgs, aliens, and sorcerers|series=ALA readers' advisory series|página=26|publicadopor=ALA Editions|isbn=0-8389-0831-4}}</ref>

<ref name="nyt020511">{{citar jornal|título=Departure of Lord Kelvin|obra=The New York Times|data=11 de maio de 1902|página=29}}</ref>

<ref name="jonathan_swift">{{citar web|título=Swift, Jonathan and the moons of Mars|primeiro =David|último =Darling|url=http://www.daviddarling.info/encyclopedia/S/Swift.html|acessodata=2007-03-01}}</ref>

<ref name="sanford09">{{citar livro|primeiro =Sanford|último =Schwartz|ano=2009|título=C. S. Lewis on the Final Frontier: Science and the Supernatural in the Space Trilogy|páginas=19–20|publicadopor=Oxford University Press US|isbn=0-19-537472-X}}</ref>

<ref name="jgr107_E6">{{citar periódico|último1 =Bandfield |primeiro1 =Joshua L. |título=Global mineral distributions on Mars |periódico=Journal of Geophysical Research (Planets) | volume=107 |número=E6 |páginas=9–1 | month=June |ano=2002 | doi=10.1029/2001JE001510 | bibcode=2002JGRE..107.5042B }}</ref>

<ref name="Nimmo 2005">{{citar periódico|último1 =Nimmo |primeiro1 =Francis |último2 =Tanaka |primeiro2 =Ken | doi=10.1146/annurev.earth.33.092203.122637 |título=Early Crustal Evolution Of Mars |ano=2005 |página=133 |número=1 | volume=33 |periódico=Annual Review of Earth and Planetary Sciences | bibcode=2005AREPS..33..133N }}</ref>

<ref name="icarus213_2_451">{{citar periódico| display-authors=1 |último1 =Rivoldini |primeiro1 =A. |último2 =Van Hoolst |primeiro2 =T. |último3 =Verhoeven |primeiro3 =O. |último4 =Mocquet |primeiro4 =A. |último5 =Dehant |primeiro5 =V. |título=Geodesy constraints on the interior structure and composition of Mars |periódico=Icarus | volume=213 |número=2 |páginas=451–472 | month=Junho de |ano=2011 | doi=10.1016/j.icarus.2011.03.024 | bibcode=2011Icar..213..451R  }}</ref>

<ref name="science324_5928_736">{{citar periódico|último1 =McSween |primeiro1 =Harry Y. |último2 =Taylor |primeiro2 =G. Jeffrey |último3 =Wyatt |primeiro3 =Michael B. |título=Elemental Composition of the Martian Crust |periódico=Science | volume=324 |número=5928 |página=736 | month=May |ano=2009 | doi=10.1126/science.1165871 | bibcode=2009Sci...324..736M }}</ref>

<ref name="Nowack">{{citar web|título=Estimated Habitable Zone for the Solar System |publicadopor=Department of Earth and Atmospheric Sciences at Purdue University |primeiro =Robert L. |último =Nowack |url=http://web.ics.purdue.edu/~nowack/geos105/lect14-dir/lecture14_files/image022.jpg |acessodata=10 de abril de 2009}}</ref>

<ref name="saltlife">{{citar jornal|data=15 de fevereiro de 2008 |título=Early Mars 'too salty' for life |publicadopor=BBC News |primeiro =Helen |último =Briggs |url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7248062.stm |acessodata=16 de fevereiro de 2008}}</ref>

<ref name="hannsson97">{{citar livro|último =Hannsson |primeiro =Anders |título=Mars and the Development of Life |publicadopor=Wiley |data=1997 |isbn=0-471-96606-1}}</ref>

<ref name="physorg070107">{{citar jornal|título=New Analysis of Viking Mission Results Indicates Presence of Life on Mars |publicadopor=Physorg.com |data=7 de janeiro de 2007 |url=http://phys.org/news87401064.html |acessodata=2 de março de 2007}}</ref>

<ref name="nutrient">{{citar web|título=Phoenix Returns Treasure Trove for Science |data=6 de junho de 2008 |publicadopor=NASA/JPL |url=http://www.nasa.gov/mission_pages/phoenix/news/phoenix-20080626.html |acessodata=27 de junho de 2008}}</ref>

<ref name="UV">{{citar web|primeiro =John |último =Bluck |data=5 de julho de 2005 |título=NASA Field-Tests the First System Designed to Drill for Subsurface Martian Life |publicadopor=NASA |url=http://www.nasa.gov/centers/ames/research/exploringtheuniverse/marsdrill_prt.htm |acessodata=2 de janeiro de 2010}}</ref>

<ref name="am89">{{citar periódico|primeiro =D. C. |último =Golden |título=Evidence for exclusively inorganic formation of magnetite in Martian meteorite ALH84001 |periódico=American Mineralogist |data=2004 |volume=89 |número=5–6 |páginas=681–695 |url=http://epswww.unm.edu/facstaff/brearley/Golden_p681-695_04%5B1%5D.pdf |acessodata=25 de dezembro de 2010 |display-authors=etal |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110512155638/http://epswww.unm.edu/facstaff/brearley/Golden_p681-695_04%5B1%5D.pdf |arquivodata=12 de maio de 2011 }}</ref>

<ref name="icarus172">{{citar periódico|autor1 =Krasnopolsky, Vladimir A. |autor2 =Maillard, Jean-Pierre |autor3 =Owen, Tobias C. |título=Detection of methane in the Martian atmosphere: evidence for life? |periódico=[[Icarus (journal)|Icarus]] |data=2004 |volume=172 |número=2 |páginas=537–547 |doi=10.1016/j.icarus.2004.07.004 |bibcode=2004Icar..172..537K}}</ref>
}}

== Ligações externas ==
{{Correlatos
|título = Marte
|commons = Mars
|commonscat = Mars (planet)
|wikisource = 
|wikiquote =
|wikilivros = 
|wikinoticias = Marte
|wikcionario = Marte
|wikispecies =
|wikiversidade =
|meta =
}}
* [http://www.google.com/mars/ Google Mars] Mapa do relevo de Marte, com ferramenta de busca {{en}}
* [http://www.esa.int/SPECIALS/Mars_Express/index.html ESA - Mars Express] {{en}}
* [http://marsprogram.jpl.nasa.gov/ NASA - Mars Program] {{en}}
* [https://web.archive.org/web/20060203033729/http://www.tharsisgallery.com/TA%20SPACE%20GALLERY/TA%20Space%20Home.htm Vistas artísticas de Marte] {{en}}
* [http://marsrovers.jpl.nasa.gov/gallery/press/spirit/20051107a/Everest_L257atc-A622R1.jpg Vista panorâmica de alta-resolução de uma paisagem marciana] {{en}}
* [http://www.uranometrianova.pro.br/astronomia/AA006/opos_marte.htm Periodicidades nas Oposições de Marte ] {{pt}}

{{Marte-geral}}
{{Sistema Solar}}
{{Sondas/Marte}}
{{Sondas(cancel)/Marte}}
{{Portal3|Ciência|Astronomia|Sistema solar}}
{{Controle de autoridade}}

[[Categoria:Marte| ]]
[[Categoria:Planetas terrestres]]
[[Categoria:Objetos astronômicos conhecidos desde a antiguidade]]

{{artigo destacado}}